PREVENTIVA -> Atenção Primária à Saúde Flashcards

1
Q

Atenção básica

A

Movimento Sanitário Brasileiro - firmar a proposta de sermos um sistema de acesso universal e atenção integral

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2
Q

Atenção Primária à Saúde

A

Tradução de Primary Health Care - cesta de serviços e cobertura universal à saúde. Semelhante à atenção básica nas provas

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3
Q

O que é PCA-tool?

A

Um sistema que mede a presença e a extensão desses atributos essenciais e derivados em um serviço - o PCA-Tool (Primary Care Assessment Tool).
Cada atributo é avaliado pelo PCA-Tool, ele deve ser questionado aos usuários, gestores, profissionais, etc.

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4
Q

Quem são os atributos essenciais (ou nucleares)?

A

Primeiro contato / acesso
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado

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5
Q

Atributo derivados (para qualificar as ações em serviço)

A

Orientação familiar
Orientação comunitária
Competência cultural

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6
Q

Atributo essencial - acesso/acessibilidade/primeiro contato

A

Acesso/primeiro contato: acessibilidade e utilização do serviço como fonte de cuidado a cada novo problema ou novo episódio de um mesmo problema de saúde.

Esse atributo pode aparecer na sua prova em situações-problema do tipo:
pessoas com dificuldade de marcar consulta.

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7
Q

Atributo essencial - longitudinalidade

A

atenção de forma continuada e ao longo do tempo. A relação entre usuário-serviço e/ou usuário-profissional deve ser intensa e de confiança mútua.

Esse atributo pode aparecer na sua prova em situações-problema do tipo:
profissionais com vínculo empregatício volátil com o município, gerando alta rotatividade na UBS, prejudicando a longitudinalidade

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8
Q

Atributo essencial - integralidade

A

os usuários devem receber um cuidado voltado para
todo o aspecto biopsicossocial no processo de saúde-doença, além de ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação, dentro do contexto da atenção primária, mesmo que algumas delas não sejam oferecidas dentro da própria unidade.
Lembrando que a integralidade também é um dos princípios doutrinários do SUS!

Esse atributo pode aparecer na sua prova em situações-problema do tipo:
pacientes necessitando de algum tipo de atendimento que não está disponível na UBS, ou não sendo enxergado de forma integral (biopsicossocial) durante sua consulta.

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9
Q

Atributo essencial - coordenação do cuidado (ou da atenção)

A

a APS precisa ser capaz de integrar todo cuidado que o paciente necessita através da coordenação entre os serviços por onde é atendido. Esse atributo também diz respeito a continuidade do atendimento (seja pelo mesmo profissional ou via prontuários, através do adequado registro dos atendimentos) e o reconhecimento do que foi abordado em outros serviços, promovendo a integração desse cuidado no cuidado geral do paciente (referência e contrarreferência).

Esse atributo pode aparecer na sua prova em situações-problema do tipo:
paciente tendo alta hospitalar sem relatório de internação ou voltando de consulta com especialista sem contrarreferência. Isso faz com que a informação se perca no caminho, prejudicando a coordenação do cuidado.

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10
Q

Atributos derivados - orientação familiar

A

Para conseguirmos oferecer uma atenção integral, é necessário contemplar o contexto familiar e seu potencial de cuidado (ou de ameaça à saúde), incluindo o uso de ferramentas de abordagem familiar (que iremos discutir ao fim do capítulo).

As perguntas do PCA-Tool sobre orientação familiar incluem: pesquisa de doenças da família, questionamento ao paciente (ou a um membro da
família) sobre visão compartilhada do planejamento terapêutico e se o médico/enfermeiro se reuniria com algum membro da família, caso você
achasse necessário.

NOTA: Orientação familiar é avaliada a partir da análise e da participação da família no processo de saúde-doença do paciente

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11
Q

Atributos derivados - orientação comunitária

A

é função do serviço de saúde conhecer quais problemas atingem a comunidade - tanto através do contato direto com ela, quanto no estudo de dados epidemiológicos. É a partir disso que derivará o planejamento e avaliação conjunta para abordagem dos problemas.

As perguntas do PCA-Tool, nesse quesito, incluem: reconhecimento do serviço sobre problemas que ocorrem na comunidade, realização de visitas domiciliares, escuta ativa dos membros da comunidade a respeito dos problemas, convite de membros para participar do Conselho Local de Saúde.

NOTA: orientação comunitária é avaliada a partir do reconhecimento dos problemas que envolvem a comunidade e estímulo da participação social, contribuindo para o planejamento e tomada de decisões.

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12
Q

Atributos derivados - competência cultural

A

É função da equipe de saúde se adaptar às
características culturais da população a fim de facilitar a relação e a comunicação.
Único atributo que não está avaliado no PCA-tool BR.

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13
Q

Método SOAP

A

Parte do RCOP -> REGISTRO CLÍNICO ORIENTADO POR PROBLEMAS
Registro da evolução através do método SOAP. As letras representam um acrônimo e o método provê uma forma clara e adequada do registro clínico.

Subjetivo - Objetivo - Avaliação - Plano
Subjetivo = Queixa Principal / HDA focada na pessoa
Objetivo = exame físico / exames complementares
Avaliação = definir problema, HD, CIAP
Plano = chegar no diagnóstico / tratamento / seguimento / educação em saúde

Saber os 4 tipos de planos é fundamental para uma resposta discursiva completa sobre “dê as condutas”.

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14
Q

4 elementos fundamentais do REGISTRO CLÍNICO ORIENTADO POR PROBLEMAS (RCOP)

A

Há 4 elementos fundamentais no RCOP:
Base de dados da pessoa
Lista de problemas
Nota de evolução - método SOAP
Ficha de acompanhamento

Inclui -> acesso rápido a dados;
Educação continuada;
Lista de problemas (LP)
SOAP

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15
Q

O que é necessário saber da PNAB 2017 para prova?

A
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16
Q

1º artigo PNAB

A

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS.

A Política Nacional de Atenção Básica considera os
termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar às duas, os princípios e as diretrizes definidas neste documento.

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17
Q

2º artigo PNAB

A

“A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.”

§ 1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações
e serviços disponibilizados na rede.
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do
território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras.
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão adotadas estratégias que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.

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18
Q

3º artigo PNAB 2017

A

São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: (Falaremos sobre cada item deste artigo mais para frente, no tópico Princípios e Diretrizes.).

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19
Q

4º artigo PNAB 2017

A

A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica.
Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família (eSF). (Importante no contexto de criação de Equipes de Atenção Básica - eAB.)

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20
Q

5º artigo PNAB 2017

A

A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.

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21
Q

6º artigo PNAB 2017

A

Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica de Saúde - UBS. Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS.

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22
Q

7º artigo PNAB 2017

A

São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:
Galera, são 20 atribuições comuns, algumas muito específicas. É importante conhecer as principais e entender, de forma geral, que é de responsabilidade comum às três esferas, realizar ações que objetivam a viabilização e manutenção da APS: infraestrutura, financiamento, garantia de insumos e serviços; além de respeito aos princípios e diretrizes pelas três esferas.

As principais atribuições comuns são:
Contribuir para a atenção e gestão
Apoiar e estimular a adoção da Estratégia de Saúde da Família
Garantir infraestrutura e boas condições de funcionamento
Contribuir com o financiamento tripartite (cada esfera representa parte do financiamento)
Garantir acesso universal, equânime e ordenado às ações e serviços, além de outras que serão pactuadas pelas Comissões Intergestores
Qualificar a força de trabalho para gestão e atenção à saúde, estimular a formação e educação permanente e continuada dos funcionários, além de garantir seus direitos trabalhistas e previdenciários
Garantir sistemas de informação, transporte em saúde, geração e disponibilização de dados para melhoria dos processos e indicadores
Estimular a participação popular e controle social
Ações de assistência farmacêutica e uso racional de medicamentos

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23
Q

8º artigo PNAB 2017

A

Compete ao Ministério da Saúde:
“REVER periodicamente a PNAB;
CUMPRIR sua parte, em nível nacional, de tudo que foi estabelecido como atribuições comuns”

O principal papel do Ministério da Saúde é rever periodicamente a PNAB (assim como ocorreu em 2017) e fazer alterações de acordo com o pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (falaremos das principais alterações ocorridas em 2019 e 2020), além de prover recursos (sua parte do financiamento tripartite), prestar apoio, elaborar estratégias no âmbito federal e cuidar, junto ao Ministério da Educação, de programas e mudanças curriculares de graduações e pós-graduações na área da saúde.

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24
Q

9º artigo PNAB 2017

A

COMPETE ÀS SECRETARIAS ESTADUAS DE SAÚDE
“ facilitar e prestar apoio para o adequado funcionamento da APS dentro dos municípios”

O papel dos estados (e Distrito Federal) é fazer a gestão e repasse de verbas aos municípios no nível estadual. Ele funcionará como um facilitador e prestador de apoio para o adequado funcionamento da atenção primária dentro dos municípios (mas a palavra final, respeitando a descentralização, é do município), além de ser responsável por levantar
dados, e divulgar sob forma de relatórios os indicadores da Atenção Básica, que auxiliam os gestores municipais na definição de estratégias.

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25
Q

10º artigo PNAB 2017

A

Compete às Secretarias Municipais de Saúde:
“CUIDAR da estratégia da APS (descentralização)
APLICAR a verba e cumprir sua parte no funcionamento
COMPRAR insumos para o adequado funcionamento;
GARANTIR cumprimento de horário dos funcionários”

Cabe ao município, em consonância com a descentralização (princípio organizativo do SUS), cuidar da estratégia da APS (executando o definido
no Plano Municipal de Saúde), aplicação da verba, repassar fundos da sua parte dentro do financiamento tripartite, comprar insumos, garantir o cumprimento de horário dos funcionários, alimentar os sistemas de informação com dados qualificados, enfim, tudo para que a APS esteja ativa, funcional e que possa assumir seu papel como porta de entrada e coordenadora de cuidado dentro da Rede de Atenção à Saúde.

26
Q

RESUMO 10 ARTIGOS PNAB 2017

A
  1. Aprova PNAB 2017;
  2. Ações de saúde (prevenção), porta de entrada e equidade;
  3. Princípios e diretrizes;
  4. Foco na ESF;
  5. Vigilância;
  6. UBS: de básica, não tem nada!
  7. Atribuições das 3 esferas do governo: que a APS funcione!
  8. MS: rever e cuidar da PNAB.
  9. Estados: fazer sua parte.
  10. Município: poramãodamassa!
27
Q

Princípios que fundamentam a APS

A

Iguais aos étnicos-doutrinários do SUS. Universalidade, equidade e integralidade

28
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde (9)

A

Regionalização e hierarquização
Territorialização e adscrição
População adscrita
Cuidado centrado na Pessoa
Resolutividade
Longitudinalidade do cuidado
Coordenar o cuidado
Ordenar as redes
Participação da comunidade

29
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: Regionalização e hierarquização

A

Região em saúde: recorte espacial estratégico - planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços
Hierarquização: forma de organização, com estabelecimento de fluxos e referências

30
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: territorialização e adscrição

A

Território: unidade geográfica destinada para dinamizar a ação de saúde pública (são mutáveis);
Territorialização: é a estratégia utilizada para desenhar novas configurações locorregionais, a partir do reconhecimento do território
Adscrição: pessoas e coletividades adscritas ao território

31
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: população adscrita

A

Adscrever significa registrar, marcar com inscrição. É a população que está presente no território da UBS.

Com a adscrição, é possível estimular o desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. É possível, ainda, definir quem são os profissionais de referência para o seu cuidado.

32
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: cuidado centrado na pessoa

A

Aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, competências e a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva. A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos relevantes, muitas vezes condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no cuidado.

33
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: resolutividade

A

deve ser capaz de resolver a grande maioria dos
problemas de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário.

34
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: longitudinalidade do cuidado

A

Pressupõe a continuidade da relação
de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da falta de coordenação do cuidado.

35
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: coordenar o cuidado

A

Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos
usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.

36
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: ordenar as redes

A

Reconhecer as necessidades de saúde da população
sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das ações assim como a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde das pessoas.

37
Q

Diretrizes da Atenção Primária à Saúde: participação da comunidade

A

Estimular a participação das pessoas, a
orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Com a participação da comunidade, é possível articular e integrar as ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas. Assim, conseguimos colocar em prática o controle social.

38
Q

Funcionamento básico da AB

A

Carga horária mínima de 40 horas/semanais, com
funcionamento mínimo de 5 dias da semana, nos 12 meses do ano.

População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) deve ser de 2.000 a 3.500 pessoas.

Até 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família). Desta forma, é possível atingir seu potencial resolutivo.

Cálculo do teto máximo de equipes (eAB e eSF), com ou sem profissionais de saúde bucal, deve seguir esta regra: população/ 2.000. Ou seja, uma cidade no interior de São Paulo tem 8.000 habitantes, logo, 8.000/2.000 = máximo de 4 eAB e eSF.

Em municípios com menos de 2.000 habitantes, uma equipe de Saúde de Família ou Atenção Básica será responsável por toda a população.

39
Q

Tipos de equipes: Equipe de saúde da família (eSF)

A

Equipe de Saúde da Família (eSF): estratégia prioritária de atenção à saúde.

Composição mínima: médico (preferencialmente médico especialista em medicina de família e comunidade), enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS).

Para áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população, seguindo o número máximo de 750 pessoas por agente comunitário de saúde.

Obrigatoriedade de 40 horas semanais para todos os
profissionais. Desta forma, podem estar vinculados a apenas 1 equipe de Saúde da Família.

40
Q

Tipos de equipes: Equipe de Atenção Básica (eAB)

A

Equipe de Atenção Básica (eAB): como o modelo prioritário é eSF, as equipes de atenção básica (eAB) podem posteriormente se organizar tal qual o modelo prioritário.
Composição mínima: médicos (preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade), enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliar e/ou técnico de enfermagem.
Notem que agentes comunitários de saúde não entram na composição mínima de uma eAB. A polêmica sobre esse tipo de equipe está só começando.
Carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez) horas, com no máximo 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semana.

41
Q

Tipos de equipes: equipe de saúde Bucal

A

Equipe de Saúde Bucal (eSB): constituída por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal. É uma modalidade que pode compor as equipes que atuam na atenção básica.

42
Q

NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família

A

Equipe multiprofissional e interdisciplinar
Profissionais com formação complementar aos que atuam na AB
Função principal: reforçar a resolutividade e amenizar referências
Importante: NASF não é porta de entrada do sistema e também não organiza agenda.
Atendimento na APS é referenciado ou compartilhado e fazem atendimento individualizado também.
O programa PREVINE BRASIL encerrou a transferência de verba para o NASF, ficando a critério do gestor de manter a equipe ou não.

43
Q

PREVINE BRASIL - 4 pilares do funcionamento

A

A. Capitação ponderada: o termo capitação não significa “captar”, mas sim “per capita”, logo, apenas com o nome podemos entender que cada pessoa cadastrada receberá um peso - uma ponderação - e o resultado dessa multiplicação é que entrará no cálculo desta parte do repasse. Depende de vulnerabilidade socioeconômica (beneficiário de bolsa família), perfil demográfico (<5 ou >65 anos), classificação geográfica (+ remoto, + peso)

B. Pagamento por desempenho: calculado com base no cumprimento de metas em um determinado conjunto de indicadores de saúde (começou na pandemia, então não houve aumento do número de indicadores).

C. Incentivo para ações estratégicas: foi uma forma de não deixar descoberto o incentivo a programas que eram financiados via antigo PAB (piso de atenção básica) variável (financiamento federal a programas específicos).

D. Incentivo financeiro com base em critério populacional: repasse considerando a estimativa populacional dos municípios e Distrito Federal mais recente divulgada pelo IBGE, sendo o valor per capita definido anualmente em ato do Ministério da Saúde (incentivo adicional).

44
Q

Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)

A

Subdividido em componentes ordenados; aplicabilidade - prática universal para as visitas realizadas ao serviço

45
Q

Primeiro Componente MCCP

A

“Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença”
É a etapa de compreensão e diferenciação entre doença e processo de adoecimento.
Doença: possui observações objetivas para explicá-la.
Adoecimento: é a experiência pessoal de quem tem a doença, explorando os sentimentos/preocupações da pessoa (medo, culpa, raiva), ideias/explicações sobre o que está ocorrendo, a forma como o que vem sentindo está interferindo no dia a dia e expectativa quanto a consulta (em relação ao tratamento, manejo e papel do médico).

46
Q

Segundo componente MCCP

A

“Entendendo a pessoa como um todo”
É o momento de compreender o indivíduo, a família e o contexto social em que está inserido, sendo ciclo de vida, história de saúde e vida, lazer, crenças, religião, relações pessoais e amorosas, rotina, sono, hábitos de vida, ambiente, costumes, momento econômico etc.

47
Q

Terceiro componente MCCP

A

“Elaborando um plano conjunto no manejo dos problemas”
Esse é o momento de elaborarmos um plano conjunto, em consenso, do manejo dos problemas, estabelecer compromissos (de ambas as partes), definir metas e prioridades, levando em conta as necessidades, valores e preferências da pessoa, sempre baseado em evidências e diretrizes.

48
Q

Quarto componente MCCP

A

“Intensificando a relação entre a pessoa e o médico”
É o aprimoramento contínuo da relação, a cada encontro. Para isso, o profissional necessita ter a autoconsciência e o autoconhecimento bem
trabalhados. Isso requer que o profissional conheça seus pontos fortes e seus pontos fracos. Por exemplo, quais pontos fracos auxiliam a responder
negativamente a algumas pessoas? E quais são os pontos fortes que auxiliam no manejo do paciente? Assim, essa autopercepção ajuda a evitar desgastes desnecessários no dia a dia da sua profissão.

49
Q

MCCP e ReSOAP

A

ReSOAP = método de registro de prontuário
MCCP = método clínico

50
Q

Pegadinhas MCCP

A

Não desconsidera opinião profissional
Não é só usado na medicina
Não é mais custoso
Não prolonga a consulta!

51
Q

Projeto Terapêutico Singular

A

PTS é um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas direcionadas para um indivíduo, uma família ou um grupo. O projeto final
é resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar com Apoio Matricial, se esse for necessário.
O PTS geralmente é realizado em situações mais complexas, onde busca-se identificar corretamente o problema e definir um plano singularizado (nada mais justo, diante da complexidade).

52
Q

APS: densidade e complexidade tecnológica

A

Aproveitando o momento: as ações realizadas na APS apresentam tecnologia de alta complexidade e baixa densidade. Vocês verão isso em algumas questões e fica uma confusão tremenda, contudo, a resposta está na definição de complexidade tecnológica e densidade tecnológica.
Vamos revisar esses conceitos antes de prosseguir:

A complexidade tecnológica diz respeito à exigência de expertise e habilidades especiais, acima dos padrões médios para resolução dos problemas. Vamos ser justos, o atendimento de uma família disfuncional, com violência doméstica, abuso sexual e drogadição é extremamente complexo.

A densidade tecnológica, por sua vez, diz respeito à concentração de equipamentos e instrumentais médico-hospitalares (tecnologias duras).

53
Q

Passos do PTS

A

Diagnóstico, definição de metas, divisão de responsabilidade e reavaliação

54
Q

PTS: o diagnóstico

A
  • avaliação orgânica, psicológica e social
  • identificação dos riscos e vulnerabilidades
  • entendimento do sujeito de maneira ampla, incluindo seus desejos e interesses

“Tentar entender o que o sujeito faz de tudo que fizeram dele” (Brasil, 2010).
Nesta fase, são avaliados os aspectos orgânicos, psicológicos e sociais que
possibilitam identificar riscos, vulnerabilidades e potencialidades na
produção de cuidado. É o momento em que a equipe procura
compreender o sujeito de forma individual e coletiva, entendendo que ele
é coproduzido diante de distintas forças: doença, desejos, trabalho, rede
social. Após essa análise, é hora de realizar um consenso operacional
sobre quais são os pontos relevantes, tanto na visão dos profissionais de
saúde quanto dos usuários em questão.

55
Q

PTS: definição de metas

A

Aqui, são construídas as propostas para curto, médio e longo prazo.
Essas metas serão negociadas com o sujeito doente em conjunto com o membro da equipe que ele tiver um vínculo mais fortalecido.
Atenção: Negociar não é impor!

56
Q

PTS: divisão de responsabilidades

A

Esse é o momento de clareza sobre o que cada membro (sujeito singular, família, equipe) irá fazer para mudar o contexto identificado.

Deve-se identificar um profissional de referência da eSF ou eAB, independente da formação, para exercer esse papel (geralmente o que possui maior vínculo com o sujeito). Esse será o profissional que será procurado, caso seja necessário.

57
Q

PTS: reavaliação

A

A reavaliação é o momento de olhar para o que deu certo, o que deu errado e mapear o que precisa ser feito e como será feito a partir da experiência da primeira execução.

58
Q

Hot Points do PTS

A

Qualquer membro da equipe pode identificar um caso complexo
Geralmente a estratégia é feita com auxílio do apoio matricial (NASF)
Apesar de chamar singular, o PTS pode ser proposto para um território (tendo como sujeito a comunidade, ou parte dela)
É uma discussão de caso de forma complexa

59
Q

Genograma

A

É uma ferramenta de avaliação da estrutura e dinâmica familiar, baseada no heredograma. O genograma permite identificarmos repetições nas relações familiares, padrões de doenças, relacionamentos e conflitos. Para sua construção, o ideal é abordar o sistema familiar com a representação de pelo menos três gerações.
Homens sempre ficam à esquerda
Relações podem ser conflituosas e de proximidade ao mesmo tempo; atentar para abuso sexual e físico (diferença pequena).

60
Q

GENOGRAMA - símbolos relacionados a saúde mental

A
61
Q

ECOMAPA

A

Às vezes, a compreensão da família não é o suficiente e precisamos ampliar o olhar para a relação do indivíduo com o meio social em que
vive. Para isso, utilizamos o ecomapa, que avalia as relações familiares com os sistemas sociais, sendo complementar ao genograma.
Um dos pontos mais importantes da ferramenta é identificar os pontos de apoio e recursos que podem auxiliar no processo de resolução de problemas. Por exemplo, reconhecer uma necessidade de maior atenção da UBS à uma família que quase não tem conexão comunitária. Ou, em uma família com várias conexões, realizar a identificação de pontos de
apoio não detectados somente pela história clínica/genograma e que podem auxiliar na proposta terapêutica.

Para registro gráfico do ecomapa, usam-se símbolos padronizados, que podem variar de acordo com a bibliografia. No círculo interno deixamos os membros da família, suas respectivas idades e relações intrafamiliares descritas com a mesma simbologia que vimos no genograma. Já no círculo externo, coloca-se os contatos da família com outras pessoas, famílias, instituições ou grupos comunitários. Aqui, a representação das ligações entre os diferentes círculos se dá por diagrama de vínculos, fazendo uso de linhas e setas, avaliando:
Força da ligação: fraca; tênue/incerta; forte.
Qualidade da ligação: estressante ou não.
Impacto da ligação: sem impacto; requer energia/dedicação; fornece energia/apoio.

CÍRCULO INTERNO: família (com estrutura e dinâmicas intrafamiliares) - mesma simbologia do genograma;
CÍRCULO EXTERNO: contato com outras famílias, instituições ou grupos comunitários

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Q

Relações gráficas do ECOMAPA

A