Síndromes Dispneicas Flashcards
Qual o principal local de origem dos êmbolos causadores do Tromboembolismo pulmonar?
Trombos nas veias profundas de MII (TVP)
Quais fatores de risco para Tromboembolismo venoso?
- Obesidade
- Tabagismo
- Uso de ACO ou TRH pós-menopausa.
- Imobilização prolongada, viagens de avião prolongadas, cirurgia recente ou trauma.
- Neoplasia, DPOC e SAF.
Qual o principal sinal da TEP?
Taquipneia!
Qual o principal sintoma da TEP?
Dispneia!
Geralmente como se apresenta a ausculta pulmonar em paciente com TEP?
Na maioria das vezes a ausculta pulmonar é NORMAL.
Como pode ser o quadro clínico do paciente com TEP?
- Dor torácica (pleurítica)
- Hemoptise
- Sibilância
- Taquipneia !
- Dispneia
- Hipoxemia
Qual a base fisiopatogênica da hipoxemia no TEP?
Diminuição de troca gasosa, por menor perfusão e liberação de mediadores humorais que causa broncoconstrição intensa.
Quando caracterizamos o TEP como maciço?
Quando há comprometimento arterial > 50% do sistema arterial.
Quais achados presentes no TEP maciço?
- Hipotensão
* Cor pulmonale
Qual o tipo de choque presente no paciente com TEP?
Choque obstrutivo por aumento do gradiente pressórico.
Qual alteração mais característica ao ECG no paciente com TEP? Qual o mais comum?
Padrão S1Q3T3 (S em D1; Q em D3; T invertida em D3)
O mais comum é a taquicardia sinusal.
Quais alterações radiográficas no paciente com TEP?
o Sinal de Westermark – Oligemia/hipertransparência localizada
o Corcova de Hampton – hipotransparência triangular periférica
Quais achados podem ser visualizados no Ecocardiograma de paciente com TEP? O que significa?
Pode ser percebida disfunção de VD
Significa pior prognóstico.
Quais marcadores podem nos ajudar no diagnóstico e avaliação prognóstica de paciente com TEP?
BNP, troponina e D-dímero aumentados que indicam pior prognóstico.
Quais os critérios de Wells para diagnóstico de TEP?
- Clínica de TVP – 3 pontos
- Diagnóstico alternativo é menos provável que TEP – 3 pontos
- FC > 100 – 1,5 pontos
- Imobilização ou cirurgia recente – 1,5 pontos
- Episódio prévio de TVP ou TEP – 1,5 pontos
- Hemoptise – 1 ponto
- Malignidade – 1 ponto
Qual o mnemônico para decorar o escore de wells?
EMBOLIA • Episódio prévio • Malignidade • Batata inchada (sinais de TVP) • Outro diagnóstico é menos provável • Lung bleeding (hemoptise) • Imobilização • Alta FC (>100).
Quando consideramos TEP altamente provável através dos critérios de Wells?
Pontuação > 4 pontos.
Quando temos um paciente com alta probabilidade de TEP através dos critérios de Wells, como conduzir?
Pedir exame de imagem direto em série, na seguinte ordem:
1. Angiotomografia de tórax (TC helicoidal de tórax com contraste)
2. Cintilografia
3. Doppler de membros inferiores
4. Arteriografia – padrão-ouro.
A positividade de qualquer um deles, confirma o diagnóstico.
Quando temos um paciente com baixa probabilidade de TEP através dos critérios de Wells, como conduzir?
Solicitar D-dímero!
Se vier normal, exclui a possibilidade de TEP.
Caso venha elevado, pedir exames de imagem.
Qual a base do tratamento do TEP?
Anticoagulação!
Como pode ser feita a anticoagulação do tratamento de TEP?
o Heparina + warfarina 5mg/dia (começam juntos, depois mantém só warfarina)
—–Suspender a heparina após 5 dias, quando tivermos 2 INRs entre 2-3.
o Heparina por 5 dias, depois Dabigatran 150mg 2x ao dia VO – sem concomitância.
—–Existe a possibilidade de fazer apenas Dabigatran isolado.
Na anticoagulação para TEP devemos preferir HNF ou HBPM?
o Devemos preferir HBPM na maioria dos casos, por facilidade posológica e não ter necessidade de acompanhar TTPa.
o Preferir HNF em pacientes instáveis ou com sangramentos recentes (pela facilidade de uso de Protamina)
Por quanto tempo deve ser feita anticoagulação em paciente com TEP?
3 - 6 meses. Se condição crônica, realizar Ad eternum!
Quando está indicado o uso de trombolítico na TEP?
TEP maciço (instabilidade hemodinâmica)
Em quanto tempo deve ser feito trombolítico na TEP?
Até 14 dias do início dos sintomas.
Quais cuidados devem se ter em relação ao uso concomitante de heparina e trombolítico?
A heparina deve ser suspensa enquanto é administrado o trombolítico.
Quando devemos indicar o uso de filtro de veia cava inferior em paciente com TEP?
- Quando há contraindicação ou falha da anticoagulação!
Presença de sangramento ativo
Trombose recorrente à despeito da anticoagulação.
Qual a tríade clássica da embolia gordurosa?
o Hipoxemia
o Alteração neurológica
o Rash petequial
Qual exame pedir para o diagnóstico de embolia gordurosa?
O diagnóstico é clínico.
Quais fatores de risco para embolia gordurosa?
Fraturas de ossos longos ou pelve, especialmente as fechadas.
Qual tratamento da embolia gordurosa?
Suporte apenas
Qual primeiro parâmetro a se alterar numa espirometria em distúrbios pulmonares obstrutivos?
O FEF 25-75.
Representa o fluxo expiratório médio.
Como são os parâmetros espirométricos de paciente com distúrbio pulmonar obstrutivo?
- VEF1 com diminuição acentuada
- CVF diminuído
- Tiffenau reduzido (< 70%)
Como são os parâmetros espirométricos de paciente com distúrbio pulmonar restritivo?
- VEF 1 diminuído
- CVF diminuído
- Tiffenau variável.
Quando temos espirometria que revela doença obstrutiva o que devemos realizar?
Prova broncodilatadora para diferenciar entre asma e DPOC.
Quando consideramos uma prova broncodilatadora como (+) na espirometria?
Quando VEF1 >200mlL E > 12% após BD.
Nas crianças apenas aumento de 12%.
Paciente com alta suspeição para asma, mas não apresentou prova broncodilatadora (+), o que fazer?
Realizar teste de broncoprovocação com metilcolina.
O que são pneumoconioses?
Doenças pulmonares por inalação de partículas em atividades LABORAIS.
Como diagnosticar uma pneumoconiose?
Através da história ocupacional + radiografia típica.
Qual história ocupacional relacionada com Silicose?
Trabalhar com jateamento de areia, pedreiras…
Como é o acometimento pulmonar da Silicose?
Acometimento de zonas pulmonares superiores:
- Infiltrado micronodular que evolui para infiltrado fibrótico.
- Acometimento de linfonodos com calcificação em casa de ovo (“eggshell”)
Paciente com silicose tem risco aumentado de adquirir qual doença?
Tuberculose.
Qual história ocupacional relacionada com Asbestose?
Trabalhar fabricação de telhas, tubulações, demolições
Quais achados radiográficos da Asbestose?
o Fibrose intersticial difusa com opacidade irregulares (infiltrado reticulonodular) em campos inferiores e placas pleurais associadas (espessamento).
o Se associa muito com Mesotelioma pleural
Qual a base fisiopatológica da Sarcoidose?
Doença autoimune caracterizara por formação de granulomas NÃO caseosos.
Quais achados radiográficos característicos da Sarcoidose?
Pneumopatia intersticial, especialmente de lobos superiores. O mais característico é o acometimento linfonodal hilar bilateral e simétricos
Qual tratamento da Sarcoidose?
Glicocorticoides
Qual a herança da Fibrose cística? Qual alteração genética presente?
Herança autossômica recessiva.
Alteração no gene que codifica a proteína CFTR que regula transporte de cloreto para fora da célula.
Qual quadro clínico do paciente com Fibrose Cística?
- Sinusite, bronquites, pólipos nasais, pneumonias e bronquiectasias de repetição
- Pancreatite crônica
- Síndrome de má absorção, desnutrição e íleo meconial.
Íleo meconial deve nos lembrar sempre de?
Fibrose cística.
Pacientes com fibrose cística tem maior risco de infecção por quais bactérias?
S. aureus
Pseudomonas
Germe atípicos.
Como diagnosticar Fibrose Cística?
- Teste do pezinho alterado (IRT).
- Deve ser repetido o IRT.
- Após 2 positivos, realizar teste do suor para confirmar.
O teste do suor para diagnóstico de Fibrose cística busca que alteração?
Presença de Cl > 60 mEq/L.
Quais fatores de risco para desenvolvimento de DPOC?
Tabagismo e Deficiência de alfa1-antitripsina
Como é a gasometria do paciente DPOC crônico?
- PaO2 baixa;
- SatO2 muito baixa;
- PaCO2 alta > 45 mmHg;
- HCO3 alto > 26 mEq/L;
- BE alto > +3 mEq/L
- pH normal ou levemente ácido.
Como realizar estadiamento do paciente DPOC?
- Estágio 1 (DPOC leve): Tiffeneau < 70%; VEF1 ≥ 80% do previsto
- Estágio 2 (DPOC moderada): Tiffeneau < 70%; VEF1 <80% do previsto
- Estágio 3 (DPOC grave): Tiffeneau < 70%; VEF1 <50% do previsto
- Estágio 4 (DPOC muito grave): Tiffeneau < 70%; VEF1 <30% do previsto.
Quais sintomas cardinais da exacerbação do DPOC?
Febre, dispneia e alteração do escarro (cor/volume).
Como abordar descompensação de DPOC?
Através de ABCD o Antibioticoterapia por 5-7 dias o Broncodilatador inalatório de ação curta o Corticoide sistêmico por 5 dias o Dar oxigênio
Quando indicar antibiótico na exacerbação de DPOC?
Na presença de escarro purulento, VNI ou intubação
Qual a flora bacteriana devemos cobrir na exacerbação do DPOC?
S. pneumoniae, M. catarrhalis e H. influenzae
Como realizar oxigenoterapia em paciente DPOC exacerbado?
Quando indicar a VNI?
o O2 em baixo fluxo (1-3L/min) com alvo de SatO2 entre 88-92%
- Indicar VNI se acidose respiratória (pH ≤ 7,35 e PaCO2 ≥ 45 mmHg).
Quando indicar a VM no paciente DPOC exacerbado?
Quando houver acidose e rebaixamento do nível de consciência
Em relação ao GOLD como se dividem os pacientes DPOC?
Grupo A: pouco sintomático e 0-1 exacerbação por ano
Grupo B: muito sintomático e 0-1 exacerbação por ano
Grupo C: pouco sintomático e ≥ 2 exacerbações por ano OU 1 internação.
Grupo D: muito sintomático e ≥ 2 exacerbações por ano OU 1 internação.
Quais as medidas básicas necessários no tratamento de DPOC que está indicadas para todos os grupos de paciente?
o Cessar tabagismo
o Vacinação (pneumococo e influenza)
o Avaliar O2 domiciliar
o Broncodilatador de resgate (SOS)
Quando indicar O2 domiciliar em paciente DPOC?
Paciente necessariamente estável e compensado.
o Se PaO2 ≤ 55 mmHg ou SatO2 ≤ 88% em repouso. OU
o Se PaO2 56-59 + policitemia (Ht >55%) ou cor pulmonale.
Como deve ser o tratamento de DPOC para pacientes grupo B, C e D?
o Grupo B, apenas um broncodilatador de longa, beta2-agonista ou anticolinérgico
o Grupo C, preferencialmente anticolinérgico de longa isoladamente.
o Grupo D, devemos associar beta2-agonista e anticolinérgicos de longa
Está indicado uso de corticoide inalatório no tratamento de DPOC?
Sim. Para grupos C e D, se exacerbações frequentes ou eosinófilos aumentados (>300).
Quais terapias comprovadamente reduzem mortalidade da DPOC?
- Interrupção de tabagismo
- Oxigenoterapia
- Cirurgia pneumorredutora
Como podemos classificar uma crise asmática?
Em leve a moderada;
Grave;
Muito grave
Como é o paciente com um crise asmática leve-moderada?
- PFE > 50%;
- Paciente bem,
- Fala frases completas,
- SatO2 >95%.
Como é o paciente com crise asmática grave?
- PFE ≤ 50%,
- Alcalose respiratória (taquipneia intensa);
- Frases incompletas;
- FC >120;
- SatO2 91-95%;
- Sibilos difusos
Como é o paciente com crise asmática muito grave?
- Sonolência ou confusão mental;
- Acidose respiratória (falência respiratória);
- MV reduzido ou abolido e ausência de sibilos (silêncio auscultatório)
Como é o tratamento da crise asmática?
- O2 via cateter nasal (1-3L/min) com alvo de SatO2 entre 93-95% ou 94-98% na criança.
- Beta2-agonista de curta (até 3 doses a cada 20 minutos)
o Caso não haja melhora OU crise grave/muito grave associar ipratrópio. - Corticoide sistêmico (VO em casos leves, IV graves)
- Caso não haja melhora, considerar sulfato de Magnésio.
Quais recomendações de alta para paciente após crise asmatica?
- Manter corticoide VO por 5-7 dias (nas crianças 3-5 dias) E
- Iniciar/reavaliar o tratamento crônico.
Como avaliar controle da asma?
Avaliar nas ultimas 4 semanas o ABCD
• Atividades limitadas?
• Broncodilatador de alívio > 2x por semana
• Corda à noite (sintomas noturnos);
• Dia (sintoma diurno) > 2x por semana.
o PFE <80% do previsto pode entrar como critério também.
Como classificar o nível de controle da asma?
- Controlado = 0 variáveis
- Parcialmente controlada = 1-2 variáveis presentes
- Não controlada = 3-4 variáveis presentes
O tratamento da asma é feito em etapas. Qual medicamento nunca pode faltaR?
Corticoide inalatório.
Como é o tratamento da asma crônica de paciente em etapa 1?
Tratamento apenas de resgate (SOS):
- Corticoide inalatório + formoterol (“bud-form”) OU
- beta2 curta duração com corticoide inalatório em baixa dose
Como é o tratamento da asma crônica de paciente em etapa 2?
Tratamento de resgate + manutenção com:
- Corticoide inalatório em dose baixa diário OU
- Corticoide inalatório em baixa dose + formoterol (“bud-form”)
Como é o tratamento da asma crônica de paciente em etapa 3?
Tratamento de resgate + manutenção com:
Corticoide em baixa dose + beta 2 de longa
Como é o tratamento da asma crônica de paciente em etapa 4?
Tratamento de resgate + manutenção com:
Corticoide inalatório (dose média) + beta-2 de longa + 3º droga (antileucotrieno, tiotrópio ou aumentar dose de CI)
Como é o tratamento da asma crônica de paciente em etapa 5?
Encaminhar para especialista
- Uso de anti-IgE; IL-5/ Tiotrópio.
Como estagiar a gravidade da asma?
Estágio 1 e 2: asma leve
Estágio 3: asma moderada
Estágio 4 e 5: asma grave.
Como conduzir paciente com asma parcialmente ou não controlada?
SEMPRE avaliar adesão e técnica para depois subir etapa de tratamento.
Quando podemos avaliar diminuir etapa de tratamento da asma (step-down)?
==> Asma controlada por 3 meses
Qual a especificidade do tratamento de asma em crianças menores de 6 anos?
Não pode fazer uso de LABA ou anticolinérgico.
Logo, quando subir etapa de tratamento, devemos sempre preferir aumentar a dose do corticoide.
Qual conceito de asma crítica?
Crise asmática grave que necessita de internação em unidade de terapia intensiva por piora clínica ou ausência de melhora após terapia inicial.
Qual achado mais característico da sarcoidose nas questões?
Linfadenopatia hilar bilateral!
Por definição para fechar o diagnóstico de DPOC devemos ter que exame diagnóstico?
DUAS espirometrias. Pois é, não faz sentido.
Fora fratura. Qual outra causa pode causar embolia gordurosa?
Pancreatite aguda
Quais outras estruturas são acometidas nos pacientes com Sarcoidose?
Pele, olhos, fígado e linfonodos.
Qual achado mais comum em gasometria de paciente asmático?
Hipocapnia. (alcalose respiratória)
Paciente que ficou internado por longo período com IOT prolongada. Volta com estenose de traqueia. O que devemos fazer?
EVITAR outra IOT.
Tratar com corticoide, adrenalina e VNI em um primeiro momento e avaliar com a cirurgia.
Paciente com massa hilar. Qual proximo passo?
Biópsia!
Qual principal fator de risco para asma?
Atopia.