OT5 - Cancro Ovários, Endométrio e Colo do Útero (2) Flashcards

1
Q

Fármacos mais recentes?

A

◆ As PARP e as BRCA estão relacionadas com a reparação de danos no DNA.
◆ BRCA envolvidos na recombinação homóloga. As PARP na reparação por excisão de bases.

◆ Platino-Sensível - iPARP
◆ Princípio da letalidade sintética - quando 1 via celular está inibida não leva à morte celular mas quando 2 vias celulares estão inibidas ao mesmo tempo leva à morte celular.

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2
Q

Platino-Refratária e Resistente?

A

◆ Pior prognóstico
◆ Citostáticos em monoterapia, de modo sequencial
◆ Tratar até progressão, toxicidade inaceitável, ou resposta clínica completa (isto ocorre muito raramente)
◆ Mau prognóstico - Sobrevivência global curta (<12 meses)

◆ Bevacizumab (também pode ser utilizado)

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3
Q

Hormonoterapia – Cancro Ovário Recidivado?

A

◆ A HT tem um papel residual - numa fase em que doentes que não têm condições para tolerar QT ou numa fase em que já se fez toda a QT que se pensava ser a mais eficaz.
◆ Tamoxifeno e Inibidores da Aromatase
– Vários estudos de Fase II
– Taxa de resposta cerca 15% (baixa)

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4
Q

Cancro do Endométrio - Epidemiologia?

A

◆ Neoplasia maligna ginecológica mais frequente nos países desenvolvidos (cerca 6% dos cancros no sexo feminino)
◆ > 90% ocorre em mulheres com > 50 anos: mas 4% dos casos surgem < 40 anos
◆ Maioria dos casos diagnosticados precocemente (80% no estádio I) com taxas de sobrevivência aos 5 anos > 95%.
◆ Taxas de sobrevivência aos 5 anos bastante inferiores se envolvimento regional ou doença à distância (68% e 17%, respetivamente).

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5
Q

Cancro do Endométrio - Rastreio?

A

◆ Atualmente, sem evidência para o rastreio do carcinoma do endométrio na população em geral
– Recomendado nas mulheres assintomáticas portadoras de mutações associadas ao Sdr de Lynch
– Exame ginecológico + Ecografia transvaginal + Histeroscopia com biópsia ≥ 35 anos (anualmente até serem submetidas a HT+AB)

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6
Q

Cancro do Endométrio - Tipo I?

A

◆ Frequência - 80-90 %
◆ Patologia endometrial subjacente - Hiperplasia
◆ Associação a estrogénios - Sim
◆ Associação a obesidade, dislipidemia e Diabetes mellitus - Sim
◆ Grau tumoral - Grau 1-2
◆ Invasão do miométrio - Baixo
◆ Potencial de metastização ganglionar - Baixo
◆ Prognóstico - Favorável
◆ Sensibilidade a progestativos - Alta
◆ Sobrevivência aos 5 anos - 86%
◆ Alterações genéticas - Mutacões nos genes PTEN (52-78%),KRAS (15-43%), B-CATENINA; Instabilidade de Microsatélites (28-40%)

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7
Q

Cancro do Endométrio - Tipo II?

A

◆ Frequência - 10-20 %
◆ Patologia endometrial subjacente - Atrofia
◆ Associação a estrogénios - Não
◆ Associação a obesidade, dislipidemia e Diabetes mellitus - Não
◆ Grau tumoral - Grau 3
◆ Invasão do miométrio - Alto
◆ Potencial de metastização ganglionar - Alto
◆ Prognóstico - Desfavorável
◆ Sensibilidade a progestativos - Baixa
◆ Sobrevivência aos 5 anos - 59%
◆ Alterações genéticas - Mutacões P53 (60-91%)

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8
Q

Cancro do Endométrio - Fatores de Risco e Diagnóstico?

A

◆ Factores de risco
– Obesidade (IMC 30)/ Síndrome metabólico
– Terapêutica Hormonal de substituição
– Tamoxifeno: apenas nas Pós-menopaúsicas
– Síndrome de Lynch
. Mutações germinativas dos genes de reparação do DNA (MLH1; MSH2, MSH6)
◆ Sintomas - 90% hemorragia uterina anormal
◆ Diagnóstico - Histológico com biópsia endometrial

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9
Q

Cancro do Endométrio - Estadiamento?

A

◆ Estádio I - confinado ao corpo do útero
◆ Estádio II - não se estende para além do útero
◆ Estádio III - envolvimento loco-regional
◆ Estádio IV - envolvimento da bexiga, intestino, metástases à distância

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10
Q

Cancro do Endométrio -Tratamento?

A

◆ Cirurgia - pode ser mais ou menos extensa, com ou sem linfadenectomia, de acordo com o estádio e com o grau
◆ Endometrióide estadio IA G1, G2 – não se recomenda linfadenectomia
◆ Endometrióide estadio IA G3, IB G1 /G2 – recomenda-se linfadenectomia pélvica +/-lomboaórtica
◆ Endometrióide estadio IB G3, II ou III – linfadenectomia pélvica e lomboaórtica
◆ Estadios avançados
– Cirurgia de citorredução com vantagens na sobrevivência
. Recomendada quando se prevê que seja exequível uma citorredução óptima (sem doença macroscópica)

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11
Q

Classificação em Grupos de Risco de Recidiva no Carcinoma do Endométrio?

A

◆ De acordo com: subtipo histológico (endometrióide ou não), estádio, grau e invasão linfovascular~
– Baixo
– Intermédio
– Alto
– Avançado
– Metastático

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12
Q

Cancro do Endométrio - Protocolo de Vigilância?

A

◆ Exame clínico e ginecológico:
– Primeiros 2 anos de 4/4 meses
– 3 anos seguintes de 6/6 meses
– Após o 5º ano, anualmente
◆ Exames complementares de acordo com a clínica (mais adequado aos sintomas apresentados)
– Ponderar doseamento do CA 125, se elevado no pré-tratamento, embora controverso

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13
Q

Cancro do Endométrio - Tratamento de Recidiva?

A

◆ Cirurgia +/- RT (se doença mais localizada)
– Recidiva vaginal
◆ QT (se doença mais disseminada)
– 1ª linha com Carboplatina e Paclitaxel
– Sem consenso relativamente a QT de 2ª linha
◆ Hormonoterapia (tx de manutenção se doentes não tiverem condições para QT)
– Acetato de Megestrol ou Tamoxifeno

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14
Q

Cancro do Colo do Útero - Epidemiologia?

A

◆ Representa 6% dos tumores malignos ginecológicos
◆ 9º tumor maligno mais frequente, em mulheres
◆ Países em desenvolvimento
◆ Década 90, epidemiologia e biologia molecular estabeleceram relação causal entre infeção persistente pelo vírus do papiloma humano (HPV) de alto risco e o carcinoma do colo do útero.
◆ Prognóstico relaciona-se
– Tipo histológico
– iLV
– Extensão tumoral (volume e estádio)
– N+

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15
Q

Cancro do Colo do Útero - Rastreio?

A

◆ Método de colheita: Citologia em meio líquido seguido do teste HPV
◆ Periodicidade
– 21-29 anos: CCV de 3/3 anos (HPV se CCV anormal)
– 30-65 anos: Co-teste (CCV+HPV) de 5/5 anos

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16
Q

Cancro do Colo do Útero - Diagnóstico?

A

Subtipos Histológico
◆ Escamoso ∼70%–80%
– subtipo histológico mais frequente (ao contrário do ovário e do endométrio)
◆ Glandular (adenocarcinoma) 10%–15%
◆ Outros (muito mais raros)
– Tumores neuroendócrinos
– Carcinomas indiferenciados

17
Q

Cancro do Colo do Útero - Estadiamento?

A

◆ RMN
– Melhor caracterização da lesão e sua extensão locorregional e para programar cirurgia
◆ PET-TC
– Exclusão metastização - indicação cirúrgica

◆ Estádio I - confinado ao colo do útero
◆ Estádio II - para além do colo do útero mas não invade a parede pélvica nem o 1/3 inferior da vagina
◆ Estádio III- invade a parede pélvica e/ou 1/3 inferior da vagina
◆ Estádio IV- invade bexiga, reto ou metástases à distância

18
Q

Cancro do Colo do Útero - Tratamento?

A

◆ Os tipos de cirurgia variam de acordo com a extensão do tumor.
◆ Se pouco extenso pode fazer-se apenas uma conização - tirar apenas um cone.
◆ Se um pouco mais extenso podemos fazer traquelectomia - remoção do colo do útero
◆ Se mais extenso - histerectomia total ou radical (com remoção de estruturas envolventes como paramétrios).

19
Q

Cancro do Colo do Útero - Tratamento (2)?

A

◆ Tumores mais volumosos - QTRT
– Dose elevada de Radioterapia (80-90Gy na lesão)
– QT semanal com Cisplatina

◆ Aplicação de Braquiterapia com aplicadores e sementes.
◆ É um tratamento mais localizado que pouca mais os órgãos saudáveis envolventes

20
Q

Cancro do Colo do Útero - Tratamento Adjuvante após Cx Radical?

A

Radioterapia (Risco Intermédio)
◆ Pelo menos 2 dos seguintes fatores:
– Tumor > 4 cm
– Invasão > 2/3 da espessura do estroma do colo do útero
– iLV
– Margem cirúrgica vaginal e/ou radial inferior a 5 mm

Quimiorradioterapia (Alto risco)
◆ Gânglios linfáticos metastáticos
◆ Paramétrios invadidos
◆ Margens cirúrgicas positivas

21
Q

Cancro do Colo do Útero - Seguimento?

A

◆ 1º ano
– Consulta de ginecologia oncológica de 4/4 meses
– Citologia anual
◆ 2º ano
– Consulta de ginecologia oncológica de 6/6 meses
– Citologia anual
◆ 3º ao 5º ano
– Consulta de ginecologia oncológica anual com citologia
◆ 5º ano e seguintes »» alta com recomendação da citologia anual

22
Q

Cancro do Colo do Útero - Tratamento da doença avançada/ QT paliativa?

A

◆ 1ª linha Paclitaxel + Cisplatina
– Contra-indicação ou Cisplatina prévia - Paclitaxel + Carboplatina
◆ Associação com Bevacizumab em doentes com PS 0-1

23
Q

Cancro do Colo do Útero - Tratamento da Recidiva?

A

◆ Depende da extensão da doença
◆ Recidiva Locorregional
– Cirurgia se possível ou QT
◆ Recidiva Extra-pélvica
– Tratamento individualizado
– Avaliar para QT, se não houver condições a doente é encaminhada para cuidados paliativos

24
Q

Outros tumores ginecológicos?

A

◆ TUMORES NÃO EPITELIAIS DO OVÁRIO
◦ Tumores dos cordões sexuais e estroma, puros
◦ Tumores dos cordões sexuais e estroma, mistos
◦ Tumores de células germinativas
◦ Teratomas monodérmicos e tumores de tipo somático com origem em cistos dermoides
◦ Tumores de células germinativas e cordões sexuais e estroma
◦ Outros
◆ CANCRO DA VAGINA
◆ CARCINOMA DA VULVA
◆ NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL
◆ SARCOMAS UTERINOS