Mononucleose e CMV Flashcards

1
Q

Qual a etiologia da Mononucleose Infecciosa (MI)?

A

EBV da família dos herpes vírus.

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Q

Qual a patogenia da MI?

A

O vírus, após contaminação, infecta as células epiteliais da orofaringe, atingindo, então, os linfócitos B e ativando-os. Os LyB ativados pelo vírus irão produzir e secretar Ig policlonais (Ac heterófilos). Não é toda a população de LyB que é infectada, fazendo com que seja possível o desenvolvimento de uma resposta imune efetiva contra o vírus. Após a infecção dos LyB da faringe, esse vírus se dissemina por todo sistema linfoide do indivíduo.

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3
Q

Qual a epidemiologia da MI?

A

Estima-se que 80-95% da população adulta já foi contaminada pelo EBV. A primoinfecção ocorre principalmente na infância, mas pode ocorrer também na idade adolescente ou jovem.

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4
Q

Como é a transmissão do EBV?

A

Contato com a saliva do indivíduo infectado sintomático ou assintomático. Em crianças, a principal maneira de infecção é através de brinquedos contaminados e em jovens através do beijo.
Pode ser realizada, também, através da relação sexual, já que o vírus pode ser encontrado em secreções genitais.

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5
Q

Em qual período da infecção ocorre a transmissão do EBV?

A

A pessoa elimina o EBV por 6 meses a 1 ano após a infecção primária. Passada essa fase, a excreção viral passa a ocorrer em menor quantidade e de forma intermitente.

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6
Q

Qual o QC da MI?

A

Pródromo com cefaleia, mialgia, fadiga e mal-estar, sendo procedido de febre alta com linfadenopatia (cervical posterior bilateral, principalmente), faringite (aumento das tonsilas, podendo haver exsudato), dor intensa, esplenomegalia (80¨%), hepatomegalia, icterícia, edema palpebral (sinal de Hoagland). Pode haver exantema, estando relacionado em 90% dos casos com o uso de ampicilina ou Abc betalactâmicos. Os principais sintomas são: linfadenopatia, faringite, febre, cansaço.

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7
Q

O que pode influenciar no QC da MI?

A

A idade em que o indivíduo adquiriu a primoinfecção: crianças geralmente é assintomático enquanto adolescentes e adultos apresentam as manifestações clássicas da mono.

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8
Q

Quais as características da linfadenopatia da MI?

A

Acometimento de linfonodos cervicais posteriores, anteriores, axilares e submandibulares. Os gânglios aumentam, são móveis e de consistência fibroeslástica.

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9
Q

Qual o começo e curso da MI?

A

Incubação de 4-6s.
Pródromo de 3-5d.
Hepatoesplenomegalia se mantém até 3 meses após a infecção.
Fase aguda da infecção se resolve após 3-4s.
O indivíduo só piora durante a primeira semana, vindo a melhorar na metade da 2s.

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10
Q

Quais as complicações possíveis da MI? (4)

A

Hematológicas (anemia hemolítica, trombocitopenia, granulocitopenia), Neurológicas (encefalite, mielite transversa, meningite, Guillain-Barré), ruptura esplênica (aumento do órgão e infiltração linfocítica da cápsula, relacionada a traumas abdominais leves), obstrução das vias aéreas (aumento das tonsilas).

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11
Q

Quais os DDs para MI? (8)

A

Existem as doenças com “síndrome da mononucleose infecciosa”, pois apresentam quadro semelhante à mono, são elas CMV, toxoplasmose, SRA (síndrome retroviral aguda), rubéola, hepatite A, linfomas, faringite estreptocócica, hipersensibilidade a drogas.

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12
Q

O EBV apresenta potencial oncogênico? Se sim, para quais?

A

Sim, para linfoma de Burkitt, carcinoma de nasofaringe, linfoma de Hodgkin e linfoma de células B.

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13
Q

Como é realizado o diagnóstico laboratorial do EBV?

A

Hemograma, reação de Paul-Bunnel-Davidson, Ac específicos, PCR.

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14
Q

O que é visualizado no hemograma do paciente com MI?

A

Linfocitose relativa e absoluta (presente em 70% dos pacientes), presença de linfócitos atípicos, aumento de enzimas hepáticas (AST/TGO e ALT/TGP - 60-90% dos casos), aumento de bilirrubina (5% dos casos).

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15
Q

Como pode ser diferenciado um hemograma por infecção bacteriana (angina estreptocócica) de um por infecção por EBV?

A

Na infecção bacteriana, há leucocitose por aumento de neutrófilos, enquanto que na viral há leucocitose por linfocitose e presença de LyB atípicos.

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16
Q

Quais os DDs para MI? (8)

A

CMV, rubéola, toxoplasmose, síndrome retroviral aguda (SRA), angina estreptococica, linfoma, hepatite viral, hiperssensibilidade a drogas.

17
Q

Como podem ser diferenciados os DDs da MI?

A

CMV: não sei.
Rubéola: rash crânio-caudal, gânglios são posteriores e sem amígdalas.
Toxoplasmose: sem acometimento da amígdala, mas dá hepatoesplenomegalia, febre e gânglios.
Essas 3 anteriores há atipia linfocitária no hemograma, as próximas não há.
SRA: s/ amígdala.
Angina estreptocócica: hemograma.
Linfoma: s/ amígdala.
Hepatite viral: s/ amígdala e s/ gânglios.
Hiperssensibilidade a drogas: s/ placas.

18
Q

Qual o tratamento para MI?

A

Sintomático: antipiréticos, hidratação, analgésicos.

Uso de corticoides para reduzir a inflamação (casos não complicados).

19
Q

Qual a etiologia da citomegalovirose?

A

Causada pelo CMV da família herpes vírus

20
Q

Qual a epidemiologia do CMV?

A

Cosmopolita (2/3 da população mundial), maior prevalência em adultos

21
Q

Como ocorre a transmissão do CMV?

A

4 divisões:
Pré-Natal: transmissão transplacentária. (congênita)
Perinatal: sangue, canal de parto, amamentação.
Essas 2 por primoinfecção materna ou recrudescência do CMV.
Pós-Natal: contato com saliva, urina, sangue, secreções genitais.
Iatrogênica: transplantes, transfusões.

22
Q

Qual a importância clínica na forma como o CMV é adquirido?

A

Pois a manifestação clínica depende da forma como foi adquirida.

23
Q

Qual o QC da infecção pós-natal ou iatrogênica?

A

Na maioria das vezes é assintomático.
Quando há sintomas, é uma doença mono-like (com quadro semelhando ao da mononucleose infecciosa): com ou sem acometimento da amígdala, linfadenopatia, febre, hepatomegalia.

24
Q

Como pode ser feita a diferenciação entre a infecção por CMV e a MI?

A

CMV apresenta menor acometimento da amígdala, sem produção de anticorpos heterófilos, geralmente cursa com leucopenia (MI cursa com leucocitose), mas há linfocitose e linfócitos atípicos. Uso da sorologia e PCR.

25
Q

Quais as complicações para o feto na CMV congênita?

A

BPN, prematuridade, aborto, microcefalia, coriorretinite, calcificações intracranianas, surdez, hepatomegalia, alterações visuais, …

26
Q

Essa criança com CMV congênita é transmissora desse vírus?

A

Altamente transmissora, pois ela elimina o vírus em muitas secreções, principalmente na urina.

27
Q

Qual é o QC da infecção no periparto?

A

Poder ser assintomática ou cursar com hipoacusia e ter um rebaixamento no nível do intelecto.

28
Q

Como é o QC da infecção no imunodeprimido?

A

Ocorre, geralmente, pela recrudescência da infecção, sendo que o achado dessas manifestações no paciente deve indicar uma avaliação para imunossupressão, como HIV.
Quase sempre há algum acometimento severo e de várias naturezas, como: Coriorretinite, Esofagite, Encefalite, Meningite, Pneumonia Intersticial, Hepatite e Rejeição de enxerto de órgão sólido.

29
Q

Como é realizado o diagnóstico do CMV?

A

Deve ser feito por laboratório, pois a clínica e o hemograma é muito semelhante à MI.
Isolamento viral, PCR, antigenemia, sorologia, pesquisa de corpúsculos de inclusão.

30
Q

Quais os DDs para a infecção adquirida?

A

Mononucleose, toxoplasmose, hepatite viral, SRA, rubéola, …

31
Q

Quais os DDs para a infecção congênita?

A

TORSCH: toxo, rubéola, sífilis, CMV, herpes simples.

32
Q

Quando e como é feito o tratamento para CMV?

A

Feito apenas em imunodeprimidos. Uso de Ganciclovir, cidofovir, valganciclovir, ….
Não realizar o tratamento na grávida, pois ele é mielotóxico.