Distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos Flashcards
Hipernatremia, Hiponatremia, SIADH, Hipercalemia, Hipocalemia, Acidose metabólica, Alcalose metabólica.
O que determina a osmolaridade plasmática?
Principalmente o sódio e, em menor escala, a glicose (e também a ureia de forma menos importante).
Cálculo da osmolaridade plasmática.
Osm pl = 2×Na + (glicose/18) + (U/6)
Osm pl normal = 290 mosm/L
Cálculo da osmolaridade plasmática efetiva.
Também conhecida como tonicidade.
Osm pl efetiva = 2×Na + (glicose/18)
Osmolaridade plasmática na hiponatremia.
Como o sódio é o principal determinante da osmolaridade plasmática, a Hiponatremia é, via de regra, HIPO-OSMOLAR. Entretanto, são duas as exceções:
- hiponatremia hiperosmolar: Hiperglicemia
- Hiponatremia isosmolar: grande aumento de lipídios ou proteínas (erro de leitura do aparelho).
Gap osmótico.
É a diferença entre a osmolaridade medida pelo osmômetro (mais acurada) e a osmolaridade plasmática que calculamos.
Gap osmótico = Osm medida - Osm pl
Se > 10 mosm/L, indica intoxicação exógena.
Quais os fatores básicos que controlam o sódio?
O centro da sede e o ADH
- Hiponatremia: excesso de água ou ADH
- Hipernatremia: déficit de água ou ADH
Causas de Hiponatremia.
• Hipovolemia (causa mais comum): sangramentos, perdas digestiva e urinária.
a hipovolemia estimula o SRAA - que culmina na retenção de água e sódio - e a liberação de ADH - que reabsorve apenas água. Com isso, acontece uma diluição do sódio.
• Hipervolemia (“com edema”): insuficiência cardíaca, cirrose.
existe pouco volume dentro do vaso
• Normovolemia: SIADH, hipotireoidismo.
Causas de SIADH.
Snc ( meningite, AVE, TCE)
Iatrogenia (psicofármacos: Anticonvulsivantes, antidepressivos, antipsicóticos)
Doença pulmonar (Legionella, Oat Cell)
Hiv
Fisiopatologia da SIADH.
ADH promove reabsorção de água no túbulo coletor, o que gera hiponatremia (dilucional) e hipervolemia TRANSITÓRIA. Essa hipervolemia leva à liberação de peptídeo natriurético atrial (ANP) que, por sua vez, leva a: natriurese (sódio urinário > 40), elevação da osmolaridade urinária e uricosúria (hipouricemia) com NORMOVOLEMIA.
Hiponatremia após lesão neurológica.
- SIADH: Hiponatremia com normovolemia.
* Síndrome cerebral perdedora de sal: hiponatremia com hipovolemia.
Fisiopatologia da síndrome cerebral perdedora de sal.
A lesão cerebral acarreta a liberação de peptídeo natriurético cerebral (BNP), que promove a natriurese. Com isso, tem-se um estímulo APROPRIADO ao ADH, o qual promove a reabsorção de água no túbulo coletor. Isso gera hiponatremia com hipovolemia.
Clínica da hiponatremia.
A hiponatremia causa edema neuronal.
Se aguda (< 48 hrs), causa sintomas como cefaléia, convulsão e coma.
Se crônica (> 48 hrs), é assintomática.
Tratamento da Hiponatremia hipovolêmica.
Soro fisiológico 0,9%.
Tratamento de Hiponatremia hipervolêmica.
Restrição hídrica + furosemida (desde que PA adequada).
Tratamento da Hiponatremia normovolêmica (SIADH).
Restrição hídrica + furosemida + antagonista do ADH (vaptanos ou demeclociclina).
Quando e como devemos tratar a hiponatremia com NaCl 3%?
- Indicação: Hiponatremia aguda sintomática (Na < 125).
- Devemos elevar a natremia em até 3 mEq/L em 3 horas e até 12 mEq/L em 24 horas (mas preferencialmente 8 a 10 mEq/L).
Primeiro, devemos calcular o déficit de sódio através de fórmula:
0,6. × peso × ∆Na (homens)
0,5 × peso × ∆Na (mulheres)
Com isso, saberemos a quantidade de sódio em mEq que devemos repor. Para calcular a quantidade de salina hipertônica em mL a que isso corresponde, devemos multiplicar o valor encontrado por 2.
Causas de Hipernatremia.
- Incapacidade de pedir líquidos (coma, RN, idoso).
* Diabetes insipidus (central ou nefrogênico).