HT9 - Linfomas Hodgkin e Não Hodgkin (2) Flashcards

1
Q

Up front therapy - Double Hit/Triple Hit?

A

► Verificou-se que o regime R-CHOP não era o melhor regime para estes subgrupos de doentes.
► Regimes mais intensos como R-Hyper CVAD e regime BURKIMAB (são basicamente tratados como Linfomas de Burkitt) e com essa intensificação terapêutica consegue-se melhorar de forma clara a sobrevivência destes doentes.

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2
Q

Up front therapy - Double Expresser?

A

► Nestes doentes Double Expresser, os regimes de QT mais intensos serão os mais adaptados e o regime R-DA-EPOCH representa a opção terapêutica mais adequada para este subgrupo de doentes.

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3
Q

Recaída-AutoTransplante?

A

► Conclusão: Doentes que recaem são doentes que são tratados com regime de quimiossensibilidade, seguido de auotransplantação com regime BIM e suporte de progenitores hematopoiéticos, não havendo necessidade de fazer manutenção com Rituximab.

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4
Q

Outcomes de LBDGC refratários?

A

► Doentes refratários: doentes que em 1ª linha não respondem a 4 R-CHOP, doentes sem qualquer resposta em 2ª linha, e doentes que em autotransplantação recaem precocemente ao fim de 12 meses.
► Este subgrupo de dts são dts de muito mau prognóstico e com esperança de sobrevivência na ordem dos 6 a 8 meses.

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5
Q

Transplantação alogeneica?

A

► Para ter melhores esperança de sobrevivência - doente tem de ser quimiossensível e tem de ter um intervalo entre o autotransplante e o alotransplante inferior a 1 ano.
► Caso contrário, a sobrevivência é relativamente curta
► Esperança de sobrevivência aos 3 anos de 36%.
► Taxa de letalidade progressiva até aos 3 anos, relacionada com a taxa de recaída e mortalidade relacionada com a transplantação (doença de enxerto e risco de infeção associado).
► Usa-se a transplantação alogeneica como último recurso.
► Risco sempre muito bem discutido.

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6
Q

CAR T Cells - Chimeric Antigen Receptor?

A

► Nova terapêutica que veio revolucionar a atitude terapêutica de fim de linha para doentes com LBDGC que recaem e para as leucemias linfoblásticas.
► No linfócito T é incluido um anticorpo monoclonal B - CD19, através de técnicas de translação.
► Este anticorpo B tem de ativar a sinalização do recetor da cel T - conseguido através destes domínios que são incluídos.
► Doentes que recaem no LBDGC são submetidos a QT de quimiossensiblidade, depois vão ser colhidos os linfócitos T do doente a partir de técnicas de aferese.
► O poll de linfócitos T vão para o laboratório onde vão ser postos em cultura, que vai ser estimulada e ao mesmo tempo, através de técnicas de retrovirus, é introduzido o vetor do anticorpo anti-CD19, no linfócito T.
► Assim temos o CAR T cell que posteriormente vai ser infundido no doente.
► Antes da infusão, o doente tem de ser submetido a terapêutica previa de depleção linfocitária ganglionar, com Fludarabina e Ciclofosfamida.

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7
Q

CART cells are not identical?

A

► Os CAR T cells são todos diferentes.
► Diferenças devem-se ao domínio intracelular e de estimulação do TCR.
► Verifica-se que as respostas completas vão aumentando com as 2ªs e 3ªs gerações de CAR T cells.
► Vão diminuindo a neurotoxicidade e Sind. libertação de citoquinas.

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8
Q

The other side CART - Specific toxicities?

A

► CRS Cytokine Release Syndrome
– Sindrome importante com grande taxa de mortalidade; pode ser tratado com inibidor da IL 6 (Tocilizumab)
– 4 graus de toxicidade, importantes na terapêutica precoce que possa ser utilizada
► ICANS Immune Effector Cell-Associated Neurotoxicity Syndrome
– Síndrome de Neurotoxicidade em que há edema cerebral resultante da libertação de interleucinas e em que os doentes deixam de escrever e falar
– Depois passando a tempestade de interleucinas vai haver uma normalização da função cerebral.

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9
Q

Cost Effectiveness CAR T Cell?

A

► Outro problema é o custo.
► Das medicações mais caras que existe, entre 400-600mil $ cada uma.
► É uma limitação ao seu uso.

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10
Q

Relapses after CART cell therapy?

A

► Muitos doentes recaem após o CART cell, possíveis motivos
► Novos projetos em que se incluem outras interleucinas, outros anticorpos monoclonais, antigénios bi-específicos nomeadamente associar CD22 ao CD19.
► Tentar melhorar a resposta e diminuir a recaída.

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11
Q

Armored CAR T-cells?
Dual – antigen CART cell?

A

► Utilizing cytokines and pro-inflammatory ligands to enhance CAR T-cell anti-tumor efficacy

► CD19/CD20 bi-specific chimeric antigen receptors prevent antigen escape by malignant B cells

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12
Q

Linfoma Hodgkin?

A

► Caraterística muito própria - Celula Sternberg-Reed: parece uns olhos de mocho.
► O linfoma de Hodgkin e a LMC são indiscutivelmente as duas doenças oncológicas mais curáveis que temos na Hematologia.
► Baixa taxa de mortalidade que no L.H. se deve aos cuidados em oncologia e reflexão crítica dos resultados da QT e RT, enquanto que na LMC a grande revolução deveu-se à introdução do Imatinib (1995).

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13
Q

Hodgkin Lymphoma - Sobrevivência Global?

A

► Quando divida por coortes verifica-se que não é igual entre os grupos.
► Nos coortes de idade mais novas, até cerca de 50 anos já se conseguem definir curvas de sobrevivência com um plateau mas a partir dos 50 anos não houve uma grande melhoria, essencialmente pelas toxicidades associadas à QT nas pessoas idosas.
► Este é um dos grandes desafios atualmente - aumenta a sobrevivência e reduzir a mortalidade associada à QT.

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14
Q

Celula de Hodgkin / Reed –Sternberg e microambiente?

A

► Esta célula não invade de maneira difusa o gânglio, conforme se vê na coloração de HE e pela marcação imunohistoquímica para CD30 (marcador muito próprio desta célula!).
► Há um padrão de infiltração de células T difuso que vai poder explicar o processo imunológico.
► A CSR vai originar a amplificação do cromossoma 9p24, aumento da produção do ligando PD-1.
► Este ligando vai originar uma exaustão da emissão da cel T linfocitária.

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15
Q

Linfoma Hodgkin? (2)

A

► Pouco comum
– incidência anual de 2-3 /100000
– incidência a aumentar por infecção HIV
► Mais comum :
– adolescente e jovem adulto
. distribuição bimodal: pico entre os 15 e 34 anos e segundo pico após os 50 anos
– sexo masculino

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16
Q

Linfoma Hodgkin - Classificação?

A

Dividido em 2 grupos:
► LH clássico ( 95% ): CD30+, CD15+, CD45-
– esclero nodular ( 60-80%)
– rico em linfócitos
– celularidade mista (15-130%)
– depleção linfocítica
► LH nodular de predomínio linfocítico (5%) : CD20+, CD30-, CD15-, CD45+ e EMA+

► Alguns grupos tentam enquadrar este segundo tipo num linfoma não hodgkin B indolente pela expressão que tem de CD20.

17
Q

Linfoma Hodgkin - Clínica?

A

► Linfoma silencioso
► Adenopatia / tumefação assintomática
– 75% casos pescoço
– 25% casos axilares
– 10% casos inguinais/iliacos
► Sintomas constitucionais (1/3 dos casos):
– febre
– sudação nocturna
– perda peso
– prurido
– sinais compressão mediastinica

18
Q

Linfoma Hodgkin - Estadiamento?

A

► Avaliação Clínica
► Avaliação Laboratorial
– com marcadores próprios
► Avaliação de Imagem
– essencialmente PET/CT, orienta muito as atitudes terapêuticas e prognósticas

19
Q

Linfoma Hodgkin - PET/CT - Prognóstico?

A

► Aplicando PET/CT na doença avançada, o que se verificou foi que após 2 ciclos de QT, realizando-se uma PET/CT intermédio/interino, conseguiu-se definir 2 tipos de doentes:
– PET/CT negativos e com critério de muito bom prognóstico
– PET/CT positivos
► PET importante para definição de prognóstico.

20
Q

Linfoma Hodgkin - iPET/CT intermédio prognóstico?

A

► O mesmo se verificou na doença precoce.
► PET/CT intermédios positivos como importante fator de prognóstico, com recaídas muito mais precoces.
► Importante para mudar/rever atitudes terapêuticas.
► O objetivo é PET negativo - corresponde a sobrevivência muito melhor, sem probabilidade de recaída.