HT7 - Neoplasias Mieloproliferativas (2) Flashcards
Neoplasias mieloproliferativas - BCR-ABL Negativas?
■ Policitemia Vera
■ Trombocitemia Essencial
■ Mielofibrose Primária
Diferenciação?
■ A diferenciação em eritrócitos, megacariócitos e em granulócitos está fisiologicamente dependente da ligação de fatores de crescimento aos seus recetores:
– Eritrócitos: ligação da eritropoietina
– Megacariocitos: ligação da trombopoietina ao MPL
– Granulócitos: ligação do G-CSF ao recector
JAK2?
■ Em condições fisiológicas, a transdução de sinal por estes recetores está dependente da ligação do ligando ao recetor.
■ Esta transdução de sinal está dependente de uma TK citoplasmática que se liga ao domínio intracitoplasmático do recetor dos fatores de crescimento.
■ Nas neoplasias mieloproliferativas BCR-ABL negativas há uma mutação pontual na JAK2 denominada V617F, que permite que haja transdução de sinal mesmo que não haja ligação do ligando ao recetor
Neoplasias mieloproliferativas?
■ LMC → 100% BCR-ABL(+)
■ PV → ~95% JAK2V617F(+)
~5% JAK2 e12 mut(+)
■ TE → ~60% JAK2V617F(+)
15-25% CALR mut(+); ~5% MPLW515L/K(+)
■ MP → ~60% JAK2V617F(+)
25-35% CALR mut(+); ~5% MPLW515L/K(+)
Mutações?
■ Várias mutações somáticas identificadas na MP e nas outras NMP bcr-abl negativas, a sua frequência e a relevância patogenética:
– Mut JAK2
– Mut CALR
– Mut MPL
– Outras mais raras mas com importantes implicações prognósticas
Policitemia Vera?
■ Aumento da massa eritrocitária (hgb e hct ↑)
■ WBC e PLT frequentemente também ↑; ± esplenomegalia
■ Exclusão de causas secundárias de policitemia, congénitas ou adquiridas: hemoglobinopatias; hipoxemia crónica; tabagismo; produção de Epo ↑ por neoplasias…
■ Risco ↑ de fenómenos trombóticos e hemorrágicos
■ Tratamento: flebotomia, AAS, hidroxiureia
Fluxograma para o diagnóstico das NMP bcr-abl negativas?
■ Identificação das lesões moleculares associadas a esta doença e que vieram facilitar muito o diagmóstico
■ Blood mutation screening
■ PM - Bone marrow biopsy with mutation screening and cytogenetics
Policitemia Vera - Tratamento?
■ Atuar sobretudo no risco vascular, dividindo os doentes em baixo ou alto risco.
■ Controlar a doença com flebotomias, para manter ht < 45% + AAS baixa dose
■ Hx eventos vasculares ou idade >60 anos
– Tx citorredutora, sendo a 1ª linha habitualmente a hidroxiureia
Principais eventos que causam mortalidade e morbilidade em doentes com PV?
■ Destacam-se os eventos trombóticos.
■ Uma % de doentes acaba por morrer por evolução da neoplasia para formas mais agressivas como leucemias agudas ou mielofibrose.
Trombocitemia Essencial?
■ PLT>450x10^9/L
■ Exclusão de causas secundárias de trombocitose: ferropenia, neoplasias, doenças inflamatórias, outros SMP
■ Risco ↑ de fenómenos trombóticos e hemorrágicos
■ Tratamento: AAS, hidroxiureia, IFN-α
■ O objetivo é redução do risco vascular!
Trombocitemia Essencial - Tratamento?
■ A estratificação do risco vascular tem em consideração: a hx de trombose, a idade (cut-off nos 60 Anos) e a presença/ausência de mut JAK2 e presença de outros FR CV
■ Em doentes intolerantes ou refratários à hidroxiureia, uma alternativa é o IFN - droga mais tóxica e por vezes até toxicidade grave, mas tem a vantagem de poder intervir sobre a hx natural do clone neoplásica, numa % pequena de doentes consegue diminuir o tamanho do clone neoplásico.
Critérios da OMS para dx de PV e de TE?
As mielofibroses podem ser uma evolução negativa das NMP mais benignas (a PV e a TE)
Mielofibrose Primária?
■ Mais raro que os outros SMP
■ Anemia. SP leucoeritroblástico: anisopoiquilocitose e dacriócitos, percursores eritrocitários nucleados; percursores granulocitários; plaquetas gigantes e fragmentos de megacariócitos
■ Esplenomegalia ± hepatomegalia
■ Sintomas sistémicos (“sintomas B”)
■ Fibrose medular na biópsia óssea – os fibroblastos e células do estroma não são clonais
■ Tratamento: suporte, transplante alogénico
Mielofibrose Primária (2)?
1■ quadro morfológico caraterístico; mas não é exclusivo da MFP, pode acontecer em qualquer situação em que o espaço medular esteja preenchido por tecido fibrótico como na MFP ou por outro processo extrahematológico como por ex. metástases de um carcinoma.
2■ variação no tamanho e na forma dos eritrócitos
3■ eritrócitos em forma de lágrima
4■ não fazem parte do clone neoplásico, são reativas a fatores parácrinos produzidos pelo clone neoplásica
5■ de acordo com a gravidade que é muito variável; em muitos casos está limitado ao tratamento sintomático de suporte. em casos graves pode correr-se o risco de fazer um transplante de CEH.
Critérios da OMS para o dx de MFP?
Distinguir mielofibroses primárias que já sejam claramente fibróticas das que estão numa fase mais inicial, denominada préfibrótica.