Neoplasias UROLÓGICAS Flashcards
TIPO DE NEOPLASIA QUE TEM COMO CARACTERÍSTICAS
• Acomete principalmente homens negros
entre 50-70 anos.
• Principal FATOR DE RISCO é o tabagismo
(presente em 20-30% dos casos).
• As principais síndromes genéticas associadas
são: (1) von Hippel-Lindau (cursa ainda com tumores retinianos, cerebelares e espinhais e cistos em diversos órgãos); e (2) Esclerose tuberosa (lesões cutâneas,
convulsões e retardo mental, além de tumores
do SNC).
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS
Principais síndromes paraneoplásicas associadas ao CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS
hipercalcemia,
HAS (renovascular ou produção tumoral de renina),
anemia,
eritrocitose,
síndrome de Stauffer (alteração da função hepática sem metástase)
Lesão suspeita de CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS, qual conduta?
CIRURGIA
SÃO FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS
• Tabagismo (20-30% dos casos). • Obesidade. • Hipertensão. • Uso de diuréticos. • Abuso de analgésicos. • Doença renal preexistente • Exposição a solventes (tricloroetileno), asbesto, cádmio... • Síndromes genéticas, como esclerose tuberosa e doença de von Hippel-Lindau.
Fumante desde a juventude, uma artesã de
35 anos tinha febre, dor abdominal e massa
palpável no flanco direito. Uma RMN sugeriu
carcinoma de células renais, o que foi referendado
pela histopatologia. Com o avúnculo,
ela aprendera a esculpir figuras indígenas
em toras de madeira reciclada. No cenário
acima, o dado clinicoepidemiológico que indubitavelmente
está em consonância com a
história natural clássica do tumor é:
a) Manuseio de madeira reciclada.
b) Idade entre 30-40 anos.
c) Sexo feminino.
d) Tabagismo.
D
Existem quatro subtipos principais do Carcinoma
de Células Renais (CCR):
Carcinoma de células claras
Carcinoma papilífero
Carcinoma cromofóbico
Carcinoma do ducto coletor
Dentre os tumores renais abaixo, aquele que
apresenta o comportamento mais agressivo é o:
a) De ductos coletores.
b) De células claras.
c) Do tipo papilífero.
d) De células cromófobas.
A
tumor de prognóstico ruim. Desenvolve-se a partir
das células epiteliais dos túbulos proximais.
Mostra comumente deleção no braço curto
do cromossomo 3 (3p-). Responde por 90%
das metástases. É geralmente solitário e
possui coloração dourada por conta do rico
conteúdo lipídico.
Carcinoma de células claras
(5-15%): tumor de prognóstico intermediário.
Carcinoma papilífero
(5-10%): tumor de melhor prognóstico.
Carcinoma cromofóbico
(< 1%): tumor muito raro, porém bastante agressivo.
Carcinoma do ducto coletor
A forma familiar mais comum de carcinoma renal
de células claras é aquela associada com:
a) Von Hippel-Lindau.
b) Birt-Hogg-Dubé.
c) Esclerose tuberosa.
d) Leiomiomatose hereditária.
A
Cerca de 35% dos pacientes com doença
de von Hippel-Lindau apresentam câncer de
células renais. Essa doença predispõe ainda
a hemangioma da retina, hemangioblastomas
da medula espinhal e do cerebelo, bem como
o feocromocitoma.
Síndrome paraneoplásica mais comumente encontrada nos carcinomas de células renais: a) Policitemia. b) Disfunção hepática. c) Hipercalcemia. d) Hipertensão arterial.
D
A maioria dos pacientes com Carcinoma
de Células Renais (CCR) é assintomática ao
diagnóstico. A tríade clássica tem:
Hematúria + Massa palpável + Dor no flanco
Em relação ao carcinoma renal, não podemos
afirmar:
a) É a neoplasia maligna mais comum que
afeta o rim.
b) É mais comum em homens e após a 5ª
década.
c) A tríade clássica (hematúria macroscópica,
massa anormal e dor) encontra-se evidente na
maioria dos casos.
d) A tomografia computadorizada é o método
mais acurado para a avaliação dos tumores
renais.
e) O tratamento cirúrgico consiste na remoção
do rim com o tumor associado, da glândula suprarrenal
adjacente, da gordura perinefrética
circundante e da fáscia de gerota, juntamente
com os linfonodos regionais.
C
Na prática, qualquer massa renal de aspecto
sólido deve ser considerada inicialmente
como malignidade. O diagnóstico diferencial
inclui
cistos renais,
neoplasias benignas (adenoma, angiomiolipoma, oncocitoma),
lesões inflamatórias (ex.: abscesso e pielonefrite)
metástases de outros tumores primários.
Principais exames para ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR) são
RX de tórax,
TC de abdome e pelve.
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), tumor até 7 cm, confinado ao rim.
T1
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), tumor > 7 cm, confinado ao rim.
T2
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), invasão de grandes vasos, cápsula,
gordura perinéfrica, sem ultrapassar fáscia
de Gerota
T3
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), invade adrenal ou atravessa a fáscia
de Gerota.
T4
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), quando há qualquer linfonodo acometido.
N1
Sobre o ESTADIAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), quando há METÁSTASE
M1
É considerada doença localizada:
até T3N1M0. Mesmo invasão de grandes vasos
é ressecável!
Sobre o TRATAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), na Doença localizada:
nefrectomia radical (considerar parcial em tumores pequenos, nefropatas, portadores de rim único).
Sobre o TRATAMENTO de Carcinoma de Células Renais (CCR), na Doença avançada:
nefrectomia citorredutora (aumenta sobrevida) + imunoterapia (IL-2 ou IFN-alfa). Outras opções são as “drogas alvo”. O carcinoma de células claras não é quimiossensível!
Paciente de 50 anos realiza Tomografia computadorizada de abdome por sintomas digestivos
inespecíficos, identificando-se em rim esquerdo
lesão sólida, de 4 cm e que apresenta
impregnação após administração de contraste
intravenoso. Qual das condutas abaixo está
mais indicada?
a) Solicitar Ressonância Magnética para melhor
avaliação das características da lesão.
b) Apenas observar, repetindo tomografia a
cada 6 meses.
c) Realizar biópsia percutânea da lesão.
d) Nefrectomia, se possível parcial.
e) Tratar com antibióticos por 2 semanas antes
de repetir exames de imagem.
D
Paciente de 50 anos realiza Tomografia
Computadorizada de abdome por sintomas
digestivos inespecíficos, identificando-se em
rim esquerdo imagem cística com septações
grosseiras e irregularidades parietais, medindo
4 cm, com impregnação após administração
de contraste intravenoso. Qual das condutas
abaixo está mais indicada?
a) Solicitar cintilografia para melhor avaliação
das características da lesão.
b) Apenas observar, repetindo tomografia a
cada 6 meses.
c) Realizar biópsia aspirativa.
d) Nefrectomia, se possível parcial.
e) Por tratar-se de lesão benigna não é necessária
investigação adicional
D
TIPO DE NEOPLASIA QUE TEM COMO CARACTERÍSTICAS
• Acomete principalmente homens idosos.
• Principal FATOR DE RISCO é o tabagismo
(observe que é o 3º câncer que estudamos
na apostila, e o 3º que tem o tabagismo
como principal fator de risco). Outros fatores
que merecem destaque são a exposição a
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, alguns
corantes, fenacetina e ciclofosfamida.
CÂNCER DE BEXIGA
O subtipo mais comum (95% dos casos) de CA DE BEXIGA é
carcinoma de células transicionais
O carcinoma de células transicionais, que é o
tipo histológico mais comum, tem caráter multifocal,
recorrência elevada e alta propensão
a evoluir para estágios mais agressivos. Ele
é dividido em três categorias:
- Superficial (75%).
- Invasor da camada muscular (20%).
- Metastático (5%).
O câncer de bexiga é o segundo câncer mais
comum do trato geniturinário, correspondendo
a 6,2 % de todos os tumores malignos. Agentes
carcinogenéticos podem atuar de várias
formas no DNA celular favorecendo o processo
neoplásico. Assinale a alternativa CORRETA:
a) Urotélio é a denominação mais comum do
tumor de bexiga de baixo grau.
b) Exposição contínua a aminas aromáticas e
anilinas relaciona-se ao Ca de bexiga.
c) A interrupção do tabagismo imediatamente
elimina o risco de tumor de bexiga.
d) PSA também é um bom marcador de tumor
vesical.
e) Evita-se a ressecção endoscópica do tu de
bexiga pelo risco de disseminação tumoral.
B
Qual dos seguintes tumores de bexiga é mais frequente? a) Adenocarcinoma. b) Leiomiossarcoma. c) Carcinoma epidermoide. d) Carcinoma urotelial. e) Carcinoma misto
D
É FATOR DE Proteção PARA NEO DE BEXIGA
Suplemento de vitamina A.
SOBRE O RASTREAMENTO DE CA DE BEXIGA, MARQUE V OU F
- Não há benefício comprovado
sobre a detecção de hematúria em
indivíduos assintomáticos.
- V
O sintoma mais comum do câncer da bexiga é:
a) Perda de peso.
b) Frequência urinária.
c) Disúria.
d) Hematúria indolor e frequentemente intermitente.
e) Massa pélvica.
D
Principais exames para ESTADIAMENTO de CA DE BEXIGA SÃO
TC de tórax, abdome e pelve
OBS: Cintilografia óssea só em casos selecionados
(suspeita de metástase).
O TRATAMENTO DO CA DE BEXIGA tipo Doença superficial (até T1N0M0):
- ressecção tumoral endoscópica +
- BCG intravesical adjuvante nos pacientes de alto
risco.
SOBRE O QUADRO CLÍNICO DO CA DE BEXIGA, os sintomas mais comuns são:
hematúria macroscópica e indolor (maioria);
depois: sintomas irritativos.
SOBRE O DIAGNÓSTICO DO CA DE BEXIGA, em HOMENS COM MAIS DE 40 ANOS COM HEMATÚRIA, devemos fazer:
citologia urinária e cistoscopia para investigação
de câncer urotelial
O TRATAMENTO DO CA DE BEXIGA tipo Doença invasiva (a partir de T2):
cistectomia radical e linfadenectomia pélvica, preferencialmente com QT pré e pós-operatória.
O TRATAMENTO DO CA DE BEXIGA tipo Doença metastática (M1):
apenas QT.
é um exame básico para o diagnóstico e o estadiamento de CA DE BEXIGA
cistoscopia com biópsia
o grande “divisor de águas” no Ca de bexiga é
a
presença de invasão da camada muscular
do órgão (T2).
Homem caucasiano de 71 anos, tabagista
desde os 15 anos, compareceu à consulta com
hematúria macroscópica indolor. Realizou
Tomografia Computadorizada (TC) abdominal
total com contraste, que identificou massa no
assoalho vesical (médio-lateral direita). À cistoscopia,
foi confirmado o achado da TC. Qual
o próximo passo a ser seguido?
a) Cistectomia radical com derivação urinária.
b) Realização de ressonância magnética.
c) Imunoterapia intravesical com BCG neoadjuvante.
d) Biópsia da lesão.
e) Ressecção endoscópica do tumor vesical.
E
Homem, 62 anos, submetido à ressecção de
lesão vesical de 5 cm de diâmetro. Diagnóstico
histopatológico: carcinoma urotelial (pT1G3).
A MELHOR OPÇÃO DE TRATAMENTO É:
a) BCG intravesical.
b) Radioterapia pélvica adjuvante.
c) Quimioterapia sistêmica.
d) Cistectomia radical e linfadenectomia.
A
OBS: Paciente com Ca de bexiga sem invasão
de camada muscular é candidato à ressecção
endoscópica, que já foi realizada. Quando
indicar complementação com terapia intravesical
adjuvante (BCG)? Recorrências constantes
da doença ou elevado risco para esse
fato (lesões grandes e multifocais com > 40%
de envolvimento da bexiga, lesões papilares
de alto grau, tumores T1, carcinoma in situ,
tumores > 3 cm).
Em relação aos fatores prognósticos do câncer
de bexiga, é CORRETO afirmar:
a) A presença de invasão linfovascular representa
importante fator de impacto na sobrevida
dos pacientes submetidos à cistectomia radical.
b) O Ca in situ, por tratar-se de tumor superficial,
raramente evolui para tumor infiltrativo.
c) A expressão mutada do p53 não está relacionada
a pior prognóstico.
d) A presença de diferenciação escamosa é
tida como de melhor prognóstico já que estes
tumores são radiossensíveis.
e) Os tumores T1 de alto grau nunca devem
ser tratados.
A
Como acompanhar os pacientes com CA DE BEXIGA submetidos a tratamento com intenção curativa?
- Cistoscopia a cada 3-6 meses nos primeiros
quatro anos após o diagnóstico, e depois
anualmente (para os pacientes submetidos
a cistectomia parcial ou não operados). - Citologia urinária a cada 3-6 meses (esses
pacientes têm risco aumentado de tumores
uroteliais fora da bexiga). - TC de abdome e pelve, além de RX de tórax
nos pacientes com doença invasiva ressecada
(a periodicidade varia de acordo com
a referência).