OT4 - Cancro da Mama Flashcards
Cancro da Mama - Epidemiologia?
■ O cancro da Mama apesar da sua alta incidência, ocupa o 5º lugar em termos de mortalidade.
■ Isto deve-se aos melhores métodos de rastreio e de diagnóstico, mas também a tratamentos mais eficazes e cada vez mais diversificados.
Deteção de Lesão Mamária?
■ Médico Assistente / Ginecologista
– MGF
– numa consulta de rotina
■ Doente
– aquando da palpação mamária
■ Rastreio/ Autodeteção
– está indicada a mamografia depois dos 40 anos de 2/2 anos
Cancro da Mama - Diagnóstico?
■ Mamografia / Ecografia
– São métodos que se completam
– mamografia avalia melhor microcalcificações
– ecografia avalia melhor quistos e a região axilar ganglionar
■ Ressonância Magnética
– só necessária em algumas situações
– não realizada por rotina
– no caso de tratamento neoadjuvante para avaliação da resposta antes da cirurgia
– se na mamografia e ecografia há alterações que ainda precisam de melhor clarificação
■ Microbiopsia
– uma Anatomia Patológica completa é fundamental
– tirar alguns fragmentos da lesão para caraterização histológica, fundamental para se orientar o tratamento
■ Citologia aspirativa
– um exame complementar se necessário
– papel residual, é pouco usada
Diagnóstico - Observação do Doente?
■ Estádio I:
– confinado à mama
■ Estádio II e III:
– disseminação loco-regional
■ Estádio IV: metastização à distância
Estadiar?
■ Exame Objetivo
– palpação mamária, palpação das áreas ganglionares axilares, cervicais, supraclaviculares
■ Análises
– hemograma completo, função renal e hepática,
– fosfatase alcalina e cálcio: se aumentados pode sugerir metastização óssea
■ TAC
– toracoabdominopélvico
■ Cintigrafia óssea
■ PET
– se houver alguma dúvida ou se doença mais agressiva
■ Avaliação cardíaca
– necessária na maioria das doentes dado que a QT que se usa e alguns anticorpos podem ter toxicidade cardíaca.
– Avaliação ad initium e posterior, regular.
■ Geralmente o carcinoma da mama metastiza para o pulmão, osso e fígado.
Anatomia Patológica?
Temos de avaliar se é uma neoplasia in situ ou invasora, e muitas vezes estes dois tipos coexistem.
■ Neoplasia Maligna não invasora (CDIS)
■ Neoplasia Maligna invasora
– Subtipo histológico (lobular, NST) - estes são os dois subtipos mais frequentes, sendo o NST muito mais frequente do que o lobular
– Diâmetro máximo do tumor ( invasor e CDIS)
– Grau
. I - melhor diferenciado;
. II - intermédio;
. III - mal diferenciado, mais agressivo
– Invasões (vascular, perineural e venosa)
– Distância à margem
. avaliar se cirurgia foi R0, sem doença microscópica na margem
Muito importante avaliar:
■ Gânglio sentinela
– primeiros gânglios a serem metastizados, aquando da disseminação
■ Nº de gânglios
– Quantos foram retirados e quantos estão invadidos.
– Dependendo deste rácio poderão seguir para esvaziamento axilar.
Anatomia Patológica? (2)
■ Receptores de Estrogenios
– saber a %
■ Receptores de Progesterona
– saber a %
■ Her2
– saber se existe amplificação ou não
■ Ki 67
– parâmetro que avalia o grau de proliferação
4 principais subtipos biológicos?
■ Luminal A
– Rec Estrogénios positivos
– HER2 negativos
– Baixo Índice Proliferativo - Ki67 baixo
– Alta % Rec Progesterona
■ Luminal B
– Rec Estrogénios positivos
– HER2 negativos
– Alto Índice Proliferativo - Ki67 alto
– Baixa % Rec Progesterona
■ HER2+
■ Triplos Negativos
– Recetores de estrogénio e de progesterona negativos e HER2 negativos
Classificação?
Luminal A? Luminal B?
■ Ferramentas acessórias:
– Sequenciação Genética:
. Oncotype Dx
. Prossigna
. Pam 50
. Mamaprint
■ Testes genéticos para melhor classificarmos as doentes e avaliarmos se é necessário fazer QT adjuvante (após cirurgia) ou se a doente pode permanecer apenas com hormonoterapia adjuvante.
■ Ajudam a perceber e quantificar o benefício de adicionarmos QT à HT e se vale a pena adicionar.
Oncogenética?
Doentes que devem ser encaminhadas para esta consulta:
■ Cancro da mama < 50 anos
■ História Familiar da Ca Ovário ou Ca Mama
■ Carcinomas Triplos Negativos / Carcinoma e células basais (< 60 anos, mesmo sem história familiar)
Tratamento?
■ Depende do estadiamento e do subtipo histológico
■ Cirurgia
– tx de eleição quando doença localizada
■ Tratamento Sistémico Neoadjuvante
– depende do subtipo biológico
– se o tumor for muito grande ao diagnóstico e precisar de “downsizing”/ “downstaging” antes da cirurgia
– Triplo Negativo podem fazer Platinos
– HER2+ podemos fazer um duplo bloqueio anti-HER2 com anticorpos que se vão ligar ao recetor e impedir a sua homoheterodimerização (a sua ativação)
Tratamento? (2)
■ Tratamento Sistémico Adjuvante
– depende do subtipo biológico
– pós-cirurgia, para diminuir o risco de recidiva
– HER2+ se não houver resposta patológica completa (se ainda se verifica tumor na peça) há indicação para se fazer T-DM1 (tipo de QT)
– Luminais - indicação para hormonoterapia
■ Tratamento Sistémico Paliativo
– depende do subtipo biológico
– Doença disseminada, metastizada
– HER2 - duplo bloqueio anti-HER2
– Luminais - inibidores das ciclinas CD4/CD6 (passagem de G1 para S no ciclo celular)
– Triplos negativos - único tratamento é QT