Síndrome Álgica 1 - Dor abdominal Flashcards

1
Q

Qual a Principal causa de abdome agudo em adultos

de ambos os sexos, na gestante e na criança?

A

Apendicite Aguda

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2
Q

Dor abdominal superior irradiada para dorso, com vômitos, pensar em:

A

Pancreatite

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3
Q

Dor contínua maior que 6h no Hipocôndrio direito, irradiada para escápula, piorada após alimentação gordurosa:

A

Colecistite

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4
Q

Dor abdominal súbita, difusa, de grande intensidade, associada a defesa abdominal e rebote ao exame físico

A

Perfuração intestinal

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5
Q

Dor subesternal, em queimação, que melhora com alimentação e uso de antiácidos:

A

Úlcera duodenal

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6
Q

Dor periumbilical que fica na fossa ilíaca direita

A

Apendicite

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7
Q

Dor súbita, mesogástrica, associada a massa pulsátil e hipotensão

A

Ruptura de Aneurisma de aorta

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8
Q

Dor abdominal no hipocondrio direito, associada a febre, calafrios e icterícia

A

Colangite

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9
Q

Dor abdominal difusa, desproporcional à clínica no exame físico, associada a acidose metabólica e Fibrilação atrial:

A

Isquemia mesentérica

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10
Q

Dor periumbilical que fica na Fossa ilíaca esquerda

A

Diverticulite

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11
Q

Dor abdominal difusa, associada a distensão e hiperperistaltismo

A

Início de Obstrução intestinal

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12
Q

A respeito do abdome agudo clínico, a dor abdominal pode vir associada a duas alterações fundamentais para diferenciação diagnóstica:

A
  1. Encefalopatia

2. Febre prévia

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13
Q

Jovem 22 anos, com crises convulsivas e estado comatoso. Tabagismo ocasional, sem comorbidades outras, nega drogas ilícitas injetáveis. Há 02 meses relata dor abdominal sempre que fumava + fraqueza. Sem dormir à noite, devido a ideias suicidas. Apresentou 02 crises convulsivas anteriores que pioram com o uso de anticonvulsivantes. Tem dificuldade de controlar a pressão arterial. TC crânio normal. Qual a principal HD ?

A

Porfiria intermitente Aguda

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14
Q

Dor abdominal em queimação/coçando/neuropática

+ distribuição em dermátomos

A

Herpes zóster.

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15
Q

Dor abdominal + doença aterosclerótica difusa +

emagrecimento por “medo de comer”:

A

Isquemia mesentérica crônica

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16
Q

Desidratação + acidose + hiperglicemia + abdome

agudo:

A

Cetoacidose diabética

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17
Q

Dor abdominal que piora com a contração do

abdome:

A

Dor da parede abdominal.

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18
Q

As três grandes indicações cirúrgicas de dor abdominal são:

A

PERITONITE*
OBSTRUÇÃO
ISQUEMIA

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19
Q

A Laparotomia é preferida nos casos de:

A
  1. Múltiplas laparotomias anteriores
  2. Instabilidade hemodinâmica
  3. Grande distensão abdominal
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20
Q

Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em
cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou
vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes
há 3 e 6 meses, com resolução espontânea
após 2 dias de internação. Exame físico: fácies
de dor e agitação. Tax = 37,8°C; FC =
110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm;
hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico.
Enchimento capilar lentificado. Abdome
muito distendido, hipertimpânico com dor difusa
à palpação profunda; percebem-se ruídos
metálicos ao auscultar o abdome. A conduta
imediata adequada é:

A

Qual é a nossa primeira tarefa
diante de um quadro abdominal agudo? Avaliar
a presença de instabilidade hemodinâmica!
Nada é mais importante… De que adianta levar
um paciente instável para o centro cirúrgico??

R// Mensurar condições circulatórias e respiratórias
e equilibrá-las.

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21
Q

Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes há 3 e 6 meses, com resolução espontânea após 2 dias de internação. Exame físico: fácies de dor e agitação. Tax = 37,8°C; FC =
110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm; hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico. Enchimento capilar lentificado. Abdome muito distendido, hipertimpânico com dor difusa à palpação profunda; percebem-se ruídos metálicos ao auscultar o abdome.
É necessária investigação por métodos de
imagem. A primeira opção é:
a) Tomografia computadorizada com contraste
oral.
b) Rotina convencional para abdome agudo.
c) Angiorressonância abdominal.
d) Enema opaco com bário diluído.

A

B

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22
Q

Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes há 3 e 6 meses, com resolução espontânea após 2 dias de internação. Exame físico: fácies de dor e agitaç ão. Tax = 37,8°C; FC =110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm; hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico. Enchimento capilar lentificado. Abdome muito distendido, hipertimpânico com dor difusa à palpação profunda; percebem-se ruídos metálicos ao auscultar o abdome.

Na avaliação por método de imagem, o forte
indício para cirurgia de emergência é:
a) Tortuosidade e placas ateromatosas em
aorta abdominal.
b) Ausência de gás no reto, distensão do colo
com níveis hidroaéreos.
c) Imagem sugestiva de colelitíase.
d) Aumento da cabeça do pâncreas.
A

B

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23
Q

Na abordagem tradicional de um quadro abdominal

agudo, os principais exames de “rotina” são:

A

Hemograma completo e bioquímica contendo –
glicemia, cetonemia, ureia, creatinina, ALT, AST,
fosfatase alcalina, bilirrubina, amilase, lipase,
lactato, bicarbonato; eletrólitos (sódio, potássio,
cloreto, cálcio, fosfato); gasometria arterial; EAS
e β-HCG.

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24
Q

A IRRIGAÇÃO INTESTINAL é feita por três artérias^:

A

Tronco Celíaco +
A. Mesentérica Superior +
A. Mesentérica Inferior.

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25
Na Isquemia Mesentérica Aguda, o Principal vaso acometido é
artéria mesentérica superior.
26
Quais as principais causas de Isquemia mesentérica aguda?
(1) Embolia (mais comum, distal) (2) trombose arterial (proximal) (3) vasoconstricção (4) trombose venosa (jovens).
27
São fatores de risco para Isquemia Intestinal:
FA cardiopatia, drogas
28
A clínica mais proeminente para diagnóstico de Isquemia mesentérica aguda é
Dor abdominal intensa e desproporcional ao exame físico
29
O Diagnóstico de Isquemia mesentérica aguda se baseia na Suspeita clínica e com solicitação de
Arteriografia
30
Quais os 03 tipos de Isquemia intestinal?
1) Isquemia colônica (70 a 75%) 2) Isquemia mesentérica aguda (20 a 25%) 3) Isquemia mesentérica crônica (5%)
31
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Embolia envolve
1. Embolectomia / 2. Ressecção de alças necrosadas / 3. Infusão intra-arterial de papaverina/ 4. Anticoagulação.
32
Dentre os 03 tipos de Isquemia intestinal, a mais comum é
Isquemia colônica
33
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Trombose arterial envolve
1. Trombectomia 2. Revascularização 3. Ressecção de alças necrosadas 4. infusão intra-arterial de papaverina.
34
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Vasoconstrição envolve
1. Retirada de substâncias precipitantes | 2. Infusão intra-arterial de papaverina.
35
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Trombose venosa envolve
1. Ressecção do segmento infartado + 2. Trombectomia 3. Heparinização.
36
A principal causa de Isquemia Mesentérica Crônica é
Obstrução de vaso mesentérico por aterosclerose.
37
Doença cujo quadro clínico está associado aos Fatores de risco (FA, cardiopatia, drogas, etc.) + Dor abdominal intensa e desproporcional ao exame físico + Manifestações sistêmicas (febre, leucocitose, acidose).
Isquemia Mesentérica Aguda
38
Doença cujo quadro clínico é angina mesentérica (dor que piora com a alimentação) + emagrecimento (“medo de comer”) + outros sinais de aterosclerose (sopro carotídeo, femoral...).
Isquemia Mesentérica Crônica
39
O tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica envolve;
Revascularização cirúrgica + | Angioplastia.
40
O diagnóstico da Isquemia mesentérica Crônica é feito em conjunto com
História Clínica + | Arteriografia com obstrução > 50% de duas artérias.
41
TRONCO CELÍACO é formado por 3 artérias:
A. hepática comum a. lienal ou esplênica a. gástrica esquerda
42
Em paciente com obstrução aguda de artéria mesentérica superior por êmbolo cardíaco, deve-se esperar isquemia em
Jejuno, íleo e cólon até metade do transverso.
43
A artéria mesentérica inferior é ramo direto da artéria:
Aorta.
44
São ramos diretos da artéria celíaca as artérias:
Gástrica esquerda, hepática comum e esplênica.
45
As áreas mais propensas à isquemia são as regiões do cólon pobres em circulação colateral, representadas pela
1. flexura esplênica (área de Griffiths) | 2. junção retossigmoide (área de Sudeck).
46
``` Com relação ao suprimento arterial do cólon, assinale a alternativa CORRETA, que corresponde ao ponto de Griffth. a) Linha pectínea. b) Ângulo esplênico do cólon. c) Ângulo hepático do cólon. d) Transição sigmoidorretal. e) Junção ileocecocólica. ```
B
47
Qual é o grupo principal de pacientes acometidos na Isquemia intestinal?
Idosos (> 90% dos casos não iatrogênicos).
48
Paciente de 80 anos refere dor abdominal difusa de forte intensidade, com distensão abdominal e sangramento vivo pelo reto. Procurou serviço de urgência onde realizou Rx simples de abdome que evidenciou, no cólon descendente, imagem caracterizada como “impressões digitais do polegar”. Qual o provável diagnóstico:
Colite isquêmica
49
O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que houver um quadro de dor abdominal leve a moderada + febre + diarreia sanguinolenta
Colite isquêmica
50
É o melhor exame para diagnóstico de Colite Isquêmica, mostrando o aspecto sugestivo de mucosa hemorrágica
endoscopia baixa ou Colonoscopia
51
A colite isquêmica, que comumente acomete os pacientes idosos, muitas vezes diabéticos, apresenta-se mais frequentemente em
flexura esplênica
52
Indicações de tratamento cirúrgico na isquemia colônica
Aguda: Peritonite, sangramento maciço ou colite fulminante universal (com ou sem megacólon tóxico). Subaguda: Pacientes sintomáticos ou com colopatia perdedora de proteínas mesmo após duas a três semanas de tratamento; cicatrização aparente, mas com episódios recorrentes de sepse. Crônica: Estenose ou colite crônica sintomáticas.
53
Paciente de 81 anos, portador de diabetes mellitus, e com diagnóstico recente de adenocarcinoma de próstata localizado. Apresenta quadro de dor abdominal de forte intensidade, urgência e diarreia sanguinolenta em moderada quantidade. Ao exame mostra dor localizada em quadrante inferior esquerdo, febre, taquicardia e distensão. Qual diagnóstico e conduta ?
Colite isquêmica acometendo cólon esquerdo | com tratamento suportivo e antibioticoterapia
54
Mulher, 70 anos, submetida a correção cirúrgica de aneurisma de aorta abdominal evolui, nas primeiras 12h do pós-operatório, com sangramento retal vivo e distensão e tem amilase e lipase normais. Relata episódios prévios de dor em fosse ilíaca esquerda recorrente. O diagnóstico provável é:
Isquemia mesentérica.
55
A isquemia colônica é a forma mais comum de isquemia intestinal, porém é diagnosticada erroneamente com muita frequência ou mesmo não reconhecida. Qual dos fatores abaixo é o menos relacionado a isquemia colônica? a) A maioria das crises é transitória. b) Abuso de cocaína. c) Atletas corredores de longa distância. d) Uso abusivo de aspirina. e) Patógenos como os citomegalovírus e E. coli.
D
56
Como saber se a isquemia mesentérica aguda é de delgado ou do cólon?
Falam a favor de IMA de delgado: 1. população mais heterogênea 2. dor mais intensa, 3. pior estado geral, 4. presença de fator precipitante, 5. ausência de sangramento retal.
57
Qual é a artéria mais acometida na isquemia mesentérica aguda?
Mesentérica superior
58
Um paciente com quadro de oclusão intestinal realizou tomografia computadorizada, que evidenciou pneumatose intestinal, levando a equipe a suspeitar de:
Isquemia intestinal.
59
Quando suspeitar de Embolia de artéria mesentérica?
Em pacientes com alguma cardiopatia emboligênica | IAM recente, FA, valvulopatia
60
Um paciente de 70 anos, cardiopata, procura o Pronto Socorro com queixa de dor abdominal difusa, de início abrupto, há cerca de três horas. A dor é contínua com períodos de piora e é impossível obter uma localização precisa, embora pareça doer em epigástrio e região periumbilical. O exame físico revela uma pessoa ansiosa e inquieta. O pulso é taquicárdico, e a pressão arterial é normal. Queixa-se de muita dor abdominal. O abdome é moderadamente distendido, mas flácido. Os ruídos hidroaéreos estão presentes e até um pouco aumentados. O diagnóstico mais provável é:
Isquemia Mesentérica.
61
Homem, 78 anos, hipertenso com doença arterial coronariana, apresenta dor abdominal de início agudo, difusa e constante, associada a náuseas, vômitos e diarreia com fezes sanguinolentas. Exame físico: pálido, taquicárdico, normotenso, com abdome distendido, doloroso difusamente e com peristalse diminuída. Em poucas horas evolui com sinais de irritação peritoneal e hipotensão arterial. O diagnóstico mais provável é:
Isquemia mesentérica aguda com necrose.
62
Um paciente de 76 anos apresenta quadro de dor abdominal súbita, de forte intensidade, iniciada há três horas. No exame físico nota-se pulso radial irregular, a pressão arterial é de 85 x 60 mmHg e, no exame do abdome, há dor à palpação, sobretudo em região mesogástrica, com distensão abdominal leve e discreta defesa difusa. Neste caso, o exame de imagem mais preciso para o diagnóstico é:
Arteriografia.
63
Temos, tipicamente, dor abdominal de grande intensidade, desproporcional ao exame físico. Geralmente, é a causa de uma uma isquemia mesentérica crônica que “agudiza” e a aterosclerose avançada é a sua principal associação:
Trombose de artéria mesentérica
64
Como avaliar se uma alça está isquêmica?
As alças isquêmicas devem ser colocadas em uma compressa esterilizada com soro morno e deixadas por cerca de dez minutos. Neste segmento intestinal deve ser observada sua coloração (alças de cor púrpura indicam prognóstico ruim), peristalse, pulsação arterial e sangramento nas superfícies de corte (se positivo o sangramento, bom sinal).
65
A dor abdominal não costuma ser intensa, e geralmente não é o sintoma inicial. Ou seja, você tem que desconfiar quando encontrar um paciente nessa situação de risco (ex.: idoso em uso de digital) que se apresente com sintomas diversos, entre eles a hemorragia digestiva baixa. O quadro clínico, apesar de mais insidioso, é de pior prognóstico em função da doença de base.
Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção OU não oclusiva
66
Qual é o tratamento da Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção?
O primeiro passo é suspender os digitálicos, diuréticos e vasopressores. A seguir, iniciar infusão intra-arterial de papaverina. Alguns autores sugerem o uso concomitante de heparina para evitar trombose.
67
Quando operar um paciente com Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção?
(1) sinais de irritação peritoneal (2) sinais angiográficos de infarto intestinal (ausência de contraste em determinado segmento); (3) dúvida diagnóstica. * A papaverina também está indicada após o procedimento
68
É a principal causa de isquemia de delgado em pacientes jovens. Entre as causas principais, estão estados de hipercoagulabilidade, hipertensão porta, infecção abdominal, trauma, pancreatite, esplenectomia e neoplasias intra-abdominais. Os sintomas tendem a ser mais insidiosos, com desconforto abdominal progressivo ao longo de semanas (geralmente de 5 a 14 dias
Isquemia Mesentérica por Trombose venosa
69
Como fazer o diagnóstico da Isquemia Mesentérica por Trombose venosa?
Angiotomografia
70
Qual é o tratamento da Isquemia Mesentérica por Trombose venosa?
Ressecção do segmento infartado + Trombectomia + Heparinização
71
E uma doença representada classicamente por uma mulher caquética e de meia-idade, com história forte de tabagismo, queixando-se de dor abdominal e emagrecimento.
Isquemia Mesentérica Crônica
72
Depois da dor abdominal, o sintoma observado com maior frequência em pacientes portadores de insuficiência arterial mesentérica crônica é:
Perda de peso
73
No ambulatório, uma paciente de 63 anos queixa- se de dor abdominal epigástrica, em cólica, que se inicia 10 a 15 minutos após as alimentações, aumenta gradativamente de intensidade, atinge um “platô” e dura cerca de quatro horas. No passado, submeteu-se a laparotomia devido à apendicite aguda e prenhez tubária há, respectivamente, 40 e 38 anos. Diz que está perdendo peso e que tem receio de se alimentar. Refere ainda flatulência e eventual diarreia. O exame do abdome é inexpressivo. A principal hipótese diagnóstica é:
Isquemia mesentérica crônica
74
O tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica pode ser feito com
Revascularização cirúrgica Angioplastia stents *
75
Paciente com 63 anos, sexo masculino, hipertenso e diabético, grande tabagista procura atendimento médico, queixando-se de dor abdominal de forte intensidade há aproximadamente 6 horas. Refere que a dor localiza- se em epigastro sem irradiações, é do tipo pontada e de caráter progressivo. Ao exame, apresenta fácies de dor, taquicárdico e taquidispneico. A FC = 124 BPM, PA: 130 x 90, o abdome é flácido e praticamente indolor à palpação, a gasimetria arterial aponta nível sérico de lactato elevado. Assinale a hipótese diagnóstica mais provável. a) Pancreatite aguda. b) Úlcera péptica perfurada. c) Colecistite aguda. d) Hérnia diafragmática. e) Isquemia mesentérica.
E
76
Homem de 75 anos internado em Unidade de Terapia Intensiva, após dar entrada no pronto- -socorro com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, evoluiu com hipotensão intermitente e insuficiência cardíaca congestiva. No quinto dia de internação, começou a apresentar dor abdominal intensa em mesogástrio. Exame físico: PA 90 x 60 mmHg, FC 110 bpm, abdome pouco distendido e discreta rigidez generalizada. A próxima conduta a ser adotada é:
Angiografia.
77
Três principais condições metabólicas devem ser sempre lembradas nos quadros de “abdome agudo”
1. porfiria intermitente aguda, 2. cetoacidose diabética e 3. insuficiência suprarrenal aguda.
78
``` é uma doença hereditária ou adquirida, causada pelo acúmulo de porfirinas ou seus precursores em diversos compartimentos, quando faltam algumas enzimas necessárias à síntese do Heme. ```
PORFIRIA
79
O principal sintoma é a dor abdominal contínua ou em cólica, pouco localizada, em ataques recorrentes ou de forma insidiosa. É classicamente citada como um dos diagnósticos diferenciais da obstrução intestinal na fase inicial, cursando com peristaltismo aumentado e distensão de alças. Como não é uma doença de características inflamatórias, irritação peritonial, febre ou leucocitose não são achados comuns
Porfiria intermitente aguda
80
A principal classe terapêutica responsável por causar a Porfiria intermitente aguda (PIA)
Anticonvulsivante
81
O diagnóstico de PIA é dado pelo exame:
Excreção urinária de Porfobilinogênio (PBG)
82
O tratamento de PIA pode ser feito :
Afastar precipitantes Ofertar produtos do Heme Soro glicosado hipertônico
83
Dentre as possíveis alterações laboratoriais temos a leucocitose e o aumento da amilase. Dor abdominal (classicamente periumbilical, pode vir associada à defesa abdominal como num quadro de ruptura visceral e peritonite) náuseas, vômitos e ritmo de Kussmaul são característicos de
Cetoacidose Diabética (CAD)
84
De todas as causas metabólicas de abdome agudo clínico, a que mais se assemelha é a pancreatite aguda,
Cetoacidose Diabética (CAD)
85
Doença cujo os sintomas gastrointestinais estão presentes em 92% dos pacientes e são muitas vezes a apresentação inicial do quadro. Além disso, os principais são: anorexia, náusea e vômito, DOR ABDOMINAL (34%), diarreia e constipação.
Insuficiência Suprarrenal
86
Nos casos de dor abdominal acompanhada de hiperperistaltismo, deve-se pensar, principalmente, em obstrução intestinal e no seguinte diagnóstico diferencial
Porfiria.
87
Em pacientes com encefalopatia, anemia microcítica com pontilhados basofílicos, gota recorrente ou cólicas abdominais e que possuam história de exposição ao chumbo, devemos pensar no diagnóstico de:
Saturnismo
88
O diagnóstico de Saturnismo é feito com:
História ocupacional + dosagem do chumbo | sérico.
89
O tratamento de Saturnismo é feito, essencialmente, com:
Quelantes de chumbo: O tratamento de escolha é EDTA. Nos casos sintomáticos, faz-se associação com outro quelante, o Dimercaprol. Para crianças, usar Succimer. Uso de vitamina C também.
90
Consiste na reativação da infecção latente dos gânglios da raiz sensitiva pelo vírus Varicela- Zóster. É mais comum nos pacientes idosos e imunodeprimidos e pode levar a um quadro de dor abdominal unilateral, associado a erupções vesiculares, e que se distribui por um dermátomo específico (em alguns casos, dois ou três dermátomos).
herpes-zóster
91
Doença sistêmica febril causada pela S. typhi e paratyphi (menos intensa), com transmissão por via fecal-oral. Entre as manifestações estão Febre + dor abdominal + rash maculopapular (roséolas tíficas) no abdome e tórax + confusão mental + viagem/morador de área endêmica.
febre tifoide (entérica )
92
Diagnóstico de Febre Tifoide é feito apenas com
Cultura - 1ª semana: Hemocultura (90%). Mais sensível: Medula óssea. - 2ª semana em diante: fezes, urina.
93
Tratamento de Febre Tifoide é feito com
1ª linha: Ciprofloxacino – Ceftriaxone. | 2ª opção: Cloranfenicol, ampicilina, SMX-TMP
94
Profilaxia da Febre Tifoide envolve:
1. Condições sanitárias 2. Higiene pessoal 3. Vacina: viajantes e exposição ocupacional (recrutas) em zonas de alta endemicidade.
95
São considerados alimentos de alto risco para a sobrevivência e a proliferação da Salmonella typhi: a) alimentos cozidos e consumidos imediatamente. b) alimentos secos. c) leite e seus derivados, ostras, moluscos e mexilhões. d) massas. e) carnes cozidas ou assadas.
C
96
Principal complicação da febre tifoide =
hemorragia digestiva
97
O estado portador de bacilo tifoide é mais comum | entre pessoas infectadas na faixa etária e sexo de:
idade madura, especialmente as mulheres.
98
Em qual semana de doença de Febre Tifoide, classicamente, ocorre perfuração intestinal como complicação da febre tifoide?
Terceira.
99
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, Indivíduo com febre persistente, acompanhada ou não de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mal-estar geral, dor abdominal, anorexia, dissociação pulso/temperatura, constipação ou diarreia, tosse seca, roséolas tíficas (manchas rosadas no tronco) e hepatoesplenomegalia. Pode ser classificado como:
Caso Suspeito
100
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, Indivíduo com critério clínico laboratorial e/ou epidemiológico, pode ser classificado como:
Caso Confirmado
101
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, indivíduo que, após enfermidade clínica ou subclínica, continua eliminando bacilos por vários meses. Tem particular importância para a vigilância epidemiológica porque mantém a endemia, podendo dar origem a surtos epidêmicos.
Portador
102
Qual o antibiótico usado para o tratamento da | febre tifoide?
Ciprofloxacina.
103
Com relação à vacinação como medida de controle da febre tifoide, pode-se afirmar que: a) possui alto poder imunogênico, com imunidade de longa duração. b) é a principal arma no controle da doença, sobretudo, quando ocorrem surtos. c) é indicada durante enchentes, pois o risco de doença aumenta devido à diluição das salmonelas no meio hídrico. d) é indicada para pessoas sujeitas a exposições excepcionais, como trabalhadores que entram em contato com esgotos.
D
104
Doença cujo QUADRO CLÍNICO tem dor periumbilical que migra para fossa ilíaca direita + sinais (Dunphy, Blumberg, Rovsing, Lapinsky, Lenander, Aaron, do psoas e do obturador)
Apendicite Aguda
105
A Apendicite Aguda é causada pela Obstrução do apêndice por fecalitos ou apendicolitos (mais comum), hiperplasia dos folículos linfoides, neoplasias, parasitos ou outros corpos estranhos (ex.: sementes), cursando com Distensão (Dor periumbilical) e consequente Isquemia (dor em FID). Quais são os principais microrganismos identificados nestas situações?
Escherichia coli e Bacteroides fragilis.
106
As principais bactérias Aeróbicas envolvidas na Apendicite aguda são
E. coli 77% Streptococcus viridans 43% Streptococcus do grupo D 27% Pseudomonas aeruginosa 18%
107
As principais bactérias Anaeróbicas envolvidas na Apendicite aguda são
Bacteroides fragilis 80% Bacteroides thetaiotaomicron 61% Bilophila wadsworthia 55% Peptostreptococcus ssp. 46%
108
As bactérias anaeróbicas que, com maior frequência, são isoladas na apendicite perfurada encontram-se na seguinte alternativa: a) Peptostreptococos e Bacteroides fragiles. b) Estreptococos viridans e Escherichia coli. c) Peptoestreptococos e Pseudomonas aeruginosa. d) Proteus mirabilis e Estreptococos viridans. e) Bacteroides fragiles e Escherichia coli.
E
109
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor na fossa ilíaca direita, que piora com a tosse.." é chamado de
Sinal de Dunphy
110
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor de maior intensidade com a descompressão súbita do abdome, indicativa de peritonite." é chamado de
Sinal de Blumberg
111
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor à compressão da fossa ilíaca direita enquanto o paciente ou o próprio examinador eleva o membro inferior direito esticado (apêndice retroceca" é chamado de
Sinal de Lapinsky
112
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de que "É inespecífico para qualquer irritação peritoneal e é feito com o paciente na ponta dos pés, peça para ele chocar os calcanhares contra o chão. O choque suscitará dor no ponto onde o peritônio parietal está irritado." é chamado de
Sinal de Markle
113
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal em que a "temperatura retal maior que a axilar em 1°C (apêndice pélvico)." é chamado de:
Sinal de Lenander
114
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de McBurney." é chamado de:
Sinal de Aaron:
115
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do quadril (apêndice pélvico)." é chamado de:
Sinal do Obturador
116
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de "dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita, com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo (apêndice retrocecal)." é chamado de:
Sinal do Iliopsoas:
117
No diagnóstico da apendicite aguda, como é conhecida a manobra de pressionar a fossa ilíaca esquerda causando dor reflexa na fossa ilíaca direita?
Sinal de Rovsing
118
Paciente de 18 anos chega ao pronto atendimento com quadro clínico de dor em quadrante inferior direito de localização inicial em região epigástrica e sinal de Dumphy positivo. Solicitado hemograma que demonstrou leucocitose de 12.000 e tomografia que demonstrou um apêndice de 8 mm. O provável diagnóstico deste paciente é:
Apendicite aguda
119
Na Apendicite Aguda, 04 grupos merecem atenção toda especial, pois se você esperar esse padrão clássico, vai deixar passar o diagnóstico! Por esse mesmo motivo, o diagnóstico nesses pacientes costuma ser mais tardio e associado à maior morbimortalidade. Esses grupos incluem: crianças
crianças, idosos gestantes obesos mórbidos
120
Paciente grávida, de 22 de idade, apresenta-se à emergência com dor abdominal e mal-estar. Os sintomas começaram cerca de 8 horas antes e não relata diarreia. Neste momento, a dor é principalmente no flanco direito, mas teve início na região periumbilical. Apresenta náuseas e vômitos. Até agora teve uma gravidez sem complicação e encontra-se na 24ª semana de gestação. Recebe acompanhamento obstétrico regular e seu último exame, incluindo eco, há 1 semana atrás estava normal. A temperatura axilar é de 37,9°C, a pressão arterial é de 129/90 mmHg e a frequência cardíaca de 105 bpm. O exame físico demonstra leve dor abdominal. O abdome está depressível, doloroso no quadrante inferior direito com ruídos intestinais diminuídos, e preservação do ângulo costovertebral. O monitoramento fetal demonstra frequência cardíaca fetal normal. A contagem de leucócitos é de 10.000/μL. A analise da urina demonstra 2 leucócitos por campo de grande aumento, ausência de células epiteliais e 1 hemácia por campo de grande aumento. Qual é o diagnostico mais provável?
Apendicite aguda
121
Quanto à apendicite aguda na gravidez, marque a alternativa INCORRETA: a) A maioria dos casos ocorrem nos dois primeiros trimestres e o diagnóstico da doença vai se tornando mais difícil ao longo da gravidez. b) Devido ao risco de complicações materno- -fetais, o esfriamento do processo e o tratamento definitivo no pós-parto imediato é conduta muitas vezes adotada. c) A laparoscopia pode ser usada para tratamento da doença, mas a confecção do pneumoperitôneo e a punção dos trocateres devem se adaptar ao volume uterino. d) É a urgência cirúrgica não obstétrica mais frequente na mulher grávida e a ocorrência de formas complicadas não são raras.
B
122
Mulher, 23a, há 2 dias, iniciou com dor em região periumbilical que, posteriormente, se localizou em região de fossa ilíaca direita. Refere anorexia, não utiliza método anticoncepcional, atividade sexual ativa, data do início do último ciclo menstrual há 25 dias. Nega diarreia, febre, comorbidades, queixas urinárias, tabagismo e etilismo. Exame físico: Bom estado geral, consciente, hidratada, anictérica e corada. FC = 96 bpm, FR = 18 irpm, T = 37,9°C. Pulmões e coração: sem alterações. Abdome: plano, normotenso; digitopercussão, palpação profunda e descompressão brusca dolorosos em fossa ilíaca direita. Sinais de Giordano e de Murphy ausentes. CITE UM DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO E DOIS DIAGNÓSTICOS ETIOLÓGICOS:
Síndrome de dor abdominal aguda Apendicite Aguda Doença Inflamatória Intestinal Gravidez Ectópica rota
123
Na suspeita de Apendicite Aguda, a presença de USG demonstrando um apêndice normal, facilmente compressível e com diâmetro ≤ 5 mm, sugere
Exclusão do diagnóstico
124
``` Atualmente, vem sendo eleita como melhor método de imagem para o diagnóstico de apendicite. Os achados sugestivos são: diâmetro ≥ 7 mm e espessamento da parede (lesão em alvo). ```
tomografia computadorizada
125
Você participa de uma sessão clínica que debate o valor dos exames complementares na abordagem de pacientes com suspeita diagnóstica de apendicite aguda. Ao ser questionado sobre o exame de imagem mais adequado nesta investigação, especialmente em crianças e gestantes, você responde que é:
Ultrassonografia abdominal
126
Jovem de 23 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor em quadrante inferior direito. O exame ultrassonográfico demonstra imagem “em alvo” na fossa ilíaca direita. O diagnóstico mais provável deve ser:
Apendicite aguda.
127
O uso da RM para Apendicite Aguda é reservado para
Casos duvidosos de Gestantes
128
São achados ecográficos que corroboram o diagnóstico de apendicite aguda, EXCETO: a) Apêndice distendido com diâmetro superior a 6 mm. b) Presença de fecalito no interior do apêndice. c) Dor à descompressão brusca pelo transdutor do aparelho. d) Incapacidade de visualização do órgão. e) Presença de massa periapendicular.
D
129
A escala que foi criada para avaliar a probabilidade de um quadro de abdome inflamatório se tratar de apendicite é chamada de
escala de Alvarado
130
A escala de Alvarado inclui os 3 critérios
Sintomas Sinais Leucograma
131
A maioria dos pacientes com apendicite aguda é tratada por remoção cirúrgica imediata do apêndice (apendicectomia). A técnica operatória pode ser
Aberta OU Laparoscópica
132
Quais são as complicações esperadas da apendicectomia?
infecção do sítio cirúrgico | obstrução intestinal.
133
A Apendicite aguda precoce é definida como
Duração < 48h
134
A Apendicite aguda tardia é definida como
Duração > 48h
135
O tratamento da Apendicite aguda simples e precoce (<48 horas) engloba:
Apendicectomia + | ATB profilático
136
O tratamento da Apendicite aguda simples e tardia (>48 horas) não complicada é feito com:
Apendicectomia simples
137
O tratamento da Apendicite aguda simples e tardia (>48 horas) complicada com Abscesso é feito com:
Drenagem + ATB + Colonoscopia em 4-6 semanas + Apendicectomia tardia (+/-)
138
O tratamento da Apendicite aguda simples e tardia (>48 horas) complicada com Fleimão é feito com:
ATB + Colonoscopia em 4-6 semanas + Apendicectomia tardia
139
O tratamento da Apendicite aguda com Peritonite Difusa é feito com:
Cirurgia de urgência + | ATB
140
O que contraindica a realização da Videolaparoscopia no tratamento da Apendicite aguda é
Instabilidade Hemodinâmica
141
A complicação mais frequente, após um apendicectomia, é:
lnfecção no tecido celular subcutâneo (abscesso | de parede).
142
``` A complicação mais comum no pós-operatório da Apendicectomia continua sendo: a) Pneumonia. b) Atelectasia. c) Infecção urinária. d) Infecção. e) Flebites. ```
D
143
Mulher, 28 anos, submetida à laparotomia por apendicite aguda com perfuração do apêndice. A complicação mais frequente no pós-operatório é: a) Fístula estercoral. b) Abscesso pélvico. c) Obstrução intestinal por bridas. d) Abscesso de parede.
D
144
A complicação mais frequente, após um apendicectomia, é: a) Pileflebite. b) Peritonite pós-operatória. c) Deiscência de sutura. d) Fístula estercoral. e) Infecção no tecido celular subcutâneo (abscesso de parede).
E
145
Adolescente de 17 anos, sexo masculino, apresenta quadro de dor abdominal, referindo que a dor iniciou-se na região periumbilical, há 24 horas, com migração posterior para a região da fossa ilíaca direita. Refere, ainda, anorexia e um episódio de vômito desde o início do quadro. O exame físico revela dor à descompressão na fossa ilíaca direita e febre de 38ºC. Diante desse quadro: Indique o diagnóstico mais provável
APENDICITE AGUDA
146
Adolescente de 17 anos, sexo masculino, apresenta quadro de dor abdominal, referindo que a dor iniciou-se na região periumbilical, há 24 horas, com migração posterior para a região da fossa ilíaca direita. Refere, ainda, anorexia e um episódio de vômito desde o início do quadro. O exame físico revela dor à descompressão na fossa ilíaca direita e febre de 38ºC. Diante desse quadro: Aponte dois aspectos ultrassonográficos que confirmem a hipótese diagnóstica.
``` diâmetro anteroposterior > 7 mm; espessamento da parede; presença de apendicolito; ausência de gás no interior do apêndice; alteração de gordura periapendicular e alteração do fluxo vascular apendicular. ```
147
Homem branco de 28 anos, advogado, inicia dor em região epigástrica que após algumas horas migra para fossa ilíaca direita. Na consulta, relatou febre, perda do apetite e apenas um episódio de vômito. Ao exame físico, referiu dor no quadrante inferior direito do abdome, quando o médico pressionou o quadrante inferior esquerdo. Os exames laboratoriais revelaram 13.000 leucócitos com 5 bastões e piúria discreta. Diante desse quadro, a hipótese diagnóstica, a conduta a ser feita e o nome do sinal clínico revelado pelo paciente, respectivamente, são:
Apendicite aguda / apendicectomia videolaparoscópica | / sinal de Rovsing.
148
Em relação às fases da apendicite aguda, as Fases I a IV indical
Fase I: Fase edematosa ou catarral – Apêndice inflamado, sem sinais de complicação. Fase II: Fase úlcera flegmonosa ou flegmatosa – Apêndice extremamente edemaciado pela obstrução do retorno linfático e venoso. Fase III: Fase Gangrenosa – Presença de necrose transmural do apêndice. Fase IV: Fase Perfurativa – Perfuração tamponada ou não do apêndice.
149
O Escore de Alvarado de 0-3 significa:
Apendicite aguda improvável - avaliar outras causas
150
O Escore de Alvarado de 4-6 significa:
Apendicite aguda provável: observar por mais 12h. Se mantiver, indica-se a cirurgia.
151
O Escore de Alvarado de >/= a 7 significa:
Apendicite muito provável = Apendicectomia
152
Doença em que há herniação apenas da mucosa e submucosa intestinal, o quadro clínico tem sua maioria ASSINTOMÁTICA, pode ser dolorosa quando associada à síndrome do intestino irritável. Principal local acometido é o sigmoide, inserção das artérias retas.
DIVERTICULOSE OU DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON:
153
Quais são as 3 complicações comuns da Doença Diverticular do Cólon?
Sangramento, Perfuração e Obstrução.
154
Exame diagnóstico da Doença Diverticular do Cólon é feito com
Colonoscopia | Clister opaco
155
Doença cujo quadro clínico é como uma "apendicite do lado esquerdo" do abdome
DIVERTICULITE
156
Este divertículo, oriundo do fechamento incompleto do saco vitelino ou onfalomesentérico, é a mais frequente das anomalias congênitas do aparelho digestivo (2% da população geral). Ele se origina na borda antimesentérica do íleo, a aproximadamente 45 a 60 centímetros da valva ileocecal. Estes divertículos são assintomáticos a menos que haja algum tipo de complicação,
Divertículo de Meckel
157
As complicações mais frequentes no divertículo | de Meckel são:
sangramento, obstrução intestinal e diverticulite.
158
Mulher com 67 anos foi internada com quadro de abdome agudo. Apresentava febre, dor no quadrante inferior esquerdo do abdome, descompressão dolorosa à palpação do baixo- -ventre. Qual o diagnóstico mais provável?
Diverticulite aguda.
159
A causa provável da inflamação diverticular do cólon é mecânica. É a complicação mais frequente da doença diverticular, acometendo 10 a 25% desses pacientes.
Diverticulite
160
Sabendo-se que a apresentação clínica da diverticulite segue uma determinada evolução, Hinchey propôs a seguinte classificação para a doença, em 4 estágios:
- Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico - Estágio II: abscesso pélvico - Estágio III: peritonite purulenta generalizada - Estágio IV: peritonite fecal generalizada
161
De acordo com a classificação de Hinchey de diverticulite a presença de abscesso pélvico emparedado corresponde ao estágio:
Estágio II
162
Paciente de 56 anos, portador de doença diverticular dos cólons, evoluindo com quadro clínico compatível com diverticulite aguda de sigmoide, apresentando na tomografia de abdome e pelve abscesso pélvico. Esse quadro clínico corresponde à classificação de Hinche
Estágio II
163
Paciente de 55 anos, foi levado ao serviço de emergências com dor abdominal intensa e difusa, taquicárdico e hipotenso. Foi realizado laparotomia exploradora e identificado diverticulite complicada, com peritonite purulenta generalizada. Segundo a classificação de Hinchey para diverticulite complicada, qual estágio desse paciente?
Estágio III
164
Qual o melhor exame complementar a ser solicitado em um paciente com suspeita de diverticulite?
Tomografia de abdome
165
Para um paciente com suspeita de diverticulite | aguda, o exame mais indicado para avaliação é:
Tomografia de abdome
166
O principal diagnóstico diferencial da diverticulite é
câncer de retossigmoide
167
Homem de 62 anos é admitido no PS com queixa de dor abdominal em mesogastro há três dias, em cólica e que depois se tornou contínua em FIE. Refere febre (38°C) e inapetência nesse período. Ao exame clínico apresenta discreta distensão abdominal com dor à palpação de flanco e FIE com descompressão brusca positiva localizada em FIE. Hemodinamicamente normal. Apresenta 12.100 leucócitos/mm³ sem desvio, PCR: 6,0; Creatinina 1,0 mg/dl e gasometria normal. Para esse doente nesse momento, deve-se evitar a realização de: a) Retossigmoidoscopia. b) Tomografia de abdome e pelve. c) Ultrassonografia abdominal e pélvica. d) Radiografia simples de abdome. e) Enema opaco com bário.
E
168
O tratamento da DIVERTICULITE NÃO COMPLICADA com Sintomas mínimos e poucos sinais de inflamação, deve ser feito com
1. dieta líquida sem resíduos e 2. esquema antibiótico oral (com espectro para bastonetes Gram-negativos e germes anaeróbios) - Ciprofloxacin + Metronidazol
169
O tratamento da DIVERTICULITE NÃO COMPLICADA com Sinais de inflamação exuberantes (febre, leucocitose com desvio, descompressão dolorosa), deve ser feito com
1. internação hospitalar, 2. dieta zero, 3. hidratação venosa e 4. antibioticoterapia parenteral (Cefalosporina de 3ª geração + Metronidazol).
170
Mulher, 60 anos, obesa, com queixa de dor em quadrante inferior esquerdo do abdome, há 06 dias, procura o pronto-socorro. Refere febre ‘’baixa’’ associada. Exame físico: abdome globoso com massa palpável e doloroso no mesmo quadrante que referiu a queixa, exame proctológico sem alterações. Realizou tomografia computadorizada que mostrou processo inflamatório envolvendo o sigmoide associado a divertículos e presença de uma pequena coleção pericólica. Nesse momento, a melhor conduta é:
Tratamento conservador com uso de antibioticoterapia | sistêmica.
171
Paciente de 60 anos com quadro de dor abdominal em flanco esquerdo com aproximadamente 48 horas de evolução, refratária ao uso de sintomáticos. Realizou TC abdominal e pélvica com laudo do radiologista de diverticulite aguda complicada (Hinchey I). O melhor tratamento indicado para esse paciente será:
Antibioticoterapia venosa e analgésicos.
172
Após o primeiro episódio de diverticulite não complicada, a grande maioria dos pacientes pode ser acompanhada clinicamente. Não há necessidade de cirurgia eletiva após a resolução do processo, devendo ser prescrita uma dieta rica em fibras. A exceção fica para o grupo dos
Imunodeprimidos, que respondem mal ao tratamento clínico e a sigmoidectomia eletiva deve ser realizada após o primeiro ataque.
173
O tipo de paciente que se beneficia com cirurgia eletiva para doença diverticular depois do primeiro episódio de diverticulite é: a) Pacientes jovens com menos de 25 anos. b) Mulheres em idade fértil. c) Pacientes imunodeprimidos. d) Homens com idade superior a 60 anos.
C
174
O tratamento da DIVERTICULITE COMPLICADA com Abscessos pericólicos e intramesentéricos ) 4mm, localizados, deve ser feito com
1. Drenagem percutânea guiada pela TC ou USG + 2. Antibioticoterapia. 3. Colonoscopia em 4-6 semanas 4. Cirurgia eletiva (6-8 semanas)
175
Paciente com 47 anos, masculino, foi diagnosticado clinicamente com diverticulite aguda em uma emergência, há 10 dias, e iniciou tratamento com restrição alimentar e antibióticos orais, ambulatorialmente. Há uma semana, teve piora do quadro, apresentando 2 picos febris de 38,7°C e intensificação da dor em fossa ilíaca esquerda, sendo hospitalizado e iniciada antibioticoterapia parenteral. Na admissão, fez tomografia computadorizada (TC) do abdome que evidenciou abscesso perimesocólico com 5 cm, na topografia do sigmoide, sem líquido livre na cavidade ou evidências de pneumoperitônio. Hoje, é mantido em internação hospitalar, com 1 pico febril diário, dificuldade de realimentação oral e dor profunda em FIE sem sinais de aumento da dor à descompressão brusca. Na TC de controle, há persistência de abscesso com diâmetro de 4 cm. Com base nas informações acima, qual das alternativas abaixo representa a conduta mais indicada no caso? a) Indicar drenagem laparoscópica do abscesso. b) Indicar drenagem percutânea guiada por TC. c) Manter a conduta atual e repetir a TC com 14 dias. d) Manter a conduta clínica e trocar o esquema antibiótico
B
176
Paciente, com 60 anos, sente dor na fossa ilíaca esquerda há 48 horas, apresenta febre e tem irritação localizada. A TC mostrou tratar- -se de diverticulite classificada como Hinchey II. Acerca do caso clínico exposto, é correto afirmar que a conduta é antibioticoterapia e
Drenagem percutânea
177
``` A diverticulite colônica da fase aguda pode complicar com fístulas entre o cólon e os órgãos adjacentes. A mais frequente complicação desta natureza é manifestada pelas: a) Fístulas colovaginais. b) Fístulas coloentéricas. c) Fístulas colocutâneas. d) Fístulas colovesicais. ```
D
178
Um senhor de 51 anos refere dor pélvica há 7 dias, acompanhada de vômitos, anorexia e febre. A dor piora com a alimentação. Há 2 dias, refere pneumatúria. Nega emagrecimento. Previamente hígido, não tinha alteração do hábito intestinal. Nunca fumou. IMC: 35 kg/ m². Está em regular estado geral. Temperatura axilar: 37,8°C. O abdome é globoso, com “massa’’ dolorosa em fossa ilíaca esquerda. Principal hipótese diagnóstica:
Diverticulite aguda, com fístula para bexiga.
179
Uma Diverticulite complicada com Peritonite (fecal ou purulenta), a conduta terapêutica é
medidas de reanimação volêmica + antibioticoterapia + laparotomia.
180
O tratamento da DIVERTICULITE COMPLICADA com Peritonite ou Obstrução, deve ser feito com
antibioticoterapia + | cirurgia de Urgência - mais comum à Hartmann
181
O tratamento na diverticulite para as complicações abaixo, pode ser resumido a = 1. Hinchey I (abscesso < 4 cm) - Sintomas mínimos = - Sintomas exuberantes 2. Hinchey I (abscesso ≥ 4 cm) ou Hinchey II 3. Hinchey III* e IV 4. Fístulas
Hinchey I (abscesso < 4 cm) - Sintomas mínimos: Dieta sem resíduos + ATB oral. - Sintomas exuberantes: Dieta zero + ATB IV + HV. Hinchey I (abscesso ≥ 4 cm) ou Hinchey II - Drenagem guiada por TC + ATB IV +colonoscopia após 4-6 semanas + cirurgia eletiva. Hinchey III* e IV - Cirurgia de urgência (geralmente Hartmann). Fístulas - ATB + colonoscopia após 4-6 semanas + cirurgia eletiva (correção da fístula + ressecção segmento acometido).
182
Paciente de 48 anos com quadro de dor abdominal em flanco esquerdo e febre procurou a emergência e foi submetido a TC abdominal e pélvica com laudo do radiologista de diverticulite aguda complicada (Hinchey II). O melhor tratamento indicado para esse paciente será:
Antibioticoterapia venosa e drenagem percutânea | guiada.
183
Analise a seguinte situação: Na sua UPA está um paciente com diagnóstico de abscesso na fossa ilíaca esquerda, por provável perfuração de divertículo. Os sinais clínicos e exames complementares de abdome agudo estão presentes. Após hidratação e analgesia você vai encaminhá-lo para o seu hospital de referência para o tratamento cirúrgico. Supondo que você queira iniciar um esquema de antibióticos com atividade aeróbica e anaeróbica de amplo espectro, as combinações que você prescreveria seriam:
Ciprofloxacina e Metronidazol.
184
Paciente de 68 anos do sexo masculino com história de dor abdominal em quadrante inferior esquerdo há 3 dias. Há 2 dias passou a apresentar febre de 38,5° e hoje iniciou dor abdominal difusa, acompanhada de náusea, vômitos e inapetência. Ao exame encontra-se em regular estado geral, descorado+, desidratado+, com frequência cardíaca de 115 bpm e pressão arterial de 130 x 75 mmHg. Ao exame do abdome, dor abdominal difusa com sinais de irritação peritoneal. O diagnóstico mais provável e a conduta terapêutica são, respectivamente:
Diverticulite; cirurgia de Hartmann.
185
A cirurgia indicada em paciente com quadro séptico devido à perfuração de divertículo em sigmoide é:
Sigmoidectomia com colostomia.
186
Homem de 60 anos de idade procura o pronto-socorro por apresentar dor abdominal contínua, de início insidioso, no quadrante inferior esquerdo há três dias. Queixa-se também de distensão abdominal moderada e dificuldade para evacuar no último dia. Nega emagrecimento e vômitos. Refere febre não medida. Nega antecedentes cirúrgicos. Exame clínico: regular estado geral, consciente, orientado, corado, anictérico, desidratado 2+/4+, frequência cardíaca: 120bpm, pressão arterial; 140 X 90 mmHg, temperatura axilar; 37,8ºC, frequência respiratória: 20ipm. Semiologia cardíaca e pulmonar normais. Abdome; distendido, dor à palpação em fossa ilíaca esquerda e rigidez involuntária com descompressão brusca dolorosa positiva apenas neste local, ruídos hidroaéreos aumentados. A hepatimetria é de 12 cm e o baço não é percutível. Foram realizados os seguintes exames complementares : Hb:14 g/dl, Ht; 42% , plaquetas; 180.000/mm³, leucócitos: 14,000/mm³ (88% de neutrófilos, 12% linfócitos). Cite o ou os diagnósticos sindrômicos e suas principais causas
Síndrome de obstrução intestinal, | diverticulite.
187
É um processo inflamatório agudo caracterizado por início súbito dos sintomas de dor em epigastro (abdome superior), que costumam resolver espontaneamente após alguns dias,
Pancreatite aguda
188
Clinicamente, a gravidade de um episódio de pancreatite está relacionada a 2 fatores:
1. nível de mediadores inflamatórios lançados na circulação e 2. resposta sistêmica gerada!
189
Sempre que pensar em pancreatite aguda você deve se lembrar duas condições que estão classicamente associadas (respondendo por 70-80% dos quadros):
1. LITÍASE BILIAR | 2. ÁLCOOL
190
Continua sendo a causa mais comum de pancreatite aguda em nosso meio, sendo responsável por 30 a 60% dos casos. Nessa situação, a passagem do cálculo do colédoco (que migrou da vesícula biliar) para o duodeno, através da ampola de Vater, ocasionaria uma hipertensão no sistema ductal pancreático, o que facilitaria, por mecanismos ainda desconhecidos, o fenômeno de colocalização. Assim, pacientes com pelo menos um cálculo < 5 mm têm um risco quatro vezes maior do que aqueles com cálculos maiores. O diagnóstico etiológico dessa condição é
Pancreatite aguda de Origem Biliar (30-60% dos casos)
191
Cite a causa mais frequente de pancreatite aguda: a) Colecistolitíase. b) Ascaridíase. c) Parotidite. d) Medicamentosa. e) Alcoolismo.
A
192
Quais os critérios de Balthazar
Grau A: pâncreas normal Grau B: aumento focal/ difuso do pâncreas Grau C: pâncreas anormal com alterações inflamatórias peripancreáticas leves Grau D: coleção fluida em única localização Grau E: 2 ou mais coleções fluidas próximas ao pâncreas ou presença de gás no órgão ou próximo dele.
193
Quais são os principais fatores ligados à | pancreatite alcoólica?
1. o tipo de bebida alcoólica não interessa muito. 2. quantidade e consumo varia de 150 a 175 g/dia, as dietas ricas em gordura e hiperproteicas; variações genéticas e o tabagismo. 3. é mais comum no homem do que na mulher
194
A causa mais comum de pancreatite aguda na AIDS não é a mediada diretamente pelo vírus HIV, mas sim o uso de:
Determinadas drogas | infecções oportunistas
195
Tempos depois de contaminação inadvertida pelo HIV, manipulando resíduos hospitalares, um gari de 34 anos começou a emagrecer e a ter infecções oportunistas. Já em tratamento para SIDA, certo dia ele adentrou o pronto-socorro com provável pancreatite aguda. No seu esquema terapêutico, o plantonista identificou um análogo nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa, que classicamente se associa a essa complicação pancreática, já que ele estava em uso de: a) Efavirenz. b) Saquinavir. c) Didanosina. d) Pentamidina.
C
196
A realização do procedimento pode complicar com pancreatite aguda e os aumentos transitórios da pressão intraductal pancreática podem ser os responsáveis. Embora seja um procedimento que apresentou uma popularização e melhora das condições técnicas nas últimas décadas, a incidência de pancreatite pós-procedimento manteve-se inalterada.
CPRE
197
É uma anomalia congênita encontrada em até 11% de autópsias e cujo papel nas pancreatites recorrentes vem sendo questionado. Durante a vida embrionária, as porções ventral e dorsal do pâncreas se originam de brotamentos separados. A porção ventral está próxima à árvore biliar e é drenada pelo que será o ducto de Wirsung, enquanto a porção dorsal é drenada pelo pequeno e estreito ducto de Santorini. Quando a fusão não ocorre teremos uma grande porção do órgão, que corresponde ao colo, corpo e cauda (porção dorsal da embriologia), drenada pelo pequeno ducto de Santorini, enquanto a cabeça e o processo uncinado do pâncreas (porção ventral da embriologia) serão drenados pelo ducto de Wirsung. Os aumentos periódicos da pressão no ducto de Santorini (ele é estreito demais para tanto fluxo!) justificariam os episódios de repetição de pancreatite aguda. É o chamado:
Pâncreas Divisum
198
O ducto de Santorini está presente no Pâncreas Divisum, ele drena a secreções da(o): a) Cabeça e corpo. b) Porção inferior da cabeça, o corpo e cauda. c) Corpo e cauda. d) Somente da cauda. e) Porção superior da cabeça, o corpo e cauda.
C
199
Em relação ao pâncreas divisum, é correto afirmar que se trata de: a) Anomalia frequentemente associada ao surgimento de cistoadenomas pancreáticos devido à dificuldade de drenagem da secreção pancreática. b) Variante encontrada em 5 a 7% das pessoas nas quais os ductos do pâncreas ventral e dorsal não se fundem durante a vida embrionária. c) Anomalia responsável pela maior incidência de abscessos pancreáticos na pancreatite aguda grave. d) Anomalia associada com frequência a episódios recorrentes de pancreatite, principalmente da cabeça do pâncreas. e) Anomalia associada às hiperlipidemias tipo III, predispondo a maior incidência de pancreatite.
B
200
etiologia da pancreatite aguda apresenta relação com as taxas de mortalidade. Dentre os tipos de pancreatite abaixo relacionados, qual a que apresenta a maior mortalidade? a) Pancreatite relacionada à ingesta excessiva de cerveja. b) Pancreatite traumática. c) Pancreatite decorrente da anemia hemolítica. d) Pancreatite pós-parotidite.
B
201
É uma causa rara de pancreatite aguda: a) Isoniazida. d) Picada de escorpião. b) Colelitíase. e) Uso de álcool. c) Estrógeno
D
202
Corresponde a cerca de 20% dos casos em que não se chega a uma definição etiológica. Estes pacientes apresentam em sua maioria formas não identificadas de pancreatite biliar, entre elas: lama biliar ou microlitíase e disfunção do esfíncter de Oddi
Pancreatite aguda idiopática
203
Várias situações estão relacionadas com o desencadeamento de pancreatite aguda. As causas mais frequentes de pancreatite aguda são: a) Cálculos biliares, anomalias congênitas, áscaris na via biliar e vírus: caxumba. b) Cisto de colédoco, toxinas, hereditário e drogas: AZT. c) Cálculos biliares, ingestão de álcool, hiperlipemia e iatrogenia na papila. d) Bacteriana: leptospirose, hipercalcemia, câncer de pâncreas e drogas: esteroides. e) Pâncreas diviso, veneno de escorpião, vírus: Coxsackie B e iatrogenia na papila.
C
204
Quais são as principais causas de pancreatite aguda | na infância?
1. Trauma abdominal fechado 2. caxumba e demais viroses 3. anomalias congênitas 4. microlitíase.
205
Assinale a característica clínica predominante em paciente com pancreatite aguda. a) Dor. b) Vômitos. c) Hipotensão. d) Leucocitose. e) Febre.
A
206
Paciente, etilista crônico, apresenta-se com episódios de dor abdominal em andar superior e derrame pleural crônico, em hemitórax esquerdo. O líquido pleural, provavelmente, será:
Exsudato rico em amilase.
207
Na pancreatite aguda, a presença de equimose | em flanco esquerdo representa o sinal de:
Gray-Turner
208
Nos casos de pancreatite aguda, equimose na região periumbilical ou nos flancos são caracterizados respectivamente como:
Sinal de Cullen e Gray-Turner
209
Paciente com 40 anos de idade, do sexo feminino, refere que há cerca de dez anos vem apresentando intolerância a alimentos gordurosos, com dor em hipocôndrio direito e plenitude pós-prandial. Há 12 horas, após libação alimentar, iniciou quadro de dor epigástrica intensa, com irradiação para o dorso, associada a vômitos incoercíveis. Ao exame físico, encontrava-se discretamente ictérica, febril, hipotensa, com discreta depressão do estado mental e distensão abdominal. A hipótese diagnóstica mais provável para esse quadro clínico é:
Pancreatite aguda.
210
É uma complicação incomum da pancreatite aguda, caracterizada por perda súbita da visão. Na fundoscopia encontram-se exsudatos algodonosos e hemorragias confinados entre o disco óptico e a mácula. A causa provável é uma oclusão da artéria retiniana posterior por aglomerados de neutrófilos.
retinopatia de Purtscher
211
Os Achados gerais no laboratório da Pancreatite aguda são:
``` Leucocitose Trombocitopenia, Alcalose metabólica Hiperglicemia Hipoalbuminemia Hipocalcemia Hipocalcemia Hiperbilirrubinemia Transaminases elevadas (3/4x ALT, 15x AST) ```
212
Os Achados laboratoriais específicos da Pancreatite aguda são:
Amilase Sérica Amilase Sérica Amilase urinária *Níveis circulantes de tripsinogênio, fosfolipase, elastase e quimotripsinogênio costumam estar elevados, mas não oferecem informação adicional ao que já temos quando dispomos de amilase e lipase.
213
Se eleva dentro de 2 a 12 horas após o início dos sintomas e, a partir de então, seus níveis declinam com valores normais já sendo observados por volta do 3º ao 6º dia.
Amilase sérica
214
É um exame de baixa especificidade e sem correlação com gravidade de doença
Amilase sérica
215
Com relação à pancreatite aguda, podemos afirmar, exceto: a) A apresentação clínica pode variar de ligeiro desconforto abdominal até choque profundo. b) A maioria dos casos de pancreatite aguda são de origem biliar ou alcoólica. c) O nível sérico de Amilase está elevado em mais de 90% dos casos. d) O nível sérico de Amilase é proporcional à gravidade da pancreatite.
D
216
Seus níveis possuem maior especificidade no diagnóstico de pancreatite aguda, persistem aumentados por mais tempo (até 72h) e tendem a ser mais elevados na doença associada ao álcool.
Lipase Sérica
217
Senhora de 65 anos, com história de litíase biliar, deu entrada na Emergência com quadro de pancreatite aguda. O cirurgião de plantão suspeitou de infecção pancreática, pois a rotina de abdome agudo evidenciou:
Gás no retroperitônio
218
Não é um bom método para avaliarmos o parênquima pancreático. No entanto, é o que apresenta maior sensibilidade na avaliação de litíase/lama biliar e dilatação de vias biliares. Não é um bom exame para os cálculos distais. No entanto, ela deve ser solicitada para todo paciente que se apresente com pancreatite aguda.
Ultrassonografia
219
Exame de eleição na pancreatite aguda para delinear o pâncreas. Avalia com precisão aumentos difusos ou localizados do órgão, presença ou não de coleções fluidas pancreáticas e peripancreáticas, e borramento da gordura perirrenal e peripancreática. Além dessas vantagens, é o exame não invasivo que melhor identifica a presença ou não de necrose do órgão.
Tomografia Computadorizada de Abdome
220
A extensão da necrose pancreática é | melhor avaliada pela tomografia a partir de
48h a 72h do início dos sintomas
221
Mulher, 59 anos de idade, tem história de dor epigástrica de forte intensidade há 1 dia, acompanhada de náuseas e vômitos. Tem diagnóstico pregresso de colelitíase. Exame físico: regular estado geral, pulso = 100 bpm, frequência respiratória = 23 mpm, murmúrio vesicular diminuído em bases, abdome globoso, equimose em região periumbilical, ruídos hidroaéreos diminuídos, dor difusa à palpação que impede a palpação profunda, descompressão brusca dolorosa duvidosa no andar superior. Hemograma com 18.000 leucócitos/mm³, sem desvio à esquerda e amilase de 889 UI. O escore de Ranson foi positivo para três critérios. Quando deve ser realizada a tomografia de abdome?
dois a três dias após
222
Apresenta sensibilidade e especificidade semelhantes à da TC de abdome no diagnóstico da pancreatite. Devido ao custo elevado e à disponibilidade muito menor que a TC, costuma ser adotada como segunda escolha. É um método não invasivo que oferece a possibilidade através de reconstrução tridimensional, de visualização do colédoco, podendo ser utilizada na suspeita de coledocolitíase.
Colangiografia por Ressonância Magnética
223
Método mais adequado para diagnosticar pancreatite de origem biliar, podendo ajudar na decisão de realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) de urgência:
Ultrassonografia Endoscópica
224
Frente a um paciente com dor abdominal em abdome superior, como diagnosticar pancreatite aguda?
Sintomas, como dor em epigastro (abdome superior), compatíveis com a doença. Amilase ou lipase séricas aumentadas três vezes mais que o limite superior da normalidade. Imagem radiológica compatível com o diagnóstico (de preferência TC ou RNM).
225
A dor da Pancreatite aguda se alivia na posição sentada e com o tronco reclinado para frente. É chamada de
Posição Maometana
226
Diante de um paciente com pancreatite aguda, uma grande preocupação é definir como provavelmente será sua evolução; ou seja, tentar diferenciar o quadro inflamatório em: a. Pancreatite leve b. Pancreatite grave. Para isso, um grupo de pesquisadores estabeleceu, em 1992, no Simpósio Internacional de Pancreatite Aguda, os
Critérios de Atlanta
227
De acordo com os Critérios de Atlanta, são reconhecidos como formas graves de pancreatite aqueles casos em que esteja presente pelo menos um dos 3 fatores:
1. Disfunção orgânica - choque (PAS < 90 mmHg), insuficiência pulmonar (PAO2 < 60 mmHg), insuficiência renal (creatinina > 2 mg/dl após hidratação), sangramento gastrointestinal > 500 ml/24h. 2. Complicação local - (necrose, pseudocisto ou abscesso) 3. Complicação sistêmica - CIVD (plaquetas < 100.000/mm3, fibrinogênio < 100 mg/dl, produtos de degradação do fibrinogênio > 80μg/ml), cálcio < 7,5 mg/dl.
228
outros escores também podem ser utilizados para avaliar a gravidade da pancreatite aguda. Os dois principais são:
- Escore de Ranson ≥ 3. | - APACHE II ≥ 8.
229
Têm como base onze achados laboratoriais e clínicos revistos durante a admissão e depois de 48 horas. Os valores são diferentes para a pancreatite biliar e não biliar. Três ou mais pontos já caracterizam um episódio como grave. Quando se utilizam tais critérios, a distinção entre um episódio grave e leve de pancreatite aguda é feita em 80% dos casos
CRITÉRIOS DE RANSON
230
Os CRITÉRIOS DE RANSON na Admissão hospitalar para Pancreatite NÃO BILIAR são
``` Idade > 55 anos Leucocitose > 16.000/μL Glicose > 200 mg/dl LDH > 350 U/L AST > 250 U/L ```
231
Os CRITÉRIOS DE RANSON na Admissão hospitalar para Pancreatite BILIAR são
``` Idade > 70 anos Leucocitose >18.000/μL Glicose > 220 mg/dl LDH > 400 U/L AST > 250 U/L ```
232
Este sistema emprega 12 parâmetros fisiológicos avaliados de rotina, mais idade e estado de saúde prévio. Geralmente sua aplicação limita-se ao ambiente de Terapia Intensiva e pontuações ≥ 8 estão associadas à pancreatite grave. A grande vantagem desse sistema é o acesso imediato à estimativa de gravidade da pancreatite (não é necessário esperar 48h). Sua maior desvantagem é sua complexidade.
APACHE II
233
São indicadores prognósticos observados também nas primeiras 48 horas, com o paciente hospitalizado. Assim como os critérios de Ranson, não são utilizados para acompanhamento além dos primeiros dois dias de internação hospitalar.
CRITÉRIOS DE GLASGOW MODIFICADOS (Imrie):
234
Os CRITÉRIOS DE GLASGOW MODIFICADOS:
``` Idade > 55 anos Leucócitos > 15.000/ml Glicose > 180 mg/dl Ureia > 45 mg/dl PaO2 < 60 mmHg Cálcio < 8 mg/dl Albumina < 3,2 mg/dl LDH > 600 U/L ```
235
Em pacientes candidatos à TC, observa-se inicialmente o grau de inflamação do tecido pancreático e a formação de coleções fluidas agudas e pontua-se de acordo com esses achados. Soma-se ao valor obtido um escore baseado na quantidade de tecido necrótico pancreático presente. Os valores variam de zero a dez, sendo que são considerados graves os pacientes com escore > 6. São chamados:
CRITÉRIOS DE BALTAZAR MODIFICADOS
236
Os graus de Necrose segundo as pontuações do Critério de Balthazar variam em:
Nenhuma 0 pontos Um terço 2 pontos Metade 4 pontos Mais da metade 6 pontos
237
``` Não faz parte dos critérios de Ranson para determinação da gravidade da pancreatite aguda: a) Idade acima de 55 anos. b) Leucócitos séricos acima de 16.000. c) Glicose acima de 200. d) Bilirrubina total acima de 2,0. ```
D
238
``` Fazem parte dos critérios de Ranson na admissão para determinação da gravidade da pancreatite aguda, EXCETO: a) TGO acima de 250. b) Leucócitos séricos acima de 16.000. c) Glicose acima de 200. d) DHL (LDH) acima de 500. ```
D
239
``` A substância que parece apresentar maior sensibilidade e especificidade na correlação com a gravidade de um episódio de pancreatite aguda é: a) Desidrogenase lática. b) Proteína-C reativa. c) Interleucina-8. d) Ribonuclease. ```
B
240
Semelhante aos critérios de 1992, os critérios de diagnóstico se mantiveram. São necessários dois dos seguintes critérios:
• Dor abdominal típica (início súbito de uma dor severa, em região epigástrica que se irradia para o dorso). • Amilase/Lipase > 3x a normalidade. • Imagem compatível: TC com contraste, RNM.
241
O Escore de Atlanta é útil para classificar a Pancreatite aguda quanto aos 3 níveis de gravidade:
Pancreatite Aguda "Leve” Pancreatite Aguda “Moderada” Pancreatite Aguda “Grave”
242
Segundo o Escore de Atlanta, a Pancreatite Aguda | “Leve” é definida pela;
``` Ausência de falência orgânica e ausência de complicações locais (ex.: coleções líquidas, necrose peripancreática) ou à distância ```
243
Segundo o Escore de Atlanta, a Pancreatite Aguda | “Moderada” é definida pela;
Falência orgânica transitória (<48h de duração) ou presença de complicações locais e/ou à distância
244
Segundo o Escore de Atlanta, a Pancreatite Aguda | “Grave” é definida pela;
Falência orgânica persistente | > 48h de duração
245
Se, após a avaliação, o paciente for classificado como portador de pancreatite aguda leve (o que representa 85-90% dos pacientes), qual a conduta geral?
``` repouso, analgesia, antieméticos, dieta zero (inicialmente) e infusão de líquidos e eletrólitos ```
246
Se o paciente for admitido como portador de pancreatite aguda grave (o que representa 10-15% dos pacientes), você deve:
ALÉM DAS MEDIDAS NA PA LEVE, FAZER: ``` Reposição volêmica Providenciar vaga na UTI Antibioticoprofilaxia Suporte nutricional: a nutrição enteral deve ser iniciada sempre que possível, Considerar a abordagem das vias biliares ``` ``` *Nas pancreatites leves a colecistectomia está indicada, podendo ser realizada precocemente ou tardiamente na mesma internação após a resolução dos sintomas ```
247
Sobre a nutrição na pancreatite aguda, assinale a alternativa correta . a) A melhor opção é pela via parenteral exclusiva, já que o repouso glandular faz parte da terapêutica, independentemente da viabilidade do trato gastrointestinal. b) Na forma grave: nutrir precocemente implica em impacto na redução da mortalidade. Se o trato gastrointestinal for viável, esta será a via de escolha. c) Na forma leve: quanto mais precocemente for o início da dieta, mais rápida será a recuperação. d) O jejum deverá ser mantido por 5 a 7 dias, independentemente da gravidade da pancreatite. e) Utilizar uma dieta específica para pacientes com pancreatite aguda modifica a mortalidade e os dias livres de ventilação mecânica.
B OBS: Após estabilização clínica, controle de dor, correção de distúrbios, a nutrição deve ser iniciada seja por via enteral ou NPT, sendo a primeira preferida. Com a melhora clínica, essa nutrição deve ser substituída pela oral.
248
Roberto, 35 anos, foi internado na unidade de terapia intensiva com diagnóstico de pancreatite aguda grave. Apresentou piora gradativa e no 7° dia de tratamento está ictérico, febril e com leucocitose. A tomografia de abdome evidencia colelitíase e extensa necrose pancreática com classificação tomográfica Balthazar D. Qual dos dados abaixo relacionados é indicativo de cirurgia de urgência na pancreatite aguda: a) Presença de icterícia. b) Classificação tomográfica de Balthazar D. c) Presença de necrose glandular maior que 30%. d) Presença de infecção da necrose detectada por punção. e) Presença de febre com leucocitose.
D
249
As principais complicações da pancreatite aguda podem ser divididas em locais e sistêmicas. A conduta diante de Coleção fluida aguda (30 a 50% dos pacientes), é:
Como a maior parte resolve espontaneamente, geralmente nenhum tratamento específico é recomendado. Na suspeita de infecção, a punção percutânea guiada por método de imagem é diagnóstica e terapêutica. Se confirmada, antibioticoterapia venosa deverá ser associada.
250
É a complicação mais temida da pancreatite aguda e ocorre em 20-35% dos pacientes:
Infecção de tecido necrótico
251
As principais complicações da pancreatite aguda podem ser divididas em locais e sistêmicas. A conduta diante de Necrose pancreática e peripancreática é:
Para a necrose estéril, o tratamento tende a ser conservador. Para a necrose infectada, no entanto, o tratamento é a laparotomia com realização de necrosectomia associada à antibioticoterapia sistêmica. OBS: A mensagem é: nos pacientes estáveis, a intervenção cirúrgica deve ser postergada!
252
As principais complicações da pancreatite aguda podem ser divididas em locais e sistêmicas. A conduta diante de Pseudocisto pancreático (15%) é:
Aqueles com mínimos sintomas e sem evidência de uso ativo de álcool podem ser acompanhados clinicamente com USG seriada. Os que mostram aumento progressivo do diâmetro na USG, sintomáticos (geralmente maiores que 6 cm) ou associados a complicações (hemorragia, ruptura e abscesso) devem ser abordados bem como aqueles em o diagnóstico diferencial com uma neoplasia cística do pâncreas seja impossível, devem ser abordados.
253
Nada mais é do que um pseudocisto infectado!!! Assim, ele surge tipicamente cerca de quatro a seis semanas após o início da pancreatite aguda; configurando uma complicação TARDIA. As principais condições associadas são: pancreatite grave, pós-operatória, alimentação e laparatomia precoces, uso indiscriminado de antibióticos, punção ou drenagem inadequada de pseudocisto, fístula para cólon.
Abscesso pancreático
254
A primeira escolha para abordagem dos pseudocistos recai sobre os métodos endoscópicos. Dois métodos principais são empregados:
1. Colocação de stents no ducto de Wirsung durante uma CPRE. 2. Drenagem direta por cistogastrostomia ou cistoduodenostomia através da passagem de stents plásticos pela parede do cisto.
255
O pseudocisto, quando se rompe, pode ainda levar a outras complicações (mais comuns na pancreatite crônica):
1. Para a cavidade peritoneal > ascite pancreática 2. Comunicação com ducto pancreático secundário 3. Comunicação com ducto distal desconectado do ducto principal 4. Comunicação com ducto pancreático principal 5. Para a cavidade pleural > fístula pancreaticopleural. 6. Para o estômago, delgado, via biliar, cólon > fístula pancreaticoentérica. 7. Para um vaso adjacente > pseudoaneurisma e hemorragia digestiva 8. Obstrução gástrica e duodenal, levando a vômitos recorrentes
256
Sobre a pancreatite aguda, assinale a alternativa que apresenta maior relação com a má evolução. a) Extensão da necrose pancreática. b) Nível de amilasemia na admissão. c) Presença de icterícia. d) Tamanho de coleção peripancreática maior que 10 cm. e) Número de coleções extrapancreáticas.
A
257
Após oito semanas de melhora clínica de um quadro de pancreatite aguda, o paciente refere náuseas, pirose e plenitude pós-prandial. Na tomografia computadorizada há lesão hipodensa, sem realce pelo contraste que se estende do espaço pararrenal anterior e comprime o fundo gástrico. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?
Pseudocisto pancreático
258
Em que momento há indicação para abordagem cirúrgica na pancreatite aguda? a) Pancreatite Aguda moderada. b) Pancreatite Aguda com Necrose. c) Pancreatite Aguda com Necrose infectada e precocemente. d) Pancreatite Aguda com Necrose infectada o mais tardio possível. e) Pancreatite Aguda em pacientes diabético
D
259
A pancreatite aguda biliar grave, com formação de coleção em corpo e cauda deve ser explorada cirurgicamente na seguinte situação: a) Coleções maiores que 6 cm de diâmetro. b) Infecção comprovada ou suspeita. c) Icterícia persistente. d) Amilasemia superior a 500 após 14 dias de tratamento clínico. e) Sempre, desde que realizada por videocirurgia.
B
260
A alta hospitalar é determinada quando a dor é controlada com analgésicos orais e o paciente pode voltar a se alimentar normalmente. No entanto, antes da alta hospitalar em pacientes com pancreatite leve, de origem biliar, devido à recorrência da pancreatite (até 30% em seis a oito semanas, após o episódio inicial), deve-se realizar:
Colecistectomia videolaparoscópica
261
Mulher, 53 anos, com colelitíase é internada com pancreatite aguda. O momento adequado para a realização da colecistectomia é logo após a: a) Estabilização hemodinâmica, de emergência. b) Normalização dos níveis séricos de amilase e lipase. c) Resolução do quadro de pancreatite, na mesma internação. d) Realização de CPRE.
C
262
Mulher, 58a, queixa-se de dor epigástrica intensa de início súbito há 6 horas, irradiada para o dorso, acompanhada de vários episódios de vômito. Exame físico: regular estado geral, desidratada +++/4+, descorada +/4+, ictérica +/4+, T = 37,8°C; FR = 29 irpm; FC = 118 bpm; PA = 86 x 38 mmHg; abdome distendido com dor à palpação epigástrica. Radiograma simples de abdome: opacificação do seio costofrênico esquerdo, distensão de alças de delgado, sem níveis líquidos. Exames laboratoriais: Hemograma: Htc = 36%; Leucócitos = 18.600 (com 7% de bastonetes); bilirrubina sérica total = 3,5 mg/dl (direta= 2,4 mg/dl); amilasemia = 820 UI/L; AST = 198 UI/L; glicemia = 213 mg/dl; LDH = 550 UI/L. CITE O DIAGNÓSTICO E AS 2 PRINCIPAIS ETIOLOGIAS.
Pancreatite aguda Pancreatite aguda biliar Pancreatite aguda alcoólica
263
Paciente de 65 anos, feminina, chegou ao pronto-socorro transferida de outra cidade, após atendimento inicial. Relata dor epigástrica intensa há 20 horas, acompanhada de náuseas e vômitos. Recebeu analgésicos, hidratação vigorosa EV, e antiemético. Realizou exames de sangue e tomografia (em anexo) na cidade de origem e foi transferida imediatamente para o Hospital do Servidor para tratamento. EXAME FÍSICO: Fáscies de dor, REG, pulso 120, FR: 26, desidratada +/4+ anictérica, descorada +/4+. Abdome: doloroso à palpação superficial e profunda principalmente em andar superior. Descompressão Brusca negativa. Sem tumores palpáveis. EXAMES LABORATORIAIS (TRAZIDOS): Leucograma 13.000 Hb: 13,2; Ht: 44. Ureia: 65; Creatinina: 1,4; Glicemia: 105 Cálcio: 8,2; DHL: 220. TGO: 250; Gama Gt: 280; Amilase: 1250. QUAL O DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL?
Pancreatite Aguda
264
Lesão irreversível do parênquima pancreático caracterizada por inflamação crônica, fibrose e destruição progressiva dos tecidos exócrino e endócrino.
PANCREATITE CRÔNICA
265
Principal ETIOLOGIA da PANCREATITE CRÔNICA
Álcool 80% | e Fibrose cística (crianças)
266
História de etilismo + Episódios prévios de pancreatite aguda (podem estar presentes ou não) + Dor Abdominal + Esteatorreia (Síndrome Disabsortiva) + Diabetes mellitus. Dor Abdominal: localização variada, geralmente no andar superior do abdome, constante ou intermitente, exacerbada pela alimentação, associada a emagrecimento e indigestão, dependência de narcóticos pela intensidade da dor.*
PANCREATITE CRÔNICA
267
O teste mais sensível para o Diagnóstico de Pancreatite Crônica é
estimulação da secretina.
268
Acredita-se que a dor produzida pela pancreatite | crônica deve-se, fundamentalmente, pelos seguintes mecanismos:
Obstrução canalicular com aumento secundário da pressão e/ou efeitos direto nos nervos simpáticos aferentes viscerais que levam a sensação de dor do pâncreas para o cérebro.
269
É uma manifestação típica da Pancreatite Crônica avançada, uma vez que 90% dos ácinos pancreáticos devem estar disfuncionais para haver disabsorção.
esteatorreia
270
O teste “padrão-ouro” para diagnóstico de pancreatite crônica é
Análise histopatológica. OBS: Como as alterações histológicas típicas não se refletem necessariamente em sintomas e podem nem mesmo originar a doença, não existe um teste capaz de diagnosticá-la de forma precoce.
271
Nos anos 80 a pancreatite crônica costumava ser classificada em três tipos (Marseille-Roma) baseada em sua etiologia, Atualmente, já que o achado pode indicar abordagens terapêuticas diferentes, a classificação é:
1. Dilatado | 2. Não dilatado
272
Doenças de grandes ductos: mais comum em HOMENS. Maior presença de esteatorreia e diabetes, calcificações frequentes na radiografia de abdome, CPRE com alterações significativas.
Pancreatite Crônica Dilatada
273
Doença de pequenos ductos: mais comum em MULHERES, menor presença de disfunções orgânicas, teste da secretina alterado com tripsinogênio sérico e elastase fecal normais, calcificações raras, CPRE normal ou discretamente alterada.
Pancreatite Crônica Não Dilatada
274
O tratamento da pancreatite crônica é paliativo, sendo incapaz de reverter as alterações sofridas pelo órgão. Focaremos o tratamento baseado nos sintomas do paciente:
a. Reposição oral de enzimas pancreáticas b. IBP’s c. Fracionamento da dieta e redução da gordura alimentar d. Hipoglicemiantes orais e posteriormente com insulinoterapia. e. Analgesia f.
275
O tratamento de pacientes com PANCREATITE CRÔNICA complicando com Dilatação ductal secundária a cálculos ou estenoses, é feito com:
1. CPRE 2. DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA Nos casos refratários à terapia endoscópica que possuem dilatação ductal importante (> 7 mm), torna-se uma opção.
276
O tratamento de pacientes com PANCREATITE CRÔNICA complicando com Dilatação ductal secundária a cálculo ou estenose únicos:
Além dos procedimentos já descritos (CPRE e DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA), obstruções únicas em cabeça ou cauda podem ser resolvidos com pancreatectomia.
277
O tratamento de pacientes com PANCREATITE CRÔNICA complicando com Doença parenquimatosa sem dilatação ductal
Pancreatectomia Total.
278
Na pancreatite crônica, são indicações do tratamento cirúrgico: a) Dor persistente e diabetes. b) Dor persistente e suspeita de malignidade. c) Diabetes e esteatorreia. d) Suspeita de malignidade e esteatorreia.
B
279
Um paciente etilista apresenta quadro clínico e tomográfico compatível com pancreatite. A dosagem de amilase sérica foi normal. Assinale a alternativa que contém a provável causa da não elevação da amilase nesse paciente. a) Presença de fibrose pancreática prévia. b) Inibição da produção de amilase. c) Excesso de sequestro de líquidos contendo amilase para o retroperitônio. d) Acometimento preferencial do pâncreas endócrino.
A
280
A principal indicação para o tratamento cirúrgico da pancreatite crônica é: a) Cisto pancreático. b) Dor persistente. d) Ascite pancreática. c) Icterícia obstrutiva. e) Abscesso pancreático.
B
281
Na apendicite aguda, o primeiro sintoma é: a) Anorexia. b) Dor epigástrica. c) Dor na fossa ilíaca direita. d) Dor abdominal difusa. e) Vômitos
A ****
282
Paciente de 18 anos, masculino, apresenta dor em fossa ilíaca direita, vômitos e queda do estado geral. Qual o sinal/sintoma fundamental para o diagnóstico de apendicite aguda? a) Anorexia. d) Sinal de Lennander. b) Diarreia. e) Sinal de Rovsing. c) Sinal de Psoas.
A***
283
No diagnóstico da apendicite aguda, como é conhecida a manobra de pressionar a fossa ilíaca esquerda causando dor reflexa na fossa ilíaca direita? a) Sinal de Blumberg. b) Sinal de Rovsing. c) Sinal do psoas. d) Sinal do Obturador. e) Sinal de Mc Burney
B
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Quanto à apendicite aguda podemos afirmar que: a) Complicações como peritonites são mais frequentes em adulto jovem. b) Nos critérios de Alvarado quanto maior a soma mais provavelmente o diagnóstico será positivo. c) Nunca existe um quadro de apendicite aguda sem dor, sem febre e sem leucocitose. d) Raio X de tórax e abdome é o exame que confirma o quadro. e) Ultrassom é o exame mais preciso para apendicite aguda que a tomografia computadorizada.
B
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Menino, 10 anos de idade, com dor no epigástrio que há um dia migrou para a fossa ilíaca direita. Refere náuseas, temperatura axilar = 37,8°C. Nega outros sintomas ou outras doenças. Ao exame físico geral sem anormalidades. Exame abdominal: dor e descompressão brusca dolorosa na fossa ilíaca direita, demais regiões sem anormalidades. Ultrassonografia constatou a presença de apêndice cecal espessado, aumentado de tamanho. Foi operado e encontrado apêndice edemaciado e hiperemiado. Realizou-se apendicectomia. Cite as possibilidades de vias de acesso para realizar a apendicectomia neste caso.
Incisão de McBurney (Dovis/transversa) ou outra localizada na fossa ilíaca direita OU outra localizada na fossa ilíaca oblíqua. Acesso videolaparoscópico OU via laparoscópica OU laparoscopia
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``` A complicação mais frequente, após um apendicectomia, é: a) Peritonite pós-operatória. b) Deiscência de sutura. c) lnfecção no tecido celular subcutâneo (abscesso de parede). d) Pielonefrite. e) Endocardite. ```
C
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Em relação às fases da apendicite aguda, a conduta correta é: a) Fase III: drenagem da cavidade abdominal e antibioticoterapia. b) Fase I: lavagem da cavidade abdominal e antibioticoprofilaxia. c) Fase IV: drenagem da cavidade abdominal e antibioticoterapia. d) Fase II: drenagem da cavidade abdominal e antibioticoprofilaxia. e) Fase IV: lavagem da cavidade abdominal e antibioticoprofilaxia.
``` Fase I: Fase edematosa ou catarral – Apêndice inflamado, sem sinais de complicação. Fase II: Fase úlcera flegmonosa ou flegmatosa – Apêndice extremamente edemaciado pela obstrução do retorno linfático e venoso. Fase III: Fase Gangrenosa – Presença de necrose transmural do apêndice. Fase IV: Fase Perfurativa – Perfuração tamponada ou não do apêndice. ```