NCS SP 2.4 - TUTORIA Flashcards

1
Q

O que significa “parto”?

A

Parto significa nascimento do bebê.
(Guyton, 14ed)

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2
Q

O que ocorre com o útero perto do final da gravidez?

A

Perto do fim de gravidez, o útero torna-se progressivamente mais excitável, até que, finalmente, desenvolve contrações rítmicas tão fortes que o bebê é expelido.
(Guyton, 14ed)

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3
Q

Quais os dois principais eventos que provocam contrações intensas no momento do parto?

A

(1) mudanças hormonais progressivas que aumentam a excitabilidade da musculatura uterina; e (2) mudanças mecânicas progressivas.
(Guyton, 14ed)

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4
Q

Cite 3 fatores hormonais que aumentam a contratilidade uterina

A
  1. Maior proporção de estrogênios em relação à progesterona;
  2. A ocitocina causa contração do útero;
  3. Efeito dos hormônios fetais no útero.
    (Guyton, 14ed)
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5
Q

De que forma a maior proporção de estrogênios em relação à progesterona aumenta a contratilidade uterina?

A

A progesterona inibe a contratilidade uterina durante a gravidez, ajudando, assim, a evitar a expulsão do feto. Por outro lado, os estrogênios tendem a aumentar o grau de contratilidade uterina, em parte porque os estrogênios aumentam o número de junções comunicantes entre as células do músculo liso uterino adjacentes. Tanto a progesterona quanto o estrogênio são secretados em quantidades progressivamente maiores durante a grande parte da gravidez, mas, a partir do sétimo mês, a secreção de estrogênio continua a aumentar,enquanto a secreção de progesterona permanece constante ou até mesmo diminui um pouco.
(Guyton, 14ed)

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6
Q

De que forma a ocitocina causa contração do útero próximo ao parto?

A

A ocitocina é um hormônio secretado pela neuro-hipófise e existem 4 razões para se acreditar que a ocitocina pode ser importante para aumentar a contratilidade do útero próximo ao termo:
1. A musculatura uterina aumenta seus receptores de ocitocina e, portanto, aumenta sua sensibilidade a uma determinada dose de ocitocina nos últimos meses da gravidez;
2. A secreção de ocitocina pela neuro-hipófise é, consideravelmente, maior no momento do parto;
3. Embora os animais hipofisectomizados ainda consigam ter seus filhotes a termo, o trabalho de parto é prolongado;
4. Experimentos em animais indicam que a irritação ou a dilatação do colo uterino, como ocorre durante o trabalho de parto, pode causar um reflexo neurogênico através do hipotálamo, o que faz com que a neuro-hipófise aumente sua secreção de ocitocina.
(Guyton, 14ed)

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7
Q

Quais hormônios produzidos pelo feto causam excitabilidade do útero próximo ao parto?

A

Ocitocina, cortisol e prostaglandinas.
(Guyton, 14ed)

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8
Q

Quais são os fatores mecânicos que aumentam a contratilidade uterina?

A

Distensão da musculatura uterina;
Distensão ou irritação do colo uterino.
(Guyton, 14ed)

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9
Q

Como a distensão da musculatura uterina aumenta sua contratilidade?

A

A simples distensão de órgãos de musculatura lisa geralmente aumenta sua contratilidade. Além disso, a distensão intermitente, como ocorre repetidamente no útero, por causa dos movimentos fetais, também pode provocar a contração dos músculos lisos. Observe, especialmente, que os gêmeos nascem, em média, 19 dias antes de um só bebê, o que enfatiza a importância da distensão mecânica em provocar contrações uterinas.
(Guyton, 14ed)

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10
Q

Como a distensão ou irritação do colo uterino provocam contrações uterinas?

A

A distensão ou a irritação de terminais sensoriais no colo uterino pode provocar contrações uterinas reflexas, mas o efeito poderia também ser resultante simplesmente da pura e simples transmissão miogênica de sinais do colo ao corpo uterino. Os obstetras frequentemente induzem o parto rompendo as membranas, para que a cabeça do bebê distenda o colo uterino com mais força do que o normal, ou irritando-o de outras maneiras.
(Guyton, 14ed)

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11
Q

Caracterize as contrações de Braxton Hicks

A

Contrações fracas e lentas que o útero sofre periodicamente durante a gravidez e não são sentidas até o segundo ou terceiro trimestre.
(Guyton, 14ed)

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12
Q

Caracterize o trabalho de parto e as contrações do trabalho de parto

A

As contrações excepcionalmente mais fortes do útero próximo ao parto começam a destender o colo uterino e, posteriormente, força o bebê pelo canal do parto, levando, assim, ao parto. Esse processo é
denominado trabalho de parto, e as contrações fortes, que resultam na parturição final, são denominadas contrações do trabalho de parto. (Guyton, 14ed)

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13
Q

Cite e caracterize a teoria de mudança de contração lenta e fraca do útero para as contrações intensamente fortes durante o trabalho de parto

A

A teoria do feedback positivo sugere que a distensão do colo uterino pela cabeça do feto torna-se, finalmente, tão grande que provoca um forte reflexo no aumento da contratilidade do corpo uterino. Isso empurra o bebê para a frente, o que distende mais o colo e desencadeia mais feedback positivo de contração corpo uterino. A distensão cervical também faz com que a hipófise secrete ocitocina, que é outro meio para aumentar a contratilidade uterina. Assim, o processo se repete até o bebê ser expelido.
(Guyton, 14ed)

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14
Q

V ou F
Para o feedback positivo persistir, cada novo ciclo deve ser mais forte do que o anterior, devido ao próprio processo de feedback positivo.

A

Verdadeiro. Se, em qualquer momento após o início do trabalho de parto, algumas contrações falharem em reexcitar o útero suficientemente, o feedback positivo poderá entrar em declínio retrógrado, e as contrações do parto desaparecerão.
(Guyton, 14ed)

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15
Q

Como ocorre as contrações musculares abdominais durante o trabalho de parto e qual sua importância durante esse processo?

A

Uma vez que as contrações uterinas se tornem fortes durante o trabalho de parto, sinais de dor originam-se tanto do útero quanto do canal de parto. Esses sinais, além de causarem sofrimento, provocam reflexos neurogênicos na medula espinhal para os músculos abdominais, causando contrações intensas desses músculos. As contrações abdominais acrescentam muito à força que provoca a expulsão do bebê.
(Guyton, 14ed)

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16
Q

Em quais regiões do útero inicia-se as contrações uterinas e em qual direção o bebê é empurrado?

A

As contrações uterinas durante o trabalho de parto começam principalmente no topo do fundo uterino e se espalham para baixo, por todo o corpo do útero. Além disso, a intensidade da contração é grande no topo e no corpo uterino, mas fraca no segmento inferior do útero adjacente ao colo do útero. Portanto, cada contração uterina e abdominal tende a forçar o bebê para baixo, na direção do colo do útero. (Guyton, 14ed)

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17
Q

Qual a frequência de contrações durante o trabalho de parto?

A

Na parte inicial do trabalho de parto, as contrações podem ocorrer apenas uma vez a cada 30 minutos. Conforme o trabalho de parto progride, as contrações finalmente aparecem uma vez a cada 1 a 3 minutos, e a intensidade da contração aumenta muito, com apenas um curto período de relaxamento entre as contrações.
(Guyton, 14ed)

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18
Q

Por que as contrações do trabalho de parto precisam ser intermitentes?

A

Pois contrações fortes impedem, ou às vezes até mesmo interrompem, o fluxo de sangue através da placenta e poderiam causar o óbito do feto se fossem contínuas. Na verdade, o uso excessivo de diversos
estimulantes uterinos, como a ocitocina, pode causar espasmo uterino em vez de contrações rítmicas e levar o feto ao óbito.
(Guyton, 14ed)

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19
Q

Em mais de 95% dos nascimentos, a cabeça é a primeira parte do bebê a ser expelida, e, na maioria dos outros casos, as nádegas são apresentadas primeiro. Quando o bebê entra no canal de parto primeiro com as nádegas ou os pés, isso é chamado de apresentação…..?

A

Apresentação pélvica
(Guyton, 14ed)

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20
Q

Caracterize o primeiro estágio do trabalho de parto

A

Ao final da gravidez, o colo do útero fica mole, permitindo-lhe que se distenda quando as contrações do trabalho de parto começam no útero. O chamado primeiro estágio do trabalho de parto é o período de dilatação cervical progressiva, que dura até a abertura cervical estar tão grande quanto a cabeça do feto. Esse estágio, geralmente, dura de 8 a 24 horas na primeira gestação, mas muitas vezes apenas alguns minutos após muitas gestações. A fase de dilatação, ou primeiro período, inicia-se com as primeiras contrações dolorosas, cuja principal ação é a modificação da cérvix. Assim, esse período começa com as primeiras modificações cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10 cm), de modo a permitir a passagem fetal. É dividido em duas fases:
1. Fase latente: contrações mais eficazes sem determinar modificações significativas na dilatação cervical. 20h em primíparas e 14h em multíparas;
2. Fase ativa: Inicia-se com dilatação cervical de 3 a 5cm. Apresenta velocidade de dilatação acelerada, aceleração máxima (quando a dilatação passa de 2 a 3cm para 8 a 9cm) e desaceleração (que precede a dilatação completa). 6h nas primíparas e 3h nas multíparas.
(Guyton, 14ed) (Zugaib, 5ed)

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21
Q

Caracterize o segundo estágio do trabalho de parto

A

Quando o colo do útero se dilata totalmente, as membranas fetais geralmente se rompem, e o líquido amniótico é perdido repentinamente pela vagina. Então, a cabeça do feto se move rapidamente para o canal de parto, e, com a força descendente adicional, ele continua abrindo caminho através do canal até a expulsão final. Isso é chamado de segundo estágio do trabalho de parto, e pode durar até 1 minuto em mulheres que já tiveram várias gestações, e 30 minutos ou mais na primeira gestação.
(Guyton, 14ed)

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22
Q

Como ocorre o deslocamento fisiológico da placenta (dequitação)?

A

Durante 10 a 45 minutos após o nascimento do bebê, o útero continua a se contrair, diminuindo cada vez mais de tamanho, causando o deslocamento da placenta das paredes uterinas, o que leva ao sangramento.
(Guyton, 14ed)

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23
Q

Quais as principais diferenças entre as contrações de Braxton Hicks e as contrações do trabalho de parto?

A

As contrações do trabalho de parto são dolorosas, mais intensas e rítmicas. Já as contrações de Braxton Hicks não apresentam ritmo, apresentam uma frequência menor, não são dolorosas (apesar de apresentarem um certo incômodo, diminuído pela administração de antiespasmódicos e repouso). (Zugaib, obstetrícia, 5ed)

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24
Q

Quais são os tipos de drogas utilizados para indução do trabalho de parto?

A

Estimulantes dos receptores de ocitocina, prostaglandinas e bloqueadores dos receptores de progesterona.
(Zugaib, obstetrícia, 5ed)

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25
Q

Durante a gestação a contratilidade uterina possui 4 fases, quais são elas?

A
  • Quiescência (fase 1)
  • Ativação (fase 2)
  • Estimulação (fase 3)
  • Involução (fase 4)
    (Zugaib, obstetrícia, 5ed)
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26
Q

Caracterize a Quiescência (fase 1)

A

Estado de relativa refratariedade a agentes que determinam contrações miometrais. Perdura por quase toda a gestação e apesar de algumas poucas contrações serem observadas nesse período, elas não modifica a estrutura cervical nem causam dilatação do colo.
(Zugaib, 5ed)

27
Q

Caracterize a Ativação (fase 2)

A

Caracterizada por modificações cervicais e pela descida do fundo uterino. Esse período é marcado pelo início da parturição e as contrações de Braxton Hicks.
(Zugaib, 5ed)

28
Q

Caracterize a Estimulação (fase 3)

A

É o próprio trabalho de parto e se divide clinicamente em 3 estágios: dilatação (primeiro estágio), expulsão (segundo estágio) e dequitação (terceiro estágio).
(Zugaib, 5ed)

29
Q

Caracterize a Involução (fase 4)

A

É marcada pelo retorno ao estado pré-gravídico e por uma concentração persistente que promove a involução uterina.
(Zugaib, 5ed)

30
Q

Caracterize a atitude fetal

A

Atitude consiste na relação das diversas partes fetais entre si. Assim, a atitude fetal depende da disposição dos membros e da coluna vertebral. Na maioria das vezes, o feto apresenta atitude de flexão generalizada durante toda a gestação e o parto. A coluna vertebral se curva ligeiramente, produzindo uma concavidade voltada para a face anterior do concepto, enquanto os membros se apresentam flexionados e anteriorizados. Assim, configura-se uma formação de aspecto oval ou ovoide, com duas extremidades representadas pelos polos cefálico e pélvico. Em situações anômalas, pode haver extensão da coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às apresentações defletidas de 1º, 2º e 3º graus. (Zugaib, 5ed)

31
Q

Caracterize a situação fetal

A

A situação fetal consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Essa relação dá origem a três possibilidades de situação fetal: longitudinal, transversa e oblíqua. (Zugaib, 5ed)

32
Q

Caracterize a apresentação fetal

A

Para que exista apresentação, é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital; portanto, não existe apresentação antes do sexto mês ou quando a parte fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito inferiores aos da bacia. Quando a situação fetal é longitudinal, há duas possibilidades de apresentação: cefálica ou pélvica, dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero. Nas situações transversas, por sua vez, duas outras possibilidades ocorrem, nas quais se distinguem as apresentações córmicas (ou de ombro), em que dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente. (Zugaib, 5ed)

33
Q

V ou F
Na gestação a termo a situação oblíqua é muita mais frequente que as transversas e longitudinais, assim como a apresentação pélvica defletida é mais comum do que as restantes.

A

Falso. Na gestação a termo, a situação longitudinal é muito mais frequente que as situações transversas e oblíquas, assim como a apresentação cefálica fletida é mais comum do que as restantes. (Zugaib, 5ed)

34
Q

A progressão do trabalho de parto é mais ou menos facilitada de acordo com a relação entre as características de forma e tamanho do que?

A

Da pelve materna e as do produto conceptual (Zugaib, 5ed)

35
Q

Em termos gerais, divide-se o mecanismo de parto em seis tempos, que se sobrepõem continuamente, configurando um movimento harmônico de espira, segundo Briquet. Quais seriam esses tempos?

A

Insinuação, descida, rotação interna, desprendimento cefálico, rotação externa e desprendimento do ovoide córmico. (Zugaib, 5ed)

36
Q

Caracterize a insinuação:

A

Insinuação é a passagem do maior diâmetro do polo cefálico pelo estreito superior da bacia materna. O maior diâmetro do polo cefálico é o biparietal e o estreito superior da bacia materna está entre o promontório do sacro e a borda superior da sínfise púbica. (Zugaib, 5ed)

37
Q

Durante a insinuação, como o polo cefalico se apresenta à pelve materna?

A

No início, a cabeça fetal mostra-se em atitude indiferente ou semifletida, oferecendo o diâmetro occipitofrontal (12 cm) à passagem pelo estreito superior da bacia. Sucedendo-se as contrações e sendo impelido de encontro ao estreito superior, exagera-se a flexão e ocorre a substituição por diâmetros menores: suboccipitofrontal (10,5 cm) e suboccipitobregmático (9,5 cm). O mecanismo de flexão cefálica é resultante da pressão axial do feto. A articulação da cabeça com a coluna vertebral representa uma alavanca de braços desiguais: de um lado, o occipício (braço menor); do outro, a fronte (braço maior). Pressionado o fulcro dessa alavanca, pela contração uterina de cima para baixo, e havendo uma contrapressão representada pela resistência da parede pélvica ou do assoalho pélvico, ocorre a flexão (teoria de Zweifel). (Zugaib, 5ed)

38
Q

Onde está localizado o estreito médio da bacia?

A

Entre as espinhas isquiáticas

39
Q

Onde está localizado o estreito inferior da bacia?

A

Entre o cóccix e a borda inferior da sínfise púbica

40
Q
A
41
Q

Caracterize a descida

A

A descida ou progressão, também considerada segundo tempo do mecanismo de parto, é o momento definido pela passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna. A definição e o estudo desse momento do parto têm meramente fins didáticos, já que sempre ocorre de forma sincrônica com o primeiro e/ou terceiro tempo. Em primíparas, ainda que a insinuação possa ocorrer antes do desencadeamento do trabalho de parto, a descida pode não ocorrer até a cervicodilatação se completar. Em multíparas, por sua vez, a descida usualmente começa com a insinuação. Contribuem para a descida um ou mais dos seguintes elementos: contração uterina, contração dos músculos abdominais, pressão do líquido amniótico e extensão do ovoide fetal, que se transforma em cilindro. (Zugaib, 5ed)

42
Q

Caracterize o plano De Lee

A

Usa-se o plano De Lee para avaliar o grau de descida fetal. A referência fetal é a extremidade inferior do polo cefálico e a referência materna são as espinhas isquiáticas (plano 0 De Lee). Quando o polo cefalico está 1 cm acima do plano 0 De Lee, o feto se encontra em -1 De Lee e assim sucessivamente até -5. Quando a extremidade do polo cefálico está 1 cm abaixo do plano 0 De Lee, o feto encontra-se em +1 de Lee e assim sucessivamente até +5. Os graus de descida são:
Móvel: > -3 cm.
Ajustada ou fixada: -3, -2 ou -1 cm.
Insinuada: 0 cm.
Fortemente insinuada: +1, +2 ou +3 cm.
Baixa: +4 ou +5 cm (já aflorando na vulva).

43
Q

Caracterize a rotação interna

A

Visa alinhar a sutura sagital do feto com o diâmetro anteroposterior da pelve materna. Durante a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis. Descreve-se assim um movimento de espira. A linha de orientação (sutura sagital) fica orientada na direção do maior diâmetro do estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a descida. A rotação normalmente traz o ponto de referência fetal para a frente, junto ao púbis, o que é denominado rotação anterior (ou púbica). (Zugaib, 5ed)

44
Q

Caracterize o desprendimento cefálico

A

Ocorre quando a cabeça fetal atinge o assoalho pélvico, posicionando a região occipital fetal na arcada púbica e realizando um movimento de deflexão para finalmente exteriorizar-se na vulva. Na medida em que ocorre a extensão, aparece primeiramente a região occipital, depois a fronte, o nariz, a boca e o mento.

45
Q

Caracterize a rotação externa

A

A rotação externa da cabeça fetal, também denominada movimento de restituição, leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto antes da rotação interna. A sutura sagital apresenta-se em sentido transversal ao da fenda vulvar ao fim desse tempo.

46
Q

Caracterize o desprendimento do ovoide córmico

A

O desprendimento do ovoide córmico caracteriza-se pela exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. O ombro anterior fixa-se no subpúbis, apresentando a inserção braquial do deltoide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento. Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular. Posteriormente ao desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é prontamente expelido, não apresentando maior resistência.

47
Q

Quais são as condições fetais para indicação de cesárea?

A

Macrossomia, prematuridade ou baixo peso, sofrimento fetal agudo, descolamento prematuro de placenta com feto vivo, placenta prévia, situação transversa, apresentação pélvica, gestação gemelar, malformações congênitas, parada secundária da dilatação.

48
Q

Quais são as condições maternas para indicação de cesárea?

A

HIV, Herpes genital ativo, cesariana prévia

49
Q

Diferencie o parto eutócico do distócico

A

O parto eutócico é caracterizado por um processo de parto normal, sem complicações, em que o bebê é entregue de forma espontânea e sem intervenções significativas. Distocia é por definição a anormalidade no desenrolar do trabalho de parto, sendo apontada nos Estados Unidos da América (EUA) como a indicação mais comum de cesárea em primigestas. Tem como causa alterações em um ou mais dos três fatores determinantes para o sucesso do parto, a saber: a força, o trajeto e o objeto.

50
Q

Quais são os principais riscos maternos e fetais das distocias?

A

A principal complicação associada ao diagnóstico de distocia é infecção, sobretudo a corioamnionite e suas consequências para o feto e para a mãe, e está diretamente relacionada à duração do trabalho de parto. Outro fato descrito é a ocorrência de lesões no assoalho pélvico decorrentes de trabalho de parto prolongado, incluindo, em casos extremos, situações graves, como necroses musculares e fístulas. Para o feto, além do risco de infecção, as complicações observadas vão desde tocotraumatismos e sofrimento fetal até ocorrência de óbito perinatal.

51
Q

Como são divididas principais distocias?

A

Anormalidades na força contrátil (distocias funcionais);
Anormalidades do trajeto (distocias ósseas e de partes moles);
Anormalidades do objeto (tamanho fetal, distocia biacromial e anormalidades de situação e apresentação).

52
Q

Defina o partograma e sua importância

A

Trata-se da representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar sua evolução e documentação. Só deve ser aberto a partir da fase ativa do trabalho de parto e com dilatação cervical de pelo menos 5cm. É importante pois permite diagnosticar alterações, indicar a tomada de condutas apropriadas e evitar intervenções desnecessárias.

53
Q

Em quais blocos é dividido o preenchimento do partograma?

A
  1. Identificação da parturiente;
  2. Dilatação e altura do feto/descida da apresentação fetal;
  3. Batimentos fetais;
  4. Contrações;
  5. Necessidade de ocitocina, aspecto do líquido amniótico e aspecto da bolsa;
  6. Medicamentos fluidos e anestesia;
  7. Examinador.
54
Q

Como é registrado a dilatação e altura do feto/descida da apresentação fetal?

A

A dilatação é registrada por meio de um triângulo e a altura do feto por um círculo. Isso é feito a cada hora. Caso os números da dilatação estejam exatamente na linha, o ápice do triângulo deve tocar na linha. Desenha -se no círculo a variação de posição da apresentação fetal.

55
Q

Caracterize as linhas de alerta e de ação do partograma

A

Essas linhas estão relacionadas apenas com a dilatação cervical e separam entre si por 4 horas. Ao atingir a linha de alerta deve-se procurar ajuda de alguém mais experiente, por exemplo. Ao cruzar a linha de ação devem ser tomadas algumas medidas, como a cesárea, por exemplo.

56
Q

Como é preenchido os batimentos fetais e as contrações uterinas no partograma?

A

Para os batimentos fetais deve ser marcado apenas com um ponto na frequência que o feto apresenta no momento do exame. Em seguida, há o registro das contrações. Para as contrações efetivas, deve-se preencher todo o quadrado. Se elas não forem efetivas, mas durarem entre 20 e 39 segundos, pinta-se apenas metade do quadrado, traçando uma linha na diagonal. O número de quadrados que pintar, representa a quantidade de contrações em 10 minutos.

57
Q

Como é registrado o uso de ocitocina, o aspecto do líquido amniótico e o aspecto da bolsa?

A
  • BOLSA: A bolsa pode estar íntegra (I) ou rota (R);
  • LÍQUIDO AMNIÓTICO (LA): o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM). Lembrando que apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico;
  • OCITOCINA: é importante marcar a dose que está sendo utilizada.
    No exemplo abaixo, temos que nas primeiras 3 avaliações a bolsa estava íntegra (I). Na quarta avaliação, a bolsa se encontrava rota, sendo registrado o aspecto do líquido amniótico. Em seguida, na quinta avaliação foi registrada a necessidade de ocitocina em 5 unidades (5U).

O partograma faz parte do prontuário médico, portanto ao preencher uma coluna (correspondente a uma hora) o examinador deve assinar, indicando que ele realizou o exame.

58
Q

Qual a fisiopatologia do diabetes mellitus gestacional?

A

A gestação é caracterizada por acréscimo na resistência periférica à insulina e por incremento na produção de insulina pelas células-beta do pâncreas. A resistência à insulina aumenta durante a gestação em virtude da secreção placentária de alguns hormônios considerados diabetogênicos, como hormônio do crescimento, cortisol e hormônio lactogênico placentário. Na gestação, o metabolismo energético pode ser dividido em duas fases distintas:

A primeira é conhecida como fase anabólica, na qual a glicemia das gestantes tende a diminuir, em especial quando ocorre jejum prolongado.
A segunda fase é catabólica, com crescente consumo de nutrientes maternos pelo feto. Nela, torna-se evidente o aumento da resistência periférica à insulina.
(Zugaib, 5ed)

59
Q

Considerando o segundo e terceiro trimestre de uma gestante com diabetes mellitus gestacional, bem como o seu puerpério, em qual desses momentos haverá uma maior necessidade de insulina?

A

no segundo e no terceiro trimestres, há aumento da necessidade de insulina e, no puerpério, há diminuição considerável. (Zugaib, 5ed)

60
Q

Qual a epidemiologia da diabetes mellitus gestacional?

A

Considerando-se todos os casos de gestantes com diabetes mellitus, a doença gestacional corresponde a aproximadamente 90% dos casos assistidos. Nos últimos anos, tem sido observado aumento gradativo da prevalência da doença, o que é relacionado ao aumento da média de idade e da frequência de obesidade nas gestantes. (Zugaib, 5ed)

61
Q

Como se dá o tratamento do DM na gestação?

A

Nos últimos anos, tem sido observado aumento gradativo da prevalência da doença, o que é relacionado ao aumento da média de idade e da frequência de obesidade nas gestantes. A equipe de saúde deve estimular mudanças na dieta, incentivar a atividade física e manter a monitorização glicêmica. A introdução da insulina no diabetes mellitus gestacional se faz quando a terapêutica dietética e a realização de exercícios físicos não são suficientes para alcançar o controle metabólico desejado. (Zugaib, 5ed)

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Q

Quais distocias podem ser visualizadas no partograma e quais as principais causas?

A
  • Fase ativa prolongada (contração uterina ineficaz ou irregular);
  • Parada secundária da dilatação (desproporção cefalopélvica);
  • Parto taquitócito ou precipitado (uso iatrogênico de ocitocina);
  • Período pélvico prolongado (contração uterina ineficaz);
  • Parada secundária da descida (desproporção cefalopélvica).
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Q

Caracterize o puerpério

A

O puerpério, ou período pós-parto, tem início após a dequitação e se estende até 6 semanas completas após o parto (42 dias). Essa definição é baseada nos efeitos acarretados pela gestação em diversos órgãos maternos que, ao final desse período, já retornaram ao estado pré-gravídico.

Admitindo como tempo de duração normal do puerpério o período de 6 a 8 semanas, este pode ser dividido nos seguintes períodos:

  • Puerpério imediato: até o término da segunda hora após o parto;
  • Puerpério mediato: do início da terceira hora até o final do décimo dia após o parto;
  • Puerpério tardio: do início do 11o dia até o retorno das menstruações, ou 6 a 8 semanas nas lactantes.