Abdome Agudo Inflamatório - Diverticulite Aguda Flashcards
Que camadas histológicas compõem um divertículo colônico típico?
MUCOSA E SUBMUCOSE (PSEUDODIVERTÍCULO)
Qual mecanismo leva ao desenvolvimento da diverticulite aguda?
Obstrução do divertículo → ↑bactérias → inflamação → ↑pressão → isquemia e microperfuração
Quais são os segmentos colônicos mais acometidos por diverticulose em países ocidentais.
SIGMOIDE (72%) E COLON DESCENDENTE (33%)
Qual é a faixa etária típica da diverticulose colônica?
AUMENTA COM A IDADE (ESPECIALMENTE > 50-60 ANOS)
Qual é o segmento colônico mais acometido por diverticulite aguda na Ásia?
CÓLON DIREITO
Qual é a apresentação clínica típica da diverticulite aguda?
Dor em FIE, náusea/vômito, febre baixa e alteração do hábito intestinal.
Eles desenvolvem-se em pontos de maior fraqueza, que correspondem ao local em que os vasos retos penetram na camada muscular circular do cólon.
DIVERTÍCULOS
É definida como uma inflamação de um divertículo, geralmente associada à microperfuração.
DIVERTICULITE AGUDA
Um divertículo colônico típico é um pseudodivertículo, no qual a mucosa e a submucosa herniam através da camada muscular, coberta apenas pela serosa.
Dor periumbilical que fica na Fossa ilíaca esquerda, pensar em
DIVERTICULITE
Doença em que há herniação apenas da mucosa e submucosa intestinal, o quadro clínico tem sua maioria ASSINTOMÁTICA, pode ser dolorosa quando associada à síndrome do intestino irritável. Principal local acometido é o sigmoide, inserção das artérias retas.
DIVERTICULOSE OU DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
A prevalência de diverticulose aumenta com a idade, com menos de 20% aos 40 anos, 30% aos 60 anos e 60% a 80% após 80 anos. Abaixo dos 50 anos, a diverticulite é mais comum em:
HOMENS
Sobre a epidemiologia da diverticulose, há uma ligeira predominância feminina entre as idades de (1), e acentuada (2).
(1) 50 e 70 anos
(2) acima dos 70 anos
Lembre-se de que a doença diverticular não é uma condição pré-neoplásica
A distribuição da diverticulose no cólon varia de acordo com a geografia.
1. Países ocidentais e industrializados:
2. Ásia:
- A diverticulite aguda ocorre, principalmente, do lado esquerdo (72% sigmoide, 33 % descendente, 3% cólon transverso e 5% do cólon ascendente). A diverticulite do lado direito (cecal) está presente em apenas 1,5% dos casos.
- a diverticulite à direita acomete 38% a 75% dos casos
Ao contrário da diverticulite, que ocorre principalmente no cólon esquerdo, o cólon direito é a fonte de sangramento diverticular colônico em 50 a 90% dos pacientes.
FATORES RELACIONADOS À FISIOPATOLOGIA DA FORMAÇÃO DE DIVERTÍCULOS
- Aumento da pressão intraluminal;
- Alteração da motilidade intestinal;
- Modificação da estrutura colônica;
- Dieta pobre em fibras;
A causa subjacente da diverticulite é a (1), devido à inflamação diverticular e necrose focal.
Perfuração microscópica ou macroscópica de um divertículo
A apresentação clínica da diverticulite aguda depende da gravidade do processo inflamatório subjacente e da presença de complicações associadas.
- Dor abdominal no quadrante inferior esquerdo (cólon sigmoide);
- Náuseas, vômitos e febre baixa;
- Alteração do hábito intestinal: constipação (50%) ou diarreia (25%);
- Exame físico: pode ter peritonite localizada ou massa palpável na FIE (abscesso/processo inflamatório)
A alteração mais comum do hábito intestinal na Diverticulie aguda é:
Constipação
Aproximadamente, devido à irritação da bexiga, causada pela proximidade do cólon sigmoide inflamado, entre 10% e 15% dos pacientes com diverticulite aguda apresentam:
sintomas urinários (urgência miccional, poliúria ou disúria)
A instabilidade hemodinâmica na Diverticulite Aguda com taquicardia, hipotensão e choque é rara e está associada à:
perfuração livre e peritonite difusa
SÃO 3 COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS DA DIVERTICULITE AGUDA:
ABSCESSO
FÍSTULA
OBSTRUÇÃO
Considerando a fisiopatologia da diverticulite do cólon esquerdo, o evento mais comumente esperado no primeiro episódio da doença, em comparação a insultos posteriores, é:
PERFURAÇÃO
Aproximadamente 15% dos pacientes com Diverticulite Aguda têm complicações agudas e necessitarão de drenagem ou cirurgia para o tratamento
É a complicação mais comum da Diverticulite Aguda:
ABSCESSO DIVERTICULAR
Pode ocorrer obstrução colônica parcial, ou até total, que geralmente se resolve com o tratamento da Diverticulite Aguda, devido a:
Estreitamento da luz pela inflamação pericolônica ou compressão de um abscesso diverticular,
Os tipos mais comuns de FÍSTULAS decorrentes da Diverticulite Aguda, são:
1. FÍSTULAS COLOVESICAIS (65%)
2. FÍSTULAS Colovaginais (25%)
3. FÍSTULAS Coloentéricas (7%)
4. FÍSTULAS Colouterinas (3%) e Colocutâneas.
Qual é o tipo de fístula mais comum resultante de complicação da diverticulite aguda?
FÍSTULA COLOVESICAL
Qual é a principal causa de fístula colovesical?
DIVERTICULITE AGUDA
A fístula colovesical, provavelmente devido à proteção uterina (atenção às mulheres histerectomizadas!), é mais comum no sexo:
masculino (2-3:1)
CLÍNICA da FÍSTULA COLOVESICAL:
Pacientes com fístula colovesical costumam apresentar infecções urinárias de repetição, pneumatúria, fecalúria ou disúria. Pacientes com fístula colovaginal podem relatar passagem de fezes ou flatos pela vagina.
DIAGNÓSTICO da FÍSTULA COLOVESICAL:
TC com contraste oral e retal, na qual é
Na TC com contraste oral e retal, é considerado um sinal patognomônico de fístula colovesical:
Visualizado ar dentro da bexiga, sem histórico de manipulação prévia.
Que exame é importante para o diagnóstico diferencial de fístula colovesical?
COLONOSCOPIA (diferencia diverticulite, neoplasia e doença de Crohn)
Ela pode não visualizar diretamente a fístula, mas permite um melhor estudo do cólon em busca de neoplasias e da doença de Crohn, que também são causas de fístula Colovesical.
CITE AS 3 PRINCIPAIS CAUSAS DE FÍSTULA COLOVESICAL
Diverticulite: 65% a 79%;
Neoplasia colorretal: 10% a 20% dos casos;
Doença de Crohn: 5% a 7%.
O tratamento inicial da fístula colovesical consiste no controle da infecção com antibioticoterapia e cirurgia eletiva posteriormente, ou seja:
Programar cirurgia eletiva (Sigmoidectomia com Anastomose Primária e Fechamento da Fístula), preferencialmente por laparoscopia
Este divertículo, oriundo do fechamento incompleto do saco vitelino ou onfalomesentérico, é a mais frequente das anomalias congênitas do aparelho digestivo (2% da população geral). Ele se origina na borda antimesentérica do íleo, a cerca 45 a 60 centímetros da valva ileocecal, são assintomáticos a menos que haja algum tipo de complicação.
Divertículo de Meckel
Nessa complicação, clinicamente, os pacientes apresentam dor abdominal difusa, defesa muscular e descompressão brusca positiva. Ela pode resultar da ruptura de um abscesso diverticular na cavidade peritoneal (peritonite purulenta) ou da ruptura livre de um divertículo inflamado com contaminação fecal do peritônio (peritonite fecal). Embora apenas 1% a 2% de prevalência, as taxas de mortalidade aproximam-se de 20%.
PERFURAÇÃO na Diverticulite Aguda.
Essa complicação ocorre devido a ataques recorrentes de diverticulite ou inflamação diverticular crônica persistente. Pacientes podem evoluir com obstrução colônica aguda sem diverticulite ou com sintomas mais insidiosos de dor abdominal e constipação, com necessidade de tratamento cirúrgico eletivo.
ESTENOSE COLÔNICA
As principais alterações laboratoriais na DIVERTICULITE AGUDA são:
✓ Leucocitose com desvio à esquerda;
✓ Aumento da proteína C reativa (PCR);
✓ Leucocitúria (devido à proximidade do cólon sigmoide com a bexiga). Se houver cultura positiva para a flora colônica, devemos pensar em fístula colovesical.
É O MELHOR EXAME A SER REALIZADO NA SUSPEITA DE UMA DIVERTICULITE AGUDA.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ABDOME COM CONTRASTE
Os principais na TC DE ADDOME achados sugestivos de diverticulite aguda incluem:
✓ Presença de espessamento localizado da parede intestinal (> 4 mm);
✓ Aumento na densidade de tecidos moles na gordura pericolônica secundária à inflamação ou borramento de gordura;
✓ Presença de divertículos;
✓ Identificação das complicações: abscessos, sinais de obstrução intestinal (dilatação de alças com níveis hidroaéreos), líquido livre na cavidade (peritonite difusa) e pneumoperitônio.
Tem sensibilidade e especificidade semelhantes à tomografia computadorizada, no entanto, depende do examinador. Apresenta limitações em pacientes obesos e na presença de distensão abdominal, frequente nos pacientes com diverticulite
Ultrassonografia de Alta Resolução
Que exame diagnóstico é contraindicado na fase aguda da diverticulite?
COLONOSCOPIA
É CONTRAINDICADO PARA O DIAGNÓSTICO de diverticulite aguda, pois a inflamação é peridiverticular. Além disso, aumenta o risco de perfuração ou desbloqueio da perfuração contida por estruturas adjacentes. Após a resolução completa dos sintomas associados à diverticulite aguda, geralmente após 6 a 8 semanas, deve ser realizada para exclusão de neoplasias.
Qual é o exame indicado após o tratamento agudo de diverticulite aguda?
Colonoscopia após 6-8 semanas para descartar neoplasia de cólon
Esse exame não está indicado para o diagnóstico de diverticulite, pois pode desbloquear perfurações diverticulares, até então contidas por bloqueio de vísceras adjacentes, e propiciar uma peritonite fecal e/ou química. As peritonites por fezes, pus e bário, assim formadas, são extremamente letais.
ENEMA OPACO
SOBRE OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA DIVERTICULITE AGUDA
Pacientes com essa doença podem apresentar características clínicas semelhantes à diverticulite e espessamento da parede intestinal na TC abdominal. No entanto, a presença de inflamação pericolônica e mesentérica, envolvimento superior a 10 cm de extensão do cólon e ausência de linfonodos pericolônicos aumentados na TC abdominal, sugerem diverticulite aguda. Pacientes geralmente, apresentam queixa de emagrecimento, alteração do hábito intestinal, hematoquezia, astenia, dentre outras.
CÂNCER COLORRETAL (CCR)
SOBRE OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA DIVERTICULITE AGUDA
É uma condição clínica incomum, benigna e autolimitada, resultante da torção ou da trombose venosa espontânea das veias que drenam os apêndices epiploicos. Manifesta-se por dor abdominal aguda, localizada, principalmente, em quadrante inferior esquerdo (60% a 80%), sem febre e alterações laboratoriais. O diagnóstico é feito por tomografia computadorizada de abdome que mostra imagem ovalar, com densidade de gordura e centro radioluscente. O tratamento é conservador, com analgésicos e antiinflamatórios, e há melhora completa dos sintomas em torno de 3 a 14 dias.
APENDAGITE
SOBRE OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA DIVERTICULITE AGUDA
Nesses pacientes, a diarreia, e não a dor abdominal, é o sintoma predominante. Além disso, os pacientes apresentam sintomas por vários meses antes da apresentação. Embora a tomografia computadorizada de abdome possa demonstrar espessamento da parede, a presença de diverticulose e inflamação peridiverticular são sugestivas de diverticulite aguda.
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII)
A Classificação de Hinchey divide a diverticulite aguda em 4 estágios e, além de servir como um guia para o tratamento, é utilizada para descrever:
A GRAVIDADE da doença diverticular complicada por PERFURAÇÃO
Qual é a cobertura antibiótica indicada na diverticulite aguda?
Gram-negativos + anaeróbios
(p. ex. ceftriaxona + metronidazol).
CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY
Estágio I:
Estágio II:
Estágio III:
Estágio IV:
Estágio I: Abcesso mesentérico ou pericólico pequeno, confinado;
Estágio II: Abscesso pélvico bloqueado;
Estágio III: Peritonite purulenta generalizada;
Estágio IV: Peritonite fecal generalizada.
Muitas bancas cobram a Classificação de Hinchey modificada por Kaiser:
AS CARACTERÍSTICAS DE CADA ESTÁGIO SÃO:
ESTÁGIO 0
ESTÁGIO 1A
ESTÁGIO 1B
ESTÁGIO 2
ESTÁGIO 3
ESTÁGIO 4
ESTÁGIO 0: Diverticulite leve, não complicada: espessamento parietal e discreto borramento da gordura.
ESTÁGIO 1A: Inflamação/fleimão pericólico confinado. Sem abscesso.
ESTÁGIO 1B: Abscesso pericólico, confinado ao mesentério
ESTÁGIO 2: Abscesso pélvico à distância (pelve ou retroperitônio).
ESTÁGIO 3: Peritonite purulenta devido à ruptura do abscesso
ESTÁGIO 4: Peritonite fecal.
O que é a cirurgia de Hartmann?
- RESSECÇÃO DO SEGMENTO ACOMETIDO
- COLOSTOMIA TERMINAL PROXIMAL
- FECHAMENTO DO COTO RETAL.
Muitas bancas cobram a Classificação de Hinchey modificada por Kaiser:
AS CONDUTAS EM CADA ESTÁGIO SÃO:
ESTÁGIO 0
ESTÁGIO 1A
ESTÁGIO 1B
ESTÁGIO 2
ESTÁGIO 3
ESTÁGIO 4
ESTÁGIO 0: Suporte clínico e antibióticos. (SEM necessidade de internação).
ESTÁGIO 1A: Suporte clínico e antibióticos (COM internação).
ESTÁGIO 1B: Abscesso < 4 cm: suporte clínico e antibióticos . Abscesso ≥ 4 cm = drenagem percutânea
ESTÁGIO 2: Abscesso < 4 cm: suporte clínico e antibióticos . Abscesso ≥ 4 cm = drenagem percutânea.
ESTÁGIO 3: Laparotomia e Hartmann. Obs.: alguns autores defendem a laparoscopia para drenagem e irrigação, estando o paciente estável (Sabiston).
ESTÁGIO 4: Laparotomia e Hartmann
TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA NÃO COMPLICADA (HINCHEY 0):
AMBULATORIAL, com antibióticos via oral contra gram negativos e anaeróbios por 7 a 10 dias, sintomáticos e dieta sem resíduos.
SE FALHA DO TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA NÃO COMPLICADA (HINCHEY 0):
Internação para antibioticoterapia EV e repetir a tomografia (avaliar complicações).
SOBRE A DIVERTICULITE AGUDA NÃO COMPLICADA, só devemos avaliar a necessidade de internação nos pacientes:
- Imunossuprimidos
- Idosos > 70 anos e com comorbidades significativas
A Diverticulite Complicada exige tratamento hospitalar com Antibióticos EV contra bactérias Gram negativas e anaeróbias, jejum para repouso intestinal, hidratação, analgesia e, a depender da complicação, drenagem percutânea guiada por exame de imagem ou laparotomia com ressecção intestinal.
TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA (HINCHEY IA):
HINCHEY Ia: antibioticoterapia endovenosa
TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA (HINCHEY Ib e II):
HINCHEY Ib e II:
✓ Abscesso NÃO passível de drenagem (< 4 cm): antibioticoterapia endovenosa;
✓ Abscesso passível de drenagem (≥ 4 cm): antibioticoterapia endovenosa E drenagem percutânea, guiada por exame de imagem (USG ou TC CONTRASTADA). Manter dreno até um débito mínimo (< 10 ml/24 hs)..
TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA (HINCHEY III e IV):
HINCHEY III e IV: antibioticoterapia EV + Laparotomia com Cirurgia de Hartmann.
É CONTRAINDICADA na Diverticulite Hinchey III e IV, ou seja, diante de uma peritonite purulenta e fecal, devido à contaminação peritoneal, e na presença de instabilidade hemodinâmica. Em um segundo tempo, é refeito o trânsito intestinal, geralmente após 3 meses.
ANASTOMOSE PRIMÁRIA COLORRETAL
OBSERVAÇÃO:
Alguns autores defendem a LAPAROSCOPIA, IRRIGAÇÃO DA CAVIDADE COM SORO AQUECIDO E DRENAGEM DA CAVIDADE para diverticulite Hinchey III.
Falha no tratamento conservador =
Aumento da dor abdominal,
Febre persistente,
Desenvolvimento de peritonite difusa,
Aumento da leucocitose.
SOBRE O TRATAMENTO da DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA (HINCHEY III e IV):
Se houver falha no tratamento conservador com antibioticoterapia e/ou drenagem percutânea, a CONDUTA será cirúrgica com:
Ressecção do segmento acometido, geralmente o sigmoide.
E se não houver grande contaminação da cavidade, já que se trata de abscessos bloqueados, uma anastomose primária pode ser realizada.
Alguns conceitos cirúrgicos são importantes
Consiste na ressecção do segmento intestinal acometido (geralmente o sigmoide), colostomia terminal proximal e fechamento do coto retal
CIRURGIA DE HARTMANN
SOBRE TRATAMENTO DA FÍSTULA MUCOSA Uma opção à cirurgia de Hartmann, porém, não muito usada, tem como vantagem ser tecnicamente mais fácil a reconstrução intestinal posterior, pois não é necessária abertura da cavidade abdominal por laparotomia. O fechamento é realizado no local da ostomia e reintroduzida na cavidade pelo próprio orifício:
Ressecção intestinal, colostomia terminal do coto proximal e distal.
Os Divertículos do Lado Direito (cecal) representam apenas 1,5% dos casos de diverticulite nos países ocidentais, mas 38% a 75% dos casos de diverticulite nos países asiáticos. Os pacientes são mais jovens e complicações são menos prováveis. Devemos estar atentos aos diagnósticos diferenciais como
Apendicite aguda,
Diverticulite de Meckel,
Adenite mesentérica, dentre outros
Geralmente, nos casos de DIVERTICULITE AGUDA, a CIRURGIA ELETIVA é realizada
após 6 a 8 semanas da diverticulite
Nos casos de DIVERTICULITE AGUDA, a CIRURGIA ELETIVA realizada é:
Ressecção intestinal (sigmoidectomia) com anastomose primária.
Pode ser feita por via aberta ou laparoscópica.
QUAIS AS INDICAÇÕES DE CIRURGIA ELETIVA APÓS DIVERTICULITE AGUDA -
SOCIEDADE AMERICANA DE CIRURGIÕES CÓLON RETAIS DE 2020 – ASCRS
1. Diverticulite latente crônica: sintomas persistentes por mais de 6 semanas.
2. Alto risco de desenvolver complicações graves ou morrer de diverticulite recorrente:
✓ Após um ÚNICO episódio de diverticulite aguda complicada (abscesso, fístula, obstrução, estenose);
✓ Imunocomprometidos: maior risco de apresentar doença recorrente e complicada.
- O número de episódios de diverticulite aguda não complicada e idade NÃO SÃO mais critérios para indicação de cirurgia eletiva.
- Imunocomprometidos = capacidade diminuída de combater um processo infeccioso. Por exemplo, pacientes em quimioterapia, imunossupressão de transplantes, terapia prolongada com glicocorticoides ou com condições médicas crônicas, como diabetes, insuficiência renal, distúrbios vasculares de colágeno, como lúpus ou desnutrição.
Se a colonoscopia for negativa, e a diverticulite for não complicada (independentemente do número de episódios), e se o paciente for imunocompetente:
Não há necessidade de tratamento cirúrgico, apenas orientação nutricional e mudanças comportamentais
RESUMINDO - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DIVERTICULITE
URGÊNCIA:
1. HINCHEY III (PERITONITE PURULENTA):
2. HINCHEY IV (PERITONITE FECAL):
3. FALHA NO TTO COM ATB E/OU DRENAGEM (EM CASOS DE HINCHEY I e II):
ELETIVA (APÓS 6 A 8 SEMANAS) - COLONOSCOPIA PRÉVIA
1. Paciente sintomático por + de 6 semanas (“diverticulite crônica”)
2. Após um episódio de diverticulite complicada
3. Imunossuprimidos
URGÊNCIA:
1. HINCHEY III (PERITONITE PURULENTA): Hartmann (tratamento padrão) ; Laparoscopia com irrigação e drenagem abdominal (Sabiston).
2. HINCHEY IV (PERITONITE FECAL): Hartmann
3. FALHA NO TTO COM ATB E/OU DRENAGEM (EM CASOS DE HINCHEY I e II): *Ressecção com anastomose primária (se não houver contaminação da cavidade).
ELETIVA (APÓS 6 A 8 SEMANAS) - COLONOSCOPIA PRÉVIA
1, 2 e 3: Ressecção com anastomose primária avaliar necessidade de ileostomia de proteção.
As complicações mais frequentes no Divertículo de Meckel são:
sangramento
obstrução intestinal
diverticulite
Mulher, 60 anos, obesa, com queixa de dor em quadrante inferior esquerdo do abdome, há 06 dias, procura o pronto-socorro. Refere febre ‘’baixa’’ associada. Exame físico: abdome globoso com massa palpável e doloroso no mesmo quadrante que referiu a queixa, exame proctológico sem alterações. Realizou tomografia computadorizada que mostrou processo inflamatório envolvendo o sigmoide associado a divertículos e presença de uma pequena coleção pericólica. Nesse momento, a melhor conduta é:
Tratamento conservador com uso de antibioticoterapia sistêmica.
Paciente de 60 anos com quadro de dor abdominal em flanco esquerdo com aproximadamente 48 horas de evolução, refratária ao uso de sintomáticos. Realizou TC abdominal e pélvica CONTRASTADA com laudo do radiologista de diverticulite aguda complicada (Hinchey I). O melhor tratamento indicado para esse paciente será:
Antibioticoterapia venosa e analgésicos
Um senhor de 51 anos refere dor pélvica há 7 dias, acompanhada de vômitos, anorexia e febre. A dor piora com a alimentação. Há 2 dias, refere pneumatúria. Nega emagrecimento. Previamente hígido, não tinha alteração do hábito intestinal. Nunca fumou. IMC: 35 kg/ m². Está em regular estado geral. Temperatura axilar: 37,8°C. O abdome é globoso, com “massa’’ dolorosa em fossa ilíaca esquerda. Principal hipótese diagnóstica:
Diverticulite aguda, com fístula para bexiga.
Paciente de 48 anos com quadro de dor abdominal em flanco esquerdo e febre procurou a emergência e foi submetido a TC abdominal e pélvica CONTRASTADA com laudo do radiologista de diverticulite aguda complicada (Hinchey II). O melhor tratamento indicado para esse paciente será:
Antibioticoterapia venosa e drenagem percutânea guiada.
Melhor esquema de tratamento com antibiótico endovenoso para a paciente com DIVERTICULITE AGUDA?
Ceftriaxone + Metronidazol.
Paciente apresenta parada de eliminação de gases e fezes há 72 horas, vômitos fecaloides, febre, distensão abdominal e irritação peritoneal com descompressão dolorosa na fossa ilíaca esquerda. A TC de abdômen revela diverticulite com abscesso de 6cm pericolônico.
O procedimento cirúrgico mais seguro, nesse caso, é:
A. drenagem percutânea
B. ressecção com anastomose primária
C. sigmoidectomia com colostomia terminal
D. anastomose colocolônica com ileostomia descompressiva
C
Então, temos um paciente com diagnóstico de diverticulite aguda Hinchey Ib, já apresentando obstrução intestinal (parada de eliminação de gases e fezes, e vômitos fecaloides). Se ele não apresentasse obstrução intestinal, o tratamento de escolha seria a drenagem percutânea associada à antibioticoterapia endovenosa.
Por isso, o procedimento MAIS SEGURO é a cirurgia de Hartmann (sigmoidectomia com colostomia terminal).
A diverticulite de intestino delgado:
- é semelhante à da diverticulite colônica nos achados tomográficos.
- é 2x mais comum nos homens do que nas mulheres, sendo incomum o seu surgimento antes dos 40 anos de idade.
Qual a principal causa de hemorragia digestiva baixa?
DOENÇA DIVERTICULAR DOS COLONS
O que é o estágio I da diverticulite aguda (classificação de Hinchey)?
Abscesso mesentérico ou pericólico pequeno, confinado
O que é o estágio II da diverticulite aguda (classificação de Hinchey)?
Abscesso pélvico bloqueado
O que é o estágio III da diverticulite aguda (classificação de Hinchey)?
Peritonite purulenta generalizada
O que é o estágio IV da diverticulite aguda (classificação de Hinchey)?
Peritonite fecal generalizada