Afecções pancreáticas Flashcards

1
Q

Relações anatômicas das regiões do pâncreas

A

Processo uncinado -> veia mesentérica superior / artéria mesentérica superior
Cabeça do pâncreas: duodeno
Corpo/cauda: aorta descendente / veia cava inferior

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2
Q

Vipoma -> fisiologia

A

Produção excessiva de insulina, hipoglicemia

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3
Q

Básico da fisiologia da pancreatite aguda e consequência

A

Condição INFLAMATÓRIA, logo, NÃO HÁ pra que usar ATB

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4
Q

Manifestações clínicas da pancreatite aguda

A

Dor abdominal no andar superior do abdome, podendo ser em faixa ou barra
Náuseas, vômitos, pode ter icterícia e febre associadas (ainda é processo inflamatório!)

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5
Q

4Fs da litíase biliar associada a pancreatite

A

Female, forty, fat, fertility (grávida)

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6
Q

Causas de pancreatite aguda

A

Litíase biliar, abuso medicamentoso, etilismo (pancreatite crônica)
Outras: hipertrigliceridemia, pós-CPRE, disfunção do esfíncter de Oddi, pós-traumática

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7
Q

Exame físico na pancreatite aguda

A

Pode ter desidratação, febre, peritonite, dor à palpação, Cullen (equimose periumbilical) e Grey-turner (flancos), choque (perda para terceiro espaço, vasodilatação sistêmica)

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8
Q

Diagnóstico de pancreatite aguda

A

A (clínica) +
B (exames laboratoriais*) OU
C (imagem)

  • = barrigograma -> amilase ou lipase (>3x LSN) já contam como critério, e com clínica sugestiva, já descartam necessidade de exame de imagem
    Lipase = + específica do que amilase
    Na teoria, não precisa pedir ambos
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9
Q

Utilidade da amilase e lipase

A

Úteis para diagnóstico, mas não para prognóstico!
Lipase = + específica que amilase

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10
Q

Critérios de Atlanta para o diagnóstico de pancreatite

A

Dois dos três critérios: dor, laboratório ou imagem alterados
1. Dor + lab
2. Dor + imagem
3. Imagem + lab

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11
Q

Tomografia na pancreatite

A

É o melhor exame. Deve ser solicitada preferencialmente após 3º dia, pois não detecta alterações precocemente
Para investigar complicações, ideal fazer >7 dias.

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12
Q

USG na pancreatite

A

Exame de escolha para esclarecer etiologia biliar (“primeiro exame”).

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13
Q

Rx na pancreatite

A

Útil para investigação de abdome agudo inflamatório

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14
Q

RNM na pancreatite

A

Maior sensibilidade para cálculos na via biliar, avaliar complicações regionais se função alterada

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15
Q

Critérios para avaliar a gravidade

A

Ranson, APACHE II, Atlanta 2012, BISAP

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16
Q

Critério Ranson

A

Admissão X após 48h
Biliar X não biliar

São 5 critérios; logo, se tiver a maioria, é grave

3 ou + pontos = quadro grave

17
Q

APACHE II

A

Não cobram em prova, apenas saber que existe e 8 ou + pontos = quadro grave

18
Q

Critério ATLANTA 2012 pancreatite aguda

A

Avalia clínica, exames, etc
Observar falência orgânica (respiratório, com dist PaO2/FiO2, renal - creatinina, CV - hipotensão) e 2 ou + pontos no escore de Marshall modificado, sangramento TGI>500ml 24h
Complicações locais = necrose, pseudocisto, abscesso
Ou seja, sem falência orgânica ou complicações locais = ATLANTA bom
Falência orgânica transitória <48h, +/- complicações locais = ATLANTA moderado
Falência orgânica persistente >48h, +/- complicações locais = ATLANTA grave

19
Q

Classificação de Balthazar (SCMSP)

A

Avalia imagens - morfologia do pâncreas e presença de necrose
Agressão (A) -> edema/inchaço (B) -> inflamação “em volta” (C) -> coleção líquida (D) -> gás (E)

20
Q

Escore BISAP

A

Blood urea (Ureia > 44 mg/dL)
Impaired mental status (alteração do estado mental)
SIRS
Age (idade > 60 anos)
Pleural effusion (derrame pleural)

21
Q

Manejo geral da pancreatite (4)

A

Analgesia (AINEs, opioides)
Hidratação/correção dos distúrbios hidroeletrolíticos
Jejum (<48 horas**) [apenas se o paciente não tolerar comer]
Suporte nutricional S/N -> liberar dieta se houver melhora da dor, ausência de vômito e fome

22
Q

Dieta para pancreatite

A

Rica em proteínas, pobre em gorduras
Meta de 25kcal/kg/dia
Oral>enteral>parenteral

23
Q

Antibiótico profilático para pancreatite

A

NÃO SE FAZ.
Só se faz antibiótico se infecção comprovada
Pancreatite aguda -> paciente mal perfundido -> isquemia intestinal -> +++ permeabilidade intestinal -> translocação bacteriana -> infecção (local ou sistêmica)

24
Q

Como se comprovar infecção na pancreatite aguda

A

Presença de gás é um achado possível na TC
Suspeita clínica e aspiração de conteúdo

25
Q

Pancreatite biliar -> pilar do tratamento específico

A

“Pancreatite ictérica” (não é regra)
Colecistectomia após recuperação do paciente
Preferencialmente na mesma internação
Casos graves = colecistec após 6-8 semanas
CPRE se colangite associada
Realizar colangio intraop em casos de pancreatite leve, com dúvida diagnóstica

26
Q

Complicações da PA

A

Coleção fluida aguda, necrótica, pseudocisto, Walled of necrosis (WON)

27
Q

Complicações da PA conforme temporalidade

A

Aguda <4 semanas / limites mal definidos
Crônica (>4 semanas / limites bem definidos

28
Q

Qual o achado?

A

Pancreatite aguda edematosa. As setas indicam coleção fluida aguda peripancreática, com resolução dos achados na imagem B

29
Q

Step Up Approach na necrose pancreática da pancreatite aguda

A

Começar com antibióticos e programação da abordagem minimamente invasiva da coleção.
Recursos como laparotomia são sempre as últimas opções, caso haja piora após a drenagem e >4 semanas após início de doença.

30
Q

Quadros com infecção na pancreatite aguda

A

Aspiração = cultura -> diagnóstico
Carbapenêmicos (imipeném) [ideal]
Pode ser também ceftazidima/cefepime/quinolona + metronidazol

31
Q

Pseudocisto na pancreatite aguda (cai demais)

A

Evolução da coleção fluida aguda
Formado após 4-6 semanas

32
Q

Achado?

A

Observamos nestas figuras uma tomografia realizada 6 semanas após um quadro de pancreatite aguda intersticial. Nelas, notamos duas estruturas
ovaladas, com baixa atenuação e com coleção fluida homogênea. Além disso, observamos uma borda bem definida e realçada (setas brancas apontando as bordas do pseudocisto). Notem também a ausência de áreas com maior atenuação, que são indicativas de componente não líquido. As estrelas brancas representam o pâncreas normal.

RESUMO: PSEUDOCISTO PANCREÁTICO

33
Q

Pseudocisto -> detalhes da drenagem

A

Se não houver víscera oca na frente (estômago, intestinos), puncionar percutâneo;
Se houver algo no caminho, drenagem pela cistogastroanastomose

34
Q

Tratamento pseudocisto pancreático

A

Se assintomático, observar
No entanto, às vezes começa a formar massa epigástrica, no HCE, plenitude/empachamento… aí precisa tratar
Pode ser:
- Cistogastroanastomose
- Cistoduodenoanastomose
- Cistojejunoanastomose
- CPRE
- Percutânea (sem relação com estômago/duodeno) (particularmente útil em pacientes sépticos) (divergências na literatura quanto à presença de conteúdo infectado)

35
Q

WON - Necrose encapsulada

A

Principal ddx do pseudocisto
Aparece após 4 semanas, tem cápsula, a diferença é o conteúdo HETEROGÊNEO

36
Q

Manejo WON

A

Pode observar ou pode demandar drenagem, que nem o pseudocisto

37
Q

Achado?

A

WON (necrose encapsulada).
Podemos evidenciar uma coleção totalmente
encapsulada e heterogênea na área pancreática e peripancreática.