Varizes MMII Flashcards
Qual o conceito de varizes?
Veias dilatadas e torduosas
Varizes são manifestações resultantes da ________
Varizes são manifestações resultantes da insuficiência venosa crônica, isso é, incapacidade das veias no corpo (geralmente nas pernas) de bombear o sangue de volta ao coração
As apresentações clínicas da insuficiencia venosa crônica seguem um espectro que varia de ________… até ________…
As apresentações clínicas das varizes seguem um espectro que varia de pequenas telangectasias assintomáticas até paniculites, dermatites, edemas e ulceração
Quais são os 2 sistemas venosos que compõem a drenagem dos membros? Eles se comunicam?
- Sistema venoso superficial (v. safena magna e parva) - acima da fascia
- Sistema venoso profundo (v. femoral, poplítea, tibiais e fubulares) - intra ou intermuscular
Se comunicam por meio das veias perfurantes (perfura a fáscia e o músculo e se conecta o sistema profundo e o superficial)
Qual a direção fisiológica do fluxo sanguíneo veias perfurantes?
superficial → profundo
Quais são os 2 mecanismos/estruturas que determinam o retorno venoso dos MMII?
Válvulas venosas (maioria bicúspede): direcionam o fluxo de distal → proximal e de superficial → profundo (exceto pé: profundo → superficial)
Bomba muscular: contração muscular comprime as veias profundas e empurram o sangue (valvula impede refluxo) e induzem o fluxo do sistema superficial → profundo
Cite 5 causas das varizes/ insuficiência venosa crônica.
- alterações estruturais ou funcionais no sistema venoso (superficial, profundo ou perfurente) (hereditário, sexo feminino, idade, número de gestações) = Dilatação das paredes venosas / disfunção valvar
- Redução do retorno venoso (obesidade, gestação)
- Redução da bomba muscular (inatividade física, postura sentada)
- Genética
- Anastomosos arterio-venosas
Qual a fisiopatologia das varizes?
cite 4
Alteração estrutural ou funcional no sistema venoso (superficial, profundo ou perfurente), ↓ retorno venoso ou ↓ bomba muscular = hipertensao venosa:
- Teoria valvar: hipertensão venosa → refluxo de sangue para o sistema superficial + lesão valvar (= persistência da hipertensão venosa) → + refluxo (ciclo⤴️) → distenção venosa superficial (varizes)
- Genética: menos válvulas = hipertensão venosa
- Teoria parietal: hipertensão venosa → inflamação e lesão endotelial → fragilidade da parede e do tecido conjuntivo → dilata mesmo com pressão venosa normal
-
Anastomose arteriovenosa:
Microanastomose latente que descompensa → hipertensão venosa → refluxo para superficie → varizes
Quais os dois tipo de varizes (quanto a sua origem)?
Primárias: origem no sistema venoso superficial
- Sistema profundo normal
- Multifatorial
Secundárias: obstrução do profundo (ex: TVP, agenesia e vv. profundas, fístulas artério-venosas)
Cite 6 fatores de risco para as varizes.
- HF + (autoss. Dominante, penetrância incompleta com expressividade variável)
- Mulheres
- Idade avançada (>70% mulheres 70 anos)
- Gestação (hormônios = ↑ complacencia venosa; ↓ retorno venoso pelo crescimento uterino - cava; ↑ demanda em sistema venoso já ruim)
- Obesidade (↓ retorno venoso)
- Profissão: ortostatismo prolongado = ↑ pressão venosa constante
Quais os principais sintomas relacionados a insuficiência venosa crônica/varizes (quadro inicial)?
- Dor difusa com sensação de peso e cansaço
- panturrilha e tornozelo/sobre o cordão varicoso
- piora: vespertina, pré-mestrual, gestacional, longos periodos em pe ou sentado
- melhora: elevação do MMII, caminhada
- menos comuns: caimbra e Prurido (longos períodos em pé, eczema, descamação)
Quanto maior a dilatação das varizes, maior a dor?
Não
dor não é proporcional ao grau de dilatação
Qual a diferença entre: telangectasias, veias reticulares e varizes?
Diâmetro:
- telangectasias: < 1mm
- veias reticulares: 1-3 mm
- varizes: > 3 mm
Cite os sinais Início da descompensação clínica da insuficiência venosa crônica.
cite os 5 (em ordem de evolução)
- edema
- hiperpigmentação
- lipodermatoesclerose
- atrofia branca
- úlcera
Quais as características do edema da insuficiência venosa crônica?
início descompensação clínica 1º
- vespertino: final do dia
- compressível
- temperatura normal
- distal pra proximal (princip: Pé e 1/3 distal das pernas )
- mais ascentuados em varizes secundárias (pois pior o retorno)
- melhora só após muito repouso ou uso de meias elásticas
Qual a fisiopatologia do edema da insuficiência venosa crônica?
início descompensação clínica 1º
- IVC
- ↑ pressão venosa
- extravasamento contínuo de líquidos e outras proteínas dos capilares para os tecidos
Qual a fisiopatologia da hiperpigmentação da insuficiência venosa crônica?
início descompensação clínica 2º
Dermatite ocre
- IVC
- ↑ pressão venosa
- extravasamento de elementos figurados do sangue
- hemácia, que tem na hemoglobina o íon ferro, transforma-se em hemossiderina
- escurece a pele = hiperpigmentação ocre.
Começa com pequenas manchas e vai coalecendo
1.Linear
2.Maléolo medial
3.1/3 distal da perna (botas)
Predispõe o surgimento de úlceras de estase.
Quais as características da lipoatrofia da insuficiência venosa crônica?
(cite seu nome técnico)
início descompensação clínica 3º
Lipodermatoesclerose:
* Fibrose da pele e subcutâneo
* Fase aguda: inflamação, sinais flogísticos
* Fase crônica: esclerose intensa (Garrafa invertida)
IRREVERSÍVEL
Qual a fisiopatologia da lipoatrofia da insuficiência venosa crônica?
(cite seu nome técnico)
início descompensação clínica 3º
- IVC
- hipertensão venosa
- extravasamento contínuo de **líquidos e proteínas **dos capilares para os tecidos = edema no tornozelo + endurecimento do tecido subcutâneo.
Quais as características da atrofia branca da insuficiência venosa crônica?
início descompensação clínica 4º
Áreas de com milímetros de diâmetro
Pele atrofiada e deprimida
Espontâneas
Sem ulceração prévia
Branca pois sem capilares (trombose)
Podem coalescer
PRECEDE A ÚLCERA
Quais as características da úlcera da insuficiência venosa crônica?
início descompensação clínica 4º
Úlcera de estase
- Maléolo medial - pode evoluir para toda a circunferência
- Irregular
- Dor leve a moderada (piora ao longo do dia e melhora com elevação dos MMI)
- Espontânea/pós trauma
- Fundo vermelho escuro (tec. granulação abundante) coberto por fibrina
- ** lesões tróficas ao redor**
Cite alguns diagnósticos diferenciais para a insuficiência venosa cronica.
Tromboflebite, TVP, Erisipela, Artrite reumatóide, Arterial, Mialgia, Anemia, Neuropatia periférica, Problemas de coluna, Osteoartrite, Linfedema, Neoplasias, Dor por esforço físico.
Qual o teste terapêutico que pode auxiliar no diagnóstico de insuficiência venosa crônica e esclarecer se a cirurgia melhorará os sintomas?
meias elásticas (se melhorar, vai se beneficiar com a cirurgia quanto aos sintomas)
Qual a escala usada para classificar a insuficiencia venosa crônica?
CEAP (Clínica Etiológica** A**natômica Patológica)
Usamos mais a Clínica:
* C0: sem sinais palpáveis/visíveis
* C1: telangectasias ou veias reticulares
* C2: varizes (> 3mm)
* C3: edema
* C4a: hiperpigmentação
* C4b: lipodesmatoesclerose ou atrofia branca
* C5: Úlcera venosa cicatrizada
* C6: Úlcera venosa ativa
Qual a escala usada para classificar a insuficiencia venosa crônica?
CEAP (Clínica Etiológica** A**natômica Patológica)
Quais são as classificações clínicas do CEAP para insuficiência venosa crônica?
CEAP: Usamos mais a Clínica:
- C0: sem sinais palpáveis/visíveis
- C1: telangectasias (< 1mm) ou veias reticulares (1-3 mm)
- C2: varizes (> 3mm)
- C3: edema
- C4a: hiperpigmentação
- C4b: lipodesmatoesclerose ou atrofia branca
- C5: Úlcera venosa cicatrizada
- C6: Úlcera venosa ativa
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C1: Classe 1
Telangiectasias (<1mm) e/ou veias reticulares (1-3mm).
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C2: Classe 2
Veias varicosas > 3 mm
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C3: Classe 3
edema
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C4a: só hiperpigmentação
* C4b: lipodesmatoesclerose ou atrofia branca
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C5: Classe 5
Alterações tróficas com úlcera cicatrizada
Classifique o quadro de insuficiência venosa crônica quanto a clínica.
C6: Classe 6
Alterações tróficas com úlcera aberta
Como o exame físico para a avaliação da insuficiencia venosa crônica deve ser realizado?
Cite a posição, ambiente e exame físico
- relalizar em ortostatismo e em decúbito dorsal
- ambiente bem iluminado
- palpação (buscar edema, atrofia)
- palpar pulsos
Qual o edema característico da insuficiência venosa crônica? Como diferenciá-lo dos outros tipos de edema de MMII?
Edema venoso
* compressível
* dor em queimação
* alívio com elevação do membro
* uni ou bilateral
Qual o principal exame complementar usado para avaliar a infuf. venosa crônica? O que ele avalia?
Duplex scan de MMII
Identifica:
* Calibres das veias
* Tortuosidades
* Obstruções
* Refluxo e sua extensão
* Avaliar Sistema profundo
* Variações anatômicas
* Identificação das perfurantes
Quais são as orientações gerais para o tratamento das varizes?
cite 6
- Evitar ortostatismo prolongado
- Controle de peso
- Cama em Trendelemburg (elevar o pé da cama - travesseiro só não funciona)
- Exercícios físicos regulares
- Períodos de repouso
- Evitar sapatos muito altos (não movimenta panturrilha)
Qual o tratamento farmacolócico para as varizes?
Eles reduzem as varizes?
Flebotônicos ou venotônicos:
* sintéticos: aminaftona e dobesidato
* naturais: castanha da índia, rutina, metilotus officinalis
↓ permeabilidade e a fragilidade capilar
↑ tônus venoso
↑ peristalse do sistema linfático
Custo elevado
Não reduzem varizes, só melhoram sintomas
Quais as vantagens da terapia compressiva?
Cite qual a meia mais indicada (mmHg)?
↓ edema e progressão da doença
- ↑ drenagem línfática
- melhora função valvular
- ↓ calibre das veias
Meias elásticas 20-30 mmHg: mais usada (mesmo sem varizes ainda)
Complicações da Insuf. venosa crônica
Qual a conduta frente a tromboflebite?
- Duplex scan MMII para afastar TVP ou acometimento do SN
- Elevação do membro
- Anti-inflamatório + Analgésico + Calor local
- TVS extensa/próxima ao sistema profundo = enoxaparina
Complicações da Insuf. venosa crônica
Qual a conduta frente a varicorragia?
- Elevação do membro
-
Compressão digital por 10 min + Enfaixamento por 24h
Após fase aguda/se repetição: esclerose do botão varicoso/cirurgia
varicorragia: sangramento decorrente de uma variz estourada
Complicações da Insuf. venosa crônica
Qual a conduta frente a úlcera venosa?
Repouso com elevação do membro
Curativo
Desbridamento químico/cirúrgico
Enxerto de pele
- 50%-6 meses
- 20%-mais de 2 anos
- Recidivante
difícil tratamento: maioria > 6 meses / recidiva
Quais os 3 procedimentos invasivos para tratamento das varizes?
Quando cada um deles é indicado?
- Escleroterapia - telangectasias (estética)
- Exérese tradicional - sintomas
- Endolaser - sintomas
Como funciona a escleroterapia?
Quais os 3 tipos disponíveis e qual é o melhor?
Esclerosante:
* Soluções osmóticas - glicose hipertônica: desidratração celular
* Soluções detergentes - polidocanol : destruição dos lipídios parede celular
= lesão endotelial = trombose = fibrose = desaparecimento
Tipos
1. Líquida
2. Espuma (detergente + ar)
3. CLaCS (Crio Laser e Crio Escleroterapia) - melhor pois reduz a chance de manchar a pele (ocorre quando a veia é muito grande)
Quais as possíveis complicações da escleroterapia?
cite 4
- Manchas hipercrômicas (quanto mais escura a pele)
- **Necrose isquêmica **
- Tromboflebite / * TVP (raro)
- Reações alérgicas
Como funciona a exérese cirúrgica convencional das varizes?
- teste terapeutico (meias = melhora sintomas = beneficio da cir)
- Marcação das varizes (em ortostatismo)
- Exérese das varizes por incisões escalonadas
Quais as possíveis complicações da cirurgia para retirada de varizes?
cite 6
- Hemorragias e hematomas
- Manchas
- Lesão de nervos - principalmente se do joelho pra baixo
- Lesão linfática
- TVP
- Infecção
Como funciona a cirurgia por endolaser das varizes?
- teste terapeutico (meias = melhora sintomas = beneficio da cir)
- Termoablação por punção
menos complicações que a cir. convencional
Podemos realizar tratamento invasivo em gestantes?
ao
Não - só tratamento clínico
Escleroterapia e cirurgia somente após 12 semanas no pós parto - involução dos vasos e retorno da distensibilidade venosa normal