HT15 - Transplantação de Cel Estaminais e Hematopoiéticas I Flashcards
Stem Cell Transplant History?
➜ E Donnall Thomas (1920–2012)
➜ Foi o 1º médico a realizar um transplante com sucesso em 1956, fez a partir de um irmão gémeo
➜ Nobel prize 1990
➜ Known as father of bone marrow transplantation
➜ Fez também o 1º transplante de MO através de um dador irmão, com sucesso
II WorldWar – Atomic bomb?
➜ Percebeu-se que a radiação nuclear destrói as células hematopoiéticas.
➜ Descobriram que se se usar um escudo protetor, a MO fica protegida.
➜ Caso não fosse possível esta proteção, se após a exposição se injeta-se células hematopoiéticas do baço pluripotenciais (recolhidas previamente à exposição à radiação), o ratinho sobrevivia mesmo se altas doses de radiação.
➜ Primeiras bases para a realização de transplante autólogo e alogénico.
First evidence of successful xenotransplant?
➜ Estas células esplénicas protegiam o ratinho mas faltava ainda demonstrar que eram estas células que reconstituiam a medula óssea.
➜ Fizeram uma experiência utilizando células esplénicas com um marcador cromossómico diferente do hospedeiro, ou seja, utilizando células esplénicas de outro ratinho com um cromossoma diferente, infundiram as células após a exposição à radiação e depois foram ver na MO o quê que tinha sobrevivido - tinham sobrevivido apenas células com aquela alteração cromossómica.
➜ Demonstrou-se a reconstituição da MO através da injeção de células esplénicas de um dador (neste caso células de outro rato).
First hypothesis of GvL?
➜ Observou-se que quando se infundia células do mesmo ratinho e células leucémicas, o ratinho morria de leucemia.
➜ Se infundissem células esplénicas pluripotenciais de outro ratinho, ao mesmo tempo que se infundiam células leucémicas, o ratinho desenvolvia um síndrome secundário inflamatório e acabava por falecer desse sindrome, mas sem qualquer evidência de enxerto de leucemia.
➜ Demonstrou-se o potencial efeito graft vs leukemia do sistema imunitário novo contra a doença.
BMT – History and Hallmarks?
➜ Década de 70- primeiros transplantes com efeito curativo em leucemia e anemia aplásica
➜ No final da década de 70 - primeiro transplante autológo com intenção curativa em linfoma
➜ Início da atividade da alotransplantação na prática clínica, na década de 80.
➜ Demonstração consistente do crescimento da transplantação nos anos posteriores
Vantagens da realização de transplante de progenitores hematopoiéticos ?
➜ Condicionamento = quimioterapia feita previamente ao transplante
➜ 1. Quimioterapia intensiva - ↓ Carga tumoral
– mieloablativa, em doses muito superiores porque de seguida temos capacidade de restituir a medula com a infusão de céls hematopoiéticas
➜ 2. Substituição da hematopoiese por células do dador
– permite corrigir défices p.e. por alterações congénitas, genéticas, síndromes de falência medular
– substituição da MO com células de um dador corrige essa deficiência genética
➜ 3. Eliminar doença residual mínima ou controlar e evitar recidiva mais tarde
– Graft Versus Leukemia effect
– Os pontos 2 e 3 só existem no transplante alogénico
– 1 > Transplante Autologo e Alógenico
– 2 e 3 > Apenas Transplante Alogénico
– O transplante autólogo é melhor tolerado e com menos efeitos secundários do que o alogénico, pelo não desenvolvimento de doença de enxerto vs hospedeiro.
Indications for HSCT?
➜ A principal indicação para T. alogénico é a patologia leucémica - LMA, LLA - e também síndrome mielodisplásico ou mieloproliferativo.
➜ Nestes precisamos mais de um efeito graft vs leukemia.
➜ Não temos um poll de cels stem normais que se possa recolher.
➜ A principal indicação para T. autólogo é o mieloma múltiplo (PCD-plasma cells discrasia), seguida dos Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin.
➜ A não realização de t. autólogo em SMD e em leucemias é porque a doença advém de uma célula mais imatura, a recolha de células stem para posterior infusão faria aumentar o risco de recidiva.
➜ A utilização mais frequente de t. autólogo em doenças linfoproliferativas deve-se ao facto destas doenças surgirem de uma célula B, ou seja, já mais diferenciada, portanto a renovação da hematopoiese pode de facto curar a doença, e pela diminuição ou quase escassa presença de doença de enxerto vs tumor nestes casos, devido à menor expressão de células linfóides de antigénios capazes de serem reconhecidos pelo sistema imunológico.
Transplant Activity?
➜ O número de transplantes realizado por ano tem sido consistentemente cada vez maior, tanto a nível autólogo como alogénico. Mais centros de transplantação e mais doentes.
➜ Pico de transplante autólogo entre 1998 e 2000 que depois decresce. Isto deveu-se ao facto de se terem feito muitos transplantes autólogos no contexto de cancro da mama porque permitia a utilização de doses muito superiores de quimioterapia.
➜ Toxicidade importante mas fazia-se o “rescue” da MO com a injeção de cels pluripotentes.
➜ Verificou-se que os fármacos e as doses usadas eram demasiado carcinogénicos e mais tarde aumentavam a incidência de segundas neoplasias.
➜ Abandonou-se a estratégia por ser considerada demasiado tóxica.
Increase Auto and Increase Alo?
➜ Portugal foi dos países que mais cresceu em termos de transplantação autóloga.
➜ Temos 6 centros. A atividade quase duplicou nos últimos 10 anos.
➜ Na transplantação alogénica, o crescimento foi muito mais notório, na Europa. Muitos países duplicaram a sua atividade.
➜ Portugal não teve um aumento tão grande provavelmente por um défice de centros de transplantação - só temos 4 centros (e neste altura só tinhamos 3). Temos no HSJ.
Trends in Allogenic HCT by Recipient Age?
➜ Este aumento do nº de transplantes deveu-se sobretudo à possibilidade de se transplantar doentes mais velhos.
➜ Antes de 2004, eram raros os doentes com >60 anos com capacidade de serem submetidos a transplante pela sua toxicidade.
➜ Com o uso de transplantes de condicionamento intensidade reduzida permitiu que se aumentasse muito o nº de transplantes em doentes com >60 anos, inclusivamente nos últimos anos até se tem feito em doentes com >70 anos, pela reduzida toxicidade deste tipo de condicionamento.
Donor Options and Cell Sources?
➜ Two types of donors – autologous (1) and allogeneic (2)
➜ Three sources of stem cells – bone marrow (3), peripheral blood stem cells (PBSC) (a fonte mais utilizada!), and cord blood (4)
- quando o transplante é do próprio
- quando é de outra pessoa e pode ser:
– Relacionado: dador familiar (ex.irmão)
– Não relacionado: dador de painel - a que era mais usada inicialmente mas que atualmente a sua utilização é pontual
- em situações de transplante alogénico em que não é possível um dador irmão ou não relacionado, pode utilizar-se cels pluripotenciais de cordão umbilical
PBSC collection?
➜ A recolha de cels progenitores hematopoiéticas de sangue periférica é um ato médico relativamente simples.
➜ O transplante de MO feito através de células de sangue periférico não implica a ida a um bloco operatório.
➜ Ser dador de MO na maioria das situações é muito fácil.
➜ Exige cerca de 3 horas.
➜ O doente é conectado através de 2 acessos periféricos a uma máquina que realiza Citaferese - procedimento de centrifugação das células do SP, dividindo-as pelo seu gradiente e tamanho
➜ Aférese (recolha) de células mononucleares, onde se incluem as células pluripotenciais
➜ Previamente à dádiva têm de fazer um tx de 5 dias com fatores de crescimento para estimular a hematopoiese e estimular a drenagem de células pluripotenciais de cels da MO para o sangue periférico, para que a recolha seja mais eficaz.
➜ Requisitos para ser dados de MO:
– Ter entre 18 e 45 anos
– Peso mínimo de 50kg
– Ser saudável
➜ Saco de produto/ sangue muito enriquecido em cels mononucleares, muito semelhante a uma transfusão mas de cels mononucleares e não de “sangue normal”.
➜ O doente fica sentado e acordado durante todo o procedimento, conectado a uma máquina com dois acessos e não tem complicações imediatas para o seu futuro.
➜ Em 48h da dávida está normal, basta uma noite de sono.
BM Collection?
➜ A recolha diretamente da MO está reservada para situações em que:
– não é possível a obtenção de progenitores do SP
– falha a obtenção em número suficiente
– raras situações (<5%) de transplante de MO em que não é necessário o efeito graft vs host/leukemia -
➜ Para diminuir esse efeito tenta-se recolher MO com um número mais baixo de linfócitos T que possam causar doença de enxerto vs hospedeiro - como em casos de transplante em aplasia medular
➜ Também é feita no BO pela questão da manipulação das células por seringa ser feita em ar ambiente e é melhor o ar do bloco para diminuir o risco de infeção.Este procedimento exige sedação, tem de ser feita no bloco operatório.
➜ A recolha de MO é feita num procedimento semelhante a um mielograma mas precisamos de recolher 1L 1,5L, o que torna bastante intolerável o doente estar acordado
➜ Também é feita no BO pela questão da manipulação das células por seringa ser feita em ar ambiente e é melhor o ar do bloco para diminuir o risco de infeção.
Cord Blood?
➜ A recolha das cels do cordão umbilical é feita na altura do parto e depois são criopreservadas, guardadas em bancos públicos ou privados.
➜ O banco público pode ser utilizado para transplante de outras pessoas enquanto que o banco privado é para ser utilizado do próprio, e eventualmente no futuro essas células poderão ser usadas em terapia de células pluripotenciais noutros órgãos, mas atualmente é apenas para transplante hematopoiético.
Donor Selection for Allogeneic HCT?
➜ Na seleção do dador, a 1ª questão que colocamos é se existe algum dador HLA compatível irmão.
➜ Se existir, é esse que se utiliza. Se não, temos de pensar em alternativas.
➜ 1. dadores não relacionados, HLA compatíveis 10/10
➜ 2. dadores não relacionados, HLA compatíveis 8 ou 9 em 10. Menos do que isto é bastante incompatível para realização de transplante.
➜ 3. por vezes admiti-se algum grau de incompatibilidade nas cels de cordão umbilical sobretudo porque são cels muito imaturas que nunca tiveram contato com outro tipo de antigénios e por isso facilmente adaptáveis e capazes de desenvolver tolerância.
➜ 4. mais recente; utilização de dadores familiares haploidênticos, apenas metade compatíveis