Infecção pelo HIV Flashcards

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1
Q

Infecção aguda pelo HIV.

A

Síndrome mononucleose-like: febre, linfonodomegalia, faringite, Rash cutâneo.

É um momento de elevada carga viral e baixo CD4.

Após 1-3 meses, acontece a soroconverão e se inicia a latência clínica.

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Q

Período de latência clínica.

A

Período que dura de 2 a 12 anos na história natural da doença.

O paciente fica assintomático ou apresenta linfonodomegalia generalizada persistente (acomete duas ou mais cadeias extrainguinais por um período ≥ 3 meses).

Após essa fase, tem início a fase Aids, com doenças oportunistas.

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3
Q

Doenças definidoras de Aids.

A
  • Cândida: no esôfago e trato respiratório
  • Tuberculose: extrapulmonar
  • Vírus: CMV disseminado, vírus JC, encefalopatia do HIV
  • Neoplasia: CA cervical invasivo, linfoma não-Hodgkin, sarcoma de Kaposi
  • Outros: PCP, neurotoxoplasmose
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4
Q

Diagnóstico de infecção pelo HIV.

A

Preciso de 2 testes positivos para o diagnóstico.

  • Situações especiais: teste rápido. Nesses casos, se os testes apresentarem resultados discordantes, o “desempate” é com o imunoensaio.
  • Referência: imunoensaio.
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5
Q

Algoritmo diagnóstico com teste rápido.

A

Faço o teste rápido (TR) com sangue ou fluido oral. Se vier negativo e a suspeição clínica for alta, repetir em 30 dias. Se vier positivo, faço o TR2, que agora só pode ser feito com sangue. Se vier positivo, está dado o diagnóstico. Se vier negativo, preciso seguir o protocolo de referência, com imunoensaio.

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6
Q

Algoritmo diagnóstico com imunoensaio.

A

O principal exemplo de imunoensaio é o ELISA.

Realizo o teste com uma amostra sanguínea. Se o resultado for negativo e a suspeição clínica alta, repito em 30 dias. Se o resultado for positivo, testo a carga viral. Se está vier negativa, faço o Western-Blot, que confirma o diagnóstico , se positivo ou define a amostra como indeterminada, se vier negativo.
Se a carga viral vier positiva, realizo um novo teste de imunoensaio.

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7
Q

Indicações de TARV.

A

Deve ser oferecida a todos as pessoas portadoras do vírus (o início da TARV não é uma urgência, pois a pessoa deve pensar com cuidado e assumir a responsabilidade de tomar a medicação para o resto da vida).

Pacientes prioritários: sintomáticos, com contagem de CD4 < 350, gestantes, pacientes com tuberculose, portadores de hepatite B ou C, pacientes com risco cardiovascular > 20%

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8
Q

Situações que indicam genotipagem pré-tratamento.

A
  • Gestantes (com o objetivo de reduzir a transmissão vertical).
  • Pacientes com tuberculose (importante causa de morte em pacientes HIV+).

A genotipagem não deve adiar o início do tratamento!!

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9
Q

Classes de medicações disponíveis para TARV.

A
  • Drogas que atuam no CCR-5: drogas de resgate, de segunda linha
  • Inibidores da transcriptase reversa: drogas de escolha
  • Inibidores da integrase: drogas de escolha
  • Inibidores da protease: drogas de segunda linha

O esquema atual consiste em 2 inibidores da transcriptase reversa + 1 inibidor da integrase.

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10
Q

Exemplos de Inibidores da transcriptase reversa.

A

Tenofovir (TDF), Lamivudina (3TC), Zidovudina (AZT), Efavirenz (EFV).

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11
Q

Exemplos de Inibidores de integrase.

A

Dolutegravir (DTG), Raltegravir (RAL).

(possuem “egra” de integrase no nome).

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12
Q

Exemplos de Inibidores de protease.

A

Lopinavir, Saquinavir, Ritonavir.

terminam em navir

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13
Q

Esquema de primeira linha tratamento do HIV.

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)

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14
Q

Esquema de tratamento da gestante.

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (RAL)

O Raltegravir é para a gralvida

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15
Q

Esquema de tratamento no paciente com tuberculose.

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV)

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16
Q

Principais efeitos adversos do tenofovir (TDF).

A

Nefrotoxicidade e osteoporose.

17
Q

Principal efeito adverso do Efavirenz (EFV).

A

Psicose (“efavironha”).

Antes de usar o Efavirenz, é preciso fazer genotipagem!

18
Q

Definição de falha virológica.

A

Carga viral detectável após seis meses de tratamento ou rebote após supressão.

Nesses casos, é necessário fazer genotipagem para trocar o esquema.

19
Q

PrEP.

A

Profilaxia pré-exposição.

Para fazer uso é necessário pertencer a um segmento prioritário E possuir critério de indicação.

  • Segmentos prioritários: gays e HSH, pessoas trans, parceiros sorodiscordantes, profissionais do sexo.
  • Critérios de indicação: relação anal ou vaginal sem preservativo nos últimos seis meses, episódios recorrentes de IST, uso repetido de PEP.

Drogas utilizadas: tenofovir + entricotabina us contínuo.

  • Relação anal: requer 7 dias de uso para conferir proteção.
  • Relação vaginal: requer 20 dias de uso para conferir proteção.
20
Q

PEP.

A

Profilaxia pós exposição.

Pode ser feita até 72h da exposição de risco, mas idealmente até 2h.
- Uma exposição de risco é feita por um material infectante (como sangue, sêmen, secreção vaginal, serosa, líquor, líquido amniótico ou articular) através de uma via percutânea, mucosa, pele não íntegra ou mordedura com sangue.

A pessoa fonte e o exposto devem fazer teste rápido.

  • Se a fonte é negativa, não precisa ser feita a profilaxia
  • Se a fonte é positiva ou desconhecida e o exposto é positivo, não precisa ser feita a profilaxia (e sim o tratamento)
  • Se a fonte é positiva ou desconhecida e o exposto é negativo, precisa ser feita a PEP

• Drogas: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 dias.

30-90 dias após a exposição, a testagem precisa ser repetida.

21
Q

Profilaxia da transmissão vertical.

A
  • Iniciar TARV a partir da 14° semana com TDF + 3TC + RAL.
  • Avaliar a carga viral a partir de 34° semana
    • CV indetectável: indicação obstétrica da via de parto, sem AZT
    • CV < 1000: indicação obstétrica da via de parto, com AZT IV até clampeamento do cordão
    • CV > 1000 / desconhecida: cesárea eletiva (38 semanas, bolsa íntegra, dilatação 3-4 cm) com AZT IV até clampeamento do cordão.
  • Após o parto, mãe continua com TARV e o aleitamento materno está contraindicado.
  • RN deve receber AZT nas primeiras 4h, mantido até 4 semanas. Associada nevirapina (NVP) se:
    • mãe sem TARV na gestação ou má adesão
    • CV > 1000 ou desconhecida no 3° trimestre
    • mãe com IST, principalmente sífilis
    • teste reagente no momento do parto

• Sulfametoxazol + trimetoprim da 4° semana até a exclusão do diagnóstico na criança.

22
Q

Doenças que surgem com CD4 < 50.

A
  • Micobacteriose atípica (MAC)
  • Linfoma primário do SNC
  • Retinite por CMV
23
Q

Doenças que surgem com CD4 < 100.

A
  • Histoplasmose
  • Meningite criptocócica
  • Neurotoxoplasmose
24
Q

Doenças que surgem com CD4 < 200.

A
  • Sarcoma de Kaposi

* Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP)

25
Q

Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva.

A

Causada pelo vírus JC, com CD4 < 200.

Causa desmoralização, com múltiplos déficits arrastados.

A lesão é identificada na RM como hiperintensidade em T2.

O tratamento é feito com a própria TARV.

26
Q

Linfoma primário do SNC.

A

Surge com CD4 < 50 e apresenta uma relação com o EBV.

Parece a neurotoxoplasmose, porém não responde ao tratamento desta.

O tratamento é laliativot e o prognóstico é ruim.

27
Q

Neurotoxoplasmose.

A

Causada pelo Toxoplasma gondii quando o CD4 < 100.

  • Clínica: febre, cefaleia, convulsão, sinais focais
  • Diagnóstico clínico-radiológico: TC com contraste evidenciando lesões hipodensas múltiplas, realce de contraste em anel e edema persilesional.
  • Tratamento: Sulfadiazina + Pirimetamina e ácido folínico por 6 semanas. É esperada melhora clínica com 14 dias. Se não melhorar, pensar em linfoma primário do SNC.
  • Profilaxia primária: Sulfametoxazol + Trimetoprim se CD4 < 100 e IgG + para Toxoplasma.
28
Q

Meningite criptocócica.

A

Causada pelo Cryptococcus neoformans quando o CD4 < 100.

  • Clínica: meningite “subaguda”, febre, cefaleia, confusão mental. Sinais meníngeos geralmente ausentes.
  • Diagnóstico: avaliação do líquor.
    • Achados gerais: aumento da pressão liquórica, aumento da celularidade (mononucleares), aumento de proteínas e diminuição da glicose.
    • Achados específicos: corado pela tinta Nanquim, antígeno criptocócico, cultura positiva (resultado em 7 dias).
  • Tratamento: anfotericina B 2 semanas (indução) e fluconazol 8 semanas (consolidação).
  • Não tem profilaxia primária!
29
Q

Pneumocistose (PCP).

A

Causada pelo Pneumocystis jorovecii quando o CD4 < 200.

  • Clínica: “pneumonia arrastada”, com febre, tosse seca e dispneia progressiva.
  • Rx: normal ou com infiltrado bilateral, peri-hilar, poupando ápices.
  • Dx: clínico-radiológico. Achados sugestivos de PCP são candidíase, hipoxemia e LDH elevado.
  • Tratamento: Sulfametoxazol + Trimetoprim 21 dias e corticoide se PaO2 ≤ 70 em aa.
  • Profilaxia primária: com Sulfametoxazol+ Trimetoprim se CD4 < 200 ou candidíase oral ou febre de origem indeterminada > 2 semanas.
30
Q

Tuberculose e HIV.

A

Causa pelo Mycobacterium tuberculosis, com qualquer nível de CD4.

  • Clínica: febre, tosse, sudorese noturna, emagrecimento.
  • Rx: CD4 > 350 - apical e cavitária; CD4 < 350 - miliar, difusa.
  • Dx: escarro - teste rápido ou baciloscopia. Sempre solicitar cultura e teste de sensiblidade!
  • Tratamento: 2RIPE + 4RI. Iniciar TARV em até 4 semanas se o paciente ainda não tratava.
  • Profilaxia: Isoniazida 270 doses (9 a 12 meses) se:
    • Rx de tórax com cicatriz de TB nunca tratada
    • contactante
    • CD4 < 350
    • PT ≥ 5 MM ou IGRA +
31
Q

Sarcoma de Kaposi.

A

Causado pelo Herpes 8 quando o CD4 < 200.

Cursa com lesões cutâneas violáceas e é tratado localmente (com crioterapia, por ex) ou com quimioterapia.

32
Q

Micobacteriose atípica.

A

Causada pelo Mycobacterium avium quando o CD4 < 50.

A clínica é de febre, emagrecimentone enterite e o tratamento é feito com Claritromicina + Etambutol.

33
Q

Histoplasmose.

A

Causada pelo Hystoplasma capsulatum quando o CD4 < 100.

A clínica é “disseminada”, com anemia e hepatoesplenomegalia.

O tratamento é feito com Itraconazol.