Intoxicação e acidente por animais peçonhentos Flashcards
Período válido para lavagem gástrica.
Ingestação há < 1 hora.
Período válido para o uso de carvão ativado.
Ingestação há < 4-6 horas.
Dose maxima diária de acetaminofeno (paracetamol).
4 g/dia.
Dose diária de acetaminofeno com maior risco de intoxicação.
> 12 g tem maior risco de intoxicação.
> 16 g é quase garantida a intoxicação.
Fisiopatologia da intoxicação por acetaminofeno.
Na utilização do acetaminofeno, 90% é metabolizado no fígado em glicuronídeos e sulfatados, que são eliminados na urina.
5% é eliminado puro na urina.
5% é metabolizado no fígado pelo citocromo P450 em NADPQI. Dentro da dose máxima permitida, essa substância (que é tóxica) se liga ao glutation e é inativada, sendo eliminada na urina. Em doses mais altas, ocorre a intoxicação, principalmente através de hepatotoxicidade e necrose tubular aguda.
Clínica da intoxicação por paracetamol.
- 24 horas: sintomas gerais inespecíficos.
- 24 a 48 horas: hepatotoxicidade → insuficiência hepática / necrose tubular aguda → insuficiência renal.
- 1 a 2 semanas: recuperação.
Tratamento da intoxicação por paracetamol.
- Suporte clínico.
- Descontaminação com carvão ativado dentro das primeiras 4 horas.
- Antídoto: N-acetilcisteína, idealmente, dentro das primeiras 8 horas (é doadora de glutation, então sua utilidade é antes que a insuficiência hepática aconteça).
Manifestações clínica da intoxicação digitálica.
- Quadro geral: vômito, dor abdominal, alterações visuais (borramento, cromatopsia - especialmente xantopsia).
- Alterações elétricas: ↓ condução no só sinusal e nó AV / ↑ automatismo atrial e ventricular.
- Hipercalemia.
Alterações mais comum no ECG do excesso de digitálicos.
Extrassístole ventricular.
Alteração mais precoce no ECG do excesso de digitálicos.
Extrassístole ventricular.
Alterações mais específica no ECG do excesso de digitálicos.
- TV bidirecional.
* Taqui atrial com BAV.
Alterações do ECG raras na intoxicação por digitálicos.
- BAV de 2° grau Mobitz II
- FA
- Flutter.
Fatores que aumentam o risco de intoxicação por digitálicos.
Insuficiência renal Doenças cardíacas Alterações eletrolíticas Drogas (amiodarona, BCC, ciclosporina, diureticos) Idade avançada
Tratamento da intoxicação por digitálicos.
- Suporte clínico: correção eletrolítica (atenção para a hipercalemia!) / no caso de arritmia, a fenitoína tem um papel importante.
- Descontaminação com carvão ativado, independentemente do tempo.
- Antídoto: anticorpo anti-Fab (para casos graves: hiperK ou arritmia grave).
Efeito do digitálico no ECG, mesmo em doses terapêuticas.
Infra de ST em “pá de pedreiro”.
Quadro clínico da síndrome colinérgica.
- Quadro muscarínico (órgãos): miose, broncoconstrição, incontinência urinária, ↓FC, salivação - clínica parassimpática.
- Quadro nicotínico (junção neuromuscular): miofasciculação, fraqueza.
Carbamatos.
Pesticidas, neostigmina, rivastigmina.
Reversíveis.
Organofosforados.
Pesticidas, gás sarin.
Irreversíveis.
Tratamento da síndrome colinérgica.
- Manifestações muscarínicas: atropina.
* Manifestações nicotínicas: pralidoxima.
Quadro clínico da intoxicação por opioides.
- Miose
- Náuseas e vômitos
- Prurido
- Depressão respiratória (centro respiratório do bulbo mais resistente ao CO2).