TBL 3.1 Flashcards
Qual é o principal objetivo da toxicologia no campo da medicina?
a) Desenvolver novas substâncias químicas para tratamentos médicos.
b) Diagnosticar doenças infecciosas em pacientes.
c) Estudar os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos vivos e avaliar a probabilidade de sua ocorrência.
d) Realizar cirurgias complexas.
C)
Qual dos seguintes fatores é uma explicação mais precisa para o período de latência longo dos efeitos carcinogênicos de algumas substâncias químicas?
A) Os efeitos carcinogênicos de algumas substâncias químicas têm um período de latência longo devido à rápida eliminação do corpo dessas substâncias, que só afetam as células após acumularem em quantidades significativas ao longo do tempo.
B) O período de latência longo dos efeitos carcinogênicos é frequentemente devido ao processo complexo de mutações genéticas que levam ao desenvolvimento de tumores, que requer tempo para se manifestar clinicamente.
C) Os efeitos carcinogênicos com longos períodos de latência podem ser atribuídos à capacidade das células de reparar danos genéticos iniciais causados pela exposição química, retardando assim a progressão para o câncer.
D) O período de latência longo nos efeitos carcinogênicos é principalmente devido à capacidade das substâncias químicas de inibir temporariamente a divisão celular, adiando o aparecimento de tumores malignos.
B)
Qual das seguintes afirmações é mais precisa ao definir um veneno e sua relação com a toxicidade em sistemas biológicos?
A) Um veneno é uma substância que só produz lesões em doses elevadas, mas não tem potencial de causar letalidade aguda em animais.
B) Um veneno é uma substância que sempre produz letalidade aguda em qualquer quantidade, independentemente da espécie do animal exposto.
C) A DL50 reflete com precisão a toxicidade de uma substância, pois é um indicador confiável de seu potencial de causar danos em sistemas biológicos.
D) Alguns produtos químicos com baixa toxicidade aguda podem ser cancerígenos ou teratogênicos em doses que não produzem toxicidade aguda evidente, destacando a importância de avaliar outros tipos de toxicidade além da letalidade aguda.
D)
Imagine que você está trabalhando em um hospital e recebe um paciente que ingeriu uma substância desconhecida acidentalmente. Após a análise clínica, você descobre que a substância em questão tem uma DL50 (dosagem letal para 50% dos animais tratados) relativamente alta com base em estudos anteriores. No entanto, o paciente apresenta sinais de toxicidade em órgãos específicos, que são suspeitos de estarem relacionados à exposição a essa substância. Considerando essa situação clínica, qual é a principal limitação da medida de DL50 na avaliação da toxicidade dessa substância?
A) A DL50 não é uma medida confiável e, portanto, não fornece informações úteis sobre a toxicidade da substância.
B) A DL50 reflete apenas a toxicidade aguda, deixando de fora outros tipos de toxicidade, como o potencial carcinogênico e teratogênico da substância.
C) A DL50 é excessivamente sensível e, portanto, muitas vezes superestima o risco de toxicidade da substância.
D) A DL50 é uma medida subjetiva que varia de acordo com a espécie de animal utilizada nos testes, tornando-a inaplicável na avaliação da toxicidade em humanos.
B)
Um paciente em tratamento com um novo medicamento para hipertensão arterial começa a experimentar efeitos adicionais que não estavam relacionados ao objetivo principal do tratamento, como aumento de peso, náuseas e fadiga. No entanto, esses efeitos secundários são considerados benéficos em outra indicação terapêutica desse medicamento. Com base no caso clínico, qual termo é utilizado para descrever os efeitos que são sempre prejudiciais para o bem-estar dos seres humanos?
A) Efeitos Indesejáveis
B) Efeitos Colaterais
C) Efeitos Adversos
D) Efeitos Benéficos
C)
Imagine um paciente que trabalha em uma fábrica de produtos químicos. Após anos de exposição ao mesmo composto químico, ele começa a apresentar sintomas como erupções cutâneas, falta de ar e coceira intensa sempre que entra em contato com a substância em questão, mesmo em doses muito pequenas. Com base nesse cenário clínico, o que caracteriza a alergia química e as reações alérgicas?
A) A alergia química ocorre apenas após exposição a doses elevadas de produtos químicos e é sempre dose-dependente, enquanto as reações alérgicas são geralmente leves e raramente graves.
B) A alergia química resulta da sensibilização prévia a uma substância química e pode levar a reações alérgicas mesmo após exposição a doses muito baixas desses produtos químicos, que são dose-dependentes em indivíduos alérgicos.
C) A alergia química e as reações alérgicas não estão relacionadas, uma vez que a sensibilização a produtos químicos não desencadeia reações alérgicas.
D) A alergia química é sempre fatal, enquanto as reações de sensibilização são geralmente leves e não causam danos significativos à saúde.
B)
Em toxicologia, as exposições a produtos químicos são categorizadas como agudas, subagudas, subcrônicas e crônicas, dependendo da duração e frequência da exposição. Um fator crítico na caracterização temporal das exposições repetidas é a frequência, que está relacionada à taxa de eliminação do produto químico. Com base nessas informações, qual das seguintes afirmações é correta?
A) Uma exposição crônica a um agente tóxico sempre resulta em efeitos tóxicos imediatos após cada administração, além dos efeitos de longo prazo.
B) A exposição aguda a um agente tóxico é definida como a exposição por mais de 24 horas, independentemente da dose ou frequência.
C) A exposição subaguda refere-se à exposição repetida a um produto químico por mais de 3 meses, enquanto a exposição subcrônica ocorre por um período inferior a 1 mês.
D) A exposição aguda é definida como a exposição a uma substância química por menos de 24 horas e, em alguns casos, pode envolver exposições repetidas em um período de 24 horas para produtos químicos pouco ou praticamente não tóxicos.
D)
Qual é a principal distinção entre a relação dose-resposta individual e a relação dose-resposta quântica?
A) A relação dose-resposta individual é caracterizada pela resposta de uma população de organismos individuais a diferentes doses, enquanto a relação dose-resposta quântica descreve a resposta de um organismo individual.
B) A relação dose-resposta individual é contínua e graduada, refletindo o efeito de uma substância química em diferentes intervalos de doses, enquanto a relação dose-resposta quântica é caracterizada por uma resposta abrupta e não contínua.
C) A relação dose-resposta individual é usada exclusivamente em estudos de toxicologia experimental com animais, enquanto a relação dose-resposta quântica é usada em estudos clínicos em humanos.
D) A relação dose-resposta individual é o conceito mais fundamental em toxicologia, enquanto a relação dose-resposta quântica é uma abordagem menos comum e menos relevante na prática clínica.
B)
Quais são os fatores que podem contribuir para as diferenças individuais na resposta a substâncias químicas em seres humanos?
A) Apenas a idade e o sexo dos indivíduos influenciam as diferenças na resposta a substâncias químicas.
B) As diferenças individuais na resposta são principalmente devidas à exposição prévia a substâncias químicas semelhantes.
C) Além das diferenças genéticas, fatores como idade, sexo, histórico de exposição, estado de saúde e estilo de vida podem influenciar nas variações das respostas tóxicas.
D) As diferenças na resposta a substâncias químicas são determinadas exclusivamente pelo peso corporal dos indivíduos.
C)
O que a toxicogenômica estuda e como ela se relaciona com a etiologia da toxicidade?
A) A toxicogenômica estuda a interação entre os sistemas nervosos central e periférico na toxicidade e está relacionada à função de diferentes tipos de células no corpo.
B) A toxicogenômica é uma técnica de diagnóstico por imagem que permite visualizar a toxicidade em órgãos internos.
C) A toxicogenômica se concentra na análise da expressão gênica, produção de proteínas e metabolismo de moléculas em resposta a substâncias tóxicas, relacionando-se com a causa da toxicidade.
D) A toxicogenômica é uma área da medicina que estuda os efeitos da exposição crônica a agentes tóxicos no corpo humano.
C)
Nome do Paciente: João
Idade: 34 anos Sexo: Masculino
Histórico Clínico: João é um paciente com histórico de transtorno bipolar e comportamento agressivo intermitente. Ele está sob tratamento com haloperidol há aproximadamente 6 meses, conforme prescrição médica.
História Clínica: João foi encaminhado à Clínica Médica Dr. Silva com queixas de sintomas incomuns que começaram a ocorrer nas últimas semanas. Ele relata dificuldades de movimento, rigidez muscular, tremores nas mãos e língua, e inquietação. Além disso, João tem experimentado episódios frequentes de ansiedade, sudorese excessiva e alterações na pressão arterial. Seus sintomas pioraram nos últimos dias, e ele está preocupado com seu bem-estar geral. Exames Clínicos: Durante a avaliação clínica, foi observado que João está com dificuldades significativas de coordenação motora e apresenta movimentos involuntários e repetitivos, característicos dos efeitos extrapiramidais. Ele também apresenta sudorese excessiva e pressão arterial elevada.
Tratamento Atual: João está atualmente sob tratamento com haloperidol, conforme prescrito por seu psiquiatra. Ele relata que tem seguido rigorosamente a dosagem e a frequência de administração do medicamento.
- Considerando a toxicologia clínica, qual é a principal preocupação em relação aos sintomas apresentados por João e seu tratamento atual com haloperidol?
- Explique o conceito de efeitos extrapiramidais associados ao uso de haloperidol.
- Relacione esses efeitos extrapiramidais às características clínicas apresentadas pelo paciente João.
- Como a equipe médica pode abordar o caso de João, levando em consideração os princípios da toxicologia clínica, para minimizar potenciais reações adversas aos medicamentos e promover o bem estar do paciente?
- Qual é o principal tipo de toxicidade observado no caso de João: NOAEL ou LOAEL?
- A paralisia e mudar o medicamento;
- Efeitos semelhantes ao Parkinson;
- Dificuldades de movimento, tremores nas mãos e língua, dificuldades significativas de coordenação motora, movimentos involuntários e repetitivos;
- Mudar o medicamento;
- LOAEL.
Você é um obstetra que atende uma paciente chamada Laura, de 30 anos, que está grávida de 14 semanas. Laura se queixa de náuseas e vômitos graves, que a deixam incapaz de manter alimentos no estômago. Ela perdeu peso e está desidratada devido à frequente eliminação de líquidos. Laura relata que esses sintomas começaram nas últimas semanas e estão afetando seriamente sua qualidade de vida. Ela está preocupada com o bem-estar de seu bebê, pois não consegue manter alimentos ou suplementos vitamínicos.
- Como médico, qual é a primeira medida que você tomaria para avaliar e tratar os sintomas de náuseas e vômitos graves de Laura durante a gravidez?
- Considerando a necessidade de controlar os sintomas de Laura, qual é a classe de medicamentos mais apropriada para o tratamento da êmese em gestantes?
- Dada a importância de evitar reações adversas ou efeitos prejudiciais ao feto, quais medicamentos específicos você consideraria prescrever a Laura? Como eles devem ser administrados?
- Avaliação completa do histórico médico, incluindo a gravidade dos sintomas, duração e impacto na saúde materna e fetal. Exames físicos e laboratoriais podem ser necessários para avaliar a desidratação e possíveis complicações;
- A classe de medicamentos mais apropriada para o tratamento da êmese (náuseas e vômitos) em gestantes é a dos antieméticos. Esses medicamentos são específicos para aliviar os sintomas de náuseas e vômitos;
- Dada a importância de evitar reações adversas ao feto, um medicamento específico que pode ser considerado é a ondansetrona, que é um antagonista dos receptores da serotonina. A administração pode ser feita por via oral, se possível, ou por via intravenosa (IV) em casos graves. Na toxicologia, é importante escolher medicamentos que possuam um perfil de segurança aceitável durante a gravidez, priorizando aqueles que tenham menor probabilidade de causar efeitos adversos significativos para a mãe e o feto (teratogênese – ex.: talidomida).