FGV - CLÍNICA MÉDICA Flashcards
(131 cards)
- (FGV-TCE PA – 2024) A urolitíase e a nefrolitíase referem-se à existência de cálculos no trato urinário e no rim, respectivamente. O problema ocorre, predominantemente, da 3ª à 5ª década de vida e acomete mais frequentemente os homens do que as mulheres. As manifestações clínicas dependem da existência de obstrução, infecção e edema. Marque a alternativa que apresenta as orientações de enfermagem para
promoção dos cuidados domiciliar e comunitário relacionados a essas condições.
A) Explicar as causas dos cálculos renais e as maneiras de evitar sua recidiva; incentivar o paciente a seguir um regime para evitar a formação posterior de cálculos, incluindo manter consumo elevado de líquidos; evitar o consumo de proteína para diminuir a excreção urinária de cálcio e de ácido úrico.
CERTO!
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Qual é a Epidemiologia?
3ª à 5ª década de vida e acomete mais frequentemente os homens do que as mulheres
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Qual é a Fisiopatologia?
Os cálculos formam-se no trato urinário quando as concentrações urinárias de determinadas
substâncias aumentam, como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico.
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Qual é o Conceito?
Existência de cálculos no trato urinário e no rim
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Quais são os Sintomas?
Dor intensa e profunda na região costovertebral, hematúria e piúria
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Quais são os Fatores predisponentes?
Infecção, estase urinária, hipercalcemia e períodos de imobilidade (lentidão da drenagem renal e
alteração do metabolismo do cálcio).
Cálculos de ácido úrico (5 a 10%): gota ou com distúrbios mieloproliferativos;
Cálculos de estruvita: bexiga neurogênica, corpos estranhos e ITUs recorrentes.
UROLITÍASE E NEFROLITÍASE: Qual é o Tratamento?
- Analgésicos opioides e AINEs;
- Elevação do consumo de líquidos para ajudar a passagem do cálculo, a não ser que o cliente esteja vomitando ou tenha ICC (8 a 10 copos de 240 mℓ) para manter a urina diluída.
- Cálculos de cálcio: reduzir proteína e sódio; consumo irrestrito de líquidos; medicamentos para acidificar a urina (cloreto de amônio). Diuréticos tiazídicos se a produção de paratormônio estiver aumentada.
- Cálculos de ácido úrico: dieta com baixo teor de purinas e conteúdo limitado de proteínas;
- alopurinol.
- Cálculos de cistina: dieta hipoproteica; alcalinização da urina; elevação do consumo de líquidos
- Cálculos de oxalato: diluir a urina; limitar o consumo de oxalato (espinafre, morangos, ruibarbo, chocolate, chá, amendoins e farelo de trigo).
Quais são as Doenças renais?
- Insuficiência renal aguda e crônica
- Glomerulonefrite
- Nefrolitíase e urolitíase
- ITU
- Pielonefrife aguda e crônica
- Síndrome nefrítica aguda
- Síndrome nefrótica
- Distúrbios hidroeletrolítico e acidobasico
Qual é a CLASSIFICAÇÃO DA IRA QUANTO A DIURESE?
i. anúrica total: 0-20 ml/dia
ii. anúrica: 20 a 100 ml /dia
iii. oligúrica: 101 a 400 ml /dia
iv. não-oligúrica: 401 a 1200 ml/dia
v. poliúrica: 1201 a 4000 ml/dia
vi. hiperpoliúrica:> 4000 ml
Doença renal crônica: Qual é o Conceito?
É portador de DRC qualquer indivíduo que, independente da causa, apresente por pelo menos três meses consecutivos uma: TFG < 60ml/min/1,73m².
Nos casos de pacientes com TFG ≥ 60ml/mim/1,73m², considerar DRC se associada a pelo menos um marcador de dano renal parenquimatoso ou alteração no exame de imagem.
Doença renal crônica: Quais são os Marcadores de dano renal?
a) Albuminúria > 30 mg/24 horas ou Relação Albuminúria Creatininúria (RAC) > 30 mg/g;
b) Hematúria de origem glomerular, definida pela presença de cilindros hemáticos ou dismorfismo eritrocitário no exame de urina (EAS);
c) Alterações eletrolíticas ou outras anormalidades tubulares. Essas alterações e anormalidades resultam de alterações da reabsorção e secreção dos túbulos renais, geralmente secundárias a síndromes incomuns.
d) Alterações detectadas por histologia, através de biópsia renal. A biópsia renal é utilizada para investigação de anormalidades na função renal de etiologia não esclarecida, em casos de proteinúria ou de suspeita de doenças glomerulares.
Doença renal crônica: Quais são as Causas da DRC?
DM; Doença vascular renal; Glomerulonefrite; HAS; Pielonefrite; Calculoses;
Bexiga neurogênica; LES; Rins policísticos.
Como é a Classificação DRC?
Estágio TFG (ml/min/1,73 m2
1 ≥ 90
2 60 – 89
3a 45 – 59
3 b 30 – 44
4 15 – 29
5 < 15
Quando ocorre A INSUFICIÊNCIA RENAL (IR)?
- Ocorre insuficiência renal quando os rins são incapazes de remover os produtos de degradação metabólicos e de desempenhar suas funções reguladoras.
- Ocorre: acúmulo de líquido, afeta a função endócrina e metabólica, bem como o equilíbrio hidreletrolítico e acidobásico.
- A IRA refere-se a uma rápida perda da função renal ocasionada pela lesãodos rins.
- A IRA caracteriza-se por elevação no nível sérico de creatinina de 50% ou mais nos valores de referência (nível normal de creatinina é inferior a 1 mg/dℓ).
- O volume urinário pode estar normal, ou podem ocorrer alterações. As alterações possíveis consistem em oligúria (menos de 500 mℓ/dia), não oligúria (superior a 800 mℓ/dia) ou anúria (inferior a 50 mℓ/dia)
O que é a Lesão renal aguda (LRA)?
- O sistema RIFLE/AKIN de definição e classificação de lesão renal aguda (LRA) propôs como critério para definição de LRA uma redução do volume urinário abaixo de 0,5 mL por quilo (Kg) de peso, por um período superior a 6 horas.
Quais são as Causas reversíveis da DRC?
(1) hipovolemia;
(2) hipertensão;
(3) redução do débito cardíaco e insuficiência cardíaca;
(4) obstrução do rim ou do trato urinário inferior por tumor, coágulo
sanguíneo ou cálculo renal; e
(5) obstrução bilateral das artérias ou veias renais.
Categorias da DRC: O que é a Insuficiência Pré-renal?
- Depleção de volume em consequência de: Hemorragia Perdas renais (diuréticos, diurese osmótica);
- Perdas gastrintestinais (vômitos, diarreia, aspiração nasogástrica);
- Comprometimento da eficiência cardíaca em consequência: Infarto do miocárdio Insuficiência cardíaca, Arritmias, Choque cardiogênico
- Vasodilatação em consequência de: Sepse, Anafilaxia, Medicamentos anti-hipertensivos ou outros medicamentos que provocam vasodilatação
Categorias da DRC: O que é a PRÉ-RENAL?
Hipoperfusão (como, por exemplo, em consequência de distúrbios de depleção de volume), vasodilatação extrema ou comprometimento do desempenho cardíaco;
60 a 70% dos casos
Categorias da DRC: O que é a Insuficiência INTRARRENAL?
Lesão parenquimatosa dos glomérulos ou túbulos renais, como a que ocorre em consequência de queimaduras, lesões por esmagamento, infecções, reações transfusionais ou nefrotoxicidade (que pode levar à
necrose tubular aguda [NTA]).
Sintomas: diminuição da TFG, azotemia progressiva e desequilíbrio hidroeletrolítico.
* Isquemia renal prolongada em consequência de: Nefropatia por pigmento (associada à ruptura das células sanguíneas contendo pigmentos que, por sua vez, provocam oclusão das estruturas renais) Mioglobinúria
(traumatismo, lesões por esmagamento, queimaduras) Hemoglobinúria (reação transfusional, anemia hemolítica);
* Agentes nefrotóxicos, como: Antibióticos aminoglicosídios (gentamicina, tobramicina), Agentes de contraste radiopacos, Metais pesados (chumbo, mercúrio), Solventes e substâncias químicas (etilenoglicol, tetracloreto de
carbono, arsênico), Agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINE) Inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA)
* Processos infecciosos, como: Pielonefrite aguda Glomerulonefrite aguda.
Categorias da DRC: O que é a Insuficiência PÓS-RENAL?
Obstrução do trato urinário, como a que ocorre em consequência de cálculos, tumores, estenoses, hiperplasia prostática ou coágulos sanguíneos;
* Obstrução do trato urinário, incluindo:
Cálculos
Tumores
Hiperplasia prostática benigna
Estenoses
Coágulos sanguíneos
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES EM HEMODIÁLISE: O que é a EMBOLIA GASOSA?
A embolia gasosa pode manifestar-se por dispneia súbita, ansiedade, tonturas, náuseas, e sensação de morte iminente ou dor retroesternal. Sinais neurológicos como confusão, obnubilação e perda da consciência podem
ocorrer imediatamente. O ar pode entrar na veia diretamente pela agulha de punção, durante a permanência do cateter na veia central, por desconexão ou rachadura na extensão do cateter, durante a sua retirada, pelo trajeto no subcutâneo. A quantidade de ar estimada para produzir o quadro de embolia gasosa significativa entre 300 e 500 ml de ar, numa taxa de 100 ml/segundo.
Porém, quantidades menores podem ser fatais em pacientes gravemente enfermos e com reserva cardiopulmonar limitada.
DIABETES INSIPIDUS (DI): O que é DI?
Síndrome com incapacidade de concentração do filtrado urinário, com consequente desenvolvimento de urina hipotônica e aumento de volume urinário.
DIABETES INSIPIDUS (DI): Porque a pessoa com DI é incapaz de reabsorver água no ducto coletor?
Isso pode ocorrer por conta tanto da deficiência do hormônio antidiurético (ADH) ou por resistência à sua ação nos túbulos renais.
DIABETES INSIPIDUS (DI): Quando há deficiência na síntese do ADH, o DI é chamado de?
CENTRAL, neuro-hipofisário ou neurogênico;
O DI central consiste na ausência do hormônio vasopressina (hormônio antidiurético), o que causa uma produção excessiva de urina muito diluída (poliúria), ou seja, a pessoa com DI é incapaz de reabsorver a água no tubo coletor (ducto coletor), produzindo assim um grande volume de urina diluída.
Não há secreção do hormônio antidiurético (ADH).