GO - Amenorreia e SOP Flashcards
O que é e quando investigar amenorreia primária
Amenorreia primária é caracterizada pela falha da menarca, ou seja, quando a paciente nunca menstruou espontaneamente.
Caso os caracteres sexuais secundários (crescimento de mamas e pelos pubianos) estejam presentes -> iniciar investigação aos 15 anos
SEM desenvolvimento algum de caracteres sexuais secundários -> iniciar investigação aos 13 anos.
Também considerado, se não apresenta menarca até três anos após o início do desenvolvimento das mamas, se isto se deu antes dos 10 anos.
Conceitos de amenorreia, amenorreia 1ª e 2ª
Formação do sexo gonadal
Cromossomo Y -> gene SRY -> gônada em testículo
A não ser que haja um estímulo diferente (TDF), o sexo gonadal será feminino!
Até a 5ª sem: embriões indiferenciados.
Todos: ductos de Wolff (mesonéfricos, forma homens) + Muller (paramesonéfricos, forma mulher)
Formação da genitália interna masculina (XY)
XY: testículos
-> Céls de Leydig -> testosterona
Estimula Wolff (mesonéfricos)
Epidídimo, canais deferentes, vesícula seminal…
-> Células de Sertoli -> Antimulleriano hormone (AMH)
Regride Ductos de Muller (parameso)
Formação da genitália interna feminina (XX)
XX: ovários
-> Sem testo, regridem ductos de Wolff
-> Sem AMH: estimulam ductos de Muller
Forma tubas uterinas, útero e 2/3 superiores da vagina
Cisto de Gartner
A) presença de grande cisto de Gartner observado em canal vaginal. B) na ressonância magnética, é possível observar uma estrutura cística entre a bexiga (B) e a vagina (V). Apesar de ser uma lesão benigna que normalmente não necessita de ressecção cirúrgica, essa paciente foi submetida à excisão do cisto, confirmado histologicamente a presença deste resquício embriológico do ducto de Wolff.
Sem o estímulo da testosterona, os ductos de Wolff não se desenvolvem e podem permanecer como resquícios embriológicos no fundo de saco vaginal, formando os cistos de Gartner (estruturas saculares no fórnice posterior da vagina, que não necessita de tratamento específico).
Formação da genitália externa masculina
No embrião masculino, a presença de androgênios, especialmente da dihidrotestosterona (DHT) produzida a partir da conversão de testosterona pela enzima 5α-redutase, irá estimular o desenvolvimento
da genitália externa masculina (pênis, bolsa escrotal e uretra peniana). A DHT possui uma potência androgênica maior do que a testosterona, fundamental para o desenvolvimento genital completo.
Formação da genitália externa feminina
No embrião feminino, a ausência do estímulo androgênico será a sinalização para o desenvolvimento da genitália externa (1/3 inferior da vagina, pequenos e grandes lábios e clitóris).
Investigação diagnóstica do ciclo HHO -> compartimentos I ao IV
Pode ser hipotálamo, hipófise, ovários…
Lembra: os compartimentos vão subindo!
Compartimento I: Causas uterovaginais (desordens do trato de saída)
Compartimento II: Causas ovarianas
Compartimento III: Causas hipofisárias
Compartimento IV: Causas hipotalâmicas
Gatilhos mentais nas provas: quimioterapia, fogachos
-> Insuficiência Ovariana Prematura
Gatilhos mentais nas provas: história familiar
Puberdade tardia
Gatilhos mentais nas provas: galactorreia
Hiperprolactinemias
Gatilhos mentais nas provas: hirsutismo/acne
SOP
Gatilhos mentais nas provas: medicações (metoclopramida, antipsicóticos)
Hiperprolactinemias
Gatilhos mentais nas provas: Anosmia + amenorreia primária
Síndroma de Kallmann
Gatilhos mentais nas provas: intolerância ao frio, tremores, ganho/perda de peso, agitação
Alterações de tireoide
Gatilhos mentais nas provas: perda de peso, exercício em excesso, anorexia
Amenorreia hipotalâmica
Gatilhos mentais nas provas: múltiplas curetagens
Síndrome de Asherman
Gatilhos mentais nas provas: sangramento puerperal, atonia uterina, não conseguiu amamentar, amenorreia pós parto
Síndrome de Sheehan (necrose hipofisária)
Investigação inicial de amenorreia primária em > 13 ANOS, SEM CARACTERES SEXUAIS
SECUNDÁRIOS
FSH elevado: HIPOGONADISMO HIPERGONADOTRÓFICO =
1. disgenesia gonadal (defeitos do desenvolvimento sexual em que as células da linhagem germinativa estão ausentes - em que o cariótipo será variável e a gônada não será visível ao US)
2. insuficiência ovariana prematura (IOP), na qual a
perda da reserva ovariana ocorreu tão precocemente que antecedeu a puberdade (ovários visíveis à USG, cariótipo normal 46 XX).
FSH baixo: HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO
pensar em causas centrais (hipotalâmica ou hipofisária) - partir para exames de imagem (TC ou RM)
-> teste de GnRH: se houver aumento das gonadotrofinas, teste é + e significa problema hipotalâmico; se neg, problema hipofisário
Principal causa de disgenesia gonadal em indivíduos fenotipicamente femininos
Síndrome de Turner (cariótipo 45, X0)
Útero presente
Disgenesia gonadal em indivíduos com cariótipo normal
DISGENESIA GONADAL PURA OU COMPLETA (CARIÓTIPO 46, XX)
As gônadas são “em fita (não tem células germinativas)” e não produzem estradiol, determinando a ausência do desenvolvimento puberal e a elevação dos níveis de FSH.
Útero presente
Disgenesia gonadal XY
Disgenesia gonadal XY / Síndrome de Swyer (cariótipo 46, XY) -> mutação ou deleção no SRY do cromossomo Y. as gônadas em fita não são produtoras de testosterona ou de hormônio antimulleriano, determinando a sinalização para o desenvolvimento de genitálias interna e externa femininas
Presença de Y -> necessário realizar gonadectomia (risco aumentado de gonadoblastoma)
SÍNDROME DE SwYer = tem Y!
Amenorreia por distúrbios do hipotálamo
- Síndrome de Kallmann - associado à anosmia
- Deficiências isoladas de gonadotrofinas (DIG)
- Situações de estresse fisiológico, psicológico, composição corporal e dieta inadequada