ITU Flashcards
Fatores de risco (meninas)
- raça branca
- menores de 1 ano
- Tax > 39 graus
- febre > 2d
- ausência de outras infecções
Fatores de risco (meninos)
- não circuncisado
- não raça negra
- FSSL
- Tax > 39 graus
- febre > 1d
Prevalência
- 5 a 15% em crianças 2m a 2 anos com FSSL
- em meninas: curva crescente até 1 ano, depois decresce até 12 anos.
- meninos: mais casos que meninas somente nos primeiros 3 meses (fimose, uretra mais curta, maior imunodepressão)
Diagnóstico
- urocultura positiva
acima de 3 anos - jato médio e saco coletor (> 100 mil UFC)
abaixo - sondagem (> 50 mil UFC)
punção supra-púbica se sondagem não for possível (qualquer número). - DMSA = padrão ouro para pielonefrite
Quadro clínico
lactentes < 3 meses: febre, vômitos, letargia, irritabilidade, anorexia, baixo ganho ponderal, icterícia e hematúria (menos comuns).
> 3 meses: febre, disúria, urgência miccional.
Fundamental olhar períneo para DD com balanopostite e vulvovaginite.
Exames subsidiários
Para guiar ATBterapia enquanto não sai a cultura:
- bacterioscópio de urina
- nitrito +/esterase leucocitária
- leucocitúria
- piúria (> 5/campo ou > 10/microlitro)
Agentes etiológicos
- E coli (70-90%) em todas as faixas etárias.
- Proteus mirabilis (10% - mais comum em meninos)
- Staphylo saprophiticus (4% - relacionado a atividade sexual)
- Klebsiella pneumoniae (2%)
- Enterococcus faecalis (1%)
Tratamento
- amoxi + clav
- cefuroxima
- cef 3a
Não usar quinolonas como 1a escolha.
Nitrofurantoina não é indicada em crianças pelo risco de urosepse.
Se melhora dos sintomas mesmo com ATB que não é sensível, continuar com ATB e fazer URC de controle (resistência in vivo é diferente da in vitro).
Quando internar para tratamento parenteral?
- menores de 3 meses: aminoglicosídeo ou cef 3a
Associar amp se suspeita de enterococo. - maiores que 3 meses em MEG, toxemiados, imunodeprimidos, baixa aderência ou falha tratamento, malformações, IRA associada.
ambulatorial: amox + clav ou cefuroxima ou genta ou cef 3a.
Após 24h afebril -> alta e complementação VO
Nem toda pielonefrite precisa internar.
ITU atípica e ITU recorrente
ITU atípica:
- sepse ou criança grave
- diminuição fluxo urinário
- palpação de massa abdominal ou de bexiga
- aumento da creatinina
- falha em responder tratamento adequado em 48h
- infecção por microrganismo diferente da E coli
ITU recorrente:
- 2 ou mais episódios de pielonefrite aguda ou
- 1 ou mais de pielonefrite + 1 ou mais de cistite ou
- 3 ou mais de cistite
Quando prosseguir investigação?
- Em < 6 meses:
USG durante infecção - em ITU atípica (exceto se o critério for o agente, aí pode esperar) e recorrente
USG em 6 semanas - em ITU com boa resposta ao tratamento.
UCM e DMSA (após 6m) - ITU atípica e recorrente. - Entre 6m e 3 anos:
USG na infecção - ITU atípica (exceto se critério=agente)
USG em 6 sem - ITU recorrente.
UCM - não está indicada, mas considerar dependendo da clínica e resultado do USG.
DMSA - ITU recorrente.
3. Maiores de 3 anos: USG na infecção - ITU atípica (exceto se critério=agente) USG em 6 sem - ITU recorrente. UCM - somente se USG alterado. DMSA - ITU recorrente.