NEO - Alterações respiratórias Flashcards
1 – O que é a apneia idiopática do prematuro? Qual o TTO medicamentoso?
Resposta atenuada ao CO2, resposta paradoxal a hipóxia, fatores físicos associados ao desenvolvimento pulmonar e instabilidade faríngea(fatores obstrutivos).
Incidência inversamente proporcional a idade gestacional.
Rara no primeiro dia, geralmente começa no segundo(48 hrs de vida) ao sétimo dia *podem ocorrer até idade gestacional corrigida de 36 semanas. *frequência aumenta durante o sono REM - relaxamento das estruturas laríngeas.
TTO – Monitorização cardiorespiratória + cafeína/metilxatinas(aminofilina/teofilina) - se estímulo tátil falhar(dorso/solas dos pés) + oxigenoterapia/ventilação com máscara se refratário.
CPAP nasal + oxigênio em baixo fluxo leva ao estímulo as incursões respiratórias.
tto/acompanhamento até a idade gestacional corrigida para 36 semanas.
*lembrando que apneia em prematuro - pode ser essa causa idiopática, aparecimento de apneia em RN a termo –> investigação deve ser feita para outras causas.
2 – O que é a apnéia patológica?
>20 segundos ou 15-20 que venha acompanhada de cianose, bradicardia ou queda da saturação de O2.
*diferenciar da pausa fisiológica do RN.
Sobre o Desenvolvimento Embrionário
do sistema Pulmonar - Falar sobre
Crescimento do pulmão depende de fatores físicos(espaço adequado, presença de LA, presença de mov resp fetais), sistema de surfactante depende de fatores hormonais.
*último estágio de maturação alveolar só se completa aos 8 anos.
Porque os Recém nascidos evoluem rapidamente para fadiga respiratória?
Arcabouço torácico muito maleável, a energia gasta com a mecânica ventilatória é muito alta –> rapidamente evoluem para insuficiência respiratória.
Quais sãos os sinais de esforço respiratório?
batimento de asas nasais, gemido expiratório, head bobbing, retrações torácicas(pode levar ao quadro de respiração paradoxal –> dissincronia resp abodminal/torácica).
Cianose –> periférica é geralmente de caráter benigno, a central nos preocupa(doenças pulmonares graves/cardiopatia congênitas devem ser investigadas).
Quais as possíveis causas da síndrome da dificuldade respiratória do RN?
IMAGEM.
Quais as principais causas de apneia secundária?
IMAGEM *lembrando que elas se iniciam geralmente nas primeiras 72 hrs de vida.
6 – Taquipneia transitória do RN – aspectos gerais/diagnóstico/tto/fatores relacionados
Fisiopatologia – absorção lenta do fluido pulmonar fetal, redução da complacência e aumento do espaço morto pulmonar.
Geralmente à trabalho de parto(cesárea, filho de mãe diabética). *trauma do parto normal ajuda na eliminação do líquido pulmonar.
*stresse transitório com aumento da FR(60-100ipm) sem retrações/gemidos, melhora com FiO2 < 40%, Rx não tem infiltrado semelhante a DMH, vê-se inicialmente um pulmão com áreas de hipotransparência(úmido) e aumento da trama vascular que evolui bem em até três dias.
*pode ainda ser feito o diagnóstico diferencial com pneumonia streptocócica e SAM.
Fatores relacionados –> demora no clampeamento do cordão, hidratação materna excessiva, parto cesárea sem trabalho de parto prévio, asfixia perinatal, diabetes/asma materna, policitemia.
TTO –> suporte, sonda orogástrica em RN com FR>60(evitar broncoaspiração), FiO2 < 40% em cateter nasal ou CPAP.
*não está indicada diuréticos/atb para esse quadro.
7 – SAM à aspectos gerais/ fisiopatologia/ diagnóstico e tto
Quem está em grupo de risco para desenvolver?
O que é o mecônio?
Obstrução de pequenas vias aéreas devido mecônio espesso.
Tórax hiperinsuflado, risco de Pneumotórax/pneumomediastino devido ao ar acumulado(sinal = enfisema subcutâneo).
Tto à RN asfíxico com mecônio espesso à nova diretriz(prioriza a ventilação).
QC –> expiração prolongada + alterações na ausculta, sinais de insuficiência respiratória nas primeiras horas de vida, hiperdistensão torácica pode ocorrer.
*ocorrência de HAP - grave, ecocardiograma pode mostrar aumento do shunt direito esquerda pelo forame oval/canal arterial.
*diagnóstico será feito –> LA com presença de mecônio, presença de mecônio na traqueia de RN deprimido, insuficiência respiratória precoce + achados típicos da Rx.
Radiológico –> infiltrado grosseiro difuso, alterando com áreas de hipotransparência e hiperinsuflação(aumento do diâmetro AP do tórax), achatamento do diafragma.
TTO –> Prevençao(evitar que o feto entre em sofrimento fetal/asfixia).
Ventilação mecânica convencial, ventilação de alta frequência, surfactante, NO(óxido nítrico), ECMO(oxigenação por membrana corpórea).
Cuidados pós natal - cuidados gerais(temp, glicemia, calcio, restrição de liq, HTC > 40% em VM) + oxigenação(adequada - evitar hipoxia e HAP) + ventilação(CPAP se FiO2 > 40% ou hipercapnia/hipoxemia = uso VM invasiva) + Atb terapia(ampi/genta)/surfactante + tto da HAP(PaO2 > 100mmHg quando feito o diag, na ausência 60-90mmHg).
*presença de mecônio no LA não é sinônimo de SAM.
Grupo de risco –> RN pós-termo, os asfíxicos, os com CIUR, os
RN pélvicos e os macrossômicos.
Fisiopatologia –> qualquer fator que submeta o RN a asfixia –> hipoxemia leva ao aumento do peristaltismo e relaxamento do esficter com liberação do mecônio, bem como aumenta os movs respiratórios do RN - aumenta chance de aspiração meconial. *pode levar ao quadro de hipertensão pulmonar em 1/3 dos bebes com SAM.
Mecônio - material referente a debris intestinais que se acumulam durante o terceiro trimestre.
HAPP - Hipertensão Arterial Pulmonar Persistene - aspectos gerais, fisiopatologia, diagnóstico QC, TTO
Persistência da circulação pulmonar fetal após nascimento = hipoxemia e hipercapnia.
*alta resistência no leito vascular pulmonar - shut direito esquerda pelo forame oval/CA.
Fatores que aumentam a resistência no leito vascular pulmonar –> asfxia, a síndrome de aspiração meconial, sepse, pneumonia, doença da membrana hialina, hipoglicemia, policitemia, uso de inibidores da recaptação da serotonina
pela mãe no último trimestre de gravidez, uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINEs) e hipoplasia pulmonar (ex.: hérnia diafragmática, oligodramnia, derrames pleurais).
QC –> taquipneia, retrações costais, gemidos, batimento de asas, logo nas primeiras horas de vida, se envolvimento cardíaco grave = pode haver isquemia e até mesmo choque cardiogênico. Queda da saturação com o simples manuseio = labilidade. Rx de tórax - sem tantos achados que justifiquem hipoxemia grave.
Diagnóstico –> geralmente RNAT, AIG, ou pós termo, com fatores predisponentes(principalmente asfixia) + exame físico revelando hiperfonese de B2, sopro de regurgitação tricúspede. => ecocardiograma é fundamental, estimativa da pressão pulmonar e exclusão de cardiopatias.
TTO –> direcionado p/ doença de base.
IOT é a opção de escolha p/ maioria dos casos, ventilação convencional com fentanil(relaxa leito pulmonar + diminuição da descarga adrenérgica devido a manipulação), pancurônio(casos mais graves devido aos efeitos adversos).
Choque e hipotensão - drogas vasoativas.
Hidrocortisona como coadjuvante(se suspeita de insuf adrenal associada).
NO = vasodilatador potente.
Policetemia - EST se HTC > 65%, para mantê-lo entre 50-55.
3 – DMH – aspectos gerais, diagnóstico e tratamento.
*deficiência de surfactante, melhorou-se muito o prognóstico devido a utilização de surfactante exógenos = aumento da tensão superficial intraalveolar = atelectasia.
Incidência inversamente proporcional conforme a idade gestacional.
Níveis adequados de surfactante a partir de 35 semanas.
QC à taquidispneia observada em minutos após nascimento, chega ao pico em três dias(se não houver tto). Sinais de melhora = menor necessidade de O2 e aumento da diurese.
Radiológico – infiltrado reticulonodular e aerobroncograma à evolução para pulmão em “vidro moído”.
DDx de difícil no início – sepse de início precoce => similar radiologicamente, exames são colhidos(propedêutica completa de sepse + uso de surfactante endotraqueal + atb empírico com ampicilina + gentamicina) => vou suspender o atb dependendo dos exames.
Prevenção à evitar prematuridade, betametasona 48 hrs antes do parto de fetos entre 24-34 semanas.
TTo à suporte ventilatório + surfactante endotraquel.
*MS –> adm de surfactante naqueles prematuros com VMI com necessidade de FiO2 >=40% para manter a saturação entre 86-93% e a PaO2 entre 50-70 mmHg, *reavaliar em 6 hrs= se precisar de FiO2 >= 30% para manter os parâmetros anteriores = nova dose deve ser feita.
*MS recomenda uso do surfactante p/ outras doenças pulmonares se essa fração de FiO2(>=40%) seja necessária para manter os parâmetros.
Complicação a longo prazo : broncodisplasia pulmonar, depende de O2 após 36 semanas de idade gestacional e está em tto com O2 por no mínimo 28 dias, cateterização umbilical, PCA - shunt direito/esquerdo devido aumento da resistência pulmonar.
Broncodisplasia – divisão na imagem.
Quais são os sinais/sintomas de PCA?
1) episódios de apneia em um bebê que já está se recuperando da membrana hialina; 2) precórdio hiperdinâmico, pulsos amplos e sopro sistólico contínuo; 3) retenção de CO2; 4) aumento da necessidade de oxigênio; 5) radiografia de tórax evidenciando um aumento da área cardíaca e aumento da trama vascular e 6) hepatomegalia.
Diagnóstico - confirmo com Ecocardiograma.
TTO - fechamento medicamentoso(indometacina - EV)/cirurgico - esta última opção se não responder com medicação.
*CI ao uso da indometacina = plaq < 50mil, sangramento, oligúria, suspeita de enterocolite necrosante e creatinina > 1,8.
Sobre a Displasia broncopulmonar - aspectos gerais, QC, diagnóstico e tratamento
Definição - doença resp crônica do RN, decorrente da imaturidade pulmonar e da exposição ao oxigênio e ventilação mecânica = consequência é a necessidade de Oxigenoterapia por tempo prolongado > 28 no bebê com mais de 36 semanas de idade gestacional corrigida(ou qualquer modalidade de suporte respiratório).
Fisiopatologia - toxicidade pelo O2, barotrauma e volumotrauma = atelectasias/hiperinsuflação => fase crônic fibrótica => consequências(red. da complascência pulmonar, aumento da resistência das vidas aéreas, distúrbios de troca gasosa).
*Megavitaminose A em RN de extremo baixo peso - proteção, assim como a rápida extubação p/ CPAP nasal.
QC –> sinais/sintomas de dificuldade respiratória com crepitações/roncos a ausculta. Casos graves = IC direita devido a HAP.
Radiografia - enfisema intersticial, atelectasia com áreas de hiperinsuflação e formações císticas.
TTO –> suporte nutricional(calorias/gorduras suplementares), hidratação criteriosa(hiperhidratação = aumenta chance de BDP), diuréticos, Beta-agonista(tto do broncoespasmo), metilxantinas(teofilina + cafeína - atuam no drive), dexametasona pós natal(encurta o tempo de extubação, mas não melhora sobrevida - posso usar nos casos graves - recomendado pelo MS), oxigenação adequada(sat em torno de 92% e se HAP presente 94-96%), tratamento precoce de infecção.
Pneumonia neonatal - aspectos gerais, QC, diagnóstico, tratamento
Inflamação do parênquima pulmonar devido a algum agente infeccioso –> classifica em precoce(iniciada até 48 hrs de vida), adquirida durante nascimento(BGS, E. coli e Listeria), tardia(após 48 hrs de vida - germes nosocomiais - gram nega, S. aureus, stafilos coagulase negativos, fungos).
DMH –> quadro clínica/radiológico semelhante ao da pneumonia por BGS.
Fatores de risco para pneumonia/sepse neonatal –> bolsa rota > 18 hrs, colonização materna pelo GBS ou corioamnionite(febre intraparto, LA fétido, taquicardia materna ou fetal, leucocitose materna > 20mil, útero doloroso).
RN pode ter –> pneumonia, sepse, meningite ou osteomielite.
*uso de penicilina intraparto - reduz risco de colonização.
Diagnóstico - dificuldade respiratória com sinais de esforço.
Desconforto resp + hemocultura positiva = diagnóstico.
Desconforto resp + outros fatores = diagnóstico
*outros fatores = FR p/ sepse neonatal, sinais clínicos de sepse(letargia, intolerância alimentar, hipotonia, hipo/hipertermia, distensão abdominal), alterações radiológicas persistentes por mais de 48 hrs, triagem laboratorial positiva com Rodwell >=3, PCR elevado.
TTO - precoce –> ampicilina + gentamicina de forma empírica.
duração varia de acordo com o foco de infecção(10 dias sepse, 14-21 dias meningite, 28 dias para osteomielite, se na cultura crescer GBS - penicilina cristalina ou ampicilina resolvem.
Linha do tempo com as possíveis causas
IMAGEM