Síndrome de Hipertensão Portal - Varizes Esofagogástricas Flashcards
O SISTEMA PORTA é formado pela junção das veias
Veia mesentérica superior + veia esplênica.
A HIPERTENSÃO PORTA é definida quando o gradiente de pressão venosa hepática é
Gradiente de pressão venosa hepática > 5 mmHg
São as 3 principais CAUSAS DE HIPERTENSÃO PORTA Pré-hepática
- Trombose de veia porta;
- Trombose de veia esplênica;
- Esplenomegalia maciça.
São as principais CAUSAS DE HIPERTENSÃO PORTA Intra-hepática:
- pré-sinusoidal: esquistossomose, fibrose
hepática congênita, sarcoidose etc. - sinusoidal: CIRROSE.
- pós-sinusoidal: síndrome veno-oclusiva.
São as 3 principais CAUSAS DE HIPERTENSÃO PORTA Pós-hepática
- Síndrome de Budd-Chiari,
- Obstrução de veia cava inferior,
- Congestão direita crônica.
Entre as manifestações clínicas mais comuns de HIPERTENSÃO PORTA, estão essas 4:
1- Ascite
2- Esplenomegalia
3- Encefalopatia Hepática
4- Circulação Colateral
Tipo: Abdominal
Tipo: Varizes Esofagianas, Gástricas, e Anorretais
A respeito do gradiente de pressão venosa hepática na HIPERTENSÃO PORTA, a FORMAÇÃO DE VARIZES e a RUPTURA DE VARIZES se dá com pressão
- Formação de varizes > 10 mmHg.
- Ruptura de varizes > 12 mmHg.
Qual exame para avaliação inicial de HIPERTENSÃO PORTA?
USG abdome com doppler
Qual exame para PROGRAMAÇÃO CIRÚRGICA na vigência de HIPERTENSÃO PORTA?
Angiografia.
O fígado recebe cerca de 1.500 ml de sangue
por minuto. Mas este fluxo não chega através de um vaso único, como acontece com a maioria dos outros
órgãos. Na verdade, existem duas fontes que alimentam o fígado: a veia porta e a artéria hepática, responsáveis por, respectivamente:
veia porta: 75%
artéria hepática: 25%
A principal causa de Hipertensão portal pré-hepática é
Trombose de veia porta
A principal causa de Trombose de veia esplênica é
Pancreatite crônica
Os 4 sinais presentes no USG com doppler confirmatório de Hipertensão Portal são
- Fluxo hepatoFUGAL
- Diâmetro Veia porta > 13 mm
- Redução fluxo circulação porta < 12 cm/seg
- Colaterais portossistêmicas ? esplenomegalia
As principais complicações da HIPERTENSÃO PORTAL são:
- Circulação colateral
- Varizes esofágicas
- Ascite e PBE
- Gastropatia hipertensiva
- Encefalopatia
- Sd. hepatorrenal
- Sd hepatopulmonar
- Hipertensão portopulmonar
A formação de varizes de esôfago e a ocorrência
de sangramento varicoso em pacientes
portadores de cirrose na forma sinusoidal e
pós-sinusoidal estão relacionadas, respectivamente,
a valores do gradiente de pressão
porta a partir de:
10 mmHg e 12 mmHg.
É a causa mais comum de hipertensão porta, que se desenvolve em 60% destes pacientes!
cirrose
O aparecimento de varizes hemorrágicas de fundo gástrico isoladas (hipertensão segmentar), em pacientes com função hepática normal, é a chave para suspeitar de:
Trombose de veia esplênica
Paciente masculino, 45 anos de idade, com história de etilismo, apresenta quadros repetidos de hemorragia
digestiva alta. Sua história clínica sugere fortemente
pancreatite alcoólica. A endoscopia digestiva alta mostra varizes de fundo gástrico cujo sangramento foi controlado previamente por medicamentos. Foi realizada uma esplenoportografia que mostrou veia mesentérica superior e veia porta pérvias. A veia esplênica não foi visualizada. O tratamento definitivo mais adequado para este paciente é:
Esplenectomia.
Uma paciente do sexo feminino, 28 anos, relata 2 gestações prévias, pré-natal normal, nega transfusões de sangue ou cirurgias prévias. Ao fazer exame de rotina ultrassonográfico, encontra como único achado anormal esplenomegalia. Solicitado exames de laboratório, único achado plaquetopenia. Sorologias para hepatite B e C negativas. Na sequência da investigação, realiza endoscopia que evidencia varizes de fundo gástrico. Qual a provável causa?
Trombose de veia esplênica
Na hipertensão de etiologia esquistossomótica,
o principal fator fisiopatológico é:
Obstrução intrahepática, pré-sinusoidal
A hemoglobinúria paroxística noturna é uma
doença adquirida pela célula-tronco que afeta
não somente a linhagem vermelha, mas também
as plaquetas, os leucócitos e linhas derivadas
das células-tronco pluripotentes. O
curso clínico é variável e dentre ela, fenômenos
tromboembolíticos como a Síndrome de
Budd-Chiari que consiste na trombose de:
Veias supra-hepáticas.
Descompensação cardíaca direita, com combinação
de hipoperfusão e hipóxia hepáticas,
seguida de necrose hemorrágica centrolobular,
dando ao fígado uma aparência mosqueada
conhecida como fígado em noz-moscada, é
observada em caso de:
Congestão passiva crônica hepática.
Quais as principais circulações colaterais:
1 - Varizes de esôfago
2 - Esplenomegalia congestiva + varizes do fundo gástrico
3 - Varizes anorretais graças à anastomose da veia retal superior
4 - Circulação “tipo portocava” ou cabeça de medusa.
Os principais marcadores de hemólise são:
1- Aumento de LDH;
2- Elevação da Bilirrubina Indireta;
3- Redução (ou desaparecimento) da Haptoglobina;
4- Reticulocitose.
Os 3 meios para diagnóstico de HIPERTENSÃO PORTAL são:
- USG com doppler
- EDA
- Medidas hemodinâmicas / Gradiente de Presão Venosa Hepática
Os sinais presentes na Endoscopia Digestiva Alta que denotam HIPERTENSÃO PORTAL são>:
- Varizes esofágicas
São formadas por uma circulação colateral a partir da v. gástrica esquerda, tributária do sistema porta, em direção ao esôfago distal/ fundo gástrico:
- Varizes esofagogástricas (PQT < 140 mil, diâmetro V. porta > 13mm)
- Gastropatia Hipertensiva Portal
São considerados FATORES DE RISCO para presença de Varizes Esofagogástricas:
- Disfunção Hepática (Child B e C);
- Hipertensão porta (> 12 mmHg);
- Calibre (F2/F3);
- Sinais “vermelhos” endoscópicos;
- Presença de ascite volumosa.
Sobre a ABORDAGEM TERAPÊUTICA GERAL em pacientes com presença de Varizes esofagogástricas:
Situação 1 = Nunca Sangrou = Profilaxia 1ª
do Sangramento
• Betabloqueador não seletivo (propranolol,
nadolol) ou ligadura elástica venosa.
Situação 2 = Sangramento
- Estabilização hemodinâmica.
- Controle do Sangramento (endoscopia; vasoconstrictor, tamponamento por balão; TIPS;
Cirurgia).
A terapia endoscópica não é eficaz para as varizes gástricas (exceto quando uso de cianoacrilato) ou para a gastropatia hipertensiva portal.
- Prevenir complicações.
• Ressangramento por varizes (profilaxia 2ª
do sangramento): betabloqueador + ligadura
elástica venosa.
• PBE: ceftriaxone/norfloxacino
A respeito do TRATAMENTO INVASIVO DA HIPERTENSÃO PORTA:
- TIPS (shunt portocava intra-hepático transjugular).
- Cirurgias:
(1) Shunt portossistêmico: não seletivo; parcial e seletivo.
(2) Cirurgias de desvascularização.
Quanto ao calibre e localização das Varizes Esofagogástricas, temos 3 tipos:
F1 (pequeno calibre): pequenas varizes não
tortuosas (< 3 mm)
F2 (médio calibre): varizes aumentadas e tortuosas
que ocupam < 1/3 do lúmen (3-5 mm)
F3 (grosso calibre): varizes grandes e tortuosas
que ocupam > 1/3 do lúmen (> 5 mm)
É a mais importante complicação da hipertensão porta, tendo uma prevalência de 30% no momento do diagnóstico de cirrose e de 60% quando a cirrose vem acompanhada de ascite
Ruptura das Varizes Esofágicas