Úlceras MMII Flashcards

1
Q

Qual a definição de úlcera?

A

lesão (perda de tecido) que se estende pela epiderme, até a derme e pode atingir a hipoderme e tecidos mais profundos

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2
Q

Quais são os dois tipos de úlcera (quanto ao sentido de “crescimento”)?

A

Fagedênica (para os lados)
Terebrante (para baixo)

normalmente é os dois

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3
Q

Quais são os dois princiapias grupos de úlceras de MMII de acordo com sua causa?

A

Úlceras:
1. vasculares (venosas, arteriaias, arteriovenosas e vasculites)
2. neuropáticas (neuropatia periférica)

outros:
Neoplasiacas / Hematológicas / Infectoparasitárias / Metabólica (porfiria) / Lesão física (ex: pressão) / Indeterminada

pode ser mista

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4
Q

O que são as úlceras vasculares?
Quais seus dois tipos principais?

A

Úlcera com causa vascular:
venosa (70%) x arterial

outros: arteriovenosas / vasculites

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5
Q

O que são as úlceras neuropáticas?

A

Causadas por neuropatia periférica: DM
hanseníase

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6
Q

Na anamnese de casos de úlcera de MMII é sempre importante perguntar sobre a presença (ou não) de fatores desencadeantes como _________…

cite 2

A

Na anamnese de casos de úlcera de MMII é sempre importante perguntar sobre a presença (ou não) de fatores desencadeantes como trauma ou infecção

  • Apareceu após trauma?
  • Permaneceu após uma infecção?
  • ou apareceu espontaneamente?
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7
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera venosa?
Qual seu sinônimo?

A

  1. Alteração estrutural ou funcional no sistema venoso (superficial, profundo ou perfurente) =** refluxo, obstrução ou deficiencia da bomba muscular**
  2. IVC = Insuficiência venosa crônica
  3. ↑ permanente pressão intravenosa distal
  4. extravasamento de plasma e elementos figurados para os tecidos
  5. edema + dermatoesclerose + esclerose capilar + trombose = formação/aparecimento da úlcera
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8
Q

Quais são as aprentações clínicas das úlceras venosas (de estase) quanto a:
* história:
* localização:
* dor:
* formato/composição:
* pele ao redor:
* exame complementar importante para diagnóstico/acompanhamento:

A
  • história: antiga com recidivas; dor em queimação na perna (em pé); obesidade; multigesta.
  • localização: maléolo medial (> lateral)
  • dor: leve a moderada (piora ao longo do dia e melhora com elevação de MMII)
  • bordas: irregulares
  • leito: raso; tecido de granulação e fibrina
  • pele ao redor: sinais de IVC (edema, varizes, descamação, dermatoesclerose, dermatite ocre)
  • exame complementar importante para diagnóstico/acompanhamento: duplex scan
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9
Q

Qual o tratamento das úlceras venosas ou de estase?

A

Tratamento da IVC:
* Varicectomia → tratamento de varizes.
* Terapia compressiva → uso de meias elásticas ou inelásticas.
* Flebotônicos.

Cuidados locais:
* Desbridamento químico ou mecânico.
* Curativo (umidade adequada) até cicatrização da ferida.
* Repouso com MMII elevados.
* Enxertos a depender do tamanho da ferida.

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10
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera arterial?

A

Úlcera **arterial**
-
1. **Obstrução de artérias** dos MMII (**aterosclerose**)
2. ↓ fluxo sanguíneo arterial
3. **isquemia** do membro e da pele
-- 1º) fluxo sanguíneo é suficiente para manter uma perfusão = isquemia manifesta-se somente durante o exercício = **claudicação** (precisa parar de andar por dor e depois voltar) **intermitente**
-- 2º) **progressão**: comprometimento da perfusão tecidual mesmo no repouso = **dor em repouso**
4. **Úlcera**

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11
Q

Quais são as aprentações clínicas das úlceras arteriais quanto a:
* história:
* localização:
* dor:
* bordas
* leito
* pele ao redor:
* exame importante para diagnóstico/acompanhamento:

A
  • história: claudicação intermitente (penturrilha); FR para aterosclerose (Tabagismo, DM, HAS, dislipidemia)
  • localização:
    • Espontâneas (pressão) → pés, falange distal, calcanhar.
    • Pós-trauma → perimaleolar ou pé
  • dor: intensa, piora com elevação
  • bordas: irregulares
  • leito: pálido e seco / sem tecido de granulação (pouca irrigação)
  • pele ao redor:(insuficiencia arterial) atolécia, atrofia; ↓ temperatura, cianose;
  • exame importante para diagnóstico/acompanhamento: pulsos periféricos (ausentes), índice tornozelo-braquial, angioTC, angioRM

Gangrena úmida: infecção 2ária: umidificação do tecido/ exsudato fétido

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12
Q

A possibilidade de cicatrização e recidivas das úlceras venosas e arteriais são parecidas?

A

Não.
- arteriais: não cicatrizam (suprimento sanguíneo insuficiente)
- venosas: história de cicatrização e recidivas frequentes

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13
Q

Qual o tratamento das úlceras arteriais?

A

Revascularização:
* Ponte
* Endovascular (Stent) - obstrução curta

Cuidados locais:
* Desbridamento químico ou mecânico.
* Curativo (umidade adequada) até cicatrização da ferida.
* Repouso NÃO ELEVAR MMII.
* Enxertos a depender do tamanho da ferida.

Tratar aterosclerose: (Abolir o tabagismo, Controle da PA, DM, hipercolesterolemia)

Medicamentos:
* Analgésicos potentes.
* Vasodilatadores periféricos → cilostazol.
* Prescrição de antiplaquetários e estatinas.

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14
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera neuropática?

A

Úlcera **neuropática**
-
A neuropatia irá levar a **perda da sensibilidade e queda da musculatura intrínseca**, o que irá causar **trauma e deformidades** no membro inferior, gerando **mudança de pontos de apoio** . A junção desses fatores irá formar a úlcera, associados à presença de **doença arterial obstrutiva periférica** (DAOP) e presença de **infecção** , que são responsáveis por piorar o estado dessa úlcera.

**DM - sensibilidade**
1. hiperglicemia crônica
2. ↑ osmolaridade
3. Entrada de água nos nervos periféricos
4. Altera a condução nervosa (nervos somáticos e autonômicos) e sensibilidade

**DM - pontos apoio**
1. perda da função dos músculos lumbricoides e da musculatura intrínseca dos pés
2. perda da arquitetura e desabamento do pé,
3. alteração da concavidade e mudança nos pontos de apoio do pé, que, aliada à perda da propriocepção, leva à formação de calosidades, podendo evoluir para úlceras.

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15
Q

Quais são as aprentações clínicas das úlceras neuropáticas quanto a:
* história:
* localização:
* dor:
* bordas:
* leito:
* pele ao redor:

A
  • história: DM
  • localização: locais de pressão
  • dor: indolor
  • bordas: regular / elevada
  • leito: tecido de granulação
  • pele ao redor: calos/ perda sensibilidade
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16
Q

O que é o mal perfurante plantar?

A

Úlceração neuropática crônica na planta dos pés, pois essa é comum em pontos de pressão

DM (pé de Charcot)

17
Q

Qual o tratamento das úlceras neuropáticas?

A

Eliminar pontos de apoio viciosos (Calçados adaptados, Cirurgia ortopédica)
Cuidados com o pé diabético (Higiene e Observação diária)
Controle glicêmico rigoroso

Cuidados locais:
* Desbridamento químico ou mecânico.
* Curativo (umidade adequada) até cicatrização da ferida.
* Enxertos a depender do tamanho da ferida.
* pode ser necessário amputar (conter infecção 2ária)

18
Q

Compare as úlceras venosa, arterial e neuropática.

A
19
Q

Qual a fisiopatologia das ulceras hipertensivas?

Cite seu homônimo

A

hipertensiva ou úlcera de Martorell
1. aumento da PA
2. vasoespasmo das arteríolas
3. infarto da pele
4. úlcera.

20
Q

Quais são as apresentações clínicas das úlceras hipertensivas quanto a:
* história:
* localização:
* dor:
* bordas:
* leito:
* pele ao redor:

A
  • história: HAS/ mulher
  • localização: 1/3 distal da perna, na face anterolateral
  • dor: MUITO DOLOROSA
  • bordas: regular
  • leito: pálido (pode ter necrose)
  • pele ao redor: lesões satélites

placa eritematosa dolorosa→ lesão purpúrica e bolha hemorrágica →úlcera

SEM COMPROM. VENOSO / PULSOS PALPÁVEIS

21
Q

Qual o tratamento das úlceras hipertensivas?

A

Controle da dor.
Controle da PA.
agentes anti-hipertensivos preferenciais que promovam vasodilatação periférica (bloqueadores canais de cálcio e IECA)

Cuidados locais:
* Desbridamento químico ou mecânico.
* Curativo (umidade adequada) até cicatrização da ferida.
* Enxertos a depender do tamanho da ferida.

22
Q

Qual a fisiopatologia das úlceras de Marjolin?

A
  1. Tecido frágil
    • mais susceptível a traumas
    • irritação crônica → proliferação celular (tecido instável)
  2. Liberação de toxinas pró-mitóticas pelas células cicatriciais
  3. Tecido **pobre vascularização **e drenagem linfática → é imunologicamente “fraco”, sem defesa contra células mutantes.

intervalo médio: 36 anos
. CEC→73% (> 1 ano)
. CBC→10% (< 1 ano)

23
Q

Quais são as apresentações clínicas das úlceras de marjolin quanto a:
* história:
* localização:
* dor:
* bordas:
* leito:

A
  • história: cicatriz (segunda intensão), úlcera crônica
  • localização: qualquer (comum em MMII)
  • dor: MUITO DOLOROSA
  • bordas: iregular e vegetante
  • leito: Tecido de granulação exuberante e bordas roliça / Odor desagradável / nódulo sobre a lesão prévia/ hiperqueratose

História de úlceras que não cicatrizam

diagnostico HISTOPATOLÓGICO (biopsiar vários sítios da lesão)

24
Q

Qual o tratamento da úlcera de Marjolin?

A

Abordagem cirúrgica com margem grande (> 2 cm) com pele, músculos e fáscia → pela grande chance de recidivas e metástases.

Ressecção de linfonodos palpáveis

Proceder com realização de radioterapia e quimioterapia.

prognóstico ruim

25
Q

Como prevenir as úlceras de marjolin?

cite 5

A
  1. Observar modificações de lesão cicatrizada ou ulcerada crônica.
  2. Realizar biópsias repetidas em caso de úlcera crônica.
  3. Evitar cicatrização de queimadura por segunda intenção.
  4. Monitoramento de queimados com consultas periódicas e orientações.
  5. Proteger cicatrizes de traumas repetidos e de raios UV.