Acidentes perfurocortantes Flashcards

1
Q

Quais os 3 principais patógenos transmitidos pelo sangue e que possuem relevância em casos de acidentes pérfuro-cortantes (ou outras exposições)?

A
  1. HIV
  2. Hepatite B
  3. Hepatite C
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2
Q

O que consideramos como “exposição” em casos desses acidentes perfurocortantes?

A

Contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais potencialmente infectados de forma que seja possivel a transmissão da doença e necessite de PEP (profilaxia pós exposição) - no caso de HIV e Hep. B

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3
Q

Contato de sangue contaminado com a pele intacta apresenta algum risco de contaminação?

A

NÃO - pele intacta é uma barreira eficaz contra a contaminação por HIV, Hep. B ou C

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4
Q

Quais os 4 tipos de exposição a patógenos transmitidos pelo sangue?

A

exposições:

  1. percutâneas: por lesões com instrumentos perfurocortantes (ex: agulhas, bistúri)
  2. em mucosas: respingos em face (olho, nariz ou boca) ou genitária
  3. cutâneas: contato com pele não íntegra, com dermatite ou feridas abertas
  4. mordedura humana
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5
Q

Cite secreções/soluções corporais que podem transmitir HIV, heb. B e C em caso de acidentes ocupacionais,

A

alto risco

  • 1- Sangue (TODOS)

HIV e hepatite B: transmissão principal pelo sangue

Hepatite C: transmissão quase exclusivamente pelo sangue

  • 2- sêmen e secreção vaginal (HIV)

risco indeterminado: (possível no HIV e pouco provável na hep. B)

  • 3- liquido sinovial
  • 4- líquor
  • 5- liquido amniótico
  • 6- Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico)
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6
Q

Cite 6 secreções/soluções corporais que NÃO trasmitem HIV. Elas podem transmitir Hep. B e C em casos de acidentes ocupacionais?

A
  1. secreção nasal
  2. saliva (exceto em ambientes odontológicos)
  3. suor
  4. lagrímas
  5. urina,fezes e vômito
  6. escarro

OBS: podem contaminar se** tiverem **misturadas com sangue

Virus HBV (Hep B) pode estar presente mas a titulação é muito baixa para infectar

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7
Q

Acidentes perfurocortantes são considerados emergências?

A

Sim, pois há necessidade de realização de profilaxia em, no máximo 72h (idealmente: 2 a 3 horas)

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8
Q

Depois de 72 horas ainda há alguma indicação de medidas profiláticas em casos de acidentes pérfuro-cortantes (ou outra possível exposição percutânea a patógenos transmitidos pelo sangue) ?

A

Não

Estudos mostraram que depois de 72h não tem benefício de realização, pois não altera a incidência das infecções.

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9
Q

Quais os 5 tipos de lesão percutâneas com maior risco de transmissão?

A
  1. Lesões profundas
  2. Presença se sangue visível no instrumento
  3. Agulhas com lúmen
  4. Agulhas de grande calibre
  5. Agulhas usadas em punção de veias ou artérias (contato direto com corrente sanguínea = maior risco)
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10
Q

Qual as variáveis que determinam o risco (%) de contaminação por HIV em acidentes ocupacionais?

A
  • Taxa de infecção de: 0,3% - percutâneas x 0,09% - mucosas
  • Acidentes com maior chance de transmissão (sangue visível, profunda agulha grande calibre/lúmen e/ou usada para punção venosa/arterial)
  • pacientes com AIDS terminal
  • carga viral? - indeterminado
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11
Q

Qual a diferença entre casos de contaminação ocupacional pelo HIV comprovados e o prováveis?

A
  • acidente comprovado:
    • No momento do acidente: sorologia não reativa,
    • Durante o acompanhamento se evidencia sorologia reativa (soroconversão)
      • ​evidência documentada de soroconversão e demonstração temporal associada a exposição ao vírus
  • acidente provável:
    • Profissional apresenta a infecção e não possuem nenhum risco identificado para infecção diferente da exposição ocupacional
    • relação causal entre a exposição e a infecção não pode ser estabelecida porque a sorologia do profissional acidentado não foi obtida no momento do acidente.
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12
Q

Qual a diferença entre

  • Anti-HBs:
  • HBsAg:
  • HBeAg:
A
  • Anti-HBs: anticorpo - verifica imunidade contra o vírus da hepatite B
  • HBsAg: partícula do vírus e a sua positividade significa infecção pelo vírus da hepatite B
  • HBeAg: marcador de que o vírus está replicando (se multiplicando).
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13
Q

Qual as variáveis que determinam o risco (%) de contaminação por Hep. B em acidentes ocupacionais?

A
  • HBeAg positivo (alta replicação viral) → 22 a 31% de risco de desenvolvimento
  • HBeAg negativo ou HbsAg positivo → risco de 1 a 6%
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14
Q

Quais são os cuidados imediatos frente a acidentes perfurocortantes com risco de exposição?

A
  1. lavar exaustivamente com água e sabão o local da lesão.
    • em mucosas → lavar exaustivamente com água ou soro fisiológico 0,9%.
  2. Avaliação laboratorial** do paciente-_fonte_ e do paciente-_exposto_**
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15
Q

Há benefício em expressão manual, cortes, injeções ou uso de antissépticos no local para evitar a soroconversão do paciente-exposto?

A

Não

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16
Q

Como realizamos a Avaliação laboratorial do paciente-exposto (funcionário)?

A

Obter autorização por escrito

verificar se ele possuía alguma das patologia antes do acidente = sem relação causal direta com o acidente.

  1. HIV: teste rápido
  2. Hepatite C: Anti-HCV
  3. Hepatite B → conferir vacinação.
    1. Se vacinadoAnti-HBs > 10 UI/L.
    2. Se não vacinado → HBsAg, Anti-HBc, anti-HBs
  • Se algum exame do paciente fonte** for **positivo,** deve-se **iniciar quimioprofilaxia correspondente** e realizar o acompanhamento especializado, **caso o paciente exposto não tenha exames positivos.
  • paciente fonte desconhecido**→ iniciar sempre a **quimioprofilaxia para todas as possíveis infecções.
17
Q

Em casos de acidentes perfurocortantes com risco de exposição, o paciente-fonte e sempre conhecido?

A
  • Conhecido: sabe de qual paciente veio o perfurocortante.
  • Desconhecido: não tem conhecimento do paciente ou o paciente não concorda em realizar os exames
18
Q

Como realizamos a Avaliação laboratorial do paciente-fonte conhecido?

A

Obter autorização por escrito

  1. HIV: teste rápido (ou anti-HIV 1 e 2 - ELISA)
  2. Hepatite C: Anti-HCV
  3. Hepatite B → HBsAg, Anti-HBc
  4. VDRL
  5. chagas
19
Q

Quando a quimioprofilaxia do HIV é indica e quais os esquemas profitálicos?

A

Indicado PEP para o paciente exposto quando:

  • Paciente fonte:
    • sabidamente portador do vírus e/ou SIDA.
    • não sabe, mas com teste HIV rápido e/ou HIV tipo 1 e 2 (elisa) positivo.
    • exposição de risco nos ultimos 30d
    • Desconhecido? (decisão individualizada)

Esquemas: 28 dias

  • 1 cp coformulado de tenofovir/lamivudina (TDF/3TC) 300mg/300mg + 1 cp de dolutegravir (DTG) 50mg ao dia.
  • Impossibilidade de TDF: AZT (zidovudina)/3TC + DTG
  • TDF não é tolerado ou é contraindicado, recomenda-se a combinação AZT + 3TC como alternativa.
20
Q

Quando a quimioprofilaxia do hepatite B é indica e quais os esquemas profitálicos?

A

Conferir o esquema vacinal do paciente exposto:

IMAGEM

  • Profissional vacinado com resposta vacinal adequada (Anti-Hbs > 10 mU/mL) não necessita de nenhuma medida complementar;
  • 2 esquemas completos sem imunização: Administrar IgHAHB por via IM 0,06 ml/kg com duração de 3 a 6 meses.
21
Q

Quando a quimioprofilaxia do hepatite C é indica e quais os esquemas profitálicos?

A

Não há medida específica eficaz para a redução do risco de infecção pelo HCV;

Realizar apenas teste da pessoa-fonte e da pessoa exposta para o diagnóstico precoce de uma possível infecção.