Diabetes e Obesidade Flashcards
Hormônio periférico que atua como orexígeno:
Grelina.
Hormônios periféricos que atuam como anorexígenos:
Leptina GLP-1 Colecistoquinina Amilina Insulina
Principal função da adiponectina:
Aumentar a ação da insulina (diminui resistência).
Moduladores centrais orexígenos:
Neuropeptídeo Y Sistema endocanabinoide Hipocretinas Noradrenalina Galanina
Moduladores centrais anorexígenos:
Serotonina Ocitocina TRH CRH MSH Neurotensina
Síndrome de Pickwick:
Obesidade (IMC > 30) + hipoventilação (PaCO2 > 45 mmHg) inexplicada por outras causas.
Classificação de peso pelo IMC:
Baixo peso: < 18,5 Peso normal: < 25 Sobrepeso: < 30 Obesidade I: < 35 Obesidade II: < 40 Obesidade III: ≥ 40 Superobeso: ≥ 50 Super-superobeso: ≥ 60
Em um idoso, a faixa de IMC normal é:
22 a 26,9.
Obesidade androgênica:
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL
Homem: > 1,0
Mulher: > 0,8
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
Homem: > 102 cm
Mulher: > 88 cm
Quando indicar tratamento farmacológico na obesidade?
IMC ≥ 30 ou IMC ≥ 27 + comorbidades refratárias ao tratamento conservador.
Cinco principais drogas disponíveis para o tratamento da obesidade:
- Orlistat (redutor de absorção lipídica)
- Lorcaserina (agonista serotoninérgico)
- Fentermina/topiramato
- Naltrexona/Bupropriona
- Liraglutide (agonista GLP-1)
Droga de escolha pelas principais diretrizes no tratamento farmacológico da obesidade:
Orlistat.
Mecanismo de ação da Lorcaserina:
Agonista serotoninérgica (diminui o apetite).
Perda de peso sustentável esperada sem tratamento cirúrgico da obesidade:
10%.
Indicações de cirurgia bariátrica na obesidade:
Grau III: ≥ 40
ou
Grau II (≥ 35) + comorbidades agravadas ou causadas pela obesidade
OBS: A ADA também recomenda para IMC ≥ 30 + DM não controlado com MEV e farmacoterapia.
Critérios necessários para indicação de cirurgia bariátrica (além do grau de obesidade):
- Falha na terapia dietética (pelo menos 2 anos)
- Estabilidade psiquiátrica e ausência de dependência química
- Conhecimento da cirurgia e suas sequelas
- Motivação individual
- Ausência de problemas clínicos que se oponham à sobrevida da cirurgia
- Idade > 18 anos*
*Entre 16 e 18 anos, é possível indicar (individualizar).
Paciente com síndrome de Prader-Willi pode ter indicação de cirurgia bariátrica?
Tema polêmico.
Livros de Cirurgia: não, contraindicação absoluta.
Revisões pediátricas e atuais: sim.
Paciente obeso com IMC 29, sem outras comorbidades. Qual a conduta para a perda de peso?
“MEV”: dieta, atividade física e mudança comportamental.
Técnica cirúrgica ideal no tratamento da obesidade: aberta ou laparoscópica?
Laparoscópica!
Mecanismos de ação das modalidades cirúrgicas no tratamento da obesidade:
RESTRITIVO (“menos comida para ser digerida”)
DISABSORTIVO (“menos absorção do que se come”)
MISTA (dispensa comentários)
Cirurgias mistas no tratamento da obesidade:
- Derivação biliopancreática (Scopinaro)
- Switch duodenal
- By-pass gástrico em Y de Roux (Fobi-Capella ou Wittgrove)
OBS: As duas primeiras são predominantemente disabsortivas e a última é predominantemente restritiva.
Grande vantagem do switch duodenal em relação à cirurgia de Scopinaro:
Menor incidência de úlceras anastomóticas (o sleeve gástrico retira boa parte das células parietais - corpo e fundo gástricos).
Procedimento na derivação biliopancreática (Cirurgia de Scopinaro):
Gastrectomia distal + anastomose do estômago proximal aos últimos 250cm do delgado + anastomose do coto duodenal e segmento de delgado retirado a 50cm do íleo terminal.
Resumindo: Temos alça biliopancreática (drena pros 50 cm finais do íleo) e alça alimentar (200cm).
Procedimento no switch duodenal:
1º tempo: Sleeve gástrico
2º tempo: Secção do duodeno (2cm além do piloro) + duodenoileostomia (250cm final do delgado) + anastomose distal a 100 cm da válvula ileocecal.
Resumindo: Temos alça biliopancreática (drena pros 100 cm finais do íleo) e alça alimentar (150cm).
Procedimento no by-pass gástrico em Y-de-Roux:
Secção do estômago proximal (formação de bolsa com a cárdia) + ressecção 30-40cm distal ao ligamento de Treitz + anastomose da bolsa com o restante do jejuno e trato alimentar.
Cirurgias restritivas no tratamento da obesidade:
- Banda gástrica ajustável
- Gastrectomia em manga (Sleeve)
Complicação mais temida do Sleeve gástrico:
Fístula.
Complicação mais importante do switch duodenal e da derivação biliopancreática (Scopinaro):
Desnutrição.
Suscetibilidade genética do DM1:
HLA DR3/DR4 (cromossomo 6)
Concordância entre gêmeos monozigóticos para DM1:
40-50%.
Síndrome de Schmidt:
Doença de Addison + DM1 + Hashimoto.
Doença de Addion + DM1 + Hashimoto configuram a síndrome:
Poliglandular autoimune tipo II (ou Schmidt).
Diabetes MODY mais comum:
MODY 3 (mutação no gene do HNF-1-alfa).
Anticorpos do DM1:
Anti-GAD, Anti-insulina, Anti-IA-2
Rastreamento para DM2 (ADA):
- Idade > 45 anos
- IMC > 23-25 + um dos seguintes:
- HF de DM em parente de 1º grau
- Etnicidade de risco
- Hipertensos
- Dislipidemia
- Sedentarismo
- SOP
- Doença cardiovascular
- Acantose
- DM gestacional
Critérios diagnósticos de Diabetes:
- Glicemia de jejum ≥ 126.
- Glicemia 2h após TOTG ≥ 200.
- HbA1c ≥ 6,5%.
- Glicemia aleatória ≥ 200 + sintomas clássicos
Na ausência de hiperglicemia inequívoca, é necessário dois testes anormais.
Situações que alteram a HbA1c:
Sempre que houver alteração do turnover de hemácias!
Anemias carenciais, hemólise, uso de EPO…
Você espera que a HbA1c tenha um valor falsamente baixo em que situações?
Anemia hemolítica
Estados hemorrágicos
Hipervitaminoses C e E
Você espera que a HbA1c tenha um valor falsamente alto em que situações?
Anemia carencial
Gravidez tardia
Aumento de TG, bilirrubinas e ureia
Critérios diagnósticos de Pré-Diabetes:
- Glicemia de jejum 100-125.
- Glicemia 2h após TOTG 140-199.
- HbA1c 5,7-6,4%.
Monitorar um paciente pré-diabético com que periodicidade?
Anualmente.
Qual exame é mais completo para diagnosticar diabetes: TOTG ou glicemia de jejum?
TOTG! Quase 30% dos pacientes diagnosticados com DM pelo TOTG possuem glicemia de jejum normal.
Três pilares do manejo do diabético:
- Controle da glicemia
- Detecção de complicações
- Controle de outros fatores de risco cardiovasculares
Em geral, qual o alvo da HbA1c nos diabéticos?
7%.
OBS: Em crianças e adolescentes, pode ser 7,5%. Já em idosos ou naqueles com DM de longa duração, HbA1c < 8% é aceitável.
Alvo da glicemia capilar no DM:
Pré-prandial: 80-130 mg/dl.
Pós-prandial: < 180 mg/dl.
Alvo de glicemia em pacientes críticos:
140-180 mg/dl.
Alvo de PA em diabéticos:
< 130 x 80 mmHg.
OBS: Se risco cardiovascular baixo, < 140 x 90 mmHg.
Na ausência de albuminúria, qual anti-hipertensivo indicar para controle de HAS no diabético?
Qualquer uma das classes de 1ª linha. IECA BRA-II Diuréticos tiazídicos Antagonistas do cálcio