Abdome Agudo Inflamatório - Apendicite Aguda Flashcards

1
Q

Qual é a causa mais frequente de abdome agudo?

A

APENDICITE AGUDA

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2
Q

É a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico, não obstétrico, na gestante:

A

APENDICITE AGUDA

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3
Q

Qual o pico de incidência da APENDICITE?

A

2ª e 3ª décadas de vida

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4
Q

Apendicite aguda tem maior incidência no sexo e na proporção:

A

homens (proporção 1,4: 1)

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5
Q

Qual é a posição mais comum do apêndice vermiforme?

A

Retrocecal (60%)

seguida pela pélvica (30%) e retroperitoneal (7% a 10%).

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6
Q

Qual a artéria irriga o Apêndice vermiforme?

A

artéria apendicular, ramo terminal da artéria ileocólica

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7
Q

A presença de disúria, em alguns casos de Apendicite Aguda, pelo íntimo contato com a bexiga, pode ser justificada por um apêndice de localização

A

Pélvica

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8
Q

Qual é a causa mais comum de apendicite aguda?

A

Obstrução por Fecalito ou Apendicolito (50% a 80% dos casos)

Fisiopatologia envolve a obstrução da luz apendicular.

Outras causas: hipertrofia linfoide, neoplasias, processos infecciosos, cálculos, enema baritado, materiais de frutas e vegetais (como sementes) e até por parasitas, como áscaris

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9
Q

QUAL A FISIOPATOLOGIA APENDICITE AGUDA:

A

Obstrução -> Isquemia -> Necrose -> Perfuração, que pode resultar em:
1. Abscesso
OU
2. Peritonite

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10
Q

Com a obstrução apendicular, ocorre um supercrescimento bacteriano dentro do apêndice, principalmente por bactérias:

A

anaeróbias e Gram-negativas

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11
Q

As bactérias presentes mais comuns na Apendicite Aguda são semelhantes às da flora colônica, como:

A

Escherichia coli
Peptostreptococcus
Enterococcus
Bacteroides fragilis
Espécies de Pseudomonas

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12
Q

A BACTÉRIA ANAERÓBIA MAIS ENCONTRADA NA APENDICITE AGUDA PERFURADA É

A

Bacteroides fragilis 80%

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13
Q

A BACTÉRIA AERÓBIA MAIS ENCONTRADA NA APENDICITE AGUDA PERFURADA É

A

Escherichia coli 77%

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14
Q

Tipos de bactérias isoladas na apendicite perfurada:

1. ANAERÓBIOS:

2. AERÓBIOS:

A

1. ANAERÓBIOS:
Bacteroides fragilis 80%
Bacteroides thetaiotaomicron 61%
Bilophila wadsworthia 55%
Peptostreptococcus spp. 45%

2. AERÓBIOS:
Escherichia coli 77%
Estreptococos viridans 43%
Estreptococos Group D 27%
Pseudomonas aeroginosa 18%

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15
Q

Qual é o padrão clássico da dor da apendicite aguda?

A

Dor vaga periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita

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16
Q

DOR LOCALIZADA =

A

DOR PARIETAL

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17
Q

DOR NÃO LOCALIZADA =

A

DOR VISCERAL

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18
Q

O Quadro Clínico Clássico da apendicite aguda é de:

A

Dor na região periumbilical ou mesogástrica, de característica lenta, vaga e mal definida (dor visceral), com posterior migração para a fossa ilíaca direita, onde se torna precisa e bem localizada (dor parietal).

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19
Q

A FEBRE NA APENDICITE AGUDA É

A

BAIXA < 38,5°C

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20
Q

No exame físico, os ruídos hidroaéreos geralmente estão:

A

Diminuídos

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21
Q

Diagnóstico provável: criança de 11 anos com dor em FID, vômitos e afebril. Há 1 semana, teve febre alta e sintomas gripais. Hemograma com leucopenia e linfocitos.

A

LINFADENITE MESENTÉRICA

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22
Q

Dor à descompressão brusca na fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney. É o sinal mais clássico da apendicite.

A

SINAL DE BLUMBERG

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23
Q

Qual é a localização do ponto de McBurney?

A

1/3 da distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e a cicatriz umbilical

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24
Q

O SINAL DE BLUMBERG é indicativo de

A

Peritonite Localizada

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25
Q

Dor no quadrante inferior direito, com extensão passiva do quadril ipsilateral (elevação do membro inferior direito estendido), geralmente associado a apêndices retrocecais. É o sinal de:

A

SINAL DE LAPINSKY

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26
Q

Qual é o sinal achado na apendicite retrocecal em que ocorre dor à extensão do quadril direito com o paciente em decúbito lateral esquerdo.

A

SINAL DO ILIOPSOAS OU DO PSOAS

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27
Q

Sinal decorrente de dor na fossa ilíaca direita, que piora com a tosse é chamado de:

A

SINAL DE DUNPHY

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28
Q

Sinal resultante de **dor no peritônio parietal quando o paciente, na ponta dos pés, choca os calcanhares contra o chão.

A

SINAL DE MARKLE

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29
Q

Dor no quadrante inferior direito com a palpação do quadrante inferior esquerdo. Ocorre por deslocamento retrógrado dos gases da luz dos cólons e consequente distensão do ceco.

A

SINAL DE ROVSING

Há autores que consideram o sinal de Rovsing um exemplo de dor referida, ou seja, dor sentida em local distante de onde se originou.

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30
Q

Dor hipogástrica com a flexão da coxa seguida de rotação interna do quadril direito. Ocorre devido ao contato do apêndice inflamado com o músculo obturador interno. Associado a apêndices pélvicos.

A

SINAL DO OBTURADOR

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31
Q

Sinal resultante da diferença de temperatura axilar e retal maior que 1º C (retal > axilar). Associado a apêndices pélvicos.

A

SINAL DE LENANDER

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32
Q

Sinal resultante da dor sentida no epigástrio ou precórdio quando se pressiona o ponto de McBurney ou a fossa ilíaca direita

A

SINAL DE AARON

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33
Q

Sinal resultante do desvio da cicatriz umbilical para a direita. Mede-se a distância da cicatriz umbilical até a espinha ilíaca anterossuperior.

A

SINAL DE CHUTRO

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34
Q

Sinal resultante de dor em fossa ilíaca direita, causada por tração suave do testículo direito:

A

SINAL DE TEN HORN

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35
Q

Sinal resultante de hiperestesia cutânea em fossa ilíaca =

A

SINAL DE SUMMER

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36
Q

Sinal resultante de semiereção peniana em crianças, presente em casos de irritação peritoneal.

A

SINAL DE LOPEZ-CROSS

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37
Q

Sinal resultante de dor à manipulação do colo uterino, geralmente presente nas doenças inflamatórias pélvicas, mas podem estar presentes em apendicites pélvicas =

A

SINAL DE CHANDELIER

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38
Q

RESUMINDO A APENDICITE CLÁSSICA

  • Dor periumbilical com irradiação para a fossa ilíaca direita.
  • Náuseas e vômitos.
  • Febre baixa (< 38° C).
  • Descompressão brusca positiva no ponto de McBurney (sinal de Blumberg).
  • Leucocitose.
A
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39
Q

Na Apendicite Aguda, 04 grupos merecem atenção especial, pois o diagnóstico desses pacientes costuma ser mais tardio e associado à maior morbimortalidade:

A

Crianças

Idosos

Gestantes

Obesos mórbidos

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40
Q

É um Score utilizado para descrever a probabilidade de um paciente apresentar uma apendicite aguda baseada em dados da história clínica, exame físico e testes laboratoriais

A

ESCORE DE ALVARADO

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41
Q

O ESCORE DE ALVARADO apresenta 3 variantes:

1. Sintomas

2. Sinais

3. Laboratório

A

1. Sintomas
- Dor migratória = 1 ponto
- Anorexia = 1 ponto
- Náusea e/ou vômito = 1ponto

2. Sinais

  • Defesa da parede no quadrante inferior direito = 2 pontos
  • Descompressão brusca no quadrante inferior direito = 1 ponto
  • Febre > 37,5°C = 1 ponto

3. Laboratório

  • Leucocitose da contagem de glóbulos brancos > 10 x 10⁹/litro = 2 pontos
  • Desvio à esquerda = 1 ponto
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42
Q

Interpretação do ESCORE DE ALVARADO:

0-3 pontos:

≥ 4: provável apendicite =

≥ 7: alto risco de apendicite =

A

0-3 pontos: apendicite pouco provável: investigar outras patologias.

≥ 4 pontos: provável apendicite = solicitar exame de imagem se necessário.

≥ 7 pontos: alto risco de apendicite = cirurgia. Solicitar exame de imagem se necessário (mulheres, idosos, imunocomprometidos, gestantes

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43
Q

SOBRE AS FASES DA APENDICITE:

A

FASE 0 = Apêndice normal.

FASE I = Apêndice com hiperemia e edema (catarral)

FASE II = Apêndice com exsudato fibrinoso (flegmonosa).

FASE III = Apêndice com necrose e abcesso (supurativa)

FASE IV = Apendicite perfurada (gangrenosa)

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44
Q

APENDICITE COMPLICADA X NÃO COMPLICADA, DE ACORDO COM AS SUAS FASES:

A

FASES 0, I e II = APENDICITE NÃO COMPLICADA

FASES III e IV = APENDICITE COMPLICADA

45
Q

O Hospital das Clínicas da USP - SP utiliza esta classificação de 4 estágios:

  • Estágio I: edematosa - apêndice edemaciado, com aspecto próximo ao normal.
  • Estágio II: úlcero-flegmonosa – aumento importante da vascularização, tornando-o edemaciado e avermelhado.
  • Estágio III: fibrino-purulenta – apendicite supurada, em que o apêndice é circundado por fibrina e secreção.
  • Estágio IV: necrose ou perfuração - quando há necrose da parede do apêndice, podendo haver perfuração e extravasamento de conteúdo intestinal.
A
46
Q

O DIAGNÓSTICO DA APENDICITE AGUDA É EMINENTEMENTE CLÍNICO

A
47
Q

Os exames complementares ficam
reservados para:

A

Casos duvidosos e para avaliação de complicações, por exemplo, abscessos intracavitários

48
Q

As principais alterações laboratoriais encontradas nos quadros de apendicite aguda são:

A
  • Leucocitose com desvio à esquerda: presente em 90% dos casos.
  • Urina I ou EAS: geralmente é normal, mas pode apresentar leucocitúria se o apêndice inflamado estiver próximo à bexiga ou ureter. Então, um EAS com piúria não afasta o diagnóstico de apendicite.
  • PCR (proteína C reativa): pode estar aumentada
49
Q

Qual a rotina radiológica do abdome agudo?

A

* Radiografia de tórax em PA (póstero-anterior) em ortostase (em pé).

* Radiografia de abdome AP (anteroposterior) em ortostase e deitado.

50
Q

ACHADOS RADIOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE APENDICITE AGUDA

A
  • Escoliose antálgica.
  • Presença de apendicolito (ou fecalito) calcificado no quadrante inferior direito (apenas 5% a 10 % dos casos).
  • Alça sentinela na fossa ilíaca direita.
  • Apagamento do músculo psoas direito.
51
Q

É um ótimo exame que auxilia no diagnóstico de apendicite aguda, com sensibilidade de 78% a 83% e especificidade de 83% a 93%.

A

ultrassonografia de abdome

52
Q

É o exame de escolha em crianças e gestantes com suspeita de Apendicite aguda:

A

ultrassonografia de abdome

53
Q

ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE APENDICITE AGUDA

A
  • Apêndice aumentado, imóvel e não compressível.
  • Diâmetro apendicular > 6 mm (alguns autores colocam 7 mm) = achado mais preciso.
  • Espessamento da parede apendicular (> 2 mm) = imagem em alvo.
  • Borramento da gordura periapendicular = hiperecogenicidade da gordura mesenterial adjacente.
  • Visualização de fecalito.
  • Líquido livre na pelve ou presença de coleções (abscesso).
  • Ausência de gás no interior do apêndice, material líquido espesso no interior.
  • Aumento da vascularização parietal do apêndice.
54
Q

É o exame de imagem de escolha para o diagnóstico de apendicite aguda. Apresenta alta sensibilidade (90%-100%) e especificidade (91%-99%).

A

Tomografia Computadorizada de Abdome com contraste endovenoso (não é necessário contraste oral e retal)

55
Q

A TC só deve ser solicitada se houver dúvida diagnóstica e para avaliar possíveis complicações da apendicite aguda como, por exemplo:

A

Abscessos intracavitários

56
Q

ACHADOS TOMOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE APENDICITE AGUDA

A
  • Diâmetro apendicular ≥ 7 mm;
  • Espessamento da parede apendicular (> 2 mm) = “sinal do alvo”.
  • Borramento da gordura periapendicular.
  • Líquido e ar periapendicular (sugerem perfuração).
  • Realce da parede do apêndice.
  • Fecalito (observado em aproximadamente 25% dos casos).
  • Abscesso periapendicular.
57
Q

Esse exame tem sua melhor indicação nas pacientes grávidas com suspeita de apendicite aguda cuja ultrassonografia foi inconclusiva:

A

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

Observação: Pode ser feita SEM contraste.

58
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

Pacientes tendem a ser mais jovens do que aqueles com doença do lado esquerdo e, geralmente, são diagnosticados erroneamente com apendicite aguda. Representa apenas 1,5%
dos casos nos países ocidentais, mas 38% a 75% dos casos nos países asiáticos.

A

DIVERTICULITE AGUDA CECAL

59
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

É uma inflamação dos nódulos linfáticos do mesentério, mais comum em crianças na fase escolar e adolescentes. Causada, geralmente, por gastroenterite viral e bacteriana, principalmente por Yersinia enterocolitica, doença inflamatória intestinal e linfoma. Os sintomas podem começar após um resfriado ou infecção viral e incluem dor no quadrante inferior direito do abdome (maior concentração de gânglios mesentéricos) ou em outras partes, febre, náuseas e vômitos, diarreia, mal-estar e perda de peso. Leucopenia e linfocitose podem estar presentes nos exames laboratoriais (padrão viral). O tratamento é clínico, com hidratação e analgesia.

A

LINFADENITE MESENTÉRICA

60
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

A inflamação geralmente fica localizada na borda antimesentérica, a 45 cm à 60 cm da válvula ileocecal. Atentar para crianças pré-escolares. Se no intraoperatório for evidenciada essa condição, pode haver ressecção + anastomose primária.

A

DIVERTICULITE DE MECKEL

61
Q

Qual é o tratamento adequado para a diverticulite de Meckel?

A

Enterectomia, incluindo o divertículo inflamado, com anastomose primária

62
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

Tem como causa mais comum uma infecção bacteriana autolimitada aguda (Yersinia, Campylobacter, Salmonella e outras). Deve ser considerada quando a diarreia aguda é um sintoma proeminente.

A

ILEITE AGUDA

63
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

É uma coleção de pus no compartimento do músculo iliopsoas. As manifestações clínicas incluem: dor nas costas ou nos flancos, febre, massa inguinal, claudicação, anorexia e perda de peso. O diagnóstico geralmente é estabelecido pela tomografia de abdome e o tratamento consiste em drenagem (percutânea ou cirúrgica) e antibioticoterapia (adaptar com a cultura da secreção do abscesso).

A

ABSCESSO DE PSOAS

64
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

Uma exacerbação aguda pode apresentar sintomas semelhantes aos da apendicite, principalmente quando localizada no íleo distal. Fadiga, diarreia prolongada com dor abdominal, perda de peso e febre, com ou sem sangramento intenso, são as características dessa doença. Deve ser suspeitada quando há relato de episódios anteriores e recorrentes e em pacientes com dor persistente após a cirurgia, principalmente se o apêndice for histologicamente normal.

A

DOENÇA DE CROHN

65
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS ABDOMINAIS

Mais comum em pacientes imunocomprometidos, seja pela doença de base, seja pelo uso de medicações, por exemplo, corticoides em altas doses. Acomete principalmente pacientes em quimioterapia

A

ENTEROCOLITE NEUTROPÊNICA (TIFLITE)

66
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS GINECOLÓGICAS

É uma massa inflamatória que envolve a trompa de Falópio, o ovário e, ocasionalmente, outros órgãos pélvicos adjacentes (por exemplo, intestino, bexiga). Mais frequente em mulheres em idade reprodutiva e geralmente uma complicação da doença inflamatória pélvica. A apresentação clássica inclui dor abdominal baixa aguda, febre (nem sempre presente), calafrios e corrimento vaginal.

A

ABSCESSO TUBO-OVARIANO

67
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS GINECOLÓGICAS

A dor abdominal inferior é o principal sintoma. É comum o relato de dispareunia (dor durante o coito) e febre. No exame pélvico, o achado de secreção endocervical purulenta, de odor fétido, e sensibilidade anexial ao exame bimanual é fortemente sugestivo.

A

DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDA

68
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS GINECOLÓGICAS

Mais comum em mulheres em idade reprodutiva e pode estar associada ao início repentino de dor abdominal inferior unilateral após a relação sexual. A paciente pode apresentar sinais de anemia aguda, como taquicardia, hipotensão.

A

CISTO OVARIANO ROTO

69
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS GINECOLÓGICAS

Refere-se à rotação completa ou parcial do ovário em seus suportes ligamentares, resultando na diminuição de seu suprimento sanguíneo. O sintoma mais comum é a dor abdominal inferior de início súbito, moderada a grave, frequentemente associada a náuseas e vômitos. O ultrassom Doppler é o estudo de imagem inicial de escolha para essas pacientes que pode evidenciar um fluxo sanguíneo diminuído ou ausente no ovário suspeito de torção. A torção isolada das trompas de Falópio é incomum. O diagnóstico precoce é importante para preservar a função do órgão.

A

TORÇÃO DOS OVÁRIOS E TROMPAS DE FALÓPIO

70
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS GINECOLÓGICAS

Presença de dor em abdome inferior, súbita e de forte intensidade, geralmente associada a sangramento vaginal e sinais de choque (hipotensão e taquicardia), além do histórico de amenorreia.

A

GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA

71
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS TRATO URINÁRIO

A dor lombar e/ou em flanco é o sintoma mais comum e varia de leve a forte intensidade, requerendo opioides parenterais. A dor geralmente está relacionada ao movimento da pedra no ureter e ao espasmo ureteral. É comum o paciente apresentar-se agitado e inquieto, sem posição de conforto.

A

CÓLICA RENAL

72
Q

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA APENDICITE AGUDA

CAUSAS TRATO URINÁRIO

Dor lombar, hipogástrica no quadrante inferior, disúria, polaciúria, urgência urinária, febre, leucocitose e piúria são os sintomas mais comuns, principalmente em gestantes.

A

PIELONEFRITE E INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO

73
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA NÃO COMPLICADA

A

APENDICECTOMIA, aberta ou laparoscópica.

+

Antibioticoprofilaxia: dose única pré-operatória, realizada dentro de uma “janela” de 60 minutos antes da incisão inicial, com espectro para bactérias anaeróbias e Gram-negativas. Uma opção para a antibioticoprofilaxia é a cefoxitina

74
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

2 - Apendicite aguda complicada com peritonite difusa/instabilidade =

A

Cirurgia de emergência (laparotomia ou laparoscopia, se houver estabilidade) e antibioticoterapia por quatro a sete dias. É necessária reanimação antes da cirurgia.

75
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

3- Apendicite aguda complicada com abscesso periapendicular NÃO for passível de drenagem ou presença de “fleimão” =

A

Antibioticoterapia por 4 a 7 dias e apendicectomia de intervalo posteriormente.

76
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

4 - Apendicite aguda com abscesso periapendicular passível de drenagem =

A

Drenagem percutânea guiada por exame de imagem (TC ou USG) e antibioticoterapia por 4 a 7 dias. Se não for possível a drenagem via percutânea, poderá ser realizada via transvaginal, transretal ou, ainda, por laparoscopia. Apendicectomia de intervalo posteriormente

77
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

5. Apendicetomia de Intervalo =

A

Consiste no tratamento não cirúrgico, inicialmente com antibioticoterapia por 4 a 7 dias e/ou drenagem do abscesso, colonoscopia em 6 a 8 semanas (adultos > 40 anos) para excluir neoplasia e programar apendicectomia.

78
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

**6 - A falha do tratamento conservador, evidenciada por piora da dor abdominal, sinais de peritonite difusa, obstrução intestinal, piora da leucocitose e febre persistente, requer =

A

Apendicectomia de resgate imediata, durante a mesma internação

79
Q

OBSERVAÇÃO: Drenos abdominais profiláticos não são indicados de rotina, apenas se uma cavidade abcedada estiver presente.

A
80
Q

Lembre-se de que devemos fazer a reanimação volêmica, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos (se presentes) e iniciar antibioticoterapia imediatamente, antes de encaminhar um paciente instável para o centro cirúrgico

A
81
Q

TRATAMENTO DA APENDICITE AGUDA COMPLICADA

Após 6 a 8 semanas da alta hospitalar, para descartar lesões neoplásicas e programar a apendicectomia, pacientes adultos devem realizar:

A

Colonoscopia

82
Q

VIA LAPAROSCÓPICA X LAPAROTOMIA:

  1. MAIOR TEMPO CIRÚRGICO:
A

LAPAROSCÓPICA

83
Q

Tipos de incisões para a apendicectomia aberta:

1. Incisão oblíqua perpendicular à linha que liga a espinha ilíaca anterior superior ao umbigo, no ponto de McBurney. Para apendicite NÃO complicada =

A

Incisão de McBurney (McArthur-McBurney):

84
Q

Tipos de incisões para a apendicectomia aberta:

2. Incisão transversa na fossa ilíaca direita, muito utilizada na cirurgia infantil. Para apendicite NÃO complicada =

A

Incisão de Rockey-Davis:

85
Q

Tipos de incisões para a apendicectomia aberta:

3. Na linha mediana, geralmente infraumbilical; normalmente utilizada para tratamento de apendicites complicadas, para melhor exposição e irrigação.

A

Incisão mediana

86
Q

Tipos de incisões para a apendicectomia aberta:

4. Pouco utilizada atualmente, consiste em uma incisão a aproximadamente 2 cm a 5 cm da linha mediana. Pode ser pararretal externa (Jalaguier), pararretal interna (Lennander) ou divulsão das suas fibras (transretal).

A

Incisão paramediana direita

87
Q

As técnicas mais utilizadas na apendicectomia são:

Técnica do professor Alípio Correa Neto =

A

Ligadura simples sem invaginação

88
Q

As técnicas mais utilizadas na apendicectomia são:

Uma sutura em “bolsa de tabaco” não absorvível é colocada na parede cecal ao redor do apêndice. O coto apendicular é tipicamente invertido no ceco enquanto a sutura em bolsa é apertada. A utilidade da inversão do coto é discutível, pois NÃO diminui a ocorrência de abcessos e fístulas. =

A

Técnica de Ochsner

89
Q

As técnicas mais utilizadas na apendicectomia são:

Dois planos de sutura invaginantes, indicada para bases largas =

A

Técnica de Parker-kerr

90
Q

As técnicas mais utilizadas na apendicectomia são:

**Quando houver um processo inflamatório intenso englobando base apendicular e ceco e, principalmente, se houver isquemia da base, a conduta mais segura é realizar uma ressecção intestinal para não correr o risco de deiscência do coto no pós-operatório.

A

Ileotiflectomia ou Ileocolectomia com anastomose íleo-ascendente

91
Q

QUAL A COMPLICAÇÃO MAIS FREQUENTE DA APENDICITE AGUDA =

A

INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA

92
Q

A complicação tardia mais frequente da apendicectomia é =

A

Obstrução intestinal secundária a aderência

93
Q

Os tumores apendiculares primários mais frequentes, que têm origem nas células neuroendócrinas do apêndice e são detectadas em 0,3% a 0,9% das peças de apendicectomias são os:

A

TUMORES CARCIONOIDES

94
Q

CONDUTA NAS NEOPLASIAS APENDICULARES PÓS APENDICECTOMIA

TUMOR CARCINOIDE DE APÊNDICE

< 1 cm:

A

Apendicectomia (pode receber alta ambulatorial).

95
Q

CONDUTA NAS NEOPLASIAS APENDICULARES PÓS APENDICECTOMIA

TUMOR CARCINOIDE DE APÊNDICE

> 2 cm, envolvimento da base apendicular ou do mesoapêndice:

A

Hemicolectomia direita e linfadenectomia regional.

96
Q

CONDUTA NAS NEOPLASIAS APENDICULARES PÓS APENDICECTOMIA

TUMOR CARCINOIDE DE APÊNDICE

1-2 cm: invasão mesoapendicular profunda (> 3 mm), margens positivas ou incertas, maior taxa
proliferativa, invasão linfovascular e histologia mista (por exemplo, adenocarcinoma de células
caliciformes) =

A

Hemicolectomia direita e linfadenectomia regional.

97
Q

O risco de apendicite durante a gestação é o mesmo que em mulheres não gestantes na mesma faixa etária. É mais comum em que período gestacional?

A

Nos 2 primeiros trimestres (50% no segundo trimestre

Incidência de 32%, 42% e 26% no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente.

98
Q

Como a apresentação da apendicite na paciente gestante muitas vezes não é clássica, o exame de imagem está indicado. O primeiro exame indicado é a (1) e, se ainda persistir dúvida, pode-se pedir (2)

A

(1) ultrassonografia

(2) ressonância magnética sem contraste

99
Q

APENDICITE AGUDA confirmada NA GESTANTE; CONDUTA =

A

APENDICECTOMIA

Pode ser realizada via aberta convencional ou laparoscópica, sendo essa última a via de escolha.

100
Q

Em relação à drenagem abdominal após procedimento cirúrgico, assinale a alternativa INCORRETA:

A. A drenagem é feita com intuito de diminuir a ocorrência de deiscência de anastomose.

B. O dreno profilático deve permanecer de 7 (sete) a 10 (dez) dias.

C. Pode evitar a formação de coleções intraperitoneais.

D. Se ocorrer fístula pode impedir a disseminação intraperitoneal do conteúdo intestinal.

E. Se houver deiscência, vai propiciar a formação de um trajeto que possibilita a saída do líquido extravasado.

A

A

A drenagem da cavidade não impede uma possível deiscência de coto apendicular, mas permite um diagnóstico mais precoce.

101
Q

A duração adequada de antibioticoterapia para a maioria dos pacientes com peritonite bacteriana da apendicite perfurada é de:

A

3 a 5 dias

102
Q

V OU F SOBRE APENDICITE AGUDA

  1. A ocorrência de perfuração é rara no paciente idoso.
  2. Em crianças menores de dois anos ocorre umadificuldade anatômica de bloqueio do processo inflamatório.
  3. Na mulher grávida o risco de apresentar apendicite aguda é maior do que na não grávida.
  4. O paciente idoso geralmente tem maior reação peritonial.
  5. O melhor tratamento operatório para apendicite aguda é o laparoscópico, independentemente do tempo de evolução da doença.
  6. Em crianças pré-escolares, o diagnóstico diferencial inclui diverticulite de Meckel, gastroenterite aguda.
  7. Sinal do obturador consiste na dor à flexão e rotação do quadril esquerdo.
  8. Sinal do psoas consiste na dor à extensão do quadril direito.
A
  1. F
  2. V
  3. F
  4. F
  5. V
  6. V
  7. F (DIREITO)
  8. V
103
Q

Indique a sequência correta de camadas que são dissecadas na laparotomia lateral a linha semilunar:

A

Pele, subcutâneo, músculo oblíquo externo, músculo oblíquo interno, músculo transverso, fáscia transversal e peritônio.

104
Q

Qual é a complicação mais frequente da apendicectomia?

A

Infeccção de Ferida Operatória

105
Q

Qual é a complicação tardia mais frequente da apendicectomia?

A

Obstrução intestinal secundária a aderências

106
Q

Qual é a complicação mais frequente da apendicectomia videolaparoscópica?

A

Abscessos intracavitários

107
Q

Quais são a duração e o momento de realização da Antibioticoprofilaxia da Apendicite Aguda não complicada?

A

Realizar dose única, a menos de 60 minutos da incisão inicial.

108
Q

Qual é a cobertura antibiótica indicada na apendicite não complicada?

A

Gram-negativos + anaeróbios (p. ex. ceftriaxona + metronidazol)