PMSUS 4 - D1 Flashcards

1
Q

Defina mortalidade materna

A

É a morte de mulheres que ocorre durante a gravidez, o parto e o puerpério (até 42 dias após o parto)

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2
Q

Cite as principais causas de mortalidade materna no Brasil

A

*Hipertensão associada à gravidez (eclâmpsia);
*Hemorragia obstétrica;
*Infecções puerperais;
*Abortamentos;
*Gravidez na adolescência.

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3
Q

Em relação à mortalidade materna, qual meta a OMS estabeleceu para 2030?

A

No máximo 70 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos

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4
Q

Quais as principais estratégias para reduzir a mortalidade materna?

A

-> Políticas para redução da desigualdade de gênero, social e no trabalho;
-> Planejamento reprodutivo;
-> Acesso a serviços de acolhimento, segurança e qualidade durante a gravidez, parto e puerpério;
-> Promover a investigação de óbitos maternos em todos os níveis de saúde para identificar fragilidades na assistência prestada e na vida da mulher, que possam ser superadas para mudar a realidade de outras mulheres.

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5
Q

De qual maneira a Atenção Primária à Saúde pode melhorar a assistência à saúde da mulher no ciclo da gestação, parto e puerpério?

A

-> Conhecimento da população de gestantes e puérperas do território;

-> Estratificação de risco gestacional;

-> Manejo adequado das necessidades das gestantes, parturientes e puérperas de acordo com o estrato de risco.

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6
Q

O conhecimento da população de gestantes e puérperas do território envolve o mapeamento dos fatores de risco gestacionais. Quais seriam eles?

A

-> Dificuldade de acesso aos serviços de saúde;
-> Condições vulneráveis de habitação e renda;
-> Baixa escolaridade;
-> Condições de trabalho desfavoráveis (esforço físico excessivo, estresse contínuo, exposição a agentes nocivos);
-> Anemia falciforme, HAS, DM e outras doenças crônicas;
-> Idade < 15 anos e > 35 anos;
-> Alimentação não saudável;
-> Inatividade física;
-> Uso de drogas lícitas ou ilícitas;
-> Violência doméstica e situação conjugal insegura.

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7
Q

Quais são os 10 passos para o pré-natal de qualidade segundo o Ministério da Saúde?

A
  1. Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce)
  2. Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal
  3. Toda gestante deve ter asseguradas a solicitação, a realização e a avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal
  4. Promover a escuta ativa da gestante e de seus acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais, e não somente um cuidado biológico: “rodas de gestantes”.
  5. Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário
  6. É direito do parceiro ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: “pré-natal do parceiro”
  7. Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário
  8. Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do plano de parto
  9. Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação)
  10. As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal
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8
Q

A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado, principalmente durante a gravidez. Nesse sentido, caracterize a estrutura operacional da RAS Materno infantil.

A
  • Unidades Básicas de Saúde na APS, preferencialmente organizadas com eSF, eSF-SB e NASF;
  • Apoio diagnóstico laboratorial;
  • Transporte em saúde municipal;
  • Ambulatório de referência para o pré-natal de alto risco, referência para as UBS de todos municípios da região;
  • Maternidade de risco habitual no município sede da Região de Saúde ou em outros municípios de maior porte populacional;
  • Maternidade de alto risco no município-sede da região ampliada de saúde (macrorregião);
  • Casa de apoio à gestante anexa à maternidade de alto risco;
  • Serviços de referência ambulatoriais e hospitalares especializados (HIV/AIDS).
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9
Q

Como se dá a abordagem pré-concepcional e a captação e confirmação da gestação na APS?

A
  • O aconselhamento pré-concepcional é parte integrante dos cuidados pré-natais e tem por objetivo conhecer precocemente as expectativas em relação à gravidez, além de identificar fatores de risco ou doenças que possam interferir no prognóstico da futura gestação;
  • A captação da gestante para o acompanhamento deve ser precoce – dentro do primeiro trimestre da gestação –, possibilitando a identificação de eventuais fatores de risco e instituindo os cuidados do pré-natal. As famílias e a comunidade devem ser educadas sobre a importância da captação precoce e do acompanhamento do pré-natal. Os Agentes Comunitários da Saúde (ACS) devem estar capacitados para investigar e identificar os sinais e sintomas durante as visitas domiciliares;
  • A confirmação se dá, principalmente, por métodos laboratoriais (beta-HCG positivo em sangue ou urina) e exame físico (movimentos fetais ou ausculta BCF).
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10
Q

Quais os principais dados de coleta na primeira avaliação do pré-natal?

A

Anamnese:
- Nome da gestante e do acompanhante
Idade, cor da pele e etnia, naturalidade e procedência, atividades laborais, situação conjugal, aceitação da gravidez, escolaridade, aspectos religiosos;
- Antecedentes mórbidos e fisiológicos pessoais;
- Antecedentes ginecológicos e obstétricos;
- Hábitos de vida, uso de medicamentos e drogas, relações sociais;
- Antecedentes familiares;
- Alergias e situação vacinal;
- Movimento fetal

Exame físico geral:
- Peso, altura, índice de massa corpórea; registro no gráfico de ganho ponderal
- Pulso, pressão arterial e presença de edema
- Sistema tegumentar (presença de alterações na pele), mucosa ocular, presença de varizes nos membros inferiores, ausculta cardíaca, ausculta pulmonar, palpação da tireoide, avaliação do aparelho locomotor (ênfase na coluna e nos joelhos), cavidade oral (conservação dentária e gengivas) e palpação abdominal.

Exame físico gineco-obstétrico:
- Exame das mamas: inspeção estática e dinâmica; palpação das glândulas mamárias, segmento axilar e axila; expressão mamária; identificação de proliferação das glândulas, aumento do volume, edema, vasodilatação (rede venosa de Haller), aumento da pigmentação da aréola primária, aparecimento da aréola secundária, hipertrofia das glândulas sebáceas do mamilo (tubérculos de Montgomery), inversão de mamilos;

  • Exame pélvico: inspeção genital (malformações, rupturas, cicatrizes, alterações da coloração, lesões vegetantes e ulcerações), do períneo e região anal; exame com espéculo vaginal (paredes vaginais, características físicas do conteúdo vaginal, colo uterino, presença de lesões como pólipos ou outras potencialmente sangrantes);
  • Coleta do exame citopatológico, se necessário

Exame físico obstétrico: inspeção, palpação, mensuração da altura uterina e ausculta dos batimentos cardíacos fetais (a partir da 12ª semana) e registro do valor exato do número de BCF/min; alterações da coloração (linha nigrans), estrias, cicatrizes, tensão (polidrâmnio) e outras alterações
- Toque vaginal, se necessário.
- Exames de rotina (tiragem sanguínea, hemograma, Coombs indireto, glicemia. Testes para HIV, sífilis, toxoplasmose, hepatite B, CMV, urina tipo l e urocultura e papanicolau.

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11
Q

O que são doenças crônicas?

A

As doenças crônicas compõem o conjunto de condições crônicas. Em geral, estão relacionadas a causas múltiplas, são caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração. Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades. Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura.

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12
Q

Liste algumas das doenças ou condições crônicas mais prevalentes no Brasil

A
  • Circulatórias: Hipertensão arterial, IAM, AVC;
  • Endócrinas: diabetes Mellitus;
  • Respiratórias crônicas: asma, DPOC;
  • Neoplasias.
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13
Q

Qual a importância de organizar a atenção às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no SUS?

A

As doenças crônicas constituem problema de saúde de grande magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes. Além da mortalidade, as doenças crônicas apresentam forte carga de morbidades relacionadas. Elas são responsáveis por grande número de internações e perda significativa da qualidade de vida, que se aprofunda à medida que a doença se agrava.

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14
Q

De que forma os determinantes sociais impactam a prevalência das DCNT?

A

As desigualdades sociais, diferenças no acesso aos bens e aos serviços, baixa escolaridade e desigualdades no acesso à informação determinam, de modo geral, maior prevalência das doenças crônicas e dos agravos decorrentes da evolução dessas doenças (SCHMIDT et al., 2011).

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15
Q

De qual forma as DCNT impactam a economia do País?

A

Os gastos por meio do SUS, mas também com as despesas geradas em função do absenteísmo, das aposentadorias e da morte da população economicamente ativa.

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16
Q

Quais os fatores de risco em comum modificáveis para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis?

A

Tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade.

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17
Q

Diante dessa realidade, o Brasil elaborou, em 2011, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Qual o objetivo desse plano?

A

Tem o objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção, o controle e o cuidado das DCNT e seus fatores de risco.

O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças (circulatórias, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade) e define diretrizes e ações em: a) vigilância, informação, avaliação e monitoramento; b) promoção da saúde; c) cuidado integral.

18
Q

Quais as metas nacionais propostas pelo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis?

A
  • reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano;
  • reduzir a prevalência de obesidade em crianças;
  • reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes;
  • deter o crescimento da obesidade em adultos;
  • reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool;
  • aumentar a prevalência de atividade física no lazer;
  • aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
  • reduzir o consumo médio de sal;
  • reduzir a prevalência de tabagismo;
  • aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos;
  • aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos;
  • tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer.
19
Q

Utilize o texto a seguir para responder as próximas 3 questões: O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis fundamenta-se no delineamento de diretrizes e ações em: a) vigilância, informação, avaliação e monitoramento; b) promoção da saúde; c) cuidado integral. Caracterize o eixo “a)”

A

Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são: a) monitoramento dos fatores de risco; b) monitoramento da morbidade e mortalidade específica das doenças; e c) respostas dos sistemas de saúde, que também incluem gestão, políticas, planos, infraestrutura, recursos humanos e acesso a serviços de saúde essenciais, inclusive a medicamentos.

20
Q

Caracterize o eixo “b)”

A

Compreendendo a importância das parcerias para superar os fatores determinantes do processo saúde-doença, foram definidas diferentes ações envolvendo diversos ministérios.
Principais ações:

Atividade física
I. Programa Academia da Saúde
II. Programa Saúde na Escola
III. Praças do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
IV. Reformulação de espaços urbanos saudáveis
V. Campanhas de comunicação

Alimentação saudável:
- Nas escolas;
- Aumento da oferta e regulação dos preços e da publicidade;
- Controle da obesidade;
- Regulação da composição nutricional de alimentos processados;

Tabagismo e álcool:
- Fortalecimento da implementação da
política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool;

  • Apoio à intensificação de ações fiscalizatórias em relação à venda de bebidas alcoólicas a menores de .
    18 anos;
  • Ampliação das ações de prevenção e de cessação do tabagismo, com atenção especial aos grupos mais
    vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas, quilombolas).

Envelhecimento ativo:
- Implantação de um modelo de atenção integral ao envelhecimento ativo, favorecendo ações de
promoção da saúde, prevenção e atenção integral;

  • Incentivo aos idosos para a prática da atividade física regular no programa Academia da Saúde;
  • Capacitação das equipes de profissionais da Atenção Básica em Saúde para o atendimento, acolhimento e cuidado da pessoa idosa e de pessoas com condições crônicas.
21
Q

Caracterize o eixo “c”

A

Cuidado integral
Serão realizadas ações visando ao fortalecimento da capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde e à ampliação de um conjunto de intervenções diversificadas capazes de uma abordagem integral da saúde com vistas à prevenção e ao controle das DCNT.
Principais ações:
- Capacitação e telemedicina;
- Medicamentos gratuitos para DCNT e tabagismo;
- Prevenção do Câncer do colo do útero e de mama;
- Atendimento domiciliar, atendimento às urgências (IAM, AVE).

22
Q

Caracterize o VIGITEL associado às DCNT

A

O VIGITEL, associado à vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, tem objetivo de monitorar a frequência e a distribuição dos principais fatores de risco e de proteção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

23
Q

Caracterize as perguntas do questionário VIGITEL 2021

A

As perguntas do questionário Vigitel 2021 abordam:
a) características demográficas e socioeconômicas dos indivíduos (idade, sexo, estado civil, raça/cor, nível de escolaridade, número de pessoas no domicílio, número de adultos e número de linhas telefônicas);
b) características do padrão de alimentação e de atividade física associadas à ocorrência de DCNT (por exemplo: frequência do consumo de frutas e hortaliças e de refrigerantes e frequência e duração da prática de exercícios físicos e do hábito de assistir televisão);
c) peso e altura referidos;
d) frequência do consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas;
e) autoavaliação do estado de saúde do entrevistado, referência a diagnóstico médico anterior de hipertensão arterial, diabetes e depressão;
f) realização de exames para detecção precoce de câncer em mulheres;
g) posse de plano de saúde ou convênio médico;
e h) questões relacionadas a situações no trânsito.

24
Q

Qual a importância do VIGITEL?

A

Os resultados desse sistema subsidiam o monitoramento e embasamento das metas propostas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil.

25
Q

Liste possíveis fatores de risco associados com a infecção pelo HPV e medidas de prevenção

A

Fatores de risco:
- múltiplos parceiros sexuais
- atividade sexual desprotegida e precoce
- imunidade enfraquecida
- tabagismo

Medidas de prevenção:
- Vacinação bivalente (16 e 18) ou quadrivalente (6,11,16 e 18). O objetivo da vacinação é previnir o câncer de colo de útero, de pênis, de testículo, de ânus, de boca e de orofaringe;
- A camisinha ajuda a diminuir o risco de contaminação, mas não protege totalmente, já que pode se alojar em locais que o preservativo não cobre;
- Diminuir o número de parceiros sexuais ;
- Realizar exame preventivo para detectar lesões iniciais e tratamento.

26
Q

Quais os elementos constituintes da Rede de Atenção Oncológica no SUS (população, estrutura operacional, modelo de atenção e pontos de atenção)?

A

A Rede de Atenção Oncológica no Sistema Único de Saúde (SUS) é composta por vários elementos que visam oferecer cuidados de saúde abrangentes e integrados para pacientes com câncer. Esses elementos incluem:

  • População-alvo: A população atendida pela Rede de Atenção Oncológica no SUS inclui todos os pacientes com diagnóstico de câncer, independentemente de idade, sexo ou condição socioeconômica.
  • Estrutura Operacional: A rede é organizada em diferentes níveis de atenção, que compreendem desde a atenção básica até a alta complexidade. Isso inclui unidades básicas de saúde, clínicas especializadas, hospitais gerais e hospitais de referência em oncologia. Cada nível desempenha um papel específico no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente com câncer.
  • Modelo de Atenção: A Rede de Atenção Oncológica adota um modelo de atenção integral à saúde, centrado no paciente. Isso significa que o cuidado é planejado levando em consideração as necessidades individuais do paciente, incluindo aspectos físicos, emocionais e sociais. Além disso, o modelo promove a prevenção, detecção precoce, tratamento e reabilitação do câncer.
  • Pontos de Atenção: Dentro da rede, existem pontos de atenção específicos, tais como:

*Atenção Básica: Realiza a prevenção, promoção da saúde, diagnóstico precoce e encaminhamento para níveis de maior complexidade.

*Assistência Especializada: Compreende serviços ambulatoriais e hospitalares especializados em oncologia, onde ocorrem tratamentos como quimioterapia e radioterapia.

*Hospitais de Referência: São unidades de alta complexidade, onde são realizadas cirurgias oncológicas complexas e tratamentos de alta tecnologia.

*Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) e Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON): São unidades que oferecem tratamento de alta complexidade e realizam transplantes de medula óssea e outros procedimentos avançados.

*Cuidados Paliativos: Inclui serviços que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer em estágios avançados, focando no alívio dos sintomas e no suporte emocional.

27
Q

Qual o papel da Atenção Básica no enfrentamento do câncer de mama e do colo do útero?

A

Sendo a Atenção Básica (AB) ou Atenção Primária à Saúde (APS) realizada próxima ao usuário, sua família, seu território e suas condições de vida, acompanhando os usuários longitudinalmente e articulando os diversos serviços que compõem as redes de saúde, destacam-se as ações relacionados ao controle dos câncer de colo de útero e mama. Considerando a alta incidência e a mortalidade relacionadas a essas doenças, as abordagens educativas devem estar presentes no processo de trabalho das equipes, seja em momentos coletivos, em momentos individuais de consulta. É fundamental a disseminação da necessidade dos exames e da sua periodicidade, bem como dos sinais de alerta que podem significar câncer.
Após o recebimento de um exame “positivo”, cabe a AB realizar o acompanhamento dessa usuária, encaminhar ao serviço de referência para confirmação diagnóstica e realização do tratamento. Nesse processo, é fundamental a avaliação da usuária, avaliar a compreensão que a mesma tem sobre sua doença e estimular a adesão ao tratamento. O sistema logístico da rede (sistema de informação) deve permitir que a AB tenha acesso a relatórios do tratamento, durante a sua realização, bem como à contrarreferência, quando o serviço especializado realizar a alta dessa usuária. Muitas vezes, mesmo após a alta, a usuária demanda cuidados especiais, principalmente na periodicidade de acompanhamento. Também cabe destacar o papel da Atenção Básica no que tange aos cuidados paliativos.

28
Q

Qual protocolo de cuidado (encaminhamento, diagnóstico, tratamento e reabilitação) relacionado ao câncer de colo de útero e mama na Atenção Básica?

A

O controle dos cânceres do colo de útero e da mama depende de uma atenção básica qualificada e organizada, integrada com os demais níveis de atenção. Somente dessa forma é possível combater essas doenças e diminuir a mortalidade por elas.

APS:
- As ações de prevenção da saúde;
- A realização do citopatológico deve ocorrer na própria unidade básica de saúde;
- É fundamental que nas consultas o profissional realize o exame clínico das mamas para detectar lesões palpáveis e a solicitação da mamografia seja realizada pelo profissional da unidade;
- Após a realização da coleta do citopatológico, cabe à Atenção Básica encaminhar o material para análise, e aguardar o recebimento dos laudos. De posse do resultado, o profissional deve realizar a conduta de acordo com o resultado. Caso o resultado determine encaminhamento a outro serviço. Deve ser feita a solicitação;
- Cuidados paliativos.

Atenção Secundária à Saúde:
- Os serviços de atenção secundária são compostos por unidades ambulatoriais, que devem servir de referência para um conjunto de unidades de Atenção Básica, prestando atendimento mediante encaminhamento;
- No caso do câncer do colo do útero, eles devem realizar a colposcopia, bem como os outros procedimentos necessários para a confirmação diagnóstica conforme o caso;
- No caso do câncer da mama, essa unidade deve ser capaz de biópsia diagnóstica;
- Alguns tratamentos também podem ser realizados nessas unidades, e caso mais graves, que necessitem de procedimentos mais complexos, devem ser encaminhados para as unidades terciárias. Alguns desses serviços, também possuem ações de radiodiagnóstico, e são responsáveis por realizar mamografia e outros exames de imagem conforme organização regional.

Atenção Terciária à saúde:
- No caso da atenção ao câncer, é o nível assistencial no qual são realizados os procedimentos cirúrgicos e de alta complexidade em oncologia – cirurgia oncológica, radioterapia e quimioterapia – e que é responsável pela oferta ou coordenação dos cuidados paliativos dos pacientes com câncer.

Sistema de Apoio e Diagnóstico (SADT):
É fundamental a estruturação de laboratórios de referência para citopatologia e histopatologia para avaliação do material coletado;

Sistema de Informação:
- Para o aprimoramento dos programas de rastreamento e diagnóstico precoce é fundamental
a estruturação de um sistema de informação que possibilite o diálogo entre os diversos serviços;
- São usuários do sistema as coordenações do programa de controle de câncer do colo do útero e da mama do SISCAN, unidades de saúde e os prestadores de serviço que realizam os exames citopatológico e histopatológico do colo do útero, citopatológico e histopatológico de mama e mamografia. Este sistema será integrado ao Cadastro Nacional de Cartão Saúde (CadSUS) e ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Sistema de Regulação:
- A regulação deve ser compreendida como instrumento para qualificar a demanda e a assistência prestada. Nesse sentido, é fundamental que os fluxos sejam claramente estabelecidos, com classificação de risco e priorização dos casos potencialmente mais graves.

29
Q

O que é a Rede Cegonha?

A

A Rede Cegonha é uma estratégia inovadora lançada em 2011 pelo Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados de acesso, acolhimento e resolutividade a questões relativas à gravidez, ao pré-natal, ao parto, ao crescimento e desenvolvimento saudável das crianças até 2 anos (24 meses), por meio de atendimento de qualidade, seguro e eficaz. Além disso, promove a vinculação à unidades de referência e transporte seguro, bem como acesso às ações de planejamento reprodutivo.

30
Q

Qual indicador de saúde constitue elemento básico para a implementação da Rede Cegonha?

A

Indicador loco-regional de morbimortalidade materno-infantil.

31
Q

Quais são os 4 componentes da Rede Cegonha?

A

*Pré-natal
*Parto e nascimento
*Puerpério e atenção integral à saúde da criança até 24 meses
*Sistema logístico (transporte sanitário e regulação)

32
Q

Liste alguns dos objetivos e diretrizes da rede cegonha

A
  • Reduzir a morbimortalidade materno-infantil com ênfase no componente neonatal;
  • Realização de no mínimo 6 consultas de pré-natal (de risco habitual ou alto risco) com realização de exames preconizados e em tempo oportuno;
  • Prevenção e tratamento de IST’s, incluindo HIV, AIDS e hepatites;
  • Acolhimento às intercorrências na gestação;
  • Suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru) bem como regulação de leitos de urgências e ambulatoriais;
  • Transporte seguro nas situações de urgência para as gestantes, as puérperas e os recém-nascidos de alto risco;
  • Acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento, bem como a busca ativa de crianças vulneráveis e promoção do crescimento e desenvolvimento saudável das crianças até 2 anos (24 meses);
  • Orientação e oferta de métodos contraceptivos.
33
Q

Quais são os pontos de atenção da rede cegonha no território?

A

*ubs
*domicílio
*centro de parto normal
*maternidade
*maternidade de risco
*casa de gestante, bebê e puérpera

34
Q

Caracterize a vinculação na Rede Cegonha

A

Toda mulher tem direito ao atendimento na gravidez, no parto e após o parto. Para isso, deve buscar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para realizar o pré-natal. Durante esse período, a equipe de saúde deve informar qual maternidade ou hospital deverá ser buscado no momento do parto ou em caso de intercorrências.
Essa estratégia é chamada de Vinculação e tem o objetivo de evitar a peregrinação da mulher no momento do parto.

35
Q

V ou F
A Rede Cegonha permite o direito ao acompanhante de livre escolha da mulher no parto.

A

Verdadeiro.

36
Q

V ou F
A rede cegonha promove o combate à violência obstétrica, à medicalização e à mercantilização do parto.

A

Verdadeiro.

37
Q

Sobre os princípios da Rede Cegonha, assinale a alternativa correta
a) Humanização apenas do parto
b) Organização dos serviços de saúde enquanto uma rede de atenção à saúde (RAS)
c) Desvinculação da gestante à maternidade, pois o parto será realizado no domicílio
d) Gestante peregrina
e) Acolhimento apenas da gestante, pois o o bebê será atendido na clínica do bebê após o nascimento.

A

letra b)

38
Q

De acordo com o INCA, como deve ser feito o rastreamento do câncer de mama?

A

O rastreamento do câncer de mama é uma estratégia que deve ser dirigida às mulheres na faixa etária e periodicidade em que há evidência conclusiva sobre redução da mortalidade por câncer de mama e na qual o balanço entre benefícios e danos à saúde dessa prática é mais favorável. Os potenciais benefícios do rastreamento bienal com mamografia em mulheres de 50 a 69 anos são o melhor prognóstico da doença, com tratamento mais efetivo e menor morbidade associada. Mulheres de 40 anos ou mais com risco elevado, o rastreamento e periodicidade dos exames deve ser individualizada

39
Q

De acordo com o INCA, como deve ser realizado o rastreamento do câncer do colo do útero?

A

O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame de Papanicolau), que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual.

40
Q

Caracterize a PNAISM e os seus objetivos

A

A PNAISM consolidou os avanços do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), de 1984, que redefiniu a agenda relativa à saúde da mulher, ampliando o leque de ações, até então focadas na assistência ao ciclo gravídicopuerperal, para incluir outros aspectos relevantes da saúde da população feminina, tais como a assistência às doenças ginecológicas prevalentes, a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de colo uterino e de mama, a assistência ao climatério, a assistência à mulher vítima de violência doméstica e sexual, os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção da atenção à saúde de segmentos específicos da população feminina, entre outros.

Em seus objetivos específicos, a PNAISM aponta como prioritário desenvolver ações que garantam atenção humanizada às mulheres nas seguintes situações que envolvem sua saúde:
• Mortalidade materna, com subdivisões que abrangem: precariedade da atenção obstétrica; abortamento em condições precárias, precariedade da assistência em anticoncepção; DST/HIV/Aids;
• Violência doméstica e sexual; • A saúde de mulheres adolescentes; • Saúde da mulher no climatério/menopausa; • Saúde mental e gênero; • Doenças crônico-degenerativas e câncer ginecológico; • Saúde das mulheres negras; • Saúde das mulheres indígenas; • Saúde das mulheres lésbicas; • Saúde das mulheres residentes e trabalhadoras na área rural; • Saúde das mulheres em situação de prisão.

41
Q

O Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias
de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, elaborou a Caderneta da Gestante, que aborda:

A
  • Dados do pré-natal, registro de consultas, exames e vacinas (preenchidos pelo profissional de saúde);
  • Direitos da mulher antes e depois do parto;
  • Cartão de consultas e exames, com espaço para anotar as dúvidas;
  • Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta; - Informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento do bebê, alguns cuidados de saúde, o parto e o pós-parto;
  • Informações e orientações sobre amamentação;
  • Como tirar a Certidão de Nascimento do filho;
  • Espaço para anotações de sensações e sentimentos, coisas que a mulher deseja dizer para o bebê e colar fotografias.