Obstetrícia 03 - Sofrimento Fetal Agudo e Crônico, Fórcipe, Puerpério Flashcards
Quais parâmetros são avaliadas na cardiotocografia (4) e qual o mais importante?
- Linha de base (BCF médio)
- Variabilidade (mais importante)
- Acelerações
- Desacelerações
Categorias da cardiotocografia (3):
Categoria I: linha de base adequada, variabilidade normal, aceleração presente/ausente
Categoria II: fica entre I e III
Categoria III: ausência de variabilidade + (DIP II recorrente OU DIP III recorrente OU bradicardia mantida)
Conduta cardiotoco categoria I:
Acompanhar
Conduta cardiotoco categoria III (2):
- Ressuscitação intrauterina (O2 + decúbito lateral esquerdo + suspender ocitocina + corrigir hipotensão)
- Parto (via mais rápida)
Defina DIP I:
Desaceleração IntraParto (DIP) I indica compressão cefálica - DIP coincide com contração - não é patológico
Defina DIP II:
Desaceleração ocorre após a contração –> indica sofrimento fetal agudo (asfixia)
Defina DIP III:
Desaceleração variável em relação à contração –> indica compressão de cordão
Quando suspeitar de oligodramnia e/ou CIUR?
Altura uterina menor que a esperada para IG (≥ 3 cm a menos sugere CIUR)
Quais achados ultrassonográficos confirmam oligodramnia (2)?
- ILA < 5 cm
OU - Maior bolsão de líquido < 2 cm
Quais as principais causas de oligodramnia (5)?
- Insuficiência placentária
- RPMO
- Malformação urinária fetal
- IECA
- Indometacina (tocolítico)
Tipos de CIUR (3) e principais causas de cada.
- Simétrico (tipo 1) - início da gravidez. Causas: trissomias, drogas, infecções..
- Assimétrico (tipo 2) - 2º/3º trimestres. Causa: insuficiência placentária (HAS, DM..)
- Misto (tipo 3) - raro
Qual o tipo de CIUR mais comum? Qual achado à USG?
Assimétrico (tipo 2) - corresponde a 80% dos casos
USG: redução da circunferência abdominal –> relação CC/CA aumentada
Principais causas de polidramnia (4):
- Doença hemolítica perinatal
- DM gestacional
- Anencefalia
- Alteração em TGI do feto (ex: atresia de esôfago)
Classificação puerpério (2)
- Imediato: 1º ao 10º dia pós-parto
2. Tardio: 11º ao 45º dia pós-parto
Em quanto tempo pós-parto ocorre fechamento do colo uterino?
Até 1 semana!
Em quanto tempo pós-parto ocorre a apojadura da mamas?
Até 3º dia!
Em quanto tempo pós-parto o útero se encontra na cicatriz umbilical? Quando ele volta a ser intrapélvico?
Cicatriz umbilical: pós-parto imediato
Intrapélvico: até 2 semanas
Alteração procurada na dopplervelocimetria de artérias uterinas:
Incisura bilateral protodiastólica (entre a sístole e a diástole) a partir do 2º trimestre
Diagnósticos diferenciais de endometrite (2):
- Abscesso pélvico
2. Tromboflebite pélvica séptica (exclusão)
Quando usar fórcipe de Kielland?
Variedade transversa!
Quando usar fórcipe de Piper?
Parto pélvico (cabeça derradeira) - “Piper do pélvico”
Quando usar fórcipe de Simpson?
Indicação de fórcipe, exceto variedade transversa (Kielland) e pélvico (Piper)
Desaceleração cardíaca fetal tardia indica:
Hipoxemia fetal!
Achados patológicos da artéria uterina na dopplervelocimetria e significado:
- Artéria uterina avalia circulação materna
- Achados: incisura bilateral protodiastólica
- Significado: mal adaptação materna
Achados patológicos da artéria umbilical na dopplervelocimetria e significado:
- Artéria umbilical avalia circulação placentária
- Achados: alta resistência, diástole zero ou reversa
- Significado: insuficiência placentária
Achados patológicos da artéria cerebral média na dopplervelocimetria e significado:
- Artéria cerebral média avalia circulação fetal
- Achados: diminuição da resistência e aumento do fluxo (S/D umb. / S/D acm ≥ 1)
- Significado: centralização fetal
Achados patológicos do ducto venoso na dopplervelocimetria e significado:
- Ducto venoso é o último a se alterar e é indicado para < 32 semanas
- Achados: onda A negativa
- Significado: risco iminente e morte
Principal causa de hemorragia puerperal:
Hipotonia/atonia uterina (sempre avaliar consistência uterina!!)
Frequência de ausculta cardíaca em gestantes de baixo e alto risco:
Baixo risco:
- 30/30 minutos na dilatação
- 15/15 minutos no período expulsivo
Alto risco:
- 15/15 minutos na dilatação
- 5/5 minutos no período expulsivo
Pegada ideal de qualquer tipo de fórcipe:
Biparietomalomentoniana
Conduta no abscesso de mama (4):
- Internar
- Antibiótico
- Drenagem cirúrgica
- Manter amamentação
Fatores de risco para hemorragia puerperal (5):
- Gemelar
- Polidramnia
- Mioma
- Corioamnionite
- Trabalho de parto muito rápido ou muito lento
Quais os parâmetros avaliados no Perfil Biofísico Fetal (5)?
- Cardiotocografia (mais sensível para sofrimento agudo)
- Movimentação fetal
- Movimentação respiratória fetal
- Tônus fetal
- Volume do líquido amniótico (mais sensível para sofrimento crônico)
Condições para APLICAR o fórcipe (7):
*APLICAR* A - Ausência de colo / dilatação total P - Pelve proporcional L - Livre canal de parto I - Insinuação (De Lee ≥ 0) C - Conhecer a variedade de posição A - Amniotomia R - Reto e bexiga vazios
Principal agente da mastite puerperal:
Staphylococcus aureus
Infecção puerperal mais comum e seu principal fator de risco:
- Endometrite
- Fator de risco: cesárea
Quais exames para sofrimento fetal agudo x crônico?
- Agudo: Ausculta cardíaca (cardiotocografia, sonar), PBF
- Crônico: USG, Dopplerfluxometria
Qual a resposta fetal inicial à hipóxia no sofrimento fetal agudo?
Taquicardia (que depois evolui para bradicardia)!!
Qual dos parâmetros do PBF tem maior dependência da oxigenação do SNC? E o segundo?
1º: Cardiotocografia (FC fetal)
2º: Movimento respiratório fetal
Conduta na atonia uterina:
Massagem uterina + Ocitocina ± Misoprostol ± Ergometrina ± Transamin venoso (ác. tranexâmico) ± Balão de Bakri
OU
- Sutura de B-Lynch OU Ligadura de artéria uterina/hipogástrica) OU Embolização da a. uterina OU Histerectomia
Qual medicamento não pode ser usado na atonia uterina se a paciente for portadora de HAS/prê-eclâmpsia?
Ergometrina
Quando solicitar métodos biofísicos de análise fetal em pré-natal de baixo risco?
Gestação prolongada!
A dopplervelocimetria permite diferenciar o feto pequeno patológico do pequeno constitucional. V ou F?
Verdadeiro!!
Conduta na inversão uterina aguda (2):
- Suspender ocitocina
2. Manobra de Taxe (clínica) OU Manobra de Huntington (cirúrgica)
Fator de risco e tratamento do Abscesso Subaureolar Recidivante:
- Fator de risco: tabagismo
- Tratamento: ressecar o ducto e interromper tabagismo
Causa e tratamento da mastite puerperal:
- Causa: pega incorreta com fissuras mamárias
- Tratamento: AMAMENTAR + AINE + ATB (cefalexina, p. ex.)
Clínica e tratamento da endometrite:
- Clínica: tríade de Bumm (útero amolecido, subinvoluído e doloroso) + febre + lóquios piossanguinolentos
- Tratamento: Clindamicina EV + Gentamicina EV
Defina infecção puerperal.
Tax ≥ 38º por mais de 48h, do 2º ao 10º dia pós-parto