Síndrome dispneica Flashcards
Espirometria:
Capacidade pulmonar total?
Soma de todos os volumes (volume de ar nos pulmões após uma inspiração máxima).
Espirometria:
Capacidade residual funcional?
VRE + VR (volume de ar que sobre nos pulmões após uma expiração normal).
Espirometria:
Volume de ar que sobre nos pulmões após uma expiração forçada?
Volume residual
Espirometria:
Volumes estáticos?
- CPT
- CRF
- VR
Espirometria:
Volumes dinâmicos?
- CV
- CVF
- VEF1
- FEF 25-75%
Espirometria:
Defina CVF.
Volume total de ar exalado de forma forçada após uma inspiração máxima.
Espirometria:
Defina VEF1.
Volume de ar exalado no primeiro segundo de expiração forçada, partindo de uma inspiração forçada.
Espirometria:
Média de CVF e VEF1 em adulto masculino?
CVF: 5 litros
VEF1: 4 litros
Espirometria:
Relação VEF1/CVF?
Índice de Tiffeneau
Normal: 75-80%
Espirometria:
Qual é o primeiro parâmetro a se alterar nas doenças pulmonares obstrutivas, sendo muito sensível para diagnóstico de obstrução de VA?
FEF 25-75%
Espirometria:
Defina FEF25-75%.
Fluxo expiratório forçado entre 25-75% da CVF (fluxo mesoexpiratório)
Espirometria:
2 principais causas de distúrbios pulmonares obstrutivos?
Asma e DPOC
Espirometria:
Características do distúrbio obstrutivo?
- VEF1 reduz muito
- CVF reduz
- Tiffeneau < 70%
Cuidado: VR, CRF e CPT estão elevados
Espirometria:
Características do distúrbio restritivo?
- VEF1 reduz
- CVF reduz
- Tiffeneau normal ou elevado
Obs: todos os volumes pulmonares reduzem
Espirometria:
Causas de distúrbios pulmonares restritivos?
Pneumopatias intersticiais difusas (fibrose parenquimatosa)
Espirometria:
Evidencia de distúrbio obstrutivo. Como diferenciar Asma de DPOC?
Prova broncodilatadora com salbutamol ou fenoterol
Espirometria:
Quando considerar uma prova broncodilatadora positiva?
VEF1 aumento 200 ml E 12%
Espirometria:
Quais substâncias utilizadas no teste de broncoprovocação?
Metacolina, histamina ou carbacol em doses crescentes até que VEF1 caia 20% (PC20).
Espirometria:
Teste de broncoprovocação positivo?
PC20 (VEF1 caiu 20%) com até 8 mg/ml de metacolina, histamina ou carbacol.
Asma:
Pico de incidência?
Aos 3 anos
Obs: pode surgir em qualquer idade
Inflamação crônica das vias aéreas inferiores que resulta em hiper-reatividade brônquica e apresenta-se como doença episódica de dispneia, tosse e sibilos. Estamos falando da …
Asma brônquica
Asma:
Características do infiltrado inflamatório?
Eosinofílico e linfocítico
Tipo mais frequente de Asma brônquica?
Alérgica ou atópica
- > 90% nas crianças
- 50% nos adultos
Asma:
Principal tipo que inicia na fase adulta?
Criptogênica (“intrínseca”)
Cerca de 10% dos casos de Asma em adultos são induzidos por AAS ou AINE. V ou F?
Verdadeiro
Atopia é uma reação exacerbada a antígenos, mediada pela produção de IgE. Qual tipo de reação de Gell-Coombs?
Reação de hipersensibilidade tipo I
A exposição a micro-organismos na primeira infância reduz a incidência de asma, pois desvia a resposta Th2 (associada à atopia) para Th1. Como denominamos essa teoria?
Teoria da higiene
A eosinofilia no sangue periférico está presenta em quase todos os casos de asma. V ou F?
Falso… não costuma haver eosinofilia no sangue periférico (até pode ter um pacientes francamente atópicos)
Existe asma que se manifesta somente com tosse?
Sim. “Asma oculta”.
Asma:
Uma característica clínica própria importante?
Episódica (flutuante)
Asma:
Como comprovar a hiper-reatividade brônquica de forma objetiva?
- Espirometria com prova BD
- Espirometria com teste de broncoprovocação
- Variabilidade do Pico de Fluxo Expiratório (PFE) - aumento de 20% após broncodilatador
Asma:
Paciente será submetido à espirometria e está em uso de beta-2-agonista. Conduta em relação à droga?
- SABA: suspender pelo menos 4h antes
- LABA: suspender pelo menos 15h antes.
Alterações sugestivas de asma no exame de escarro?
- Cristais de Charcot-Leiden (eosinófilos degenerados)
- Espirais de Curshmann (muco + fibrilas)
- Corpúsculos de Creola (células epiteliais descamadas)
Para o diagnóstico de asma em lactentes e pré-escolares, utilizamos o Índice Preditivo de Asma (IPA). Cite os 2 critérios principais e os 3 secundários.
obs: 4 episódios prévios de sibilância aumentam acurácia
Principais: mãe ou pai com asma / dermatite atópica
Secundários: rinite alérgica / sibilos sem resfriado / eosinofilia > 4%
Dx: 2 principais ou 1 principal + 2 secundários
Asma:
Classificação quanto ao controle clínico?
- Controlada
- Parcialmente controlada
- Não controlada
Asma:
Como avaliar o controle clínico? ABCD nas última 4 semanas …
A: atividade limitada?
B: Broncodilatador de alívio > 2x/semana?
C: Calada da noite com sintoma?
D: dia com sintoma > 2x/semana?
Asma:
Após avaliar o ABCD do controle clínico da asma, como classificaremos o paciente?
- Controlada: 0 ponto
- Parcialmente controlada: 1-2 pontos
- Não controlada: 3-4 pontos
Asma:
Como podemos classificar quanto a gravidade?
Depende do tratamento necessário para controlar.
Leve: controla com etapa 2
Moderada: controla com etapa 3
Grave: controla com etapas 4-5
Asma:
SABA utilizado regularmente pode aumentar a tolerância ao efeito broncodilatador e ao efeito anti-inflamatório do CT, aumentar o risco de crise asmática e mortalidade. V ou F?
Verdadeiro
Cuidado para não confundir com LABA (são utilizados na terapia de manutenção)
Sempre que iniciarmos o tratamento de manutenção para asma devemos iniciar por qual etapa?
Etapa 2 ou 3, se muito sintomático
Terapia de manutenção da asma:
Etapa 1?
SABA SOS
Terapia de manutenção da asma:
Etapa 2?
SABA SOS + CT In dose baixa
Terapia de manutenção da asma:
Etapa 3?
SABA SOS + CT In dose baixa + LABA
Obs: Em < 12 anos: SABA SOS + CT In dose média
Terapia de manutenção da asma:
Etapa 4?
SABA SOS + CT In dose média/alta + LABA +/- 4a droga
Terapia de manutenção da asma:
Etapa 5?
Especialista…
SABA SOS + CT In dose média/alta + LABA + 4a droga + 5a droga
4a droga: antileucotrieno, teofilina ou tiotrópio
5a droga: prednisona, anti-IgE, anti-IL5
Terapia de manutenção da asma:
Quando realizar o step-down?
Melhora sintomática por 3 meses
Terapia de manutenção da asma:
Efeitos adversos mais comuns do CT In?
- Candidíase oral
- Disfonia (rouquidão)
- Tosse
Terapia de manutenção da asma:
Em relação à beclometasona (CT In), quais são as doses classificadas como baixa, média e alta para < 12 anos?
Baixa: 50-100
Média: 100-200
Alta: > 200
Obs: para > 12 anos, basta dobras todos os valores
Terapia de manutenção da asma:
Quais são as terapia inalatórias disponíveis no mercado?
- Aerossol dosimetrado (“bombinha”)
- Inaladores de pó
- Nebulização
Terapia de manutenção da asma:
Papel das Metilxantinas?
Efeito broncodilatador, anti-inflamatório e imunomodulador (alternativa ao LABA)
Terapia de manutenção da asma:
Droga de escolha no manejo da asma induzida por AAS/AINE?
Antileucotrienos (Montelucaste, Zafirlucaste)
Crise asmática:
Causas mais comuns?
- Infecções virais
2. Exposição a alérgenos ambientais
Crise asmática:
Classificação?
- Leve
- Moderada
- Grave
- Muito grave
Crise asmática:
Como reconhecer uma crise leve?
- Estado geral/mental: sem alteração
- Dispneia: ausente/leve
- Fala: frases completas
- Ausculta: sibilos
- PFE: > 50%
- FC: < 120 (110)
Crise asmática:
Como reconhecer uma crise grave?
- Estado geral/mental: agitação
- Dispneia: moderada
- Fala: frases incompletas
- Ausculta: sibilos
- PFE: 30-50%
- FC: > 120 (110)
Crise asmática:
Como reconhecer uma crise muito grave?
- Estado geral/mental: cianose, sonolência, confusão
- Dispneia: grave (IRpA)
- Fala: frases curtas/monossilábicas
- Ausculta: MV reduzido/ausente
- PFE: < 30%
- FC: > 140 ou bradi
Crise asmática:
Sinal que denota fadiga respiratória iminente?
Hipercapnia
Crise asmática:
O que seria uma dose de SABA em aerossol dosimetrado no tratamento da crise?
Adultos: 4-8 jatos de 100 mcg
Criança: 1 jato/2-3 kg de peso (max: 10)
Crise asmática:
No tratamento da crise com nebulização, 1 gota corresponde a quantos miligramas do fenoterol?
1 gota = 0,25 mg
Crise asmática:
Qual dose usamos de fenoterol?
2,5 - 5 mg
10 - 20 gotas + 3-5 ml de SF
Crianças: 1 gota a cada 3 kg (max: 20 gotas)
Tratamento da crise asmática:
Quando entramos com Ipratrópio?
- Não respondeu após 30 min de SABA
- Crianças com crise grave/muito grave
Tratamento da crise asmática:
Quais são as 2 principais drogas?
SABA + CT sistêmico (VO ou IV)
Tratamento da crise asmática:
Qual droga poderia contribuir para broncodilatação em casos refratários às medidas iniciais?
Sulfato de Magnésio
Obs: adrenalina SC é quase uma medida heroica
Tratamento da crise asmática:
Quando entrar com oxigenoterapia?
SatO2 < ou = 92% (95% em crianças)
Tratamento da crise asmática:
No momento da alta hospitalar, devemos prescrever 2 drogas. Quais?
SABA regular por 48h
CT VO 3-10 dias
Lembrar: realizar um step up no tto de manutenção
Tratamento da crise asmática:
Qual a dose de ipratróprio que usamos na nebulização:
Adultos: 20 gotas
Crianças: 10-20 gotas
Crise asmática:
Nos adultos e > 5 anos, qual é o fator de risco mais fortemente associado à evolução fatal ou quase fatal?
História de crise prévia com necessidade de CTI, especialmente com necessidade de VM.
Tratamento da crise asmática:
Indicações de IOT?
- Cianose + alteração do nível de consciência
- Acidose respiratória
- Hipoxemia grave
DPOC:
Quais medidas terapêuticas comprovadamente reduzem mortalidade?
- Interrupção do tabagismo
- Oxigenoterapia domiciliar
- Transplante de pulmão
Por que o tratamento principal da DPOC são os broncodilatadores, ao passo que, na asma, são os corticoides inalatórios?
DPOC: mais fibrose e menos inflamação
Vimos que o infiltrado inflamatório, na asma, é predominantemente de eosinófilos e linfócitos TCD4+. E na DPOC?
Neutrófilos, macrófagos e linfócitos TCD8+
DPOC:
Fatores de risco?
- Tabagismo
- Exposição ocupacional (poeria, irritantes químicos)
- Infecções respiratórias de repetição
- Deficiência de alfa-1-antitripsina
DPOC:
Cite os 3 componentes patológicos.
- Bronquite crônica obstrutiva (componente brônquico)
- Enfisema pulmonar (componente parenquimatoso)
- Doença de pequenas VA (componente bronquiolar)
DPOC:
Qual é a diferença do enfisema do tabagismo em relação ao enfisema da deficiência de alfa-1-antitripsina?
Tabagismo: centroacinar
Alfa-1-antitripsina: panacinar
DPOC:
A deficiência de alfa1-antitripsina possui os 3 componentes patológicos da doença?
Não …
Trata-se de um enfisema panacinar puro
DPOC:
Indicações de pesquisar deficiência de alfa1-antitripsina?
- enfisema em < 45 anos
- predomínio em regiões inferiores
- ausência de FR conhecido
- hepatopatia associada sem explicação
- Hfam+ para enfisema
- vasculite pulmonar com ANCA+ padrão citoplasmático
DPOC:
Representante clínico da bronquite crônica relacionada ao tabaco?
Tosse produtiva matinal (“tosse do fumante”)
É importante lembrar que por si só não é DPOC
DPOC e manifestações clínicas:
Quando a doença das pequenas VA e o enfisema começa a aparecer, qual é o primeiro sintoma a surgir?
Dispneia aos esforços
DPOC e o quadro clínico:
Estereótipo enfisematoso?
Pink puffer (“soprador róseo”)
DPOC e o quadro clínico:
Estereótipo do bronquítico?
Blue bloater (“inchado azul”)
DPOC:
Primeiro parâmetro espirométrico a se alterar?
FEF 25-75%
Estadiamento da DPOC, de acordo com GOLD:
Estágio 1?
VEF1 > ou = 80%
Estadiamento da DPOC, de acordo com GOLD:
Estágio 2?
VEF1 50-80%
Estadiamento da DPOC, de acordo com GOLD:
Estágio 3?
VEF1 30-50%
Estadiamento da DPOC, de acordo com GOLD:
Estágio 4?
VEF1 < 30%
DPOC:
Grandes drogas na terapia?
Broncodilatadores inalatórios
DPOC:
Avaliamos 2 aspectos para classificar o paciente e, em seguida, determinar terapia de manutenção. Quais são os 2?
- Sintomas (questionário CAT > ou = 10 / mMRC > ou = 2)
- Exacerbações no último ano:
- 0-1 exacerbação
- 2 ou + exacerbações OU 1 com necessidade de internação
Classificação da DPOC:
Grupo A?
Pouco sintomático + baixo risco de exacerbação (0-1 no último ano)
Classificação da DPOC:
Grupo B?
Muito sintomático + baixo risco de exacerbação (0-1 no último ano)
Classificação da DPOC:
Grupo C?
Pouco sintomático + alto risco de exacerbação (2 ou + no último ano OU 1 com necessidade de internação)
Classificação da DPOC:
Grupo D?
Muito sintomático + alto risco de exacerbação (2 ou + no último ano OU 1 com necessidade de internação)
Tratamento de manutenção da DPOC:
Conduta para todos os grupos?
Cessar tabagismo + vacinação (pneucoco + influenza) + avaliar O2 domiciliar + broncodilatador SOS
Tratamento de manutenção da DPOC:
Conduta para o grupo A?
Conduta geral (tabagismo + vacina + avalir O2 + BD SOS)
obs: pode fazer BD regular (LABA ou tiotrópio)
Tratamento de manutenção da DPOC:
Conduta para o grupo B?
- conduta geral +
- BD regular (LABA ou tiotrópio)
Tratamento de manutenção da DPOC:
Conduta para o grupo C?
- conduta geral +
- BD regular (preferência: tiotrópio)
- opção para exacerbações frequentes mantidas: LABA + tiotrópio OU LABA + CT In
Tratamento de manutenção da DPOC:
Conduta para o grupo D?
- conduta geral +
- BD regular (tiotrópio + LABA)
- opção para exacerbações frequentes mantidas: associar CT In
Tratamento de manutenção da DPOC:
Indicações de oxigenoterapia domiciliar?
PaO2 < ou = 55 OU SatO2 < ou = 88% em repouso
PaO2 55-60 OU SatO2 89% + Hto > 55% (policitemia) ou Cor Pulmonale ou Hipertensão pulmonar
Tratamento de manutenção da DPOC:
Como realizar a oxigenoterapia domiciliar?
O2 em baixo fluxo (1-3 L/min) durante no mínimo 15 horas.
Obs: o aumento na sobrevida é proporcional ao número de horas de uso.
Como se define uma exacerbação aguda da DPOC?
Piora aguda e sustentada dos sintomas da doença, com dispneia e alteração do escarro (cor e volume)
Exacerbação aguda da DPOC:
Causa mais comum?
Infecção (viral ou bacteriana)
Exacerbação aguda da DPOC:
Quais são as 3 bactérias mais incriminadas?
Haemophilus influenzae (50% dos casos)
Streptococcus pneumoniae
Moraxella catarrhalis
Exacerbação aguda da DPOC:
Quais são as indicações de assistência ventilatória não invasiva (CPAP ou BiPAP)?
pH < 7,35 e/ou
PaCO2 > 45
Exacerbação aguda da DPOC:
Indicações de IOT + VM?
- falha à VNI
- rebaixamento do nível de consciência
- instabilidade hemodinâmica
Exacerbação aguda da DPOC:
Qual é a consequência da hiperoxemia no tratamento?
Carbonarcose (retenção aguda de CO2)
Exacerbação aguda da DPOC:
Quais BD utilizados?
SABA + ipratrópio
Exacerbação aguda da DPOC:
Qual CT utilizado?
VO: prednisona 40 mg 5 dias
IV: metilprednisolona 0,5-1 mg/kg/dose por 3 dias seguida por VO
Exacerbação aguda da DPOC:
Benefícios do CT?
- acelera melhora dos sintomas
- reduz tempo de internação
- diminui chance de recidiva nos próximos meses
Exacerbação aguda da DPOC:
Indicações de ATB?
- Alteração do escarro
- VNI
- TOT
Exacerbação aguda da DPOC:
Qual ATB usar?
- Clavulin
- Tetraciclina
- Macrolídeo
Exacerbação aguda da DPOC:
Quando cobrir Pseudomonas?
- exacerbação grave
- internação recente
- uso frequente de ATB
- colonização prévia
Principais fatores de risco adquiridos para TEP:
Obesidade Tabagismo Uso de ACO TRH na pós-menopausa Imobilização prolongada Cirurgia recente Trauma Câncer DPOC HAS Viagens de avião prolongadas
O uso de muletas com apoio axilar é fator de risco para trombose da veia axilar. V ou F?
Verdadeiro.
Principais alterações gasométricas no TEP:
Hipoxemia e alcalose respiratória.
O cor pulmonale agudo é o principal mecanismo de óbitos em pacientes com TEP. V ou F?
Verdadeiro.
Qual o sinal e sintoma mais frequentes no TEP?
Sinal: taquipneia
Sintoma: dispneia
Dispneia súbita + ausculta inocente. Pesquisar fatores de risco para…
TEP.
Idoso com dor torácica e falência ventricular direita. Além do IAM, lembrar de…
TEP.
Escore de Wells (EMBOLIA):
Episódio prévio (1,5) Malignidade (1,0) Batata inchada (3,0) Outro diagnóstico é improvável (3,0) Lung bleeding (1,0) Imobilidade (1,5) Alta FC (1,5)
O infarto pulmonar no TEP está associada à uma pequena embolia. V ou F?
Verdadeiro.
5 regras básicas do dignóstico de TEP:
- Não usar d-dímero em pacientes internados
- Não usar d-dímero quando houver alta probabilidade clínica
- Exame de escolha: angioTC
- Cintilografia pulmonar: segunda linha
- Padrão ouro: arteriografia pulmonar
Níveis de d-dímero acima de 500 ng/ml indicam sensibilidade altíssima para TEP, o que indica um alto valor preditivo negativo.
V ou F?
Verdadeiro, por isso ele é capaz de excluir a doença!
Alteração do ECG mais comum no TEP:
Taquicardia sinusal.
OBS: Inversão de onda T em V1-V4 também é comum, indicando sobrecarga de VD.
Alteração mais específica para TEP no ECG:
Padrão S1Q3T3.
OBS: Sugere embolia maciça…
Dois achados característicos de TEP no Rx de tórax, apesar de pouco frequentes:
Sinal de Westermark (oligoemia localizada): hipertransparência
Corcova de Hampton: hipotransparência em cunha. Representa infarto pulmonar.
Derrame pleural e infiltrado pulmonar podem ocorrer na embolia pulmonar. V ou F?
Verdadeiro.
Sinal de McConnel:
Hipocinesia da parede livre e da base de VD, poupando o ápice. Indica sobrecarga aguda do VD!
Nem todos os pacientes com TEP serão submetidos à terapia primária (trombólise). Cite as indicações.
- Instabilidade hemodinâmica
- Parada cardíaca em pacientes com TEP
- Cintilografia ou arteriografia com > 50% do pulmão acometido
- Disfunção de VD pelo ECO (avaliar caso a caso)
O trombolítico, no contexto do TEP, pode ser feito em até:
14 dias.
Qual heparina usar no início da anticoagulação no TEP?
Instabilidade hemodinâmica, sangramento recente, candidatos à trombólise e portadores de IRC: HNF (IV).
Nos demais casos, enoxaparina (SC)
Fatores de pior prognóstico no 1º episódio de TEP:
Disfunção de VD
Troponina e BMP altos
Quais as principais vasculites que afetam o pulmão?
Granulomatose de Wegener (GPA)
Poliangiite microscópica
Síndromes de Churg-Strauss
Quais são os 3 principais padrões do ANCA?
c-ANCA
p-ANCA
a-ANCA
Síndrome pulmão-rim com c-ANCA positivo:
Granulomatose de Wegener.
Padrão do ANCA na poliangiite microscópica:
p-ANCA
Asma + rinite + vasculite + eosinofilia importante. Pensar em…
Síndrome de Churg-Strauss
Definição de hipertensão pulmonar
Pressão arterial pulmonar médica ≥ 25mmHg em repouso.
Critérios de Light:
Proteína pleural / proteína plasmática > 0,5
LDH pleural / LDH plasmática > 0,6
LDH pleural > 200 (ou 2/3 do LSN)
Tratamento inicial de pneumotórax espontâneo primário em pacientes sintomáticos:
Toracostomia com drenagem em selo d’água.
A fibrose cística envolve mutação no gene de qual proteína?
CFTR (complexo canal de cloreto)
Fibrose cística:
Uma das alterações respiratórias é a presença de receptor específico para uma bactéria que pode ser o próprio CFTR. Estamos falando da …
Pseudomonas aeruginosa
Fibrose cística:
A mudança na composição do líquido que reveste o epitélio respiratório + muco viscoso e espesso leva a colonização crônica por agentes infecciosos. Quais são as 4 principais bactérias?
Staphylococcus aureus
Haemophilus influenzae
Pseudomonas aeruginosa
Burkholderia cepacia
Fibrose cística:
Manifestação respiratória mais comum?
Tosse crônica
Fibrose cística:
Qual é o espectro da doença respiratória?
Sinusites
Bronquites
Pneumonias de repetição
Bronquiectasias (fase terminal)
Fibrose cística:
Manifestações digestivas?
Insuficiência pancreática
Dismotilidade gastrointestinal
Fibrose cística:
Cerca de 20% dos portadores podem apresentar uma alteração no primeiro dia de vida. Qual?
Íleo meconial
Fibrose cística:
Alteração cutânea curiosa presente em até 80% dos portadores?
Acroqueratodermia aquagênica (pápulas palmares que surgem após imersão na água)
Fibrose cística:
Criança com quadro de diarreia crônica e, no exame físico, evidencia-se pólipos nasais. HD?
Fibrose cística
Fibrose cística:
Também chamada de …
Mucoviscidose
Fibrose cística:
Como fazer diagnóstico?
Sintomas compatíveis OU irmão com FC OU Teste do pezinho positivo +
Teste do suor com cloro > 60-70 mEq/L em 2 ocasiões
Alternativa: pesquisa da mutação ou alteração do potencial transepitelial nasal
Fibrose cística:
Conduta frente a um teste do pezinho com Tripsina Imunorreativa (IRT) alterada?
Repetir o teste
Permaneceu alterado? Teste do suor e/ou genético
Fibrose cística:
Principal causa de morte?
Infecções pulmonares
Fibrose cística:
Tratamento doença pulmonar?
- Eliminação do muco (fisioterapia respiratória, salina hipertônica nas exacerbações)
- ATB (exacerbações, profilaxia para P. aeruginosa, manutenção)
- Moduladores do CFTR (novas drogas)
- Oxigenoterapia domiciliar
Fibrose cística:
Usa-se n-acetilcisteína para eliminação do muco pulmonar?
Não… É tóxica para o epitélio ciliar
Fibrose cística:
Cite 1 exemplo de ATBterapia de manutenção.
Ciprofloxacino VO + Tobramicina inalatória 1x/mês
Fibrose cística:
Uma infecção piora o prognóstico após transplante pulmonar e, para alguns autores, representa uma contraindicação ao procedimento. Qual bactéria?
Burkholderia cenocepacia
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Na fisiopatologia, quais lesões caracterizam a fase inicial e tardia respectivamente?
Inicial: alveolite (acometimento dos septos alveolares)
Tardia: fibrose
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Qual é a imagem característica, na TC, das fases inicial e tardia?
Inicial: vidro fosco
Tardia: faveolamento pulmonar (pulmão em favo de mel)
Idoso, tabagista, com queixa de dispneia progressiva e tosse seca há 6 meses. EF: baqueteamento digital, estertores finos em terço INFERIOR de ambos hemitóraces. TC de tórax evidenciou faveolamento do parênquima pulmonar acometemento, principalmente, nas bases. HD?
Fibrose Pulmonar Idiopática
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Primeiro exame a se alterar?
Teste de difusão com CO
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
As principais formas (e são muitas) são divididas de acordo com o padrão histológico em 2 grandes grupos. Cite-os.
- Padrão predominante de Fibrose
- Padrão predominante de Granuloma
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Quais são as 3 principais causas?
- Fibrose pulmonar idiopática
- Colagenoses (AR, esclerodermia)
- Pneumoconioses
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Principal sintoma?
Dispneia aos esforços seguida pela tosse seca
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Ao realizar a anamnese, devemos questionar uso de medicações, visto que algumas drogas causam PID. Cite 5 delas.
- nitrofurantoína
- amiodarona
- metotrexate
- bleomicina
- ciclofosfamida
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Infiltrado reticulonodular em lobos inferiores. Pensar em …
Fibrose pulmonar Idiopática
Outros: colagenoses, drogas
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Infiltrado reticulonodular em lobos superiores associado à adenomegalia hilar. Pensar em …
Sarcoidose e Silicose
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
O FAN é positivo em 20% dos casos de Fibrose Pulmonar Idiopática, dificultando o DDx com colagenoses. V ou F?
Verdadeiro (para fechar diagnóstico, será necessário uma biópsia)
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Uma das causas a qual é muito parecida com Fibrose Pulmonar Idiopática, entretanto possui uma grande relação com tabagismo e um melhor prognóstico?
Pneumonite Intersticial Descamativa
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
A Pneumonite por hipersensibilidade (alveolite alérgica extrínseca) está associada à exposição prolongada a agentes orgânicos ou inorgânicos. Possui um fator protetor curioso. Cite-o.
Tabagismo (abranda resposta imune alveolar)
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Cite 4 causas de síndromes pulmonares eosinofílicas.
- Aspergilose Broncopulmonar Alérgica
- Síndrole de Loeffler
- Angiite de Churg-Strauss
- Pneumonia eosinofílica (aguda x crônica)
Eritema nodoso + artrite + adenopatia hilar sugerem apresentação aguda de qual doença?
Sarcoidose.
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Na doença pulmonar da esclerodermia, podemos relacionar a forma da doença com a lesão pulmonar associada, criando um vínculo cerebral. Quais são as lesões pulmonares das formas cutâneas limitada e difusa?
Forma cutânea limitada: lesão vascular com HAP
Forma cutânea difusa: alveolite fibrosante
Pneumopatias Intersticiais Difusas:
Na doença pulmonar da esclerodermia, podemos relacionar a forma da doença com a lesão pulmonar associada, criando um vínculo cerebral. Quais são as lesões pulmonares das formas cutâneas limitada e difusa?
Forma cutânea limitada: lesão vascular com HAP
Forma cutânea difusa: alveolite fibrosante
Defina pneumoconiose.
Doença causada por inalação de partículas < 10 microm, geralmente no ambiente de trabalho.
Como diagnosticar pneumoconiose?
História clínica e ocupacional + Exame de imagem alterado
Pneumoconiose:
Jateadores de areia, trabalhos com cerâmica e vidro, beneficiamento de minerais e escavação representam exposição ocupacional relacionada à …
Silicose
Pneumoconiose:
Jateadores de areia, trabalhos com cerâmica e vidro, beneficiamento de minerais e escavação representam exposição ocupacional relacionada à …
Silicose
Silicose:
Doença comumente associada?
Tuberculose (silicotuberculose aumenta progressão da fibrose pulmonar)
Silicose:
Doença comumente associada?
Tuberculose
Pneumoconiose:
Síndrome de Caplan?
Nódulos reumatoides pulmonares + pneumoconiose dos trabalhadores do carvão ou silicose
Pneumoconiose:
A doença pelo asbesto possui 2 espectros. Quais?
- asbestose
- doença pleural pelo asbesto
Pneumoconiose:
Risco ocupacional para asbestose?
Amianto (construção civil, demolições, fabricação de telhas, construção naval, encanadores etc.)
Asbestose:
Tumor maligno associada?
Mesotelioma
Beriliose:
Risco ocupacional?
Indústrias de alta tecnologia
Fabricação de lâmpadas fluorescentes
Armas nucleares
Doença sistêmica, de origem indefinida, caracterizada por uma resposta imunológica anormal, levando à formação de granulomas não caseosos em diversos órgãos. Estamos falando da …
Sarcoidose
Sarcoidose:
Qual é o órgão mais afetado?
Pulmão (>90%)
Sarcoidose:
2 Órgãos que possuem a função mais prejudicada pelos granulomas?
Pulmões
Olhos
Sarcoidose:
2 síndromes características da forma aguda?
Síndrome de Loefgren
Síndrome de Heerfordt-Waldenstrom
Sarcoidose aguda:
Síndrome de Loefgren?
Uveíte
Eritema nodoso
Artrite periférica
Rx com adenopatia hilar bilateral
Sarcoidose aguda:
Síndrome de Heerfordt-Waldenstrom?
Febre
Aumento da parótida
Uveíte anterior
Paralisia do nervo facial
Sarcoidose:
Quais são as lesões de pele mais comuns?
Eritema nodoso
Erupções e nódulos maculopapulares
Lúpus pérnio
Sarcoidose:
Lesões endurecidas, azuladas e brilhantes no nariz, bochechas, lábios, orelhas, dedos e joelhos. Nome do conjunto de lesões?
Lúpus pérnio
Sarcoidose:
O acometimento renal que leva a hipercalcemia e nefrocalcinose/nefrolitíase ocorre em virtude de granulomas que produzem …
vitamina D em sua forma ativa.
Sarcoidose:
Principal manifestação endócrina?
Diabetes insipidus
Sarcoidose:
Tratamento?
Prednisona 9-12 meses
Sarcoidose:
Todo paciente deve ser tratado?
Não… principalmente se apresentar doença pulmonar assintomática sem alteração espirométrica significativa
Doenças extrapulmonares que causam distúrbios pulmonares restritivos?
ELA
SGB
Cifoescoliose
Espondilite anquilosante