Afecções pancreáticas Flashcards
Relações anatômicas das regiões do pâncreas
Processo uncinado -> veia mesentérica superior / artéria mesentérica superior
Cabeça do pâncreas: duodeno
Corpo/cauda: aorta descendente / veia cava inferior
Vipoma -> fisiologia
Produção excessiva de insulina, hipoglicemia
Básico da fisiologia da pancreatite aguda e consequência
Condição INFLAMATÓRIA, logo, NÃO HÁ pra que usar ATB
Manifestações clínicas da pancreatite aguda
Dor abdominal no andar superior do abdome, podendo ser em faixa ou barra
Náuseas, vômitos, pode ter icterícia e febre associadas (ainda é processo inflamatório!)
4Fs da litíase biliar associada a pancreatite
Female, forty, fat, fertility (grávida)
Causas de pancreatite aguda
Litíase biliar, abuso medicamentoso, etilismo (pancreatite crônica)
Outras: hipertrigliceridemia, pós-CPRE, disfunção do esfíncter de Oddi, pós-traumática
Exame físico na pancreatite aguda
Pode ter desidratação, febre, peritonite, dor à palpação, Cullen (equimose periumbilical) e Grey-turner (flancos), choque (perda para terceiro espaço, vasodilatação sistêmica)
Diagnóstico de pancreatite aguda
A (clínica) +
B (exames laboratoriais*) OU
C (imagem)
- = barrigograma -> amilase ou lipase (>3x LSN) já contam como critério, e com clínica sugestiva, já descartam necessidade de exame de imagem
Lipase = + específica do que amilase
Na teoria, não precisa pedir ambos
Utilidade da amilase e lipase
Úteis para diagnóstico, mas não para prognóstico!
Lipase = + específica que amilase
Critérios de Atlanta para o diagnóstico de pancreatite
Dois dos três critérios: dor, laboratório ou imagem alterados
1. Dor + lab
2. Dor + imagem
3. Imagem + lab
Tomografia na pancreatite
É o melhor exame. Deve ser solicitada preferencialmente após 3º dia, pois não detecta alterações precocemente
Para investigar complicações, ideal fazer >7 dias.
USG na pancreatite
Exame de escolha para esclarecer etiologia biliar (“primeiro exame”).
Rx na pancreatite
Útil para investigação de abdome agudo inflamatório
RNM na pancreatite
Maior sensibilidade para cálculos na via biliar, avaliar complicações regionais se função alterada
Critérios para avaliar a gravidade
Ranson, APACHE II, Atlanta 2012, BISAP
Critério Ranson
Admissão X após 48h
Biliar X não biliar
São 5 critérios; logo, se tiver a maioria, é grave
3 ou + pontos = quadro grave
APACHE II
Não cobram em prova, apenas saber que existe e 8 ou + pontos = quadro grave
Critério ATLANTA 2012 pancreatite aguda
Avalia clínica, exames, etc
Observar falência orgânica (respiratório, com dist PaO2/FiO2, renal - creatinina, CV - hipotensão) e 2 ou + pontos no escore de Marshall modificado, sangramento TGI>500ml 24h
Complicações locais = necrose, pseudocisto, abscesso
Ou seja, sem falência orgânica ou complicações locais = ATLANTA bom
Falência orgânica transitória <48h, +/- complicações locais = ATLANTA moderado
Falência orgânica persistente >48h, +/- complicações locais = ATLANTA grave
Classificação de Balthazar (SCMSP)
Avalia imagens - morfologia do pâncreas e presença de necrose
Agressão (A) -> edema/inchaço (B) -> inflamação “em volta” (C) -> coleção líquida (D) -> gás (E)
Escore BISAP
Blood urea (Ureia > 44 mg/dL)
Impaired mental status (alteração do estado mental)
SIRS
Age (idade > 60 anos)
Pleural effusion (derrame pleural)
Manejo geral da pancreatite (4)
Analgesia (AINEs, opioides)
Hidratação/correção dos distúrbios hidroeletrolíticos
Jejum (<48 horas**) [apenas se o paciente não tolerar comer]
Suporte nutricional S/N -> liberar dieta se houver melhora da dor, ausência de vômito e fome
Dieta para pancreatite
Rica em proteínas, pobre em gorduras
Meta de 25kcal/kg/dia
Oral>enteral>parenteral
Antibiótico profilático para pancreatite
NÃO SE FAZ.
Só se faz antibiótico se infecção comprovada
Pancreatite aguda -> paciente mal perfundido -> isquemia intestinal -> +++ permeabilidade intestinal -> translocação bacteriana -> infecção (local ou sistêmica)
Como se comprovar infecção na pancreatite aguda
Presença de gás é um achado possível na TC
Suspeita clínica e aspiração de conteúdo