OT1 - Introdução à Oncologia Médica (2) Flashcards

1
Q

Terapêutica Sistémica?

A

◆ A quimioterapia e as novas terapêuticas biológicas “dirigidas” constituem a principal ferramenta da Oncologia Médica
◆ O desenvolvimento da poliquimioterapia levou à “cura” de diversos cancros > associada a toxicidade elevada (“atingimento de células tumorais e normais”)
◆ Quando a intenção do tratamento é paliativa aceita-se menos a toxicidade inerente

◆ O objetivo é dar qualidade de vida ao doente, com menos toxicidade e por vezes os esquemas de monoterapia acabam por fazer mais sentido do que os esquemas de poliquimioterapia que são mais tóxicos e com maior toxicidade medular.

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2
Q

Tipos de Quimioterapia?

A

◆ Quimioterapia adjuvante
– com o intuito de reduzir o risco de recidiva, após cirurgia se fazem ou não é decidido pelo estadiamento patológico
◆ Quimioterapia neoadjuvante ou primária
– antes de uma cirurgia com o intuito de reduzir a massa tumoral para se obter boas margens cirúrgicas
◆ Quimioterapia instilada/ou em perfusão de regiões específicas do corpo
– ex. QT intraperitoneal no Ca do ovário, CCR, entre outros.
◆ Quimioterapia paliativa
– o objetivo é estabilizar a doença ou se possível ter alguma resposta tumoral que permite ter um melhor controlo da doença

◆ Administração: via endovenosa (veia periférica e central), via oral, via intraperitoneal, via intratecal

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3
Q

Quimioterapia adjuvante?

A

◆ Administrada após a cirurgia para destruir focos microscópicos de células tumorais
◆ Reduzir o risco de recidiva
◆ Baseada no estadiamento patológico
◆ Análise criteriosa da relação risco/benefício

◆ Se doente com comorbilidades cardiovasculares em que há um grande risco de o doente vir a ter recidiva de EAM ou AVC, temos de ponderar o benefício de acordo com o modelo tumoral de fazer QT adjuvante.
◆ A idade também deve ser tida em conta se o doente tiver comorbilidades, mas só por si não deve ser suficiente para tomar a decisão.

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4
Q

Quimioterapia Neoadjuvante ou Primária?

A

◆ Administrada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor ou para prever resposta ao tratamento (“seleção”)
◆ Na doença localmente avançada em que os tratamentos locais como a cirurgia ou a radioterapia não são eficazes
◆ Tratamento de metástases hepáticas potencialmente ressecáveis / irressecáveis de carcinoma colorrectal (quimioterapia de “conversão”)
– em doença metastizada por isso QT paliativa mas o objetivo pode ser tentar tornar as metástases ressecáveis.
– as metastesectomias podem melhorar muito a sobrevivência

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5
Q

Quimioradioterapia Concomitante?

A

◆ A quimioradioterapia primária concomitante é também a primeira terapêutica em diversos cancros:
◆ > cancro do reto, cancro do canal anal, cancro da cabeça e pescoço, nasofaringe, cancro do esófago, cancro do colo do útero, cancro do pâncreas

◆ O objetivo é aumentar a sensibilização da RT, ou seja, intuito radiossensibilizante.
◆ A QT é feita em doses mais baixas do que quando é feita isoladamente.
◆ Em alguns tumores a QT+RT pode ser curativa, e aí chamamos QTRT radical ou primária- ex. cancro do canal anal, esófago, alguns da cabeça e pescoço

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6
Q

Doença Avançada: Irressecável ou Metastizada?

A

1º: “Não fazer mal”

◆ O objetivo é estabilizar a doença
◆ Tentar alguma resposta tumoral para um melhor controlo da doença
◆ Mas sempre tentando que o benefício seja superior à toxicidade e à perda da qualidade de vida

◆ Quimioterapia paliativa
◆ Radioterapia paliativa: anti-álgica, compressão medular, síndrome da veia cava superior, hemostática, etc
◆ Tratamento de suporte (controlo sintomático)
– Muito ditado pelo estado geral do doente, o prognóstico da própria doença oncológica, a idade do doente

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7
Q

Doença Avançada: Irressecável ou Metastizada (2)?

A

◆ Cirurgia paliativa: complicações decorrentes da própria doença ou da terapêutica (p. ex: oclusão intestinal pela doença ou por bridas)
◆ Colocação de stent nas vias biliares para alívio da icterícia obstrutiva
◆ Toxicidade dos tratamentos

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8
Q

Toxicidade associada com citotóxicos?

A

◆ Principal toxicidade: hematológica (neutropenia, trombocitopenia)» Neutropenia febril
◆ Prevenção:
– fatores de crescimento; (para estimular a produção hematopoiética)
– antibioterapia profilática;
– terapêutica anti-vírica; (para diminuir risco de infeção)
◆ Ação vesicante local
◆ Fenómenos trombo-embólicos
◆ Infeção

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9
Q

Efeitos Laterais da Quimioterapia?

A

§ Alopécia
§ Diarreia
§ Náuseas e vómitos
§ Mucosite oral
§ Síndrome palmo-plantar
§ Neuropatia
§ Auditivos
§ Toxicidade cardíaca, pulmonar, hepática e renal…

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10
Q

Prevenção de Toxicidade?

A

§ utilização de anti-eméticos
§ proteção do frio
§ hidratações prolongadas
§ alcalinização da urina
§ utilização de manitol
§ suplementos de magnésio
§ loperamida
§ vigilância hiperglicemias
§ vigilância hipercalcemias

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11
Q

Hormonoterapia?

A

◆ Cancro da Mama RH + > bloqueio da produção de estrogénios
◆ Cancro da Próstata > bloqueio do efeito dos androgénios; inibição da síntese de androgénios
◆ Supressão química - análogos LHRH
◆ Ablação cirúrgica

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12
Q

Terapêutica BIológica Dirigida?

A

Terapêutica molecular é dirigida a diversos alvos celulares relacionados com o crescimento celular, proliferação, migração, neoangiogénese.

◆ “pequenas moléculas” inibidores de recetores tirosinacinase
– atuam nas cascatas de sinalização e inibem os processos envolvidos na carcinogénese
◆ Imatinib (LMC, GIST); Erlotinib (pâncreas, pulmão), Sunitinib (rim, neuroendócrinos do pâncreas), Sorafenib (hepatocarcinoma),…
◆ “Menor toxicidade sobre as células normais”
– não isentos de efeitos laterais

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13
Q

Anticorpos Monoclonais Anti-VEGF e Anti-VEGFR?

A

◆ Inibem toda esta cascata de sinalização envolvida na angiogénese.
◆ Existem outras que vão atuar também nestes mecanismos de inibição da angiogénese.

◆ Bevacizumab
– diminuição da produção de novos vasos sanguíneos necessários ao crescimento do tumor
– em associação com a quimioterapia leva a uma melhoria da resposta ao tratamento
– Indicação aprovada no carcinoma colo-rectal metastático e no carcinoma do ovário

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14
Q

Anticorpos Monoclonais Anti-EGFR?

A

◆ Inibem toda esta cascata de sinalização.
◆ Neste caso, os doentes têm de ser avaliados para estudo molecular do KRAS e NRAS.
◆ Só se podem usar se os doentes forem wild-type.
◆ Inibem proliferação, invasão, migração e sobrevivência das células cancerígenas.

◆ Cetuximab / Panitumumab:
– tratamento do carcinoma do cólon e reto metastizado RAS “wild-type”
◆ Cetuximab: tratamento do cancro da
– cabeça e pescoço metastizado
◆ Concomitante com a Radioterapia

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15
Q

Terapêutica BIológica Dirigida (2)?

A

◆ Anticorpos monoclonais anti - cerbB2 (Trastuzumab)
– cancro da mama (adjuvante e paliativo)
– cancro gástrico (paliativo)
◆ Anticorpos anti-CD 20 (Rituximab): linfomas B

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16
Q

Terapêutica BIológica Dirigida - Toxicidade?

A

Não são isentas de efeitos laterais!

◆ anti-EGFR: reações de hipersensibilidade, lesões cutâneas, diarreia, fadiga…
◆ anti-VEGF: hipertensão, hemorragia, perfuração intestinal, acidentes isquémicos…
◆ anti-cerb2: toxicidade cardíaca…

17
Q

Terapêutica Imunológica?

A

◆ O cancro tem capacidade de escapar ao sistema imune, muito por desenvolvimento de proteínas em recetores como é o caso do PD-1 e PDL1
◆ Fármacos que atuam nestes recetores como CTLA-4 vão permitir interação entre as células tumorais e as células T e células dendríticas do nosso sistema imune.

18
Q

Terapêutica Imunológica?

A

◆ O cancro tem capacidade de escapar ao sistema imune, muito por desenvolvimento de proteínas em recetores como é o caso do PD-1 e PDL1
◆ Fármacos que atuam nestes recetores como CTLA-4 vão permitir interação entre as células tumorais e as células T e células dendríticas do nosso sistema imune

19
Q

Terapêutica Imunológica - Toxicidade?

A

◆ Pneumonite imunitária
◆ Colite imunitária
◆ Hepatite imunitária
◆ Nefrite e disfunção renal imunitária
◆ Endocrinopatias imunitárias
◆ Reação cutânea imunitária

◆ Relacionadas com a resposta imunitária.
◆ Vigiar estes potenciais sintomas.
◆ Pode haver necessidade de associar corticoterapia.
◆ Se não forem tratados de forma precoce podem evoluir para situações potencialmente fatais.

20
Q

Avaliação da Resposta à Terapêutica?

A

◆ Clínica (sintomas e exame físico)
◆ Imagiológica (critérios RECIST)
◆ Bioquímica (marcadores tumorais)
◆ Biópsias dirigidas
– podem dar ideia de que forma é que o tumor está a responder, passarem de formas mais indiferenciadas para mais diferenciadas ou vice-versa

21
Q

MENSAGENS A RETER?

A

◆ Importância da prevenção e do rastreio
– é assim que vamos conseguir controlar a incidência do cancro
◆ Terapêutica multimodal
◆ Decisão multidisciplinar
◆ Definição de objetivos terapêuticos
– intenção curativa vs paliativa
◆ Qualidade de vida
– e preferência do doente, devem ser sempre prioridades