Abdome Agudo Obstrutivo Flashcards

1
Q

CLASSIFICAÇÕES DO ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

Quanto ao mecanismo:
✓ Obstrução mecânica:
✓ Obstrução funcional:

Quanto ao grau:
✓ Obstrução total:
✓ Obstrução parcial:

Quanto à gravidade:
✓ Simples:
✓ Estrangulada:

Quanto à localização:
✓ Obstrução alta:
✓ Obstrução baixa:

A

Quanto ao mecanismo:
✓ Obstrução mecânica: há um agente físico causando a obstrução do trato gastrointestinal. Exemplos: neoplasias, corpos estranhos,
volvos, bridas.
✓ Obstrução funcional: causada por uma alteração na motilidade intestinal, sem um agente físico obstrutivo. Exemplos: íleo
paralítico ou adinâmico e a síndrome de Ogilvie.

Quanto ao grau:
✓ Obstrução total: obstrução total do intestino; os sintomas são mais evidentes, com importante distensão abdominal, vômitos
frequentes e parada de eliminação de fezes e flatos.
✓ Obstrução parcial: também chamada de suboclusão intestinal, em que os sintomas são mais frustros, ainda pode haver eliminação de fezes ou flatos, e a distensão abdominal é menos pronunciada. Comum nos quadros de obstrução por bridas.
Quanto à gravidade:
✓ Simples: não há isquemia intestinal.
✓ Estrangulada: há um sofrimento intestinal. Mais comum ocorrer nas obstruções em alça fechada. É um fator que confere pior prognóstico no caso de um abdome agudo obstrutivo.

Quanto à localização:
✓ Obstrução alta: ocorre no intestino delgado, ou seja, proximal à válvula ileocecal.
✓ Obstrução baixa: ocorre no intestino grosso. Nas obstruções intestinais baixas, é importante definir se há ou não patência da
válvula ileocecal.

  • Válvula ileocecal competente (mais comum): a válvula ileocecal impede que haja um retorno do conteúdo do intestino grosso obstruído para o intestino delgado. Dessa forma, há uma obstrução em alça fechada, com maior risco de isquemia e perfuração do cólon proximal (geralmente o ceco).
  • Válvula ileocecal incompetente: a válvula ileocecal não impede que o conteúdo colônico obstruído retorne em direção ao intestino delgado. Com isso, há um menor risco de perfuração do cólon proximal, e o paciente apresenta maior distensão abdominal e pode apresentar vômitos fecaloides.
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2
Q

OBSTRUÇÃO ALTA X OBSTRUÇÃO BAIXA

Sintomas:
- dor
- vômitos
- constipação
- padrão radiológico
- causa mais comum

Alta x Baixa

A
  • Alta:

DOR: precoce, periumbilical, em cólica
VÔMITOS: precoce, frequente, bioloso
CONSTIPAÇÃO: tardia
PADRÃO RADIOLÓGICO: Distribuição gasosa mais central, pregas coniventes, níveis hidroaéreos, empilhamento de moedas
CAUSA MAIS COMUM: bridas

  • Baixa:

DOR: tardia, infraumbilical e contínua
VÔMITOS: tardios e fecaloides
CONSTIPAÇÃO: precoce
PADRÃO RADIOLÓGICO: distribuição gasosa mais periférica, haustrações colônicas, ausência de ar na ampola retal.
CAUSA MAIS COMUM: Neoplasia de cólon esquerdo

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3
Q

Significa que há obstrução intestinal completa, na qual dois pontos do intestino encontram-se fechados e ocluídos ao mesmo tempo, com incapacidade de drenagem anterior, por meio dos vômitos, ou posterior, por meio da evacuação e eliminação de gazes. Têm pior prognóstico e geralmente exigem tratamento cirúrgico imediato. Com isso, há uma importante distensão desse segmento intestinal, aumento da pressão intraluminal, maior proliferação bacteriana e produção de gás e, consequentemente, diminuição da vascularização e um maior risco de estrangulamento, com isquemia, necrose e perfuração

A

OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA

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4
Q

A OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA FAVORECE MAIOR RISCO DE:

A

Maior risco de estrangulamento, com
isquemia, necrose e perfuração.

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5
Q

EXEMPLOS DE OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA:

A

Hérnia encarcerada,

Neoplasia obstrutiva de cólon

Sigmoide com válvula ileocecal competente,

Volvos

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6
Q

Isquemia -> necrose -> perfuração que induz:

A

PERITONITE

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7
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E EXAME FÍSICO ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO:

A

✓ Dor abdominal e distensão abdominal;

✓ Náuseas e vômitos;

✓ Parada de eliminação de fezes e flatos.

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8
Q

EXAMES LABORATORIAIS NO ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO:

Eletrólitos:
Gasometria arterial:
Lactato sérico:

A

Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda, anemia.

Eletrólitos: hipocalemia (mais comum), hipocloremia e hiponatremia

Gasometria arterial: alcalose metabólica

Lactato sérico: aumentado.

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9
Q

Principal alteração metabólica na obstrução intestinal =

A

ALCALOSE METABÓLICA HIPOCLORÊMICA E HIPOCALÊMICA.

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10
Q

SOBRE A ROTINA DE ABDOME AGUDO: é o PRIMEIRO exame de imagem a ser realizado na suspeita de uma obstrução intestinal.

A

✓ Radiografia de tórax póstero-anterior (PA) em pé (ortostase).

✓ Radiografia de abdome em pé e deitado (decúbito dorsal).

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11
Q

Quais sinais radiológicos são típicos na OBSTRUÇÃO INTESTINAL ALTA?

A

✓ Distensão gasosa intestinal.

Níveis hidroaéreos

✓ Distribuição mais centralizada no abdome;

✓ Visualização das pregas coniventes = “empilhamento de moedas”;

✓ Pouco ar nos cólons;

✓ Pneumoperitônio se houver perfuração; e

Sinal de Rigler = ou sinal da parede dupla, visto na radiografia de abdome. É um sinal que se refere à visualização de ar fora da alça intestinal, delimitando sua parede devido à presença de gás na cavidade abdominal (pneumoperitônio). Também pode estar presente nas obstruções baixas com perfuração.

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12
Q

Quais sinais radiológicos são típicos na OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA?

A

✓ Distensão colônica (diâmetro bem maior que na obstrução de delgado);

✓ Visualização das haustrações colônicas;

✓ Localização mais periférica no abdome;

✓ Ausência de ar na ampola retal;

✓ Válvula ileocecal competente: a distensão gasosa limita-se ao cólon;

✓ Válvula ileocecal incompetente: distensão de intestino delgado e cólon;

✓ Volvo de sigmoide: a imagem típica é chamada de “sinal do grão de café” ou “sinal do U invertido” ou “sinal do tubo dobrado” ou “sinal do bico de pássaro”, esse último, visto no enema; e

✓ Fecaloma: imagem com aspecto em “miolo de pão”. Também pode estar presente na obstrução por bolo de áscaris.

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13
Q

RADIOGRAFIA DE ABDOME COM imagem em “miolo de pão” =

A

Fecaloma

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14
Q

RADIOGRAFIA DE ABDOME COM imagem em “grão de café” OU “sinal do U invertido” OU “sinal do tubo dobrado” OU “sinal do bico de pássaro” =

A

VOLVO DE SIGMOIDE

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15
Q

Deve ser solicitada quando a radiografia simples não indica intervenção imediata. É altamente sensível e específica para detectar a etiologia da obstrução, capaz de distinguir com precisão entre uma obstrução colônica mecânica e pseudo-obstrução.

A

TOMOGRAFIA

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16
Q

Sinais de isquemia intestinal, indicando a necessidade de tratamento cirúrgico imediato.

São eles:

A

✓ Ingurgitamento de vasos mesentéricos;

✓ Pneumatose intestinal; e

✓ Gás venoso portal ou mesentérico.

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17
Q

Não é um bom exame a ser realizado na suspeita de abdome agudo obstrutivo devido à presença da distensão gasosa, ficando reservada para pacientes gestantes ou pacientes graves, pois pode ser realizada à beira do leito.

A

ultrassonografia

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18
Q

Apesar de ser altamente confiável em revelar locais de obstrução intestinal e distinguir aderências de etiologias alternativas (por exemplo, neoplasias), não é utilizado de rotina.

A

ENEMA BARITADO

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19
Q

Um sinal clássico do ENEMA BARITADO que aparece na (1) neoplasia colorretal e no (2) volvo de sigmoide é:

A
  • (1) sinal da “maçã mordida”
  • (2) sinal do “bico de pássaro
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20
Q

O tratamento inicial para Abdome Agudo Obstrutivo é praticamente o mesmo para todos os pacientes obstruídos, independentemente da causa.

São as chamadas “medidas de suporte”, que consistem em:

A

✓ Jejum;

✓ Sonda nasogástrica (para descompressão do trato gastrointestinal);

✓ Hidratação endovenosa;

✓ Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos;

✓ Analgesia; e

✓ Antibióticos: a princípio, só há indicação de fazer antibióticos nos pacientes com indicação de tratamento cirúrgico (profilaxia) ou na presença de complicações.

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21
Q

Principais causas de OBSTRUÇÃO INTESTINAL MECÂNICA ALTA

A

Aderências 60%

Neoplasias 20%

Hérnias 10%

Doença de Crohn 5%

Diversas 5%

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22
Q

A causa mais comum de obstrução intestinal alta são as (1), e o principal fator de risco são (2)

A
  • (1) aderências intestinais
  • (2) cirurgias abdominais prévias
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23
Q

Histórico de cirurgia abdominal prévia + quadro clínico (dor em cólica, distensão abdominal, vômitos precoces e biliosos) + radiografia compatíveis com obstrução de delgado (distensão de delgado, níveis hidroaéreos, empilhamento de moedas). Excluir outras causas de obstrução pela tomografia.

A

ADERÊNCIAS INTESTINAIS

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24
Q

Obstrução intestinal por bridas com febre, leucocitose e sensibilidade abdominal, a CONDUTA =

A

tratamento cirúrgico - LAPAROTOMIA EXPLORADORA

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25
Q

Segunda causa mais comum de obstrução do intestino delgado (aproximadamente 20% dos casos:

A

NEOPLASIAS INTESTINAIS

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26
Q

Os tumores com maior propensão a causar metástase peritoneais generalizadas ou carcinomatose peritoneal são:

A

neoplasias do cólon, ovário, pâncreas e estômago

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27
Q

Terceira causa mais comum de obstrução do intestino delgado (aproximadamente 10% dos casos).

A

hérnias

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28
Q

São os tipos de hérnias que apresentam maior risco para o estrangulamento

A

hérnias femorais

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29
Q

As hérnias femorais são mais comuns no sexo

A

feminino

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30
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR HÉRNIA
Hérnia agudamente encarcerada, tratamento:

A

Cirurgia imediata (via inguinotomia)

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31
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR HÉRNIA
✓ Hérnia agudamente encarcerada:

  1. Se < 6-8 horas de evolução, paciente deseja adiar a cirurgia ou apresenta alto risco cirúrgico, CONDUTA =
A

Tentativa de redução manual (manobra de Taxe)

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32
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR HÉRNIA
✓ Hérnia agudamente encarcerada:

  • Se < 6-8 horas de evolução, paciente deseja adiar a cirurgia ou apresenta alto risco cirúrgico,
  1. SE SUCESSO NA REDUÇÃO MANUAL =
  2. SE INSUCESSO NA REDUÇÃO MANUAL =
A
  1. programar cirurgia eletiva
  2. cirurgia imediata.
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33
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR HÉRNIA
✓ Hérnia encarcerada com sinais de estrangulamento, como febre, taquicardia, peritonite, hiperemia da pele sobrejacente, tempo de evolução > 6-8 horas =

A

cirurgia imediata via inguinotomia

ou

laparotomia se houver redução inadvertida ou espontânea na indução anestésica (para verificar a viabilidade das alças e fazer a ressecção do segmento isquêmico, se necessário)

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34
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR HÉRNIA

✓ Se houver a presença de isquemia ou perfuração - CONDUTA

A

contraindicado o uso de telas sintéticas para correção da hérnia pelo risco de infecção. Dar preferência para as técnicas de Bassini, McVay, Shouldice, que não utilizam prótese para o reparo da hérnia

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35
Q

Hérnia que se dá pelo encarceramento ou estrangulamento da borda antimesentérica intestinal por meio de um pequeno defeito da parede abdominal. Pode ocorrer isquemia e perfuração sem obstrução completa do lúmen, uma vez que apenas a borda antimesentérica, que tem o pior suprimento sanguíneo, está encarcerada.

A

HÉRNIA DE RICHTER

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36
Q

Consiste no achado do apêndice cecal no interior de uma hérnia femoral e ocorre em 0,5 a 5% dos casos. Pode ser encontrada uma apendicite aguda no saco herniário

A

HÉRNIA DE GARENGEOT

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37
Q

Consiste no achado do apêndice cecal no interior de uma hérnia inguinal encarcerada. Também pode conter um apêndice inflamado.

A

HÉRNIA DE AMYAND

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38
Q

Consiste no encarceramento de um divertículo de Meckel na parede abdominal ou hérnia interna.

A

HÉRNIA DE LITTRE

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39
Q

É uma hérnia interna que ocorre em pacientes submetidas à cirurgia abdominal prévia com reconstrução em Y de Roux e requer tratamento cirúrgico de urgência. Esta reconstrução, muito utilizada nas gastrectomias, cria um defeito mesentérico entre o mesocólon transverso e o mesentério da alça de Roux.

A

Hérnia de Petersen

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40
Q

Ocorre uma rotação do estômago ao longo de seu eixo longo (organoaxial — mais comum) ou curto (mesenteroaxial), levando a graus variáveis de obstrução da saída gástrica. É uma patologia rara, com pico de incidência na 5ª década de vida, sendo aproximadamente 80 a 90% dos casos em pacientes adultos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A tríade de Borchardt está presente em até 70% dos pacientes com essa doença aguda.

A

VOLVO GÁSTRICO

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41
Q

Dor súbita e intensa no abdome superior ou tórax + vômitos severos + incapacidade de passar sonda nasogástrica =

A

TRÍADE DE BORCHARDT

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42
Q

Radiografia simples de abdome: o achado clássico nessa doença é uma única bolha grande de ar, esférica, localizada no abdome ou no tórax superior com nível hidroaéreo. As radiografias contrastadas apresentam alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico. Se persistir dúvida, devemos solicitar a tomografia com contraste oral, que mostrará a posição anormal do estômago, bem como poderá identificar anormalidades anatômicas associadas, como defeitos diafragmáticos.

A

VOLVO GÁSTRICO

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43
Q

TRATAMENTO VOLVO GÁSTRICO:

A

1. Medidas de suporte: essuscitação hídrica, correção de anormalidades eletrolíticas e descompressão gástrica imediata passagem de SNG às cegas ou por endoscopia).

  1. A intervenção cirúrgica é necessária se a descompressão gástrica não for bem-sucedida por sonda nasogástrica ou por técnicas endoscópicas, e na presença de complicações.
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44
Q

Também é chamada de síndrome de Wilkie. É uma causa incomum de obstrução proximal do intestino delgado. A síndrome é caracterizada pela compressão da terceira porção do duodeno devido ao estreitamento do espaço entre a artéria mesentérica superior e a aorta causado pela perda da camada de gordura mesentérica.

A

SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR

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45
Q

FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR:

A
  1. Perda de peso significativa: mais comum.
  2. Cirurgia corretiva da coluna vertebral para escoliose: pacientes mais jovens.
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46
Q

O exame de imagem de escolha para diagnóstico da SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR é:

A

duodenografia hipotônica

Demonstra um afilamento na terceira porção duodenal, dilatação gástrica e duodenal proximal, com atraso ou interrupção da passagem do contraste do duodeno para o intestino delgado mais distal.

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47
Q

Se não houver resposta com a terapia nutricional, o que geralmente ocorre em pacientes adultos com sintomas crônicos, o tratamento da SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR deverá ser cirúrgico! A cirurgia de escolha é a:

A

duodenojejunostomia (com ou sem secção da 4ª porção duodenal)

Outras 2 técnicas existentes, são:

  • Cirurgia de Strong: secção do ligamento de Treitz mobilizando o duodeno para direita da artéria mesentérica superior. Mantém a integridade do intestino, no entanto, a falha ocorre em até um quarto dos pacientes.
  • Gastrojejunostomia: descomprime o estômago, mas a falha em aliviar a obstrução duodenal pode resultar em sintomas recorrentes que requerem um segundo procedimento, e a obstrução não aliviada pode resultar em síndrome de alça cega (supercrescimento bacteriano que gera um transtorno de má absorção) ou ulceração péptica.
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48
Q

A complicação e indicação cirúrgica mais frequente da doença de Crohn é a

A

obstrução intestinal (40% dos casos)

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49
Q

TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO POR DOENÇA DE CROHN
1. Estenoses focais, curtas (< 5 cm) a CONDUTA É =

A

dilatação endoscópica (se acessível) ou ressecção com anastomose primária. Em pacientes com doença estenosante de segmento curto, a ressecção intestinal com anastomose primária é a maneira mais eficiente de restaurar a saúde e melhorar a qualidade de vida, sendo o procedimento de escolha em pacientes bem nutridos e com mínima infecção intra-abdominal.

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50
Q

TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO POR DOENÇA DE CROHN
1. Estenoses longas (≥ 5 cm), múltiplas, falha endoscópica, a CONDUTA É =

A

tratamento cirúrgico com
Estenosoplastia ou estricturoplastia: indicada para múltiplas estenoses ao longo do intestino ou recorrentes,
principalmente nos pacientes com intestino curto ou iminente,

Técnicas utilizadas:
* Heineke-Mikulicz: indicada para estenoses até 10 cm, consiste em uma incisão longitudinal de espessura total e fechamento transversal, com aumento do diâmetro luminal.

  • Finney ou estricturoplastia isoperistáltica látero-lateral: indicada para estenoses mais longas (≥ 10 cm).
51
Q

TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO POR DOENÇA DE CROHN
1. Estenoses longas (≥ 5 cm), múltiplas, falha endoscópica, a CONDUTA É =

A

✓ Ressecção: como a doença de Crohn apresenta recidiva com frequência, a ressecção intestinal deve ser realizada com
o objetivo de preservar o máximo de intestino possível.

52
Q

A ressecção intestinal na Obstrução por DC está indicada para:

A
  • Tratamento das complicações (perfuração, abscesso, fístula, malignidade).
  • Estenoses múltiplas em um segmento curto.
  • Estenoses no íleo terminal.
53
Q

Os tumores primários do intestino delgado mais relacionados à obstrução do intestino delgado são:

A

Tumores estromais gastrointestinais – GIST (36%)

54
Q

A maioria dos tumores obstrutivos está localizada no

A

íleo (65%)

55
Q

O tratamento da maioria dos tumores obstrutivos, consiste em:

A

ressecção do segmento acometido e anastomose primária

56
Q

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL
é mais comum em:

A

crianças (pico de incidência aos dois anos)

57
Q

Fatores de risco para INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL:

A
  • Síndrome de Peutz-Jeghers (polipose hamartomatosa do TGI).
  • AIDS
58
Q

A Radiografia: padrão de obstrução intestinal (distensão de alças, níveis hidroaéreos)
O USG diagnóstico tem imagem em alvo ou do “pseudo-rim”.
A TC é o exame de escolha: imagem em alvo ou em forma de “salsicha”.

A

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL

59
Q

Tratamento da INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL:

A

Cirúrgico (ressecção intestinal)
* Não está indicado enema no adulto, como nas crianças

60
Q

É uma complicação rara da litíase vesicular que é mais comum em mulheres e idosos. Caracteriza-se pela impactação de um ou mais cálculos no intestino, geralmente maiores que 2,5cm, decorrentes da sua passagem por meio de uma fístula colecistoduodenal.

A

ÍLEO BILIAR

61
Q

Ocorre um quadro de obstrução intestinal alta, com dor e distensão abdominal associada a vômitos biliosos. O bloqueio mecânico pode acometer qualquer parte do intestino, sendo o mais comum o íleo distal, próximo à válvula ileocecal, uma vez que este afunila antes de entrar no ceco

A

ÍLEO BILIAR

62
Q

Raramente, o cálculo biliar é impactado dentro do canal pilórico ou duodeno, causando obstrução da saída gástrica. Os sintomas apresentados são início abrupto de dor epigástrica, náuseas e vômitos

A

Síndrome de Bouveret

63
Q

O diagnóstico de ÍLEO BILIAR é confirmado por exames de imagem, sendo (1) o exame de escolha. Os principais achados nesse exame incluem (2):

A

(1) tomografia
(2) achados na TC:
✓ Espessamento da parede da vesícula biliar.
✓ Pneumobilia (aerobilia): ar na via biliar.
✓ Padrão de obstrução intestinal alta (distensão de alças, níveis hidroaéreos, empilhamento de moedas).
✓ Cálculo biliar ectópico, > 2,5 cm impactado no íleo terminal.

64
Q

Tríade de RIGLER =

A

padrão de obstrução intestinal alta,

cálculo biliar ectópico e

pneumobilia OU aerobilia

65
Q

TRATAMENTO GERAL DO ÍLEO BILIAR:

A

LAPAROTOMIA: enterotomia, retirada do cálculo e enterorrafia

66
Q

SOBRE O TRATAMENTO DO ÍLEO BILIAR

  1. Pacientes de baixo risco (ASA I ou II), estáveis hemodinamicamente:
A

Acrescentar a colecistectomia e o fechamento da fístula colecistoduodenal

67
Q

SOBRE O TRATAMENTO DO ÍLEO BILIAR

  1. Pacientes de alto risco (ASA III, IV ou V), instáveis:
A

Adiar o procedimento biliar ou mesmo não realizá-lo, uma vez que é possível fechamento espontâneo da fístula, principalmente se o ducto cístico estiver patente, ficando reservada a colecistectomia para sintomas recorrentes

68
Q

SOBRE O TRATAMENDO DO ÍLEO BILIAR

Na presença da síndrome de Bouveret isolada, em que o cálculo está impactado no piloro ou no duodeno, o procedimento de escolha é:

A

Litotripsia endoscópica do cálculo

69
Q

Se houver isquemia ou perfuração de alça intestinal secundária a quadro de Íleo Biliar, é necessário realizar:

A

Enterectomia

70
Q
  1. Causa mais comum de obstrução do intestino grosso:
  2. Segunda causa mais frequente de obstrução do intestino grosso é:
A
  1. Câncer colorretal (CCR)
  2. Volvo
71
Q

Tumores na flexão (1) têm maior probabilidade de resultar em sintomas obstrutivos.

A

esplênica

72
Q

MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E EXAME FÍSICO DA NEOPLASIA COLORRETAL:

A

✓ Mais comum entre 60 a 80 anos;

✓ Antecedente de alteração do hábito intestinal (constipação, fezes em fita), emagrecimento, sangramento retal;

✓ Dor e distensão abdominal, aguda ou subaguda;

✓ Parada de eliminação de fezes e flatos (obstrução completa);

✓ Vômitos fecaloides e tardios = válvula ileocecal incompetente;

✓ Toque retal: pode identificar neoplasia de canal anal e reto distal.

73
Q

Diante de uma suspeita de obstrução intestinal completa, a colonoscopia (1) ser realizada

A

(1) NÃO DEVE SER REALIZADA pelo risco de perfuração.

74
Q

TRATAMENTO NEOPLASIA DE CÓLON DIREITO (ceco, cólon ascendente e flexura hepática)
1. Paciente instável e/ou peritonite fecal:

  1. Paciente estável e cólon em boas condições (sem edema, bem vascularizado):
A
  1. realizar hemicolectomia direita e ileostomia terminal
  2. hemicolectomia direita e anastomose primária, ou seja, ileotransversoanastomose
75
Q

TRATAMENTO NEOPLASIA DE CÓLON ESQUERDO (transverso distal, descendente e sigmoide)

  1. Paciente instável e/ou peritonite fecal:
  2. Paciente estável e cólon em boas condições:
A
  1. cirurgia de Hartmann (ressecção do tumor, com sepultamento do coto distal e colostomia terminal do coto proximal)

*Se houver uma obstrução em alça fechada, com lesão de serosa ou isquemia e até perfuração de ceco (geralmente com peritonite fecal), a conduta será colectomia total, também chamada de subtotal ou colectomia abdominal (todo o cólon, do íleo ao reto) com ileostomia terminal e sepultamento do coto distal.

  1. a depender da localização do tumor, poderá ser realizada uma transversectomia, hemicolectomia esquerda, sigmoidectomia ou colectomia total, com anastomose primária. A ausência de preparação mecânica do intestino não é uma contraindicação à anastomose primária.

*Alguns autores preconizam a realização de ostomia de proteção (ileostomia ou transversostomia) ao realizar-se uma anastomose primária

76
Q

Ressecção da flexura esplênica até a junção retossigmoide. Para tumores de cólon descendente.

A

Hemicolectomia esquerda

77
Q

Indicada para pacientes com múltiplos tumores primários, com CCNPH (câncer colorretal não polipoide hereditário ou síndrome de Lynch).

A

Colectomia total

78
Q

Os 2 locais mais comuns do volvo são:

A

Cólon Sigmoide (75% dos casos) e
Ceco

79
Q

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA VOLVO DE SIGMOIDE:

A

✓ Idosos (7ª e 8ª décadas);
✓ Sexo masculino;
✓ Pacientes institucionalizados;
✓ Doenças neurológicas e psiquiátricas, uso de medicamentos psicotrópicos;
✓ Constipação crônica;
✓ Doença de Chagas e doença de Crohn

80
Q

DIAGNÓSTICO DE VOLVO DE SIGMOIDE:

A

A RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME É O PRIMEIRO — e às vezes o único — exame de imagem a ser realizado - “sinal do U invertido” ou “sinal do grão de café” ou sinal do “tubo interno dobrado”

81
Q

TRATAMENTO DO VOLVO DE SIGMOIDE:

  1. Estável e sem peritonite =
  2. Instável e peritonite =
A
  1. colonoscopia ou retossigmoidoscopia descompressiva. Programar sigmoidectomia para mesma internação.
  2. tratamento cirúrgico de emergência, ou seja, laparotomia e Hartmann.
82
Q

é a rotação ou torção de um ceco móvel e/ou do cólon ascendente, que pode ser congênito, por uma fixação anômala do cólon direito, ou adquirido.

A

VOLVO DE CECO

83
Q

Nessa patologia, a radiografia simples de abdome pode demostrar distensão gasosa acentuada do ceco (diâmetro normal do ceco é < 9 cm), com nível hidroaéreo e concavidade voltada para a região inferior direita, e o clássico ceco em forma de “vírgula”.

A

VOLVO DE CECO

84
Q

TRATAMENTO DE VOLVO CECAL É CIRÚRGICO.

  1. Paciente estável, sem sinais de peritonite e cólon em boas condições:
  2. Paciente instável e/ou peritonite fecal:
A
  1. ✓ Hemicolectomia direita com anastomose primária
  2. ✓ Hemicolectomia direita com ileostomia terminal ou fístula mucosa
85
Q

RESUMINDO -

VOLVO SIGMOIDE X VOLVO CECO

PACIENTE INSTÁVEL, PRESENÇA DE ISQUEMIA, PERFURAÇÃO E/OU PERITONITE

  1. Volvo sigmoide
  2. Volvo ceco
A
  1. Cirurgia de Hartmann
  2. Hemicolectomia direita com ileostomia terminal
86
Q

RESUMINDO -

VOLVO SIGMOIDE X VOLVO CECO

PACIENTE ESTÁVEL, AUSÊNCIA DE ISQUEMIA, PERFURAÇÃO E/OU PERITONITE

  1. Volvo sigmoide
  2. Volvo ceco
A
  1. Distorção por sigmoidoscopia flexível ou colonoscopia e programar sigmoidectomia com anastomose primária
  2. Hemicolectomia direita com anastomose primária
87
Q

É a complicação mais frequente do megacólon chagásico:

A

FECALOMA

88
Q

O diagnóstico de fecaloma geralmente é confirmado por meio da realização de um simples exame de:

A

toque retal

89
Q

É a sensação de crepitação ao descomprimir o abdome após a palpação profunda de uma massa abdominal. Ocorre devido à interposição de ar entre a mucosa intestinal aderida à superfície do fecaloma.

A

Sinal de Gersuny

90
Q

CAUSAS DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL FUNCIONAL:

A
  1. íleo adinâmico ou paralítico
  2. pseudo-obstrução intestinal ou síndrome de Ogilvie
91
Q

Ocorre em algum grau após quase todas as cirurgias abdominais abertas e pode ser causado por peritonite, trauma, isquemia intestinal e uso de alguns medicamentos (por exemplo, opiáceos, anticolinérgicos). O paciente queixa-se de distensão abdominal (geralmente sem dor), vômitos, constipação e intolerância à dieta oral.

A

ÍLEO ADINÂMICO (PARALÍTICO)

92
Q

A radiografia simples de abdome ou contrastada mostra uma distensão universal das alças intestinais, com ar no cólon e reto, sem um fator mecânico obstrutivo.

A

ÍLEO PARALÍTICO

93
Q

Principal causa ÍLEO PARALÍTICO:

A

pós-operatório de cirurgia abdominal.

94
Q

Tratamento ÍLEO PARALÍTICO:

A

analgesia (retirar opioides),

hidratação,

correção distúrbios hidroeletrolíticos,

repouso intestinal,

SNG se vômitos persistentes,

avaliar NPT.

95
Q

É um distúrbio caracterizado por distensão aguda do cólon, com sinais e sintomas de obstrução colônica, na ausência de uma causa física de obstrução intestinal.

A

PSEUDO-OBSTRUÇÃO INTESTINAL COLÔNICA AGUDA – SÍNDROME DE OGILVIE

96
Q

CONDIÇÕES CLÍNICAS COMUNS ASSOCIADAS À SÍNDROME DE OGILVIE

A
  1. Medicamentos: Opioides, anticolinérgicos
  2. Trauma e cirurgia ortopédica
  3. Obstétrica e ginecológica
  4. Doenças neurológicas Parkinsonismo
  5. Desequilíbrio metabólico: Diabetes, uremia, hipocalemia, hipocalcemia e hipomagnesemia; hipotireoidismo, hiperparatireoidismo
  6. Doenças reumatológicas: Lúpus, esclerodermia
  7. Cirurgia ou doença cardiotorácica = IAM
97
Q

Epidemiologia síndrome de Ogilvie:

A
  • É mais comum em homens e em pacientes com mais de 60 anos.
  • Puérperas são responsáveis por 10% de todos os casos da
98
Q

O diâmetro de ceco considerado limítrofe, a partir do qual há risco de perfuração ou necrose isquêmica por dilatação aguda, é de

A

12 cm

99
Q

Segundo o Sabiston, 20ª edição, o exame de imagem inicial de escolha para o diagnóstico de pseudo-obstrução colônica, desde que o paciente esteja estável, é:

A

clister opaco com contraste hidrossolúvel

100
Q

Tratamento conservador da pseudo-obstrução colônica:

  • inicialmente é realizado com medidas de suporte em pacientes estáveis, sem sinais de peritonite e ceco < 12 cm.

As medidas de suporte incluem:

A

As medidas de suporte incluem:
✓ Jejum, hidratação endovenosa e correção das anormalidades eletrolíticas;
✓ Descompressão do trato gastrointestinal (sonda nasogástrica e sonda retal);
✓ Tratamento da doença subjacente (por exemplo, infecção, insuficiência cardíaca congestiva);
✓ Descontinuação de medicamentos que podem diminuir a motilidade colônica (por exemplo, opiáceos, bloqueadores dos canais de cálcio, medicamentos com efeitos colaterais anticolinérgicos); e
✓ Incentivar a deambulação, se possível, e mudanças de posição no leito a cada hora.

101
Q

Tratamento da pseudo-obstrução colônica:

  1. indicada em pacientes com diâmetro cecal > 12 cm e em pacientes em que falhou a terapia conservadora após 48
    a 72 horas (Sabiston coloca 12 a 24 horas).
  2. está indicada em pacientes em que falha ou que tenham contraindicações à terapia farmacológica com a neostigmina. Uma opção é a tentativa de descompressão apenas com a sonda retal.
A
  1. NEOSTIGMINA
  2. DESCOMPRESSÃO ENDOSCÓPICA
102
Q

Tratamento da pseudo-obstrução colônica:

  • reservada para pacientes em que falha a terapia farmacológica e endoscópica, ou que tenham evidências de perfuração e peritonite.
A

DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA

103
Q

Tratamento da pseudo-obstrução colônica:

  • a cecostomia percutânea (abordagem endoscópica e radiológica combinada) deve ser realizada em pacientes de alto risco cirúrgico, que não são candidatos à cirurgia. No entanto, não deixa de ser um procedimento invasivo, com risco de complicações, como infecção local e sangramento.
A

DESCOMPRESSÃO PERCUTÂNEA

104
Q

Tratamento da pseudo-obstrução colônica:

  • indicada na presença de isquemia ou perfuração colônica
A
  • Ressecção intestinal e ileostomia terminal ou fístula mucosa
105
Q

Conceito: dilatação aguda do cólon na ausência de obstrução mecânica.

Clínica: distensão abdominal, geralmente sem dor. Timpanismo à percussão (maior à direita), ruídos hidroaéreos presentes.

Radiografia: distensão gasosa importante do ceco até a flexura esplênica.

Diagnóstico: enema com contraste hidrossolúvel (Sabiston), radiografia simples de abdome ou tomografia com contraste oral

A

PSEUDO-OBSTRUÇÃO COLÔNICA AGUDA – SÍNDROME DE OGILVIE

106
Q

RESUMO DO Tratamento PSEUDO-OBSTRUÇÃO COLÔNICA:

✓ Ceco < 12 cm:

✓ Ceco > 12 cm, e falha no tratamento conservador:

✓ Falha ou contraindicação da neostigmina/anestesia epidural:

✓ Falham na terapia farmacológica e endoscópica:

✓ Evidências de perfuração ou peritonite:

✓ Descompressão percutânea (cecostomia):

A

✓ Ceco < 12 cm: medidas de suporte (jejum, hidratação, correção eletrolítica, SNG);

✓ Ceco > 12 cm, e falha no tratamento conservador: neostigmina (opção: anestesia epidural);

✓ Falha ou contraindicação da neostigmina/anestesia epidural: descompressão endoscópica;

✓ Falham na terapia farmacológica e endoscópica: tratamento cirúrgico = colostomia em alça ou cecostomia (sem isquemia);

✓ Evidências de perfuração ou peritonite: ressecção intestinal e ileostomia terminal (ou fístula mucosa); e

✓ Descompressão percutânea (cecostomia): pacientes de alto risco cirúrgico.

107
Q

Qual distúrbio hidroeletrolítico e ácido básico está mais frequentemente associado ao abdome agudo obstrutivo do intestino delgado proximal?

A

Alcalose, hipocalemia e hipocloremia.

108
Q

O ileobiliar ocorre devido fístula entre:

A

Vesícula e Duodeno.

109
Q

A colonoscopia é proscrita na vigência de (1) pelo risco de perfuração intestinal, agravando a morbimortalidade do quadro.

A

Megacólon Tóxico

110
Q

O tratamento inicial a ser instituído em paciente com volvo de sigmoide é:

A

Colonoscopia.

111
Q

A obstrução intestinal por cálculo biliar ocorre, mais frequentemente, no:

A

ÍLEO TERMINAL

112
Q

Qual a mais comum causa de intussuscepção colônica no adulto?

A

adenocarcinoma

113
Q

Apesar do termo “íleo biliar”, o bloqueio mecânico pode acometer qualquer parte do intestino, sendo o mais comum o:

A

íleo distal

114
Q

Toda vez que tivermos um paciente em pós-operatório de cirurgia abdominal recente, com uma evolução mais “arrastada”, com distensão abdominal, náuseas e às vezes vômitos, devemos sempre pesar em uma “obstrução funcional” do intestino, e não mecânica, chamada de:

A

“Íleo paralítico” ou” íleo metabólico” ou “íleo adinâmico”, onde há uma diminuição da motilidade intestinal.

115
Q

Toda vez que tivermos um paciente em pós-operatório com uma obstrução intestinal aguda, não mecânica, simulando uma obstrução colônica, apresentando importante distensão abdominal, com dilatação principalmente dos cólons, devemos pensar em:

A

Pseudo-obstrução colônica ou Síndrome de Ogilvie.

116
Q

Sempre que tivermos um paciente portador de Síndrome de Peutz-Jeghers e obstrução intestinal, a primeira hipótese será de:

A

Invaginação intestinal

117
Q

No exame de imagem da Instussuscepção intestinal, teremos a chamada:

A

“Imagem em alvo”

118
Q

Com quantos centímetros a dilatação aguda do ceco sugere a presença de:

  1. Isquemia
  2. Perfuração
A
  1. Isquemia: até 10 cm
  2. Perfuração: maior que 13 cm.
119
Q

A região mais afetada na Sd de Olgivie é

A

Ceco e Cólon direito, podendo ter extensão para Reto.

120
Q

Uma senhora de 79 anos de idade queixa-se de dor abdominal em cólica, distensão abdominal e parada de eliminação de gases e fezes há 5 dias. Nega vômitos ou febre. Nos últimos 4 meses vem evacuando a cada 3 dias, graças à utilização frequente de laxativos. Nega perda de peso. É hipertensa e diabética. Foi submetida a gastrectomia subtotal, por doença péptica, há muitos anos. Está em bom estado geral, corada, mas desidratada. O abdome está distendido, mas é flácido e não se palpam massas. É doloroso à palpação profunda, mas não tem sinais de irritação peritoneal. Não há sinais de hérnia na região inguinocrural. Toque retal: sem massas e sem fezes na ampola. Feita a radiografia de abdome que mostra importante distensão de alças colônicas. Principal hipótese diagnóstica e melhor tratamento:

A

Tumor reto/sigmoide - Cirurgia de Hartmann.

121
Q

São causas de obstrução intestinal mecânica de ordem extrínseca:

A

Brindas e aderências pós-operatórias.

122
Q

São causas de obstrução intestinal mecânica de ordem intrínseca (intraluminais):

A

Bezoar e bolo de áscaris.

123
Q
A