Raiva Flashcards

1
Q

Quais os sinais e sintomas da raiva?

A

Na fase de pródromo seriam cefaleia, mal estar geral, náuseas, dores vagas.
Na fase neurológica da doença, seriam: hidrofobia, aerofobia, fotofobia, distúrbios de personalidade, irritabilidade, agressividade, exacerbação da personalidade (tímidos ficam depressivos, agressivos ficam mais agressivos).

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2
Q

Qual o começo e curso da raiva (como é o início, tempo de aparecimento, tempo de evolução)?

A

Início súbito, o período de incubação dura de 20 a 90 dias, o pródromo dura de 2 a 10 dias, a duração dos sintomas é variada (depende da assistência médica), mas ocorre entre 7 a 25 dias até o óbito.

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3
Q

Quais as relações epidemiológicas da raiva? (frequência, fatores de risco, pacientes mais acometidos)

A

Cerca de 11 casos em 2018 no Brasil, sendo 1 em São Paulo. No Paraná, o último caso por transmissão de cães foi em 1977 e por morcegos foi em 1987. Os fatores de risco seriam proximidade com animais, como veterinários, biólogos, …, trabalhadores de ONGs.

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4
Q

Qual a integração fisiopatológica da raiva? (mecanismos da doença)

A

Após a contaminação do local com o vírus da raiva, esse irá se replicar nas células musculares locais (período de incubação), até que ligue sua glicoproteína G aos receptores nicotínicos de Acetilcolina e penetre nos nervos periféricos. O vírus, então, se dirige ao SNC por fluxo axoplasmático retrógrado, chegando ao SNC e promovendo uma reação inflamatória no local, promovendo os sintomas da doença. Posteriormente, o vírus se dirige à periferia pelos nervos, chegando ao coração, glândulas salivares, etc.

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5
Q

Qual o prognóstico da raiva?

A

Péssimo, quase 100% vai a óbito após o início dos sintomas.

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6
Q

Qual o seguimento da raiva? (exames laboratoriais)

A

A raiva pode ser diagnosticada laboratorialmente por biópsia do couro cabeludo (local em que o vírus está muito presente), realizando PCR ou imunofluorescência direta. Pode-se realizar, também, uma análise histopatológica, verificando a presença de corpúsculos de Negri, que é patognomônico da raiva (mas a ausência não exclui a possibilidade de ser raiva).

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7
Q

Quais as formas de transmissão da raiva?

A

Mordedura, lambedura ou arranhadura de algum animal contaminado, inalação do vírus em locais fechados e densamente povoados por morcegos contaminados, parenteral (laboratório).

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8
Q

Quais as regiões do SNC preferíveis pelo vírus da raiva?

A

Hipocampo, tronco encefálico, medula espinal, células de Purkinje no cerebelo.

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9
Q

Quais os 2 tipos de manifestações da raiva e quais seus sintomas?

A

Raiva furiosa: meningoencefalite, hidrofobia e aerofobia.

Raiva paralítica: paraplegia simétrica e ascendente.

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10
Q

Em quais casos é indicada a profilaxia pré-exposição?

A

É indicada para profissionais de risco (alto contato com animais), como veterinários, funcionários de canil, laboratório.

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11
Q

Como é feita a profilaxia pré-exposição?

A

Vacina de cultivo celular, 3 doses quando IM, no deltoide, em 0, 7 e 28 dias. Quando intradérmica, usar apenas 1 dose. É necessário o controle sorológico após 14 dias da vacinação e anualmente.

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12
Q

Qual a conduta em casos de possível exposição para pessoas que já receberam esquema de pré-exposição?

A

Caso haja comprovação sorológica, dar 2 doses de vacina (dia 0 e dia 3), sem uso de soro. Caso não haja comprovação sorológica dos anticorpos, conduzir como se não tivesse sido previamente imunizado.

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13
Q

Como é analisada a característica do ferimento para avaliar a pós-exposição? (3)

A

Local: considerar como lesão grave quando for em palma de mão, planta do pé, popas digitais, cabeça e pescoço (alta inervação).
Profundidade: considerar como lesão grave quando for profunda.
Quantidade: lesão grave = extensas ou múltiplas lesões.

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14
Q

Como é analisada a característica do animal agressor?

A

Quando for de cães/gatos sadios ou de cães/gatos suspeitos de raiva e que podem ser observados, considerar como lesão leve.
Quando for de animais silvestres, cães/gatos com raiva ou que fugiram/morreram, considerar lesão grave.
Quando for de roedores, não ocorre a transmissão da raiva.

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15
Q

Qual a conduta em exposição indireta?

A

Lavar o local com água e sabão e não aplicar a vacina.

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16
Q

O que é considerado um acidente leve?

A

Lesões superficiais, pequenas, únicas, em locais fora dos de alta inervação, lambedura de pele com lesão superficial.

17
Q

Qual a conduta em acidente leve com cão/gato sem suspeita de raiva?

A

Lavar o local com água e sabão, observar o animal por 10 dias, se o animal morrer/desaparecer/tornar-se raivoso, administrar 4 doses de VACINA 0, 3, 7 e 14 dias.

18
Q

Qual a conduta em acidente leve com cão/gato suspeito de raiva?

A

Lavar o local com água e sabão, iniciar o tratamento com VACINA (0 e 3 dias), observar o animal por 10 dias, se for confirmada a suspeita, completar o esquema até 4 doses (1 dose entre dia 7 e 10 e a outra no dia 14).

19
Q

Qual a conduta em acidente leve com cão/gato raivoso, desaparecido, morto, animal silvestre, doméstico de interesse econômico?

A

Lavar com água e sabão e iniciar imediatamente as 4 doses de VACINA nos dias 0, 3, 7 e 14.

20
Q

O que é considerado um acidente grave?

A

Lesões extensas, múltiplas, na cabeça, pescoço, palma de mãos, planta de pés, popa digital, profundos. Lembrando que sempre que for nas regiões citadas, é grave, sendo único e superficial ou múltiplo e profundo.

21
Q

Qual a conduta em acidente grave com cão/gato sem suspeita?

A

Lavar com água e sabão e observar o animal por 10 dias. Caso o animal apresente-se raivoso, desapareça ou morra, iniciar 4 doses da vacina nos dias 0, 3, 7 e 14.

22
Q

Qual a conduta em acidente grave com suspeita de raiva?

A

Lavar com água e sabão, iniciar o tratamento com SORO dose única E VACINA em 4 doses nos dias 0, 3, 7 e 14, observar o animal por 10 dias, se a suspeita for descartada após o 10o dia, suspender o tratamento.

23
Q

Qual a conduta em acidente grave, com cão/gato raivoso, desaparecido, morto, animal silvestre, animal doméstico de interesse econômico?

A

Lavar com água e sabão e iniciar o tratamento com SORO dose única E VACINA 4 doses nos dias 0, 3, 7 e 14.

24
Q

Onde deve ser a aplicação do soro?

A

Na lesão. Caso não seja possível, aplicar na região glútea.

25
Q

Qual a conduta em casos de possível reexposição ao vírus da raiva?

A

Caso o esquema anterior tenha sido completo, analisar: 1. Se foi antes de 90 dias, não realizar o esquema profilático. 2. Se foi depois de 90 dias, duas doses (0 e 3 dias).
Caso o esquema anterior não tenha sido completo, analisar: 1. Até 90 dias, completar o número de doses. 2. Após 90 dias, ver como caso novo.

26
Q

Qual a bactéria mais envolvida em infecção por mordida de gato?

A

A Pasteurella multocida, promovendo um QC MUITO rápido, já com pus e acometimento sistêmico (febre, toxemia) horas após a lesão.
*A Bartonella hanselae (BGN) causa a doença da arranhadura do gato, sendo mais arrastada e com linfadenopatia, não sendo uma complicação aguda.