Síndrome Diarreica Flashcards
Principal causa da diarreia do viajante:
E. coli Enterotoxigênica (ETEC)
Características da diarreia do viajante:
Diarreia explosiva, sem muco, pus ou sangue, autolimitada (1-5 dias).
A síndrome hemolítico-urêmica está associada a uma cepa de E. coli. Qual é?
E. coli Êntero-Hemorrágica O157:H7
Agentes causadores de gastroenterite que pode se associar à crises convulsivas:
Shigella (principal) e Salmonella.
Osteomielite + anemia falciforme. Lembrar de:
Salmonella.
O tratamento de escolha para gastroenterite por Shigella é:
Ciprofloxacino.
Que agentes infecciosos podem causar gastroenterite que curse com pseudoapendicite?
Campylobacter jejuni e Yersinia. Trata-se de linfadenite mesentérica.
Antibioticoterapia para C. jejuni:
Eritromicina. Opções: ciprofloxacino ou outra quinolona.
Fatores essenciais para o desenvolvimento de colite pseudomembranosa:
Exposição a antibiótico + exposição à toxina do C. difficile + níveis de IgG contra a toxina A.
Antibióticos relacionados à colite pseudomembranosa:
Principais: CLINDAMICINA, CEFALOSPORINAS e QUINOLONAS.
Outros: amoxicilina, ampicilina, SMX-TMP…
A colite pseudomembranosa tem sido mais frequente e grave nos últimos anos devido a:
Nova cepa (NAP- 1/027), capaz de produzir muito mais toxinas A e B (além de uma terceira toxina) e alto nível de resistência a todas as quinolonas.
Diarreia com início entre o primeiro dia e a sexta semana após início de antimicrobiano. Suspeitar de:
Colite pseudomembranosa.
Tratamento da colite pseudomembranosa:
Não fulminante: vancomicina VO ou fidaxomicina por 10 dias.
Fulminante (choque, megacólon, íleo paralítico): vancomicina VO + metronidazol IV por 10-14 dias.
Diarreia com aspecto de “água de arroz”:
Vibrio cholerae.
Antibióticos no tratamento da cólera:
Adultos: doxiciclina.
Crianças/gestantes: azitromicina.
Ambos em dose única.
Ponto essencial no manejo do paciente com cólera:
Repor líquidos (SRO) + correção de distúrbios eletrolíticos e acidose metabólica.
Onde o ferro é absorvido?
Delgado proximal.
Local de absorção do ácido fólico e da vitamina B12:
Ácido fólico: delgado proximal e médio.
B12: íleo terminal.
O teste da D-xilose urinária serve para diferenciar:
Disabsorção por doença da mucosa intestinal da deficiência de digestão (por ex, insuficiência pancreática).
Qual o teste para avaliar a absorção de B12?
Teste de Schilling.
Lactente inicia quadro diarreico com fezes fétidas após introdução de alimentos + atrofia de musculatura glútea. Principal hipótese?
Doença celíaca.
Hymenolepis nana, conhecida como tênia anã, pode causar infecção sintomática do TGI, com dores abdominais. Qual o tratamento?
Praziquantel.
Quadro arrastado de tosse e febre em uma criança , sem resposta à antibiótico e broncodilatadores. Eosinofilia marcante. Qual a principal hipótese?
Toxocaríase ou larva migrans visceral.
Hipergamaglobulinemia também é característica.
O achado de miorritmia oculomastigatória sugere:
Doença de Whipple.
Diagnóstico definivo da Doença de Whipple:
Biópsia de duodeno: infiltrado mucoso com macrófagos PAS-positivo.
Tratamento da Doença de Whipple:
Ceftriaxona ou meropenem IV por duas semanas seguido de SMX-TMP VO por 1 ano.
Agentes da síndrome de Löeffler:
Strongyloides stercoralis Ascaris lumbricoides Necator americanus Toxocara canis Ancylostoma duodenale
Parasitose mais associada à prurido anal noturno em crianças:
Enterobíase ou oxiuríase. Causada pelo enterobius vermicularis.
Por que o uso de IBP pode estar associado ao risco aumentado de infecção por Clostridium difficile?
Facilitação da sobrevivência dos esporos durante passagem pelo estômago.
Parasitose mais associada a sintomas alérgicos, sendo causa de urticária crônica:
Ascaridíase.
Tratamento (MS) da ascaridíase com suboclusão:
Piperazina (bloqueador neuromuscular) + óleo mineral.
Tratamento da enterobíase:
Mebendazol 100mg ou Albendazol 400 mg DU. Repetir a dose 2 semanas depois.
A fibrose cística pode causar síndrome disabsortiva que cursa com teste da xilose:
Sem alteração, pois a fibrose cística causa disabsorção por insuficiência pancreática.
DUP de difícil controle + hipercalcemia. Pensar em…
NEM-1. Gastrinoma + Hiperparatireoidismo + adenomas hipofisários.
Enteroparasitose mais associada à prolapso retal:
Trichuris trichiura.
Quando indicada, qual tempo de antibioticoterapia para tratamento de diarreia aguda em paciente imunocompetente?
3-5 dias.
Síndrome disabsortiva + queixas articulares. Pensar em…
Doença de Whipple.
Classificação da colite pseudomembranosa quanto à gravidade:
Não grave: leucograma até 15 mil, Cr < 1,5.
Grave: leucograma > 15 mil, Cr > 1,5.
Fulminante: hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon.
O Ascaris parasita principalmente que porção do intestino humano?
Jejuno.
Tratamento para tricuríase:
Mebendazol 500mg (DU) ou Albendazol 400mg 1x/dia por 3 dias.
Mecanismo de ação dos macrolídeos:
Inibição da subunidade 50S do ribossoma bacteriano.
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos:
Inibição da subunidade 30S do ribossoma bacteriano.
Quais classes de antibióticos têm como mecanismo de ação a inibição da formação de peptidoglicano na parede celular das bactérias gram-positivas?
Beta-lactâmicos e os glicopeptídeos.
Diarreia crônica com disabsorção + erupção papulovesicular pruriginosa em regiões extensoras. Lembrar de…
Doença celíaca.
Critérios de Roma IV para síndrome do intestino irritável:
Dor abdominal recorrente (pelo menos 3 dias/mês) nos últimos 3 meses associada a dois ou mais destes:
- relacionada com a defecação.
- início associado com mudança na frequência das evacuações.
- início associado com mudança no formato das fezes.
Hipofosfatemia e hipocalemia após tratamento para desnutrição:
Síndrome de realimentação. Inicialmente, deve-se oferecer 1/3 do aporte calórico ideal no quadro de desnutrição (que é de 25kcal/kg/dia).
Onde biopsiar para melhor acurácia no diagnóstico de Doença Celíaca?
Duodeno distal (pelo menos 4 fragmentos).
Qual a forma infectante do Strongyloides e onde ela geralmente se encontra?
Larva filarioide, no solo.
Elastase fecal baixa indica…
Insuficiência pancreática exócrina.
Mulher com diarreia aquosa crônica, distensão abdominal, VHS aumentado e desnutrição. Lembrar de…
Colite microscópica.
A doença inflamatória intestinal mais associada à neoplasia colorretal é:
RCU.
Agente etiológico da amebíase:
Entamoeba histolytica.
Entre a Giardia e a Entamoeba, qual é causa mais frequente de colite?
Entamoeba.
O diagnóstico de amebíase pode ser feito de que maneira?
Pesquisa de cistos/trofozoítas nas fezes ou sorologia.
Qual a grande marca da infecção pela Giardia intestinais?
Síndrome disabsortiva.
Qual é a parasitose mais comum?
Ascaridíase.
Em qual parasitose é mais marcante a anemia ferropriva?
Ancilostomíase.
Diagnóstico definitivo de ancilostomíase:
Método de Willis.
Parasitose associada à risco de sepse por gram- em quadro de imunossupressão:
Estrongiloidíase.
O diagnóstico de toxocaríase é dado por EPF ou sorologia?
Sorologia. O parasito não termina seu ciclo evolutivo no homem.
Quais são as formas larvárias do Schistossoma mansoni?
Miracídio e cercária.
Parasitose que menos discrimina classe social:
Enterobíase.
Uma característica clínica que diferencia a diarreia secretória da diarreia osmótica:
A diarreia secretória NÃO melhora com o jejum.
Qual a definição de um tumor neuroendócrino?
Neoplasia capaz de secretar neuropeptídeos.
Qual a localização mais frequente do tumor neuroendócrino intestinal (antigo tumor carcinoide)?
Apêndice.
Outras duas mais frequentes: íleo distal e reto.
Os tumores neuroendócrinos intestinais podem ocorrer dos 10 aos 90 anos, mas o pico de incidência é entre…
50-70 anos.
Os tumores neuroendócrinos intestinais são, em sua maioria, pequenos e de crescimento lento.
V ou F?
Verdadeiro. Geralmente, só costumam ser agressivos ao atingirem a serosa.
Em 10% dos casos, os tumores neuroendócrinos estão associadas à uma grande síndrome endócrina. Qual?
NEM 1.
Há uma característica do tumor neuroendócrino intestinal que o diferencia de todas as outras malignidades do tubo digestivo, que é a:
Multicentricidade (20-30% dos casos).
A Síndrome Carcinoide é o conjunto de sinais e sintomas relacionados à produção de uma substância bioativa (em geral, serotonina) por um tumor neuroendócrino intestinal.
Qual é a localização do TNE intestinal mais associada à essa síndrome?
Intestino médio: jejuno, íleo, apêndice, cólon direito, estômago e duodeno proximal.
Qual o tumor mais comum do apêndice?
Adenocarcinoma mucinoso.
Massa firme e amarelada no apêndice. Principal hipótese?
Tumor neuroendócrino intestinal (antigo turmo carcinoide).
Mais de 90% dos pacientes com TNE intestinal NÃO manifestam a síndrome carcinoide.
V ou F?
Verdadeiro. Dos que manifestam (10%), a grande maioria possui metástase hepática!
Cite os 5 principais achados da síndrome carcinoide:
- Flush cutâneo
- Diarreia
- Hepatomegalia
- Doença orovalvar direita
- Asma
Para confirmar a presença de um TNE intestinal e o diagnóstico da síndrome carcinoide, pode-se dosar a excreção urinária de:
5-HIAA, o produto final da degradação da serotonina.
Principal droga para controlar os sintomas na síndrome carcinoide:
OCTREOTIDE.
O TNE intestinal apresenta uma diferença marcante para os outros tumores do tratogastrointestinal no que tange à conduta cirúrgica. Qual é?
SEMPRE ressecar, independente de tamanho, pois prolonga sobrevida e diminui sintomas.
Tumor neuroendócrino localizado no pâncreas que causa diarreia explosiva que não melhora com o jejum.
Qual é o tumor e por que ele produz este quadro?
VIPoma. Produção de VIP (peptídeo intestinal vasoativo), que estimula a secreção e inibição da absorção de fluidos e eletrólitos no lúmen intestinal. Ou seja, diarreia secretória.
O VIPoma é uma doença rara que pode ocorrer em duas faixas etárias: 2-4 anos e 30-50 anos (mais comum).
V ou F?
Verdadeiro. Além disso, em 5-10% dos casos, associa-se à NEM 1.
A NEM 1 caracteriza-se por predisposição à formação de 3 tipos de tumor. Quais são eles?
3 P’s.
Paratireoide (90%)
Pâncreas, ilhotas (60-70%)
Pituitária anterior (10-20%)
OBS: Também há relação com outros tumores, como gastrinoma (no duodeno), TNE intestinais e etc…
Distúrbio eletrolítico mais comum no VIPoma:
Hipocloridria (inibição da secreção do ácido clorídrico).
Diarreia aquosa + flush. Os dois diagnósticos diferenciais são:
TNE intestinal (síndrome carcinoide) e VIPoma.
Síndrome de Verner-Morrinson = VIPoma.
V ou F?
Verdadeiro.
Conduta no VIPoma:
Tentar ressecção (lesão primária pancreática e/ou metástase hepática + OCTREOTIDE (melhora da diarreia).
Localização mais comum do Ascaris no tubo digestivo:
Jejuno.
Principal agente de disenteria no Brasil:
Shigella.
Genes associados à doença celíaca:
HLA DQ2 e DQ8.
Exame diagnóstico com maior sensibilidade para colite pseudomembranosa:
Coprocultura.
Endomiocardiofibrose em valvas cardíacas direitas. Qual diagnóstico deve ser buscado?
Tumor neuroendócrino intestinal.
Inflama a submucosa intestinal, podendo cursar com granulomas não caseosos. De quem estamos falando?
Doença de Crohn.
Paciente com RCU e espondilite anquilosante refratária ao tratamento clínico. A conduta é cirúrgica.
V ou F?
Falso. A EA cursa de modo independente da doença intestinal.
Anenia megaloblástica em paciente com história de ingestão de frutos do mar. Hipótese e como confirmar?
Difilobotriose (“tênia do peixe”). EPF.
Tratamento da ascaridíase não complicada:
Albendazol, mebendazol, levamizol ou pamoato de pirantel.
Tratamento da ancilostomíase:
Albendazol, mebendazol ou pamoato de pirantel.
Tratamento da estrongiloidíase:
Ivermectina (Harrison), cambendazol (MS).
Outras oppções: albendazol e tiabendazol.
Tratamento da esquistossomose:
Praziquantel ou oxaminiquine.
Tratamento da amebíase:
Formas graves: secnidazol, metronidazol ou tinidazol.
Quadros leves ou assintomáticos: Teclozam.
Tratamento da giardíase:
Metronidazol, tinidazol ou secnidazol.
Alternativas: nitazoxanida e albendazol.
Qual principal etiologia viral da diarreia aguda em criancas e adultos?
Adultos: norovírus
Crianças: rotavírus
Indicações de investigação na diarreia aguda?
Desidratação
Invasiva
Febre (> 38,5)
Não melhora após 48h
Idosos (> 70 anos)
Imunodeprimidos
Uso recente de ATB
Paciente portador de síndrome de Down com anemia ferropriva que não melhora com reposição de ferro. Lembrar de …
Doença celíaca
Qual helminto reproduz-se por partenogênese (fêmea não precisa do macho para colocar ovo)?
Strongyloides stercoralis
Técnica de EPF para diagnóstico de estrongiloidíase?
Baermann-Moraes
Descreva a colonoscopia e histopatologia da RCU.
Mucosa eritematosa, friável, edemaciada e com pseudopólipos
Histopatologia: criptite
Sorologia na DII?
DC: ASCA +
RCU: p-ANCA +
Tratamento na DC leve a moderada (step-up)?
Remissão:
- 5-ASA
- CT
- Imunomodulador e/ou Biológico
Manutenção
- 5-ASA
- Imunomodulador e/ou Biológico
Tratamento da DC moderada a grave (top down)?
Remissão e manutenção:
Biológico + imunossupressor
Tratamento da fístula na DC?
Biológico + ATB
Tratamento da RCU leve a moderada (step up)?
Remissao:
- Mesalamina retal
- CT
- Biológico
Manutenção:
1. Mesalamina retal
Tratamento da RCU grave?
Remissão:
- Cipro + Metro + CT IV
- Biológico ou Ciclosporina
Manutenção:
1. Mesalamina retal
Indicações de cirurgia na RCU?
Casos refratários
Displasia/câncer
Complicação (megacólon, sangramento maciço)
Qual cirurgia escolher na RCU?
Eletiva: proctocolectomia com IPAA
Urgência: colectomia à Hartmann
Indicações de cirurgia na DC?
Complicação (obstrução, perfuração, abscesso, hemorragia maciça, megacólon tóxico)
Qual cirurgia escolher na DC?
Ressecação local com anastomose
Agente causador clássico da paraparesia espástica tropical:
HTLV-1.
Co-infecção que aumenta risco de estrongiloidíase disseminada:
HTLV-1.