QUEIMADURAS Flashcards

1
Q

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS:

  1. PROFUNDIDADE
A

Superficial (epiderme - 1º grau): Hiperêmica, sem bolhas, empalidece à digitopressão

Espessura parcial superficial (derme papilar - 2 º grau superficial): Hiperêmica, presença de bolhas, empalidece à digitopressão.

Espessura parcial profunda (derme reticular - 2 º grau profundo): Presença de bolhas, cor vermelha desbotada, empalidece pouco ou não empalidece à digitopressão

Espessura total (toda a derme - 3º grau): Pele seca e inelástica, lembrando couro, cor esbranquiçada, nacarada, de aspecto céreo, presença de vasos trombosados, sem bolhas

Extensão para planos profundos (4º grau): Acomete fáscia, músculo ou ossos

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2
Q

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS:

  1. SENSIBILIDADE
A

1º GRAU: Dolorosa, com Regeneração completa em seis a sete dias. Tratamento com sintomáticos e hidratação.

2º GRAU SUPERFICIAL: Extremamente dolorosa. Restauração completa em até 21 dias. Tratamento com curativos.

2º GRAU PROFUNDA: Moderadamente
dolorosa (dor à pressão). Geralmente, cicatriza em
semanas a meses, com sequelas. Necessita de tratamento cirúrgico.

3º GRAU: Indolor ou pouco dolorosa (dor à pressão profunda). Geralmente não evolui espontaneamente para cura. Necessita de tratamento cirúrgico.

4º GRAU: Indolor ou pouco dolorosa (dor à pressão profunda). Geralmente, não evolui espontaneamente para cura. Necessita de tratamento cirúrgico.

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3
Q

PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA INTUBAÇÃO PRECOCE EM QUEIMADOS

A
  1. SINAIS DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS: ROUQUIDÃO, ESTRIDOR, USO ACESSÓRIO DE MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS E RETRAÇÃO ESTERNAL.
  2. QUEIMADURAS FACIAIS EXTENSAS E PROFUNDAS.
  3. DEGLUTIÇÃO DIFÍCIL: ATENÇÃO PARA SIALORREIA.
  4. SINAIS DE COMPROMETIMENTO RESPIRATÓRIO: FADIGA RESPIRATÓRIA, OXIGENAÇÃO OU VENTILAÇÃO INSUFICIENTES.
  5. DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (GLASGOW ≤ 8).
  6. QUEIMADURAS CERVICAIS DE ESPESSURA TOTAL, CIRCUNFERENCIAIS
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4
Q

A ventilação e a oxigenação em queimados agudos é nossa segunda prioridade no atendimento. Existem 4 situações nas vítimas de queimadura em que a ventilação e/ou a oxigenação encontram-se prejudicas. São elas

A

1. INTOXICAÇÃO POR CO

2. QUEIMADURA TORÁCICA CIRCUNFERENCIAL DE 3º GRAU

3. LESÃO BRONCOALVEOLAR PELA INALAÇÃO DE GASES TÓXICOS

4. TRAUMA TORÁCICO

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5
Q

ESTIMATIVA DE SUPERFÍCIE CORPÓREA QUEIMADA E CIRCULAÇÃO - ADULTO

Tenha em mente que queimaduras de 1º grau NÃO devem ser contabilizadas no cálculo

O método de estimativa de SCQ mais cobrado nas provas chama-se diagrama da “regra dos nove” de Wallace - ADULTO:

A
  • Cabeça: 9% da superfície corporal.
  • Membro superior direito: 9% da superfície corporal.
  • Membro superior esquerdo: 9% da superfície corporal.
  • Tronco: 36% da superfície corporal.
  • Membro inferior direito: 18% da superfície corporal.
  • Membro inferior esquerdo: 18% da superfície corporal.
  • Períneo: 1% da superfície corporal
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6
Q

DIAGRAMA DO CÁLCULO DE SUPERFÍCIE QUEIMADA EM CRIANÇAS - ATLS:

A
  • Cabeça: 18% da superfície corporal.
  • Membro superior direito: 9% da superfície corporal.
  • Membro superior esquerdo: 9% da superfície corporal.
  • Tronco anterior e períneo: 18% da superfície corporal.
  • Tronco posterior: 13% da superfície corporal.
  • Membro inferior direito: 14% da superfície corporal.
  • Membro inferior esquerdo: 14% da superfície corporal.
  • Glúteos: 5% da superfície corporal
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7
Q

Segundo o ATLS, a reposição volêmica está formalmente indicada em qualquer paciente com superfície corpórea queimada

A

superior a 20%

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8
Q

FÓRMULAS DE REPOSIÇÃO VOLÊMICA

  1. PARKLAND (ATLS - trauma elétrico):
  2. ATLS 10ª ed. (adultos):
  3. ATLS 10ª ed. (pacientes pediátricos: < 14 anos):
A
  1. PARKLAND (ATLS - trauma elétrico): 4 x SCQ* x PESO (volume em 24 horas)
  2. ATLS 10ª ed. (adultos) 2 x SCQ* x PESO (volume em 24 horas)
  3. ATLS 10ª ed. (pacientes pediátricos: < 14 anos) 3 x SCQ* x PESO (volume em 24 horas)
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9
Q

Para todas essas fórmulas, preconiza-se que a hidratação seja feita com Ringer Lactato, da seguinte forma:

A

metade do volume deve ser administrado nas primeiras 8 horas e a outra metade, nas 16 horas subsequentes.

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10
Q

O maior e mais preciso elemento para o controle da reposição volêmica deve ser:

A

débito urinário

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11
Q

O débito urinário alvo para:
(1) adultos =
(2) crianças > 30kg =
(3) crianças < 30kg =

A

(1) 0,5ml/kg/h

(2) 0,5 a 1ml/h

(3) 1 a 2ml/kg/h

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12
Q

OUTRAS MEDIDAS AUXILIARES EM QUEIMADURAS:

A
  • Avaliação da necessidade de escarotomia dos membros.
  • Analgesia.
  • Profilaxia do tétano.
  • Profilaxia para tromboembolismo venoso (TEV).
  • Descompressão gástrica.
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13
Q

É um procedimento indicado para todas as queimaduras circunferenciais de espessura total (3º grau).

A

ESCAROTOMIA

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14
Q

A transferência para unidades de queimados é frequentemente cobrada em provas e está indicada, segundo a Associação Americana de Queimaduras, nas seguintes situações:

A

Queimaduras de 2º grau acima de 10% da superfície corporal queimada

Queimadura em face, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações

Qualquer queimadura de 3º grau

Queimaduras elétricas

Queimaduras químicas

Lesão inalatória

Queimaduras em pacientes com comorbidades que possam aumentar a mortalidade

Queimaduras associadas a traumas concomitantes

Queimaduras em crianças sem equipe qualificada

Queimaduras em pacientes que necessitem de suporte social, emocional ou reabilitação

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15
Q

TRATAMENTO DEFINITIVO DAS ÁREAS QUEIMADAS

  1. 1º GRAU:
  2. 2º GRAU SUPERFICIAL:
  3. 2º GRAU PROFUNDA:
  4. 3º GRAU:
  5. 4º GRAU:
A
  1. Hidratação local
  2. Troca diária, com curativos não aderentes ou hidrocoloide, trocados a cada 3 a 5 dias
  3. Excisão tangencial e enxertia
  4. Escarectomia e enxertia
  5. Escarectomia e enxertia ou retalho
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16
Q

INDICAÇÃO DE DIETA POR SONDA

A
  1. SCQ > 20% em pacientes de 12 a 70 anos
  2. SCQ > 10% em pacientes < 12 e > 70 anos
  3. Lesão inalatória
  4. Queimadura grave de face
  5. Intubação orotraqueal ou risco de aspiração
17
Q

A lesão muscular extensa presente nas vítimas de trauma elétrico é responsável por duas complicações importantes que frequentemente são cobradas em prova. São elas:

A
  1. Rabdomiólise com mioglobinúria
  2. Síndrome compartimental.
18
Q

Em vítimas de queimadura elétrica, a diurese alvo para:
1. adultos é de:
2. crianças < 30 kg:

A

(1) 100 ml/hora

(2) 1,5 a 2 ml/kg/h

19
Q

As principais características da síndrome compartimental incluem:

A

1. Edema tenso do membro acometido.

2. Dor intensa, com piora à extensão passiva e parestesia.

3. Sinais de comprometimento vascular, como palidez e parestesia

20
Q

Tratamento da Síndrome Compartimental:

A

FASCIOTOMIA

21
Q

É a complicação tardia de queimaduras mais cobrada em provas. É o epônimo dado ao carcinoma espinocelular, secundário à degeneração maligna de feridas crônicas. A transformação maligna de ulceras crônicas ocorre, em média, após 30 anos do surgimento da lesão.

Os principais sintomas são:
* Ulceração com tempo de evolução superior a três meses.
* Margens elevadas ou invertidas.
* Tecido de granulação exuberante.
* Odor fétido ou secreção purulenta.
* Aumento progressivo de tamanho.
* Friabilidade com fácil sangramento.

O diagnóstico é feito através de biópsia da lesão, e o tratamento curativo é feito através da excisão cirúrgica do tumor, com margens de segurança livres de neoplasia e linfadenectomia, quando houver indicação. Radioterapia adjuvante também pode ser necessária.

A

Úlcera de Marjolin