PED - Síndromes febris Flashcards
Mecanismo de desenvolvimento da febre em crianças
Atuação dos pirógenos exógenos (infecciosos e não infecciosos) -> cascata inflamatória -> elevação do ponto de termorregulação hipotalâmica (ADH e cortisol)
PED -> Definição de febre (locais para aferição e respectivos VR)
Axilar -> 37,3 ºC (NOVA DEFINIÇÃO DA SBP ANO PASSADO)
Auricular: 37,8-38 ºC
Retal: 38-38,3 ºC (mais fidedigna)
Oral: 37,5-37,8 ºC
Febre sem sinais localizatórios (definição)
Febre com duração <7 dias
Anamnese e exame físico não permitem encontrar uma causa
Febre sem sinais localitazórios vs febre de origem indeterminada
FSSL: <7 dias
FOI: Duração >3 semanas + 1 semana de observação hospitalar
Avaliação de risco da FSSL complicar
Risco de infecção bacteriana: Estado geral / Faixa etária / Status vacinal / marcadores de infecção bacteriana (exames complementares: HMG, PCR, pró-calc, hemoculturas)
Verdades e mitos sobre a febre
Quando usar antitérmicos? Os antitérmicos devem ser usados quando houver desconforto para a criança na vigência da febre, apenas.
Paracetamol é o indicado no período neonatal
Mecanismos físicos podem aumentar a temperatura, uma vez que o ponto do centro termorregulador está aumentado (só são recomendados na hipertermia >40ºC)
Cuidado com o ibuprofeno. Nas crianças com pielonefrite, o uso de AINE reduziu a presença do sinal de Giordano ao exame físco
Por que não usar antitérmicos sempre? Isso acaba gerando febrefobia por parte dos
pais e por parte da equipe médica. Não devemos engessar a temperatura como sempre fazemos na prática! E outra coisa, não devemos intercalar antitérmicos!
FSSL -> Infecção bacteriana Grave (IBG) (7)
Sepse, bacteremia oculta, meningite, artrite séptica, osteomielite, ITU, pneumonia
Bacteremia oculta (BO)
Presença de bactéria em cultura numa criança febril, mas sem infecção localizada
Avaliação da criança febril - critérios básicos
Protocolo de Rochester e Baraff (adotados pela SBP);
avaliam crianças 0-36 meses (0-3 anos) sem nenhuma comorbidade
Baseados em:
EG
Faixa etária
Status vacinal
Exames complementares: EAS, HMG, rx tórax
Se disponível, painel viral respiratório
DICA: Toda criança com comprometimento do estado geral, independentemente da idade, deve ser hospitalizada, investigada para sepse e tratada com antibióticos.
FSSL -> protocolo Rochester e Baraff [tenta falar todo, mas foque nos <30 dias] (1º e 2º passo e <30 dias - cai mais)
1º passo: COMPROMETIMENTO DO EG.
Se sim, as condutas são independentes da idade:
Internação
Hemograma e hemoculturas
EAS e urocultura
Rx de tórax
LCR
Painel viral (se disponível)
ATB empírica -> cefalosporina de 3ª geração (ou cefotaxima nos RNs)
2º passo: FAIXA ETÁRIA
<30 dias, maior chance de dar merda (IBG), principalmente ITU, meningite e bacteremia. E.coli, EGB, Listeria e Enterococo; até mesmo HSV1/2. Faz tudo, mesma coisa do 1º passo (independente de febre aferida ou referida):
Internação
Hemograma e hemoculturas
EAS e urocultura
Rx de tórax
LCR
ATB empírica ainda na primeira hora -> cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima, já que são RNs) + ampicilina / cef isolada / ampi + genta
Considerar aciclovir, se risco p/infecção por HSV1/2
FSSL -> protocolo de Rochester (1-3 meses): identificação de baixo vs alto risco e respectivas condutas
Para 1-3 meses, primeiro definir se é baixo ou alto risco a partir de critérios laboratoriais (ou seja, tem que pedir exame na observação) -> TODOS os critérios devem estar presentes para definir baixo risco
RESUMÃO:
baixo risco: criança bem, histórico bom, sem comorbidades e hm, EAS e microscopia de fezes normais. -> seguimento clínico diário
alto risco: qualquer alteração. -> internar, solicitar exames (hemocultura, urocultura, LCR, RX de tórax, PVR), ATB na 1ª hora (cef 3ª G)
CRITÉRIOS POR EXTENSO DE BAIXO RISCO:
Criança previamente saudável;
Nascido a termo e sem complicações durante hospitalização no berçário;
Sem aparência tóxica e sem evidência de infecção bacteriana ao exame físico;
Sem doença crônica;
Contagem de leucócitos entre 5 e 15.000/mm3;
Contagem absoluta de bastonetes < 1.500/mm3;
Microscopia de sedimento urinário com contagem ≤ 10 leucócitos/ campo;
Microscopia de fezes com contagem ≤ 5 leucócitos/campo nas crianças com diarreia (Rochester esqueceu que, se tem sinal localizatório, não é mais FSSL)
FSSL em 3m-3 anos -> protocolo de Rochester e Baraff - 3º passo (cai menos, focar naqueles com vacinação completa)
Principal causa de febre nessa faixa etária é viral; se bacteriana, ITU (em 2-24 meses)
Avaliar status vacinal -> completo = pelo menos 2 doses de vacina pneumocócica e vacina contra haemophilus influenzae B
Vacinação completa = PVR, considerar: EAS e urocultura se fatores de risco
Fatores de risco: feminino <1 ano, Tax > ou = 39ºC, febre >2 dias; masculino: ausência de circuncisão, Tax>= 39ºC, febre>1 dia)
Vacinação incompleta: avaliar pela temperatura
Temperatura ≤ 39°C: reavaliação obrigatória diária e considerar a coleta de Urina 1 e Urocultura (ver fatores de risco);
Temperatura > 39ºC: coletar Urina 1 e Urocultura.
- Se urina 1 com leucocitúria > 50.000/mm³, iniciar antibioticoterapia empírica para ITU.
- Se urina 1 com ≤ 50.000/mm³, iremos coletar Hemograma.
-> Se o hemograma vier com Leucócitos ≥ 20.000/mm³ ou Neutrófilos ≥ 10.000/mm³, iremos coletar Hemocultura e Raio X de tórax. Se tiver raio X alterado, deve ter tratamento de Pneumonia Bacteriana; se tiver raio X normal, tem risco aumentado de BO, aí realizaremos Ceftriaxone 50 mg/ kg IM 1x/dia e reavaliação diária obrigatória até o final das culturas.
- No entanto, se o hemograma vier com Leucócitos < 20.000/mm³ ou Neutrófilos < 10.000/mm³, reavaliação obrigatória diária sem necessidade de antibioticoterapia empírica
FSSL -> fatores de risco que nos obrigam a solicitar EAS e urocultura nos febris >3 meses com vacinação completa
Fatores de risco: feminino <1 ano, Tax > ou = 39ºC, febre >2 dias; masculino: ausência de circuncisão, Tax>= 39ºC, febre>1 dia)
Além disso, obviamente, não podem ter sinais localizatórios ou que sugiram uma etiologia clara da febre.
Dengue: fases
Incubação (4-10 dias)
Fase febril (2-7 dias)
Fase crítica (após a fase febril)
Dengue: sintomas fase febril e definição de caso suspeito
Surgimento de febre alta, de início abrupto, associado a cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. Menos frequente são os sintomas gastrointestinais e rash cutâneo maculopapular (presente em 50% dos casos), podendo ou não apresentar prurido.