Abdome Agudo Inflamatório - Apendicite Aguda Flashcards
Qual é a causa mais frequente de abdome agudo?
APENDICITE AGUDA
É a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico, não obstétrico, na gestante:
APENDICITE AGUDA
Qual o pico de incidência da APENDICITE?
2ª e 3ª décadas de vida
Apendicite aguda tem maior incidência no sexo e na proporção:
homens (proporção 1,4: 1)
Qual é a posição mais comum do apêndice vermiforme?
Retrocecal (60%)
seguida pela pélvica (30%) e retroperitoneal (7% a 10%).
Qual a artéria irriga o Apêndice vermiforme?
artéria apendicular, ramo terminal da artéria ileocólica
A presença de disúria, em alguns casos de Apendicite Aguda, pelo íntimo contato com a bexiga, pode ser justificada por um apêndice de localização
Pélvica
Qual é a causa mais comum de apendicite aguda?
Obstrução por Fecalito ou Apendicolito (50% a 80% dos casos)
Fisiopatologia envolve a obstrução da luz apendicular.
Outras causas: hipertrofia linfoide, neoplasias, processos infecciosos, cálculos, enema baritado, materiais de frutas e vegetais (como sementes) e até por parasitas, como áscaris
QUAL A FISIOPATOLOGIA APENDICITE AGUDA:
Obstrução -> Isquemia -> Necrose -> Perfuração, que pode resultar em:
1. Abscesso
OU
2. Peritonite
Com a obstrução apendicular, ocorre um supercrescimento bacteriano dentro do apêndice, principalmente por bactérias:
anaeróbias e Gram-negativas
As bactérias presentes mais comuns na Apendicite Aguda são semelhantes às da flora colônica, como:
Escherichia coli
Peptostreptococcus
Enterococcus
Bacteroides fragilis
Espécies de Pseudomonas
A BACTÉRIA ANAERÓBIA MAIS ENCONTRADA NA APENDICITE AGUDA PERFURADA É
Bacteroides fragilis 80%
A BACTÉRIA AERÓBIA MAIS ENCONTRADA NA APENDICITE AGUDA PERFURADA É
Escherichia coli 77%
Tipos de bactérias isoladas na apendicite perfurada:
1. ANAERÓBIOS:
2. AERÓBIOS:
1. ANAERÓBIOS:
Bacteroides fragilis 80%
Bacteroides thetaiotaomicron 61%
Bilophila wadsworthia 55%
Peptostreptococcus spp. 45%
2. AERÓBIOS:
Escherichia coli 77%
Estreptococos viridans 43%
Estreptococos Group D 27%
Pseudomonas aeroginosa 18%
Qual é o padrão clássico da dor da apendicite aguda?
Dor vaga periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita
DOR LOCALIZADA =
DOR PARIETAL
DOR NÃO LOCALIZADA =
DOR VISCERAL
O Quadro Clínico Clássico da apendicite aguda é de:
Dor na região periumbilical ou mesogástrica, de característica lenta, vaga e mal definida (dor visceral), com posterior migração para a fossa ilíaca direita, onde se torna precisa e bem localizada (dor parietal).
A FEBRE NA APENDICITE AGUDA É
BAIXA < 38,5°C
No exame físico, os ruídos hidroaéreos geralmente estão:
Diminuídos
Diagnóstico provável: criança de 11 anos com dor em FID, vômitos e afebril. Há 1 semana, teve febre alta e sintomas gripais. Hemograma com leucopenia e linfocitos.
LINFADENITE MESENTÉRICA
Dor à descompressão brusca na fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney. É o sinal mais clássico da apendicite.
SINAL DE BLUMBERG
Qual é a localização do ponto de McBurney?
1/3 da distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e a cicatriz umbilical
O SINAL DE BLUMBERG é indicativo de
Peritonite Localizada
Dor no quadrante inferior direito, com extensão passiva do quadril ipsilateral (elevação do membro inferior direito estendido), geralmente associado a apêndices retrocecais. É o sinal de:
SINAL DE LAPINSKY
Qual é o sinal achado na apendicite retrocecal em que ocorre dor à extensão do quadril direito com o paciente em decúbito lateral esquerdo.
SINAL DO ILIOPSOAS OU DO PSOAS
Sinal decorrente de dor na fossa ilíaca direita, que piora com a tosse é chamado de:
SINAL DE DUNPHY
Sinal resultante de **dor no peritônio parietal quando o paciente, na ponta dos pés, choca os calcanhares contra o chão.
SINAL DE MARKLE
Dor no quadrante inferior direito com a palpação do quadrante inferior esquerdo. Ocorre por deslocamento retrógrado dos gases da luz dos cólons e consequente distensão do ceco.
SINAL DE ROVSING
Há autores que consideram o sinal de Rovsing um exemplo de dor referida, ou seja, dor sentida em local distante de onde se originou.
Dor hipogástrica com a flexão da coxa seguida de rotação interna do quadril direito. Ocorre devido ao contato do apêndice inflamado com o músculo obturador interno. Associado a apêndices pélvicos.
SINAL DO OBTURADOR
Sinal resultante da diferença de temperatura axilar e retal maior que 1º C (retal > axilar). Associado a apêndices pélvicos.
SINAL DE LENANDER
Sinal resultante da dor sentida no epigástrio ou precórdio quando se pressiona o ponto de McBurney ou a fossa ilíaca direita
SINAL DE AARON
Sinal resultante do desvio da cicatriz umbilical para a direita. Mede-se a distância da cicatriz umbilical até a espinha ilíaca anterossuperior.
SINAL DE CHUTRO
Sinal resultante de dor em fossa ilíaca direita, causada por tração suave do testículo direito:
SINAL DE TEN HORN
Sinal resultante de hiperestesia cutânea em fossa ilíaca =
SINAL DE SUMMER
Sinal resultante de semiereção peniana em crianças, presente em casos de irritação peritoneal.
SINAL DE LOPEZ-CROSS
Sinal resultante de dor à manipulação do colo uterino, geralmente presente nas doenças inflamatórias pélvicas, mas podem estar presentes em apendicites pélvicas =
SINAL DE CHANDELIER
RESUMINDO A APENDICITE CLÁSSICA
- Dor periumbilical com irradiação para a fossa ilíaca direita.
- Náuseas e vômitos.
- Febre baixa (< 38° C).
- Descompressão brusca positiva no ponto de McBurney (sinal de Blumberg).
- Leucocitose.
Na Apendicite Aguda, 04 grupos merecem atenção especial, pois o diagnóstico desses pacientes costuma ser mais tardio e associado à maior morbimortalidade:
Crianças
Idosos
Gestantes
Obesos mórbidos
É um Score utilizado para descrever a probabilidade de um paciente apresentar uma apendicite aguda baseada em dados da história clínica, exame físico e testes laboratoriais
ESCORE DE ALVARADO
O ESCORE DE ALVARADO apresenta 3 variantes:
1. Sintomas
2. Sinais
3. Laboratório
1. Sintomas
- Dor migratória = 1 ponto
- Anorexia = 1 ponto
- Náusea e/ou vômito = 1ponto
2. Sinais
- Defesa da parede no quadrante inferior direito = 2 pontos
- Descompressão brusca no quadrante inferior direito = 1 ponto
- Febre > 37,5°C = 1 ponto
3. Laboratório
- Leucocitose da contagem de glóbulos brancos > 10 x 10⁹/litro = 2 pontos
- Desvio à esquerda = 1 ponto
Interpretação do ESCORE DE ALVARADO:
0-3 pontos:
≥ 4: provável apendicite =
≥ 7: alto risco de apendicite =
0-3 pontos: apendicite pouco provável: investigar outras patologias.
≥ 4 pontos: provável apendicite = solicitar exame de imagem se necessário.
≥ 7 pontos: alto risco de apendicite = cirurgia. Solicitar exame de imagem se necessário (mulheres, idosos, imunocomprometidos, gestantes
SOBRE AS FASES DA APENDICITE:
FASE 0 = Apêndice normal.
FASE I = Apêndice com hiperemia e edema (catarral)
FASE II = Apêndice com exsudato fibrinoso (flegmonosa).
FASE III = Apêndice com necrose e abcesso (supurativa)
FASE IV = Apendicite perfurada (gangrenosa)