Obstetrícia 01 - Sangramentos da Gravidez Flashcards

1
Q

Qual a causa mais grave de doença hemolítica perinatal (DHPN)?

A

Incompatibilidade Rh!

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Q

Qual a causa mais comum de aloimunização materna?

A

Incompatibilidade ABO!

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3
Q

O que precisa ocorrer para uma gestante se sensibilizar para o fator Rh (4)?

A
  1. Gestante Rh (-)
  2. Variante DU (-)
  3. Pai Rh (+)
  4. Feto Rh (+)
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4
Q

Conduta em caso de Coombs indireto negativo (com parceiro Rh+):

A
  • Repetir exame com 28, 32, 36 e 40 semanas
    OU
  • Administrar IG anti-D com 28 semanas ou após parto (72h)
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5
Q

Qual Anticorpo Anti-D atravessa a barreira placentária?

A

IgG!

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6
Q

Conduta em caso de Coombs indireto positivo:

A

Se ≥ 1:16: Investigar anemia fetal (Dopplervelocimetria de ACM OU Espectrofotometria OU Cordocentese)
Se < 1:16: Dosar Coombs indireto mensalmente

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7
Q
  1. Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico de anemia fetal, que também serve para tratamento?
  2. Qual o exame não invasivo e, por isso, mais utilizado?
A
  1. Cordocentese

2. Dopplervelocimetria de a. cerebral média

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8
Q

Qual o principal fator de proteção parcial para a incompatibilidade Rh?

A

Incompatibilidade ABO!

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9
Q

Indicações de Imunoglobulina anti-D (5 indicações):

A
  1. Sangramento
  2. Exame invasivo (amniocentese, cordocentese…)
  3. Parto (até 72h após)
  4. Interrupção da gestação (aborto, ectópica, mola)
  5. Rotina (com 28 semanas).

OBS: paciente precisa ter Coombs indireto NEGATIVO!

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10
Q

Como verificar se a imunoprofilaxia para incompatibilidade Rh foi efetiva?

A
  • Coombs indireto positivo com títulos baixos que tendem a negativar;
    OU
  • Teste de Kleihauer negativo
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11
Q

Quando vejo gestação na USG transvaginal:
4 semanas —> ?
5 semanas —> ?
6-7 semanas—> ?

A

4 semanas —> saco gestacional (SG)
5 semanas —> vesícula vitelínica
6-7 semanas—> embrião / BCF +

OBS: SG ≥ 25mm deve conter embrião!

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12
Q

Qual a principal causa de sangramento na primeira metade da gestação?

A

Abortamento!

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13
Q

Quais os tipos de abortamento com colo fechado?

E com colo aberto?

A

Fechado: ameaça, completo e retido;
Aberto: inevitável, incompleto e infectado.

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14
Q

Qual o tamanho do endométrio nos abortamentos completo e incompleto?

A

Completo: < 15 mm
Incompleto: > 15 mm

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15
Q

Defina abortamento habitual e diga suas principais causas (4):

A
Definição: ≥ 3 episódios de abortamento
Causas: 
1. Incompetência istmo-cervical (cerclagem de McDonald)
2. SAF
3. Insuficiência do corpo lúteo
4. Malformações uterinas
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16
Q

Qual a causa mais comum de abortamento esporádico?

A

Aneuploidias - mais comum: trissomia do 16

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17
Q

Qual o primeiro exame em suspeita de abortamento?

A

Exame especular!!

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18
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo aberto, útero menor com restos ovulares (suspeita e conduta):

A
  • Abortamento incompleto

- Esvaziamento

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19
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo aberto e útero compatível com IG (suspeita e conduta):

A
  • Abortamento inevitável

- Esvaziamento

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20
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo aberto, febre, secreção/sangue vaginal com odor fétido e leucocitose (suspeita e conduta):

A
  • Abortamento infectado

- Clinda + Genta + esvaziamento

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21
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo fechado, útero vazio e menor (suspeita e conduta):

A
  • Abortamento completo

- Orientação

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22
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo fechado, embrião vivo, útero compatível (suspeita e conduta):

A
  • Ameaça de abortamento

- Repouso relativo e antiespasmódicos

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23
Q

Gestante < 20 semanas, sangramento vaginal e cólicas, apresenta colo fechado, embrião morto, útero pode se menor (suspeita e conduta):

A
  • Abortamento retido

- Esvaziamento

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24
Q

Esvaziamento uterino em caso de abortamento:

A

≤ 12 semanas: AMIU (preferencial) ou curetagem
> 12 semanas:
- Sem feto: curetagem
- Com feto: misoprostol ± curetagem

25
Q

Quais os tipos de mola e qual tem maior chance de malignizar?

A
Mola completa (não há embrião) e mola incompleta (há tecido fetal)
Maior chance de malignizar: mola completa!
26
Q

Cite 5 características da mola:

A
  1. Sangramento de repetição
  2. Aumento uterino desproporcional
  3. Eliminação de material com vesículas
  4. Hiperêmese
  5. Hipertireoidismo
  6. Hipertensão
  7. Beta-hCG muito elevado
  8. Flocos de neve à USG
27
Q

Conduta para mola:

A
  • Esvaziamento uterino (aspiração à vácuo) + histopatológico
    OU
  • Histerectomia SEM anexectomia (prole definida + idade > 40 anos)
28
Q

Como fazer o controle de cura da mola? O que sugere malignização (3)?

A
  • Dosar beta-hCG semanal até 3 resultados negativos –> dosar mensalmente até 6 meses
  • Malinigzação:
    I. Aumento do B-hCG em 3 dosagens
    II. 4 dosagens em platô
    III. Metástases
29
Q

Quais os principais sítios de metástase da mola invasora?

A

Pulmão (1º) e vagina!

30
Q

Cite 3 fatores de risco para gravidez ectópica:

A
  1. Gravidez ectópica prévia
  2. Endometriose
  3. Cirurgia abdominal prévia
  4. Tabagismo
  5. Idade > 35 anos
  6. DIP
  7. Raça negra
  8. Uso de DIU (relativo)
31
Q

Clínica da gravidez ectópica:

A

Atraso menstrual + dor abdominal + aumento de anexo + sangramento vaginal discreto + útero vazio à USG + B-hCG positivo

32
Q

Qual o local mais comum de implantação da gravidez ectópica?

A

Região ampular da trompa!

33
Q

Quando fazer tratamento expectante na gestação ectópica?

A

Ectópica íntegra + B-hCG declinante!

34
Q

Quais as condições ideias para tratamento medicamentoso na gestação ectópica (5)?

A
  1. Gestação ectópica ÍNTEGRA (obrigatório)
  2. Sem BCF
  3. Massa < 3,5-4,0 cm
  4. B-hCG < 5.000
  5. Estabilidade hemodinâmica
35
Q

Qual o medicamento utilizado na gestação ectópica e como fazer o seguimento de cura?

A

Metotrexate!

Seguimento: redução do B-hCG ≥ 15% com 4 e 7 dias

36
Q

Quando fazer tratamento cirúrgico conservador (salpingostomia) na gravidez ectópica?

A

Ectópica ÍNTEGRA + desejo reprodutivo

37
Q

Quando fazer tratamento cirúrgico radical (salpingectomia) na gravidez ectópica?

A

Ectópica ROTA!

  • Paciente estável: salpingectomia por video
  • Paciente instável: salpingectomia por lapa
38
Q

Qual a principal diferença entre abortamento inevitável e incompetência istmo-cervical?

A

No abortamento inevitável há cólica!! (ausente na incompetência)

39
Q

Em quais situações o aborto é legal (3)?

A
  1. Anencefalia
  2. Risco de vida da mãe
  3. Estupro (até 20 semanas)
40
Q

Quais os fatores de risco para DPP (6)?

A
  1. HAS (principal)
  2. Trauma
  3. Idade > 35 anos
  4. Polidramnia
  5. Gemelar
  6. Drogas (tabaco, cocaína)
41
Q

Quais os fatores de risco para placenta prévia?

A

“A placenta CIMET entre o colo e o feto”

C - Cesária / Curetagem prévia
I - Idade > 35 anos
M - Multiparidade / Múltipla (gemelar)
E - Endometrite
T - Tabagismo
42
Q

Diferencie o quadro clínico de DPP e PP:

A

DPP:

  • HIPERTONIA UTERINA
  • Dor abdominal
  • Sangramento escuro (pode estar ausente!)
  • Taquissistolia uterina (≥ 6 contrações em 10 min)
  • Sofrimento fetal agudo
PP: (PREVIA)
P - Progressivo
R - Repetição
E - Espontâneo
V - Vermelho vivo
I - Indolor
A - Ausência de hipertonia / sofrimento fetal
43
Q

Gestante, 36 semanas, com sangramento vaginal, dor abdominal e hipertonia uterina. Qual diagnóstico?

A

DPP!

44
Q

Gestante com 30 semanas apresenta sangramento vaginal vermelho vivo, recorrente, sem dor abdominal. Qual diagnóstico?

A

PP!

45
Q

Qual exame pedir em suspeita de DPP e de PP?

A

DPP: NENHUM –> Clínica
PP: Clínica + exame especular + USG!

46
Q

Conduta em DPP:

A

Feto vivo:

  • AMNIOTOMIA
  • Parto por via mais rápida (geralmente cesárea)

Feto morto:

  • AMNIOTOMIA
  • Preferencialmente por via vaginal (coagulopatia é mais frequente)
47
Q

Conduta em Placenta Prévia (PP):

A

A termo + sangramento –> Parto*

Prematuro:

  • Sangramento INTenso –> INTerrupção da gestação*
  • Sangramento EScasso –> EXpectante (corticoide + preparo para possível parto*)

*PP TOTAL –> Cesárea
PP PARCIAL –> Maioria cesárea
PP MARGINAL –> Avaliar parto vaginal

48
Q

Quais os tipos de placenta prévia (3)?

A
  1. Marginal
  2. Parcial
  3. Total
49
Q

Principais complicações da DPP (3):

A
  1. Útero de Couvelaire (apoplexia uteroplacentária)
  2. Síndrome de Sheehan (necrose hipofisária com amenorreia)
  3. CIVD (excesso de tromboplastina na circulação materna)
50
Q

Quais as possíveis condutas em caso de Útero de Couvelaire?

A
- Massagem + Ocitócito + Misoprostol
OU
- Sutura de B-Lynch (preserva útero)
OU
- Ligadura da artéria uterina / hipogástrica
OU
- Histerectomia
51
Q

Quais as complicações da placenta prévia (PP) (3)?

A
  1. Acretismo placentário
  2. Apresentação anormal (não cefálica)
  3. Puerpério anormal (hemorragia, infecção)
52
Q

Cite diagnóstico, classificação e tratamento do acretismo placentário:

A

Diagnóstico:
- PP + cesárea anterior + USG/RNM

Classificação e tratamento:

  • Acreta (até camada esponjosa do endométrio) –> extração manual
  • Increta (até miométrio) –> histerectomia
  • Percreta (até serosa) –> histerectomia
53
Q

Sangramento vivo, indolor, espontâneo, periparto + USG NORMAL:

A

Rotura de seio marginal (USG diferencia de quadro de PP)

54
Q

Condutas em casos de roturas (de seio marginal, de vasa prévia e uterina):

A
  • Rotura de seio marginal
  • -> Parto vaginal
  • Rotura de vasa prévia –> Cesariana de urgência
  • Rotura uterina –> Cesariana + (histerectomia OU histerorrafia)
55
Q

Qual o principal fator de risco e a clínica da rotura de vasa prévia?

A

Principal fator: inserção velamentosa
Clínica:
- Sangramento vaginal APÓS AMNIORREXE
- Sofrimento Fetal Agudo (sangramento vem do feto), geralmente com óbito fetal

56
Q

Fatores de risco para Rotura Uterina (5):

A
  1. Cicatriz uterina
  2. Multiparidade
  3. Manobra de Kristeller
  4. Malformação uterina
  5. Parto obstruído
57
Q

Quais os sinais de iminência de rotura uterina (2) e de rotura consumada (3)?

A

Iminência:

  • Bandl (anel separa corpo do segmento)
  • Frommel (ligamentos redondos distendidos

Consumada:

  • Sinal de Reasens: subida da apresentação fetal ao toque
  • Sinal de Clark: presença de enfisema subcutâneo
  • Fácil palpação de partes fetais
58
Q

A partir de que idade gestacional pode ser afirmado o diagnóstico de placenta prévia?

A

≥ 28 semanas!!