Cefaleias Flashcards
Sinais de alarme da cefaleia.
- Início após 50 - 55 anos
- Súbita
- Progressiva (processo expansivo?)
- Doenças sistêmicas
- Sinais sistêmicos (febre, rigidez de nuca…)
- Sinal focal
- TCE recente
- Papiledema
Características da enxaqueca.
- Segunda cefaleia primária mais comum
- Mais comum em mulheres
- História familiar costuma ser fortemente positiva
- Relação com a menstruação.
- Dor pulsátil / latejante; unilateral; moderada a forte - incapacitante; dura de 4 a 72 horas; piora com o movimento.
- Sintomas associados: náuseas e vômitos; fotofobia e fonofobia; AURA (sinal focal, mais comum é visual), que pode surgir antes, durante ou após a dor, com duração de 5 a 60 minutos.
O que caracteriza a enxaqueca clássica?
A presença de aura.
Tratamento abortivo da enxaqueca.
- AINE e analgésicos para crises leves a moderadas
- Triptanos para crises moderadas a graves
- Metoclopramida é o antiemético de escolha
** Corticoide, Clorpromazina para falha terapêutica. **
Tratamento profilático para a enxaqueca.
Recomendado se > 3-4 crises/mês.
- Escolha: betabloqueador (propranolol, atenolol)
- Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina, nortriptilina
- BCC de ação central: flunarizina
- Anticonvulsivantes: valproato, topiramato.
Tratamento profilático de migrânea associado com perda de peso.
Topiramato.
Características da cefaleia tensional.
- Cefaleia primária mais comum
- Ligeiramente mais comum em mulheres.
- Dor opressiva, bilateral, leve a moderada, com duração de 30 minutos a 7 dias.
- Sintomas associados: hiperestesia e hipertonia da musculatura pericraniana. Pode, eventualmente, cursar com fotofobia oi fonofobia (apenas um).
Tratamento abortivo da cefaléia tensional.
Analgésicos e AINEs.
Tratamento profilático da cefaléia tensional.
Indicado se ≥ 15 crises/mês com Amitriptilina / Nortriptilina.
Características da cefaleia em salvas.
É um tipo de cefaléia trigêmino-disautonômica; rara; mais comum em homens; deflagrada pelo uso de álcool.
- Dor em facada unilateral, periorbitária; insuportável; com duração de 15 a 180 minutos.
- Sintomas associados: hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, miose, ptose e edema palpebral. Esses sintomas ocorrem do mesmo lado da dor. Esse lado se mantém em todas as crises.
- Padrão: acontece com frequência durante um tempo e depois fica um tempo sem aparecer (cefaleia em salvas). Geralmente ocorre 1x/noite.
Tratamento abortivo da cefaleia em salvas.
- Terapia inicial de escolha: O2 8-10 L/min.
* Triptanos: sumatriptano SC ou intranasal; zolmitriptanp intranasal.
Tratamento profilático da cefaleia em salvas
Está indicado a partir da primeira crise.
- Verapamil - acompanhar com ECG.
- Prednisona - ciclo de 10 dias.
Hemicrânia.
- Semelhante à cefaleia em salvas (também é trigêmino-disautonômicas).
- Diferenças: mais comum em mulheres: duração de 2 - 30 minutos; > 5 x/dia; tratamento abortivo e profilático com indometacina.
Cefaleia súbita e intensa, em trovoada, com redução do nível de consciência e rigidez de nuca.
Hemorragia subaracnoidea.
Cefaleia súbita e intensa com sinal focal (hemiparesia/plegia) e redução do nível de consciência.
Hemorragia intraparenquimatosa.
Cefaleia sentinela.
Ocorre dias a semanas antes da ruptura completa do aneurisma. Tem forte intensidade e pode ser acompanhada de náuseas e vômitos. Representa um pequeno sangramento de aneurisma, sem consequências catastróficas.
Cefaleia com hipertensão intracraniana.
• Súbita –> sangue
- com sinal focal: hemorragia intraparenquimatosa - sem sinal focal: hemorragia subaracnoidea
• Progressiva --> parênquima ou líquor - com sinal focal: parênquima × sem febre: neoplasia × com febre: abscesso - sem sinal focal: hidrocefalia
Aspectos gerais das neoplasias intracranianas.
- Clínica: sinal focal; HIC; crises epilépticas
- Diagnóstico: RM
- Tratamento: cirurgia; radio/quimio; corticoide se edema cerebral.
Neoplasia intracraniana benigna mais comum.
Meningioma: redondo, captante de contraste.
Neoplasia intracraniana que cursa com surdez unilateral.
Neurinoma do acústico (VIII par): benigno.
Neoplasia suprasselar em criança com calcificação e hemianopsia bitemporal.
Craniofaringiona (benigno).
Neoplasia do SNC típica de crianças, com acometimento do cerebelo não captante de contraste.
Astrocitoma policítico juvenil (maligno).
Neoplasia do SNC típica de crianças, com acometimento do cerebelo, captante de contraste.
Meduloblastoma (maligno).
Neoplasia do SNC mais comum em idosos e de pior prognóstico.
Glioblastoma multiforme.
Metástase cerebral mais comum.
Câncer de pulmão.
Metástase meníngea mais comum.
Câncer de mama.
Características da arterite temporal (de células gigantes).
- Arterite de grande e médio calibre
- > 50 anos
- Polimialgia reumática (40%): cinturas escapular e pélvica.
• Sintomas 4C: constitucionais (febre); cefaleia temporal; claudicação da mandíbula; cegueira (alteração visual).
Diagnóstico da arterite temporal.
- Biópsia da artéria temporal: pode mostrar alterações semanas ou meses após início do corticoide.
- PCR / VHS: atividade de doença.
Tratamento da arterite temporal.
Corticoide.
Agentes etiológicos mais comuns da meningite bacteriana no recém-nascido.
- Estreptococo do grupo B
- Escherichia coli
- Listeria (extremos de idade).
Agentes etiológicos mais comuns da meningite bacteriana entre 1 mês e 20 anos.
- Neisseria meningitidis
- Streptococcus pneumoniae
- Haemophilus influenzae
Agentes etiológicos mais comuns da meningite bacteriana em ≥ 20 anos.
- Streptococcus pneumoniae
- Neisseria meningitidis
- Listeria no idoso
Clínica da meningite.
Pelo menos 2 dos seguintes: • Febre • Rigidez de nuca • Cefaleia • Alteração do estado mental.
- Hipertensão intracraniana
- Hiponatremia, crises convulsivas
- Rash, petéquias –> meningococcemia.
Exame físico: sinal de Kernig (perna) e Brudzinski (pescoço).
Formas clínica da doença meningocócica.
- Meningite
- Meningite com meningococcemia
- Meningococcemia: forma mais grave, pois indica que a bactéria está causando inflamação sistêmica antes de chegar no seu alvo.
Diagnóstico de meningite.
- Hemocultura (2 amostras)
* Punção lombar
Num quadro de meningite, quando pedir exame de neuroimagem antes da punção lombar?
- Imunocomprometido
- Papiledema
- Alteração do nível de consciência
- Déficit neurológico focal
- História de TCE prévio
Líquor da meningite bacteriana.
- Pressão de abertura > 28 cmH2O
- Células: aumento de PMN
- Proteínas: > 45 mg/dL
- Glicose: < 40 mg/dL
- Glicose líquor / sérica < 0,4
• Pesquisa de antígenos bacterianos (látex)
• Cultura (>80%)
• Bacterioscopia pelo Gram (> 60%)
- diplococo Gram negativo: meningococo
- diplococo Gram positivo: pneumococo
Meningite com líquor revelando aumento de linfomononucleares e glicose normal.
Meningite viral ou asséptica.
Meningite com líquor revelando aumento de linfomononucleares e glicose baixa.
- Fungo –> Criptococo (HIV com baixo CD4)
* Tuberculose (quadro mais crônico).
Meningite com líquor revelando grande aumento de polimorfonucleares e glicose baixa.
Meningite bacteriana.
Tratamento da meningite.
- Corticoide: dexametasona 20 minutos antes do atb.
- Antibioticoterapia empírica (tempo porta-antibiótico máximo de 60 minutos):
- < 3 meses: cefotaxima + Ampicilina
- 3 meses a 55 anos: ceftriaxona +/- vancomicina
- ≥ 55 anos ou doença debilitante ou alcoolismo: ceftriaxona + ampicilina +/- vancomicina
• Isolamento de gotículas nas primeiras 24 horas do tratamento para meningococo e hemófilo.
Quimioprofilaxia da doença meningocócica.
Até 48 horas do contato
• Para quem? Todos os contatos próximos e profissionais de saúde que realizaram procedimentos invasivos sem EPI.
• Com o quê? Rifampicina 600 mg 12/12 horas por 2 dias.
- ceftriaxona (gestante); ciprofloxacino e azitromicina são alternativas.
Quimioprofilaxia da meningite por Haemophilus.
Até 48 horas do contato.
- Para quem? Todos os contatos, desde que haja: criança < 4 anos além do caso índice e não vacinada, criança imunodeprimida em casa; creches com ≥ 2 casos (até 60 dias de intervalo entre eles).
- Com o quê? Rifampicina 600 mg 1x/dia por 4 dias.
Quimioprofilaxia do próprio caso índice.
Se a infecção for por meningococo ou hemófilo e o tratamento não for feito com ceftriaxona (cefalosporina de terceira geração), a profilaxia também deve ser feita para o paciente antes da alta.
Meningoencefalote herpética.
• Etiologia: HSV 1 • Clínica: meningite, alteração comportamental, sinal focal • Diagnóstico: - líquor: padrão viral - imagem: alteração temporal • Tratamento: aciclovir.