Tosse crônica Flashcards

Tuberculose, paracoccidioidomicose e histoplasmose

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1
Q

Classificação da tosse em aguda, subaguda e crônica.

A
  • Aguda: < 3 semanas (condição infecciosa ou alérgica)
  • Subaguda: 3 a 8 semanas
  • Crônica: > 8 semanas (tosse de via aérea superior, asma e DRGE)
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2
Q

Características da primoinfecção pelo bacilo de Koch.

A

• < 3 semanas: proliferação e disseminação de bacilos
• 3 - 8 semanas: atuação da imunidade celular específica (linfócitos T e IFN-gama), levando à formação de granuloma cadeião, visualizado na radiografia como Nódulo de Gohn.
• 90% das pessoas controlam a infecção nessa fase.
• 10% adoem:
- na primoinfecção –> TB primária
- por reinfecção ou reativação –> TB pós-primária

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3
Q

Características da TB primária.

A
  • No Brasil, típica da criança.
  • Infiltrado persistente (> 2 semanas)
  • Linfonodomegalia hilar unilateral
  • Não elimina bacilos (paucibacilífero)
  • Forma miliar pode acontecer, principalmente em não vacinados < 2 anos e imunodeprimidos: opacidades de 1 - 3 mm disseminadas.
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4
Q

Características da TB pós-primária.

A
  • Típica do adolescente/adulto
  • Lesões cavitárias (bacilífero) principalmente em segmento apical (1) e posterior (2) de lobo superior e segmento superior (6) de lobo inferior
  • Fibrose, bronquiectasias e bola fúngica são complicações
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5
Q

Diagnóstico pelo critério clínico-epidemiológico.

A
  • Tosse ≥ 3 semanas e/oi febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência
  • Rx de tórax compatível
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6
Q

Diagnóstico de TB em adultos e adolescentes.

A

Diante da suspeita, o teste rápido (TRM-TB) deve ser realizado.

Se MTB detectado, o paciente tem tuberculose. Se resistência à rifampcina não foi detectada, deve-se realizar cultura e teste de sensibilidade (TS) e iniciar o tratamento com esquema básico. Se a resistência foi detectada, deve-se realizar outro TRM-TB + cultura + TS e encaminhar ao especialista.

Se o MTB não é detectado e o paciente não mantém sintomas, o diagnóstico de TB está excluído. Se os mantém, deve-se realizar cultura + TS e continuar a investigação.

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7
Q

Diagnóstico de TB em adultos e adolescentes das populações de maior vulnerabilidade.

A

Diante da suspeita de TB pulmonar, realizar TRM-TB + cultura + TS logo de cara.

Se MTB detectado, é um caso de TB. Se não houver resistência à rifampcina, iniciar o tratamento com esquema básico e rever após resultado da cultura e TB. Se resistência detectada, repetir o TRM-TB, encaminhar para a referência terciária e cobrar cultura e TS.

Se MTB não detectado e o paciente não mantém sintomas, diangnóstico de TB improvável. Aguardar cultura e TS. Se mantém sintomas, aguardar cultura e TS e continuar investigação.

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8
Q

Populações de maior vulnerabilidade para a TB.

A
  • Profissionais de saúde
  • Pessoas que vivem com HIV
  • População privada de liberdade
  • População em situação de rua
  • Povos indígenas
  • Contatos de tuberculose resistente.
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9
Q

Diagnóstico de TB em locais sem disponibilidade do teste rápido (TRM-TB).

A

É feito por meio da baciloscopia em 2 amostras de escarro. A cultura deverá ser realizada em uma das amostras. Se positiva, TE deverá ser realizado.

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10
Q

Diagnóstico da TB pulmonar em < 10 anos.

A

É feito através de um sistema de pontuação que leva em conta os seguintes critérios:
Contato (últimos 2 anos): 10 pts
História compatível (sintomas ≥ 2 sem): 15 pts
Imagem (Rx alterado ≥ 2 sem): 15 pts
Latente (PT ≥ 10 mm): 10 pts
Desnutrição (peso < p10): 5 pra

Tratar a partir de 30 pontos.
≥ 30: dianóstico possível
≥ 40: diagnóstico provável

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11
Q

Forma de TB extrapulmonar mais comum.

A

TB pleural.

** Na população vivendo com HIV, a forma extrapulmonar mais comum é a ganglionar. **

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12
Q

Características da TB pleural.

A
  • Adulto jovem com febre + emagrecimento + dor torácica
  • Rx revela derrame pleural
  • Líquido pleural: exsudato, glicose baixa, linfomonocitário, ADA > 40, SEM células mesoteliais ou eosoninófilos.
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13
Q

Exame diagnóstico de TB pleural.

A

Biópsia pleural.

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14
Q

Características da TB meníngea.

A
  • Geralmente ocorre em não vacinados e iminodeprimidos
  • Evolução subaguda, cefaléia, meningismo, acomentimento de par craniano
  • Líquor: aumento de proteínas, baixa glicose, linfomonocitário
  • TC: hidrocefalia
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15
Q

Tratamento de TB em < 10 anos.

A

Rifampcina, Isoniazida e Pirazinamida: 2RIP + 4RI

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16
Q

Tratamento de caso novo de TB e retratamento.

A

2 RIPE + 4 RI.

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17
Q

Tratamento de TB meníngea.

A
  • 2 RIPE + 10 RI

* Corticoide 4-8 semanas para diminuir o processo inflamatório no SNC

18
Q

Tratamento de TB osteoarticular.

A

2 RIPE + 10 RI.

19
Q

Efeitos adversos da rifampcina.

A
  • Urina e suor laranja
  • Nefrite
  • Citopenias
  • Hepatotóxica.
20
Q

Efeitos adversos da Isoniazida.

A
  • Neuropatia (repor vitamina B6 - piridoxina)

* Hepatotóxica

21
Q

Efeitos adversos da Pirazinamida.

A
  • Hiperuricemia
  • Rabdomiólise
  • Hepatotóxica
22
Q

Efeito adverso do Etambutol.

A

• Neurite óptica (etambutolho).

23
Q

Neuropatia durante tratamento para TB.

A

Devido à Isoniazida.

Repor vitamina B6 (piridoxina). Em gestantes, HIV + e estilistas, repor de rotina.

24
Q

Drogas Hepatotóxicas do tratamento de TB.

A

RIP. P é a pior.

25
Q

Seguimento da TB.

A
  • Baciloscopia mensal (2, 4 e 6 é obrigatória).

* TRM-TB não serve para seguimento!!

26
Q

Critérios de falência do tratamento de TB.

A
  • BAAR positivo ao final do tratamento
  • BAAR 2+/3+ até o quarto mês
  • BAAR negativo que volta a ser positivo por 2 meses consecutivos

Nesses casos, fazer cultura + tratamento por sensibilidade.

27
Q

Medidas gerais de controle da TB.

A
  • Busca ativa de sintomáticos respiratórios (nas populações vulneráveis, investigar qualquer caso de tosse)
  • Notificação e Tratamento Diretamente Observado
  • Vacina BCG (previne formas graves: disseminada e meníngea)
  • Controle dos contactantes
28
Q

Conduta diante do contactante sintomático.

A

Pesquisar TB ativa (doença).

29
Q

Conduta diante do contactante de TB assintomático.

A

Pesquisar TB latente (infecção): prova tuberculínica ≥ 5 mm ou IGRA positivo (ensaio de liberação do IFN-gama).
* Se PT não relatora, repetir em 8 semanas!

Tratar com Isoniazida 270 doses (9 a 12 meses)
ou Rifampcina 120 doses (4 a 6 meses)

30
Q

Quando preferir rifampcina no tratamento de TB latente?

A
  • < 10 anos ou > 50 anos
  • Hepatopatia
  • Intolerância à Isoniazida
  • Contato resistente à Isoniazida.
31
Q

Prevenção de TB latente (profilaxia primária).

A

Indicada para RN contactante de bacilífero.
• Não vacinar
• Isoniada ou Rifampcina por 3 meses
• Fazer PT após esse tempo:
- < 5 mm: BCG
- ≥ 5 mm: terminar o esquema inicialmente dado

32
Q

Tratamento de TB latente (quimioprofilaxia secundária).

A

Indicação: risco elevado de adoecimento.

  • PT ≥ 5 mm: contactantes; imunossupressão (corticoide, imunobiológico)
  • PT ≥ 10 mm: debilitados (diálise, DM, silicose, neoplasia); 10 mm de aumento (conversão na segunda PT)
  • HIV: PT ≥ 5 ou reator prévio; contactante; CD4 ≤ 350; cicatriz no Rx (CCC).
33
Q

Forma aguda da paracoccidioidomicose.

A
  • Típica de crianças e adultos jovens.

* “Mononucleose-like”: febre, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia.

34
Q

Forma crônica da paracoccidioidomicose.

A
  • Típica de adultos > 30 anos
  • Infiltrado pulmonar em “asa de morcego” + lesão cutâneo-mucosa (lesões eritematosas que ulceram e podem ser vegetantes).
35
Q

Diagnóstico da paracoccidioidomicose.

A

Roda de leme no escarro / raspado / aspirado linfonodal.

36
Q

Tratamento de paracoccidioidomicose.

A
  • Itraconazol 6-18 meses

* Anfotericina B em casos graves.

37
Q

Forma aguda da Histoplasmose.

A

Síndrome gripal.

38
Q

Forma crônica da Histoplasmose.

A
  • Típica de pneumopatas

* Sintomas respiratórios arrastados + infiltrado pulmonar semelhante à TB

39
Q

Diagnóstico da Histoplasmose.

A

Escarro / sorologia / aspirado de medula óssea (forma disseminada).

40
Q

Tratamento da Histoplasmose.

A
  • Itraconazol 12 meses

* Anfotericina B (formas graves).