NUTRIÇÃO EM CIRURGIA Flashcards
SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE CIRÚRGICO, No período pós-operatório, instala-se um intenso
CATABOLISMO
Sem sombra de dúvida, a principal consequência da desnutrição está relacionada às alterações
imunológicas
COMO AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE?
- HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO
- AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: peso, altura = IMC.
Observação: O peso corporal NUNCA deve ser avaliado isoladamente. - AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CLASSIFICAÇÃO IMC
Abaixo de 18,5:
Entre 18,5 e 24,9:
Entre 25 e 29,9:
Entre 30 e 34,9:
Entre 35 e 39,9:
Acima de 40:
Abaixo de 18,5: Baixo peso
Entre 18,5 e 24,9: Eutrofia
Entre 25 e 29,9: Sobrepeso
Entre 30 e 34,9: Obesidade grau I
Entre 35 e 39,9: Obesidade grau II
Acima de 40: Obesidade grau III
A AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE É FEITA COM
✓ Albumina;
✓ Pré-albumina;
✓ Transferrina
Situações em que a avaliação dessas proteínas (Albumina, Pré-albumina e Transferrina) é prejudicada:
Inflamação sistêmica, disfunção hepática e disfunção renal, pois aumentam a perda proteica
Meia-vida da Pré-albumina
Valores da Pré-albumina que indicam suporte nutricional
- < 2-3 dias
- 20mg/dL
Meia-vida da Transferrina
Valores da Transferrina que indicam suporte nutricional
- 8-9 dias
- < 200mg/dL
Meia-vida da Albumina
Valores da Albumina que indicam suporte nutricional
- 18-21 dias
- < 3mg/dL
COMO DETERMINAR AS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DO PACIENTE?
- O método mais preciso (padrão-ouro) para determinar as necessidades energéticas de um paciente é:
- Calorimetria indireta
observação: no entanto ela necessita de equipamentos especiais, ficando reservada para paciente mais críticos
Os parâmetros utilizados
para o cálculo das necessidades energéticas são:
Consumo de oxigênio (VO2) e
Produção de gás carbônico (VCO2), que são medidos diretamente
Sendo assim, nós podemos
utilizar uma REGRA bem básica para calcular a necessidade calórica do paciente.
- Total de quilocalorias (kcal):
- Total de proteínas:
- Total de quilocalorias (kcal): 25 a 35kcal/kg/dia
- Total de proteínas: 1,5g/kg/dia
QUAL É O PACIENTE QUE TEM INDICAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL?
Se a intervenção cirúrgica puder ser adiada, O PERÍODO IDEAL DE SUPORTE NUTRICIONAL É DE
10 A 14 DIAS
QUAIS OS CRITÉRIOS PARA INICIAR SUPORTE NUTRICIONAL PERIOPERATÓRIO
Histórico médico prévio: desnutrição grave, doença crônica
Perda involuntária > 10-15% do peso corporal usual dentro de 6 meses ou > 5% dentro de 1 mês
Perda sanguínea esperada > 500mL durante a cirurgia
Peso 20% abaixo do peso corporal ideal ou IMC < 18,5kg/m²
Falha em melhorar nas curvas de crescimento e desenvolvimento pediátrico
Albumina sérica < 3g/dL ou transferrina < 200mg/dL, na ausência de estado inflamatório, disfunção hepática ou disfunção renal
Previsão de que o paciente não conseguirá cumprir os requisitos calóricos dentro do período perioperatório de 7-10 dias
Doença catabólica (p. ex., queimadura ou trauma significativo, sepse, pancreatite etc.)
QUAIS OS 4 PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA INICIAR SUPORTE NUTRICIONAL PERIOPERATÓRIO:
Perda involuntária > 10-15% do peso corporal usual dentro de 6 meses ou > 5% dentro de 1 mês
Peso 20% abaixo do peso corporal ideal ou IMC < 18,5kg/m²
Albumina sérica < 3g/dL ou transferrina < 200mg/dL, na ausência de estado inflamatório,
disfunção hepática ou disfunção renal
Previsão de que o paciente não conseguirá cumprir os requisitos calóricos dentro do período
perioperatório de 7-10 dias
QUAL É A MELHOR VIA ALIMENTAR E QUAIS SÃO SUAS PARTICULARIDADES?
- A via alimentar preferencial é a:
- OPÇÕES DE NUTRIÇÃO POR VIA ENTERAL
- VIA ENTERAL
- Via oral
Cateter nasogástrico
Cateter nasojejunal ou nasoduodenal (pós-pilórico)
Gastrostomia
Jejunostomia
VANTAGENS DA NUTRIÇÃO ENTERAL
Absorção direta de nutrientes, como glutamina e alanina
Aumento do fluxo sanguíneo entérico
Preservação da barreira mucosa gastrointestinal
Produção de imunoglobulinas e fatores de crescimento endógeno pelas células da mucosa
Previne a colonização bacteriana colônica
Produção de butirato, que é o principal combustível colônico
Redução do risco de íleo pós-operatório
A nutrição parenteral NÃO é capaz de suprir as vantagens da nutrição enteral
CONTRAINDICAÇÕES PARA A NUTRIÇÃO ENTERAL:
- Vômito intratável, diarreia refratária
- Íleo paralítico
- Fístulas intestinais com alto débito (> 500mL/24h)
- Obstrução gastrointestinal, isquemia
- Peritonite difusa
- Choque grave ou instabilidade hemodinâmica
- Hemorragia gastrointestinal grave
- Síndrome de intestino curto (menos de 100cm de intestino delgado restantes)
- Má absorção gastrointestinal grave (p. ex., insucesso na nutrição enteral, comprovado pela deterioração progressiva do
status nutricional) - Incapacidade de obter acesso ao trato gastrointestinal
- Paciente atingirá as necessidades calóricas esperadas em período < 7 dias
A via preferencial para nutrição enteral é:
Via oral