CIR 3 - HEMORRAGIA DIGESTIVA Flashcards
Abordagem Inicial da Hemorragia Digestiva Aguda, qual o primeiro passo a ser realizado?
Estabilização clínica (checar vias aéreas, respiração e circulação)
ABORDAGEM INICIAL DA HEMORRAGIA DIGESTIVA AGUDA: OS PASSOS INICIAIS NO DOENTE ESTÁVEL SÃO:
(1) Descobrir sítio de sangramento: CNG.
a) Retorno de sangue ou sem retorno de qualquer conteúdo: HD alta (80% dos casos);
b) Retorno de bile sem sangue: HD baixa.
(2) Descobrir etiologia do sangramento:
a) HD alta: EDA;
b) HD baixa: colonoscopia.
O tratamento inicial dos pacientes com perda de volume estimada em > 15% é baseado na reposição volêmica vigorosa, inicialmente com
cristaloide
Osvair, 72 anos, deu entrada na unidade regional de emergência, com história de hematêmese, melena,
confusão mental e desmaio. Ao chegar, a frequência cardíaca era 116 bpm, a PA = 80 x 58 mmHg,
frequência respiratória = 20 irpm, afebril. A esposa falou que não urinou nas últimas 12 horas. A mais rápida
conduta que se deve tomar, neste caso, é:
a) Realizar coleta de hematócrito e hemoglobina, para guiar transfusão de sangue.
b) Solicitar endoscopia digestiva alta de urgência.
c) Iniciar reposição volêmica com cristaloide isotônico.
d) Iniciar inibidor de bomba protônica injetável
C
A indicação de hemotransfusão deve ser individualizada, não dependendo somente da perda estimada de
sangue, mas também dos seguintes fatores:
idade,
comorbidades (sinais de falências orgânicas) e
persistência ou recorrência do sangramento, os quais são aspectos que indicam uma morbimortalidade maior do evento hemorrágico.
Posso realizar alguma intervenção antes de saber a origem do sangramento?
Você verá adiante que, dependendo da suspeita da origem do sangramento, o médico estará autorizado a
iniciar a terapêutica farmacológica mesmo antes da realização dos exames para conårmação do sítio da hemorragia. É o caso dos inibidores de bomba de próton na doença ulcerosa péptica (ver controvérsias adiante…) e do octreotide e seus análogos no sangramento por varizes esofagianas.
I- Punção de duas veias periféricas calibrosas:
Reposição com Ringer lactato baseada na estimativa de perda volêmica do paciente.
Avaliar sempre necessidade de hemotransfusão.
II- Coletar amostra de sangue para provas laboratoriais
III- Monitorização
O paciente que apresenta hemorragia digestiva importante deve ser abordado ao menos com um monitor
cardíaco, monitorização não invasiva da PA, oxímetro e cateter vesical. Nos casos mais graves costuma haver necessidade de intubação orotraqueal, ventilação mecânica, PAM e um acesso venoso profundo.
IV- Dieta zero
V- Drogas
Apesar de a grande maioria dos casos de hemorragia digestiva cessarem espontaneamente, é comum que durante a reposição volêmica o paciente volte a sangrar. O volume inicial a ser infundido é de
1000 a 2000 ml para o adulto e de 20 ml/kg para a criança.
Hemorragia que ocorre antes do ângulo de Treitz (esôfago, estômago e duodeno) – 80% dos casos:
• Hemorragia Digestiva Alta
Hemorragia distal ao ângulo de Treitz (jejuno, íleo, cólon, reto e ânus). Originárias em sua maioria do cólon, principalmente por divertículos e angiodisplasia.
• Hemorragia Digestiva Baixa
Hemorragia Digestiva Alta (HDA) tem sua apresentação com os sintomas de
Hematêmese: vômito de sangue – seja sangue vivo ou material digerido com aspecto em “borra de café”
Melena: evacuação escura e fétida, contendo sangue “digerido”. A digestão do sangue pode gerar dois
achados importantes: 1. Aumento desproporcional da ureia/BUN); 2. Peristaltismo exacerbado, devido ao
efeito catártico do sangue.
Hemorragia Digestiva Baixa (HDB) tem sua apresentação com os sintomas de
Hematoquezia: passagem de sangue vermelho vivo pelo reto. O “Porto” de Semiologia prefere o termo
enterorragia. Na prática e segundo o livro de emergência da USP, esses termos são utilizados como sinônimos.
O sangue pode vir acompanhado ou não de fezes.
* Nada impede, por exemplo, que uma hemorragia digestiva alta se manifeste com hematoquezia.
E cuidado também para não confundir hematêmese com epistaxe ou hemoptise!
É importante lembrar que a epistaxe (manifestação do sangramento nasal) e a hemoptise (manifestação da
hemorragia na árvore respiratória) entram como diagnóstico diferencial de hemorragia digestiva alta aguda. Mas A diferenciação clínica não traz dificuldades..
A HDA vai se manifestar, como vimos, com vômito de conteúdo sanguinolento.
Já o sangramento nasal não sai em vômito, uma vez que a epistaxe normalmente se apresenta como um gotejamento nasal
Já a hemoptise acaba surgindo num contexto de tosse e percebemos o aspecto aerado do sangue, comprovando sua origem do trato respiratório.
Aproximadamente 80% dos casos de sangramento intestinal são devido
hemorragia digestiva alta
Um paciente chegou à emergência referindo ter eliminado sangue vermelho vivo em grande volume pelo reto há uma hora. Na ocasião, da chegada apresentava PA=90 x 60 mmHg e FC 128 bpm. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) com relação ao caso.
( ) Deve-se solicitar imediatamente hematócrito e hemoglobina, a fim de determinar o volume de sangue perdido.
( ) Após estabilização hemodinâmica deve-se proceder à investigação da fonte de sangramento,
iniciando-se por endoscopia digestiva alta.
( ) Lavagem gástrica com retorno limpo exclui hemorragia digestiva alta.
( ) Idade avançada e presença de comorbidades são os principais fatores determinantes do prognóstico em casos como este.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
F V F V
Então, quais são as vantagens da SNG com a lavagem gástrica:
- Excluir a presença de hemorragia alta ativa e estimar a gravidade do sangramento;
- Facilitar a EDA.
Quando realizamos a sondagem e a lavagem gástrica, podemos encontrar alguns desfechos:
- Retorno de sangramento vermelho vivo e volumoso:
- Retorno de coágulos ou sangue escuro:
- Retorno somente de soro*:
- Retorno de soro + bile**:
- Retorno de sangramento vermelho vivo e volumoso: hemorragia digestiva alta ativa e provavelmente
abundante. - Retorno de coágulos ou sangue escuro: hemorragia digestiva alta não ativa.
- Retorno somente de soro: inconclusivo*.
- Retorno de soro + bile**: hemorragia digestiva de origem baixa ou hemorragia digestiva alta não ativa.
*A avaliação será inconclusiva, pois, como não há o retorno de bile, não sabemos se a sonda ultrapassou o
piloro e chegou até o duodeno.
**Se houver o retorno de bile, signiåca que a sonda chegou, no mínimo, até a segunda porção do duodeno
ou o piloro está aberto.
Apenas em 1-2% dos casos a EDA não é capaz de identificar a fonte do sangramento, exatamente
pela hemorragia excessiva, que impede uma adequada visualização. Nestas situações, pode ser útil a
injeção venosa de eritromicina (3 mg/kg administrados 20-90 minutos antes do exame ou 250 mg, 30
a 60 minutos antes), aproveitando a capacidade que esta droga tem de promover o esvaziamento
gástrico. A administração de 10 mg de metoclopramida pode promover resultados semelhantes.
E se a EDA não identificar o foco do sangramento?
- Se não houver nenhum sinal de HDA, como a presença de sangue no estômago, pensamos em HDB.
- Se houver indícios de HDA, como sangue no estômago, devemos aspirar este sangue e tentar identiåcar este foco. Se o foco não for identiåcado e o paciente estiver estável, devemos repetir a EDA, pois o risco de ressangramento é alto. O tempo entre a primeira e a nova EDA não é consensual e os intervalos encontrados nas referências podem variar de 20-30 minutos até 6 horas.
Agora, para os pacientes que permanecem instáveis hemodinamicamente, podemos realizar a EDA de EMERGÊNCIA?
SIM
Para aqueles pacientes que se mantêm instáveis apesar das medidas de reposição volêmica, atualmente indica-se a realização de uma endoscopia de emergência. Além disso, este paciente deve ser avaliado quanto à necessidade de abordagem cirúrgica ou radiointervencionista.
A abordagem inicial de um paciente que se apresenta na sala de emergência com um quadro de hemorragia
digestiva consiste em:
a) Busca de etiologia do sangramento.
b) Pesquisa de comorbidades importantes.
c) Passagem de sonda nasogástrica calibrosa.
d) Avaliação do estado volêmico.
e) Avaliação laboratorial sanguínea para hematócrito e hemoglobina.
D
Como vimos, o primeiro passo é estabilizar hemodinamicamente o paciente.
Uma mulher de 62 anos foi admitida em Pronto-Socorro, trazida por familiares, com franca enterorragia e
certa palidez cutaneomucosa. Negava dor abdominal. Fazia uso de aspirina e clopidogrel por ser portadora
de Cardiopatia Isquêmica, já em seguimento com especialista. Dados vitais: Sat. O2 = 96% com cateter de
O2 a 2L/min. FR: 18 irpm. FC: 96 bpm. PA: 120x70 mmHg.
Qual é o primeiro exame complementar necessário para a investigação etiológica do quadro?
a) Anteriograåa seletiva da artéria mesentérica superior.
b) Tomografia computadorizada de abdome contrastada.
c) Colonoscopia.
d) Endoscopia digestiva alta
D
Paciente com quadro de enterorragia, que no momento está estável hemodinamicamente. Tem história de
uso de aspirina e clopidogrel. Em todo quadro de hemorragia digestiva, o primeiro passo é estabilizar o paciente. Após a estabilização buscamos deånir a causa e, aí sim, deånimos o tratamento. Vamos lembrar que cerca de 10-20% das enterorragias apresentam como causa uma hemorragia digestiva alta, que deve ser sempre investigada. Por isso, a melhor resposta é a letra D. Se a EDA for normal, aí sim pensamos na colonoscopia.
Paciente masculino de 75 anos é trazido ao hospital por desmaios, hematêmese e melena. Apresenta FC
102/min, PA 86/62 mmHg, FR 19/min, temperatura 36,4°C. O manejo inicial mais adequado nesse caso é:
a) Coleta de exames para guiar transfusão de sangue.
b) Inibidor de bomba de próton endovenoso.
c) Ressuscitação volêmica com solução cristaloide.
d) Colonoscopia de emergência.
e) Endoscopia digestiva alta de emergência.
C
Homem de 45 anos de idade procurou pronto atendimento com queixa de 3 episódios de melena. Estava em uso de AINES para tratamento de lombalgia. Ao exame: PA: 120 x 80 mmHg e FC: 80 bpm na posição supina e na posição sentado apresentava PA: 90 x 60 mmHg e FC: 120 bpm. A primeira conduta a ser tomada neste paciente é:
Iniciar reposição vigorosa de volume.
Quais as 3 Principais causas de Hemorragia Digestiva Alta:
- ÚLCERA PÉPTICA (mais comum)
- VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS
- LACERAÇÕES DE MALLORY-WEISS
Qual tto de escolha na vigência de HDA por ÚLCERA PÉPTICA?
Tratamento de escolha: clinicoendoscópico
CLÍNICO: IBP, erradicação do H. pylori, suspensão de AINE.
ENDOSCÓPICO. terapia combinada (epinefrina + termocoagulação). Somente se houver risco alto de ressangrar – Forrest I, IIa e IIb.
O Tratamento cirúrgico dos casos de ÚLCERA PÉPTICA SANGRANTE É FEITO PARA OS CASOS REFRATÁRIOS, sobre as condições:
- Instabilidade hemodinâmica apesar de ressuscitação vigorosa (> 6 U de hemácias).
- Falha das técnicas endoscópicas no controle da hemorragia ou recorrência da hemorragia após
estabilização inicial. - Choque associado à hemorragia recorrente.
- Sangramento pequeno e contínuo com necessidade de transfusão > 3 U/dia.
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE TRATAMENTO DA ÚLCERA PÉPTICA SANGRANTE:
» Úlcera duodenal:
» Úlcera gástrica tipo I (pequena curvatura baixa):
» Úlcera gástrica tipo II (corpo gástrico + úlcera duodenal) e III (pré-pilórica):
» Úlcera gástrica tipo IV (pequena curvatura alta):
» Úlcera duodenal: pilorotomia, raåa da úlcera, vagotomia troncular e piloroplastia;
» Úlcera gástrica tipo I (pequena curvatura baixa): gastrectomia distal (antrectomia/hemigastrectomia)
com anastomose à Billroth I;
» Úlcera gástrica tipo II (corpo gástrico + úlcera duodenal) e III (pré-pilórica): gastrectomia distal
(antrectomia/ hemigastrectomia) + vagotomia troncular com anastomose à Billroth I ou II;
» Úlcera gástrica tipo IV (pequena curvatura alta): gastrectomia subtotal com Y de Roux (cirurgia de
Csende)
A Profilaxia primária para VARIZES ESÔFAGO é feita com
Betabloqueador não seletivo ou ligadura elástica.
A Profilaxia secundária para VARIZES ESÔFAGO é feita com
Betabloqueador não seletivo E ligadura elástica.
A Conduta específica no sangramento por Varizes de Esôfago abrange
* Vasoconstrictor esplâncnico e terapia endoscópica;
* TIPS ou cirurgia em casos refratários; e
* Balão de Sengstaken-Blakemore em doentes instáveis até terapia definitiva.
HDA causada por Lacerações próximas à JEG, devido a vômitos incoercíveis
LACERAÇÕES DE MALLORY-WEISS
HDA causada por malformações vasculares (mais comuns no estômago).
Lesão de Dieulafoy
HDA causada por alteração que está associada a colagenoses e história de cirrose, além de anemia ferropriva, sendo comum em mulheres e com apresentação tipo “Estômago em Melancia”;
Ectasia vascular antral
HDA que cursa com a tríade: hemorragia digestiva + dor em hipocôndrio direito + icterícia, é decorrente de:
Hemobilia
Também chamado de pseudo-hemobilia ou Wirsunrragia: tipicamente associado à erosão de um pseudocisto na artéria esplênica, sendo suspeitado se houver
HEMORRAGIA DIGESTIVA + DOR ABDOMINAL + HISTÓRIA DE PANCREATITE.
Hemossucus pancreático
Mas qual seria a causa mais comum de sangramento em cirróticos?
varizes esofagianas
Atualmente, entre as opções abaixo, a causa mais comum de hemorragia digestiva alta é:
a) Úlcera gástrica e duodenal.
b) Gastrite ou duodenite.
c) Esofagite.
d) Síndrome de Mallory-Weiss.
A
A EDA deve ser realizada em qual período?
Após estabilização clínica, dentro das primeiras 24h da HDA.
- Qual, dentre as alternativas abaixo, é a causa mais frequente de hemorragia digestiva alta em pacientes não portadores de hipertensão portal:
a) Malformações vasculares.
b) Varizes esofágicas.
c) Síndrome de Mallory-Weiss.
d) Doença péptica.
e) Nenhuma das acima. - Qual a causa mais frequente de hemorragia gastrointestinal alta?
a) Lacerações de Mallory-Weiss.
b) Doença péptica ulcerosa.
c) Varizes esofágicas.
d) Lesões malignas.
e) Esôfago de Barrett.
- D
- B
- Homem, 33 anos, história prévia de etilismo, apresenta hemorragia digestiva alta. A Endoscopia Digestiva
Alta (EDA) mostra varizes esofagianas de pequeno calibre e grande quantidade de sangue no estômago,
reýuindo pelo piloro. O diagnóstico mais provável é:
a) Gastrite de estresse.
b) Úlcera gástrica.
c) Gastropatia hipertensiva.
d) Úlcera duodenal. - Julgue V ou F:
a. O tratamento de hemorragia digestiva por doença ulcerosa péptica não é inicialmente cirúrgico, mas clínico-endoscópico
1.D
R. E agora, qual a provável causa? Muito cuidado, não é porque o paciente é etilista que o sangramento vai
ser por ruptura de varizes de esôfago. Veja que a EDA consegue visualizar o sangue voltando através do
piloro. Ou seja, a fonte de sangramento é pós-pilórica, provavelmente uma úlcera duodenal. Gabarito: letra
D
- V
Um paciente jovem do sexo masculino chega ao hospital com um quadro de hemorragia digestiva alta, vomitando sangue vivo, em choque hipovolêmico. Relata que não faz uso de anti-inflamatórios, nega dor epigástrica, e relata que bebe socialmente uma ou duas latinhas de cerveja em finais de semana. Depois de fazer dois acessos venosos calibrosos e tipar o sangue, você liga para o endoscopista que lhe pergunta: Qual a causa MAIS PROVÁVEL para esta hemorragia?
úlcera duodenal
Estabilizado o paciente, o grande parâmetro que iremos utilizar para nortear nossa conduta será o achado endoscópico. E para isso é fundamental a classificação de:
Forrest
A Classificação de Forrest mede
O risco de sangramento
A Classificação de Forrest varia de
- Ia (ALTO RISCO) - sangramento pulsátil
- Ib (ALTO RISCO) - sangramento não pulsátil
- IIa, (até aqui, ALTO RISCO) - vaso visível não sangrante
- IIb (MODERADO RISCO) - coágulo aderido
- IIc (BAIXO RISCO) - hematina (black spot)
- IIIa (BAIXO RISCO) - úlcera com base clara, sem sinais de sangramento
Forrest com sangramento em jato significa
Ia
Forrest com sangramento em gotejamento/ “babando” significa
Ib
Forrest com vaso visível é
II a
Forrest com coágulo aderido é
IIb
Forrest com hematina na base da úlcera é
IIc
Forrest com úlcera de base clara, sem sangramento:
IIIa
Quando da investigação e do diagnóstico da hemorragia digestiva alta, a endoscopia digestiva alta mostra a aparência real da úlcera, que é o principal fator preditivo e mais importante para a possibilidade de um novo sangramento. Assim, a classificação de Forrest é muito usada para esta finalidade. Quando se encontra uma úlcera Forrest, classificada como do tipo IIa, a descrição dela será úlcera com:
Vaso visível ou protuberância pigmentada
Uma mulher de 58 anos de idade usou anti-inflamatório, por dor nas costas, nos últimos 15 dias. Chega ao pronto-socorro com hematêmese, em choque hemodinâmico. Após reanimação volêmica, foi submetida à endoscopia digestiva alta, que mostrou úlcera em antro gástrico. Indica maior risco de recidiva hemorrágica o achado endoscópico de:
Sangramento em jato
Quando de uma endoscopia para diagnóstico da hemorragia gastrointestinal alta, constata-se que há
sangramento ativo e pulsátil. Assim, usando-se a classiåcação de Forrest, podemos dizer que esta hemorragia
é do:
a) Grau Ia / alto risco de ressangramento.
b) Grau Ib / alto risco de ressangramento.
c) Grau IIa / risco intermediário de ressangramento.
d) Grau IIb / alto risco de ressangramento.
e) Grau IIc / baixo risco de ressangramento.
A
Qual conduta frente a paciente Forrest Ia, IIa e IIb ?
IBP EV +
EDA (epinefrina + eletrocoagulação)
A chamada terapia dupla.
Um homem de 70 anos, fumante, foi internado por hematêmese e melena. A endoscopia digestiva alta revela uma úlcera duodenal com coágulo aderido. Opta-se por tratamento clínico com omeprazol intravenoso, 160 mg/dia, por 3 dias. Após 48 horas, o paciente apresenta melena e sua hemoglobina baixa 2%. É correto afirmar:
a) O quadro é devido à hemodiluição, por expansão com cristaloides, e a melena é residual.
b) Embora o ressangramento represente um evento comum em úlceras com sangramento ativo ou vaso visível, a presença de coágulo aderido não representa fator de risco.
c) Embora represente uma prática comum, fazer nova endoscopia 24 horas após a admissão não
reduz as chances de ressangramento.
d) Pacientes com úlcera com coágulo aderido apresentam probabilidade de 55% de novo sangramento e cerca de 35% deles precisarão ser operados.
e) A remoção do coágulo seguida de terapia endoscópica reduz significativamente o risco de novo sangramento.
E
O score de Rockal estima o risco de recidiva de sangramento em uma ulcera péptica. Ele avalia 5 fatores:
Idade;
estado hemodinâmico;
doenças associadas;
diagnóstico e
Sinais de hemorragia recente
De uma forma geral, as 4 indicações principais para abordagem cirúrgica da Úlcera Péptica causadora da HDA são:
- Instabilidade hemodinâmica apesar de ressuscitação vigorosa (> 6 U de hemácias*).
- Falha das técnicas endoscópicas no controle da hemorragia ou recorrência da hemorragia após estabilização inicial
- Choque associado à hemorragia recorrente
- Sangramento pequeno e contínuo com necessidade de transfusão > 3 U/dia
De uma forma geral, os 4 passos a serem realizados na abordagem cirúrgica de Úlcera duodenal são>
- PILOROTOMIA
- ULCERORRAFIA
- VAGOTOMIA TRONCULAR
- PILOROPLASTIA
De uma forma geral, a abordagem cirúrgica de Úlcera gástrica é feita com
GASTRECTOMIA + B1, B2 e Y DE ROUX
Um homem de 45 anos deu entrada no pronto-socorro com quadro de hematêmese iniciada há seis horas, com último episódio de sangramento oral há três horas. Encontrava-se estável hemodinamicamente e hipocorado (++/4). Endoscopia realizada na sala de trauma evidenciou úlcera duodenal sem sinais de sangramento ativo. Foram iniciadas medidas de suporte hemodinâmico e infusão contínua de omeprazol. Após três horas, houve nova hematêmese, sendo então indicado:
Esclerose Endoscópica.
úlceras do tipo IIa e IIb de Forrest, apesar de não sangrantes, necessitariam de intervenção endoscópica no primeiro exame.