Hemorragia Digestiva Alta Flashcards

1
Q

Quantos % sao hemorragia alta e baixa

A

85% ALTA ( Proximal ao agulo de trietz)- divida em varicosas e nao varicosas
15% Baixa ( distal ao angulo de treitz)

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Q

Hipertensao portal

A

A veia porta drena quase todo o sangue do TGI.
Pressao normal é de até 10 mmhg
Varizes sangram > 12 mmhg

Causas de hipertensao portal:

Pré-hepática -> Trombose de veia porta e trombose de veia esplenica ( se for só na esplenica gera hipertensao portal segmentar, que gera varizes apenas no fundo gástrico. Esplenectomia resolve.)

Intra hepática pré sinosoidal-> esquistossomose

Intra hepática sinusoidal -> cirrose

Intra hepáticac pós-sinusoidal- > doença venosa oclusiva

Pós-hepática-> Síndrome de budd-chiari (trombose das veias suprahepáticas) e insuficiencia cardíaca congestiva

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3
Q

Varizes esofágicas ! Quantos % dos hepatopatas tem, quantos morrem no primeiro sangramento e quantos param espontaneamente)

A

60% dos hepatopatas ( cirrose) tem varizes esofagicas

35% desses pacientes sangram com mortalidade em até 50% no primeiro episódio

Para esponataneamente em apenas 40%

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4
Q

Principais sintomas de varizes

A

Hematemese ( se tiver dúvida se tem sangue no vomito joga água oxigenada ( teste da perioxidase), se borbulha é pq tem sangue)

Melena

Enterroragia se existir sangramento de volume muito grande

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5
Q

Preditores de risco de sangramento nas varizes esofágicas

A

1- Classificaçao de Child-Pugh ( prova de funçao hepática- Bilirubina, albumina e TAP ( enzimas dependentes de vitamina K, II,VII, IX E X)

OBS: TGO E TGP SAO PROVA DE LESAO HEPÁTICA. O Gama GT e FAL sao enzimas canaliculares. NAO CONFUNDIR.

2- Calibre das varizes

3- Presença de red spots a endoscopia

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6
Q

Pontuaçao de child-pugh

A

Bilirrubina Total
1- <2
2- 2-3
3- >3

Albumina sérica
1- >3,5
2 2,8-3,5
3- <2,8

TAP seg/INR
1- 1-3 seg <1,7
2- 4-10 seg e 1,71- 2.3
3- > 10 seg e >2,3

Ascite
1- Ausente
2- Leve
3- Grave

Encefalopatia
1- Ausente
2- Grau 1 e 2
3- Grau 3 e 4 ( aluscinaçao, comatoso…)

Chagh- Pugh
A- Até 6 pontos - 35% a 100% da funçao hepática
B- 7 A 9 20 A 35% da funçao hepática
C- > 9 <20% da funçao hepática

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7
Q

Avaliaçao Inicial + Tratamento de hemorragia varicosa + exames

A

Via aérea
O2 suplementar
Estimativa de perda sanguínea ( grau de choque )

Tratamento:

Reposiçao volemica ( evitar hiperhidrataçao 25-30% do hematócrito tá top):
Cristaloide + Sangue ( tipo pelo grau de choque)

Drogas vasoativas ( somente para VARIZES ESOFÁGICAS, pois as drogas vao fazer o fechamento das varizes, diminuindo o sangramento)- Manter por 2-5 dias
Terlipressina 2mg EV 4/4H ( 24H) -> 1mg 4/4h ( 48h)
Ocreotida 100 ug EV boulos -> 25-50/h ( análogo da somatostatina)
Somatostatina 250 ug EV boulos -> 250 ug/h

Inibidores de bomba de prótons ( omeprazol)
Sonda vesical top

Tratamento endoscópico:
Ligadura elástica ( quando soltar tem que tá top de fator de coagulaçao)
Escleroterapia ( como fura o vaso tem que tomar cuidado)
Obliteraçao de cianoaclirato ( tipo uma cola e é um metodo muito interessante em varizes de fundo gástrico)

Se o tratamento endoscópico funcionoou antibioticoterapia por 7 dias e reptir a abrdagem endoscopica de 7-14 até resolver 100% do problema

Exames:
Tipagem sanguínea
Coagulograma
Funçao hepática e renal

Hemoderivados:
PFC SE INR > 1,7 : 10/20 ML/KG
PFC 1 UI para cada 5 concentrado de hemácias

Plaquetas < 50.000 se houver sangramento ou na suspeita de disfunçao plaquetária
Adulto: 1 unidade de plaqueta para cada 10 kg
Crinaça: 10ml/kg

Cálcio ( olhar sempre, pois em paciente que transfunde muito tende ( citrato faz isso) a cair e é cofator na coagulaçao). A cada 2-3 bolsas de hemocomponentes faz uma ampola de gluconato de cálcio

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8
Q

Se a primeira abordagem endoscopica nao funciona na hemorragia digestiva alta varicosa?

A

Nova chance para o endoscopista

Nao conseguiu dnv?

Balao de sengstaken- blakemore ( tem tres vias, uma soda, um balao esofágico e um gástrico)
Gástrico - 300 a 350 ml de ar ( só pra posicionar a esofá´gica
Esofago- 30-40 mmhg ( pra saber só tirar o relógio do esfigmo e colocar na ponta do balao do esofago)- o mais certo é 2/3 da PAM ( pressao arterial média)- isso vai dar mais ou menos 30-40.
O Balao vai ficar 24h e nesse período vai dando plasma, plaquetas ….
Depois da retirada nova endoscopia.

Balao de sengastaken-blakemore nao funciona?

TIPS ( transjugular intrahepatic portal shunt) ( Protese dentro do figado que nao deixa o sangue ir para as varizes) - faz um shunt da veia porta para suprahepática ( drena para a cava)
O problema é que tira o fígado da jogada, gerando mais encefalopatia.
Além disso o TIPS começa a obstruir.

Indicaçao do TIPS: ( IMPORTANTE PRA CARAI)
Sangramento ativo refratário
Prevençao secundária de hemorragia varicosa ( risco alto de sangrar dnv)
Ascite refratária
Hidrotórax hepático refratário
Síndrome de budd-chiari
Obs: Bom é ter perspectiva de transplante, pq ele entope em média em 2 anos.

Contraindicaçao:
Prevençao primária de sangramento
ICC e hipertensao pulmonar grave ( retorno venoso muito alto)
Doença policistica e obstruçao biliar ( nao da pra furar o fígado nessas doenças)
SEPSE

Nao funcionou?

Cirurgia

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9
Q

Cirurgia para hemorragia digestiva alta varicosa

A

Cirurgia ( quando tudo deu errado)

Emergencia
Transecçao do esofago ( sugiura futagawa ) - corta o esofago e anastomosa com o estomago

Derivaçao porto cava calibrada ( + usada) - bota uma protese da porta para a cava. Rouba um pouco de sangue só, mas ainda gera encefalopatia.
Antigamente tinha uma que ligava as duas e todo mundo morria de encefalopatia.

Eletiva
Derivaçao esplenorenal distal ( cirurgia de warren) - liga a esplenica com a renal. Serve para esquistossomose e cirrose.

Desconexao azigo-portal com esplenectomia ( DAPE )- esplenectomia e liga os vasos da gástrica esquerda e da gastromental esquerda, entao o estomago só fica vascularizado na pequena curvatura pela gástrica direita e na grande curvatura pela gastromental direita. Isso desconecta as varizes.

Podemos fazer uma ligadura da artéria esplenica antes de começar a cirurgia, evitando a chegada de sangue ao baço. Vai continuar a drenagem pela veia mas nao chega sangue, isso vai fazer com que as plaquetas sequestradas voltem para circulaçao, saindo da cirurgia com mais plaqueta que entrou.

Cirurgia para esquistossomose e nao cirrose.

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10
Q

Prevençao primária de sangramento de varizes

A
Rastreamento de varizes por EDA anualmente
Beta bloqueador ( propanolol)- se sangrou tira o propanolol imediatamente

Grande diametro, sinal da cor vermelha e chiad alto? Já faz a ligadura, perde tempo n.

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11
Q

Prevençao secundária de sangramento de varizes ( vulgo nao deixar sangrar dnv)

A

40% vai sangrar novamente nas primeiras 6 semanas

B- bloqueador
Programa de ligadura elástica ou ecleroterapia ( varias seçoes até varizes ficarem finas)
Cirurgias eletivas em casos selecionados

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12
Q

Principais sintomas da hemorragia digestiva alta

A

Hematemese: vomito com sangue
Melena: fez com sangue digerido (preto, borra de café)
Enterroragia: eliminaçao de sangue vivo em grande quantidade por via anal

Único que CONFIRMA COM 100% DE CERTEZA é a hematemese. As outras a gente supoe que é hemorragia digestiva alta.

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13
Q

Como diferenciar a hemorragia varicosa da nao varicosa?

A

Faz uma endoscopia seu cabaço.

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14
Q

Conduta na hemorragia nao varicosa

A

Via aerea
Repoem volemia
Drogas vasoativas ( mais importante nas causas varicosas)

Sonda vesical de demora

Sonda nasogástrica ( pode, mas nao é obrigatório) -> Se tiver no interior e nao tem endoscopista pode passar para ver se vem sangue ( confirma) e se vier suco gástico ou nada nao podemos descartar, mas se vier bile descarta HDA –> pode lavar o estomago para ajudar o endoscopista, mas lembre de NUNCA USAR SORO GELADO PQ CAUSA HIPOTERMIA E SIM SORO MORNO OU TEMP AMBIENTE.

Considerar vaga de UTI

Funçao hepática e renal

ENDOSCOPIA ( EDA) -> Em até 24h, mas se tiver grave fazer IMEDIATAMENTE -> DIAGNÓSTICO + TRATAMENTO

Em caso de resangramento pode fazer intervençao por via endoscópica novamente

Cirurgia 5-10% :
Choque refratário mesmo após ressuscitaçao volemica.
> 6 U
Falha do endoscopista
Tipo sanguíneo raro ( nao da pra ficar repondo) ou Testemunha de jeová ( nao quer sangue)

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15
Q

Úlcera Péptica

A

Principal causa de hemorragia digestiva alta ( 50-70% das hemorragias nao varicosas)

Pode Sangrar, perfurar e obstruir ( casuar estenose)

A úlcera duodenal tende a sangrar mais, pois é mais comum na sua parede posterior e ele é retroperitoneal. Quando pega vaso sangra ( normalmente gastroduodenal e pancreatoduodenal superior)

Gástrica é na parede anterior e ele é intraperitoneal, logo normalmente perfura. Quado sangra é normalmente na pequena curvatura.

Uso abusivo de AINES e H. pilory sao as causas mais comuns de úlcer pepticas.

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16
Q

Classificaçao de forrest

A

Como que tá a úlcera e qual a chance dela resangrar.

I ( Sangramento ativo)
IA- Sangramente em jato ( ARTERIAL) - 90% que vais sangrar dnv
IB- Sangramento em babaçao ( VENOSO) - 20-30%

II ( sangrou recentemente)
IIA- Coto vascular visível - 30-50%
IIB- Coagulo vermelho recente - 5-10%
IIC-Coagulo branco fundo hematínico- <5%

III ( nao sangrou recentemente)
Base limpa, sem sinal de sangramento recente- <2%

PERCEBA QUE O FORREST IIA TEM MAIS CHANCE DE SANGRAR QUE O FORREST IB

Normalmente tratamos por via endoscópica a I, IIa e IIB ( retira o coágulo e trata a lesao subjacente)

Além da calssificaçao, úlceras > 2cm, localizadas no duodeno posterior e gástricas possuem mais risco de resangramento.

17
Q

Tratamento da úlcera

A

Medicamentoso normalmente
Inibidor de bomba de prótons ( omeprazol,pantoprazol..)
+
Erradicaçao do H.pilory

SANGRANDO:
Inibidor de bomba ( Omeprazol 80 mg boulos ev  + 40 mg 12/12 EV) - evita resangramento
Bloqueador do receptor H2( Ranitidina)
Sucrafalto 
\+
Tratamento endoscopico:
Esclerose de coto vascular
Soluçao salina, adrenalina, etanol, eletrocoagulaçao, plasma de argonio e clip

Cirúrgico:
Estomago: tira um pedaço e já era. Principalmente o Antro ( antrectomia ), pois é onde tem células G, produtora de gastrina, e faz uma vagotomia ( o mínimo possível pra evitar problemas de translocaçao bacteriana por problemas futuras no intestino). Isso acontece pois existem 3 tipos de estímulos para liberaçao de ácido ( histamina, gastrina e parasimpático), por isso retira e diminui muito a chance de resangramento.

Dependentdo do nível de sagnramento, tempo que o paciente pode ficar aberto, tem que escolher entre a vagotmia total e a superseletiva.

Duodeno: Nao pode tirar um pedaço pq se nao vai ter que faz whipple ( duodenopancreatectomia)
Manobra de Kocher, abre o duodeno e faz uma sutura na úlcera.

18
Q

Neoplasia

A

1% dos casos de hemorragia digestiva alta
Tipos ulcerados sao os mais propensos
Primeiro sintoma de neoplasia gástrica no brasil
Normalmente sangramento em babaçao difuso
Tratamento:
Biopsia
Estadiamento
Tratamento do tumor

19
Q

OQUE DEVEMOS FAZER EM TODA ÚLCERA GÁSTRICA DURANTE A ENDOSCOPIA

A

BIOPSIARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

PQ PODE SER UM TUMOR

BIOPSIA BIOPSIA BIOPSIA

20
Q

Lesao aguda da mucosa

A

Gastrite hemorrágica
Sangramento digestivo lento ( babaçao)
AINE
Estress severo em paciente internado

Tira o estress
Omeprazol ( inibidor de bomba de próton)

21
Q

Angiodisplasia

A

Podem acontecer em qualquer parte no TGI
+ comum em renal cronico
``Aranhas vasculares`´´ na mucosa
Sangramento em babaçao

22
Q

Laceraçao de marroly-weis ( IMPORTANTE)

A

Vomitos incoercíveis

5-10% das hemorragia digestiva alta

Algum motivo ele tá vomitando sem parar ( bebeu até vomitar a alma, pancreatitve, obstruçao intestinal, hiperemese gravidica, bulimia, intoxicaçao exogena…) e isso causa uma laceraçao da JUNÇAO ESOFAGOGASTRICA.

Tratar causa do vomito + IBP ( 90% dos casos é suficinete), nos outros 10% terapia endoscópica.

Lembrar na edoscopia pra confirmar a lesao sempre olhar TODA a curvatura menor, inclsuive fazendo movimento de retroversao para olhar a junçao com o esofago.

23
Q

Lesao de dieulafoy

A

Mais difícil de descobrir, considerado um sangramento oculto.
A artéria tem um problema, ela nasceu mais próximo da mucosa no fundo gástrico ( artéria anomala), facilitando o sangramento. Sangramento sempre arterial e pulsátil.
As vezes tem hipotensao e na endoscopia nao ve nada. Aí depois volta a sangrar.
Difícil diagnóstico.

Tratamento:
Clip ou cauterizaçao.

24
Q

Causas esofágicas

A

Esofagite
Refluxo gastroesofágico cronico
Raramente graves

Tratamento do refluxo: Inibidor de bomba ( omeprazol)

25
Q

Fístula aortoentérica

A

Aorta sangrando dentro do duodeno( SANGRA PARA UM CARALHO)
Principalmente após tratamento de aneurisma de aorta( a protese adere ao duodeno, gera processo inflamatória e fistuliza)- até 1% dos pacientes

Tratamento endovascular pela aorta. Pq QUAL A CHANCE DO ENDOSCOPISTA RESOLVER ISSO?

TC, ANGIOGRAFIA…

26
Q

Hemobilia

A

Sangramento nas vias biliares
Trauma hepático

Vai descer pro duodeno, hemorragia alta

Neoplasia maligna do fígado, pancreas ou vias biliares.

Manipulaçao por endoscopia, radiologia intervencionista ou cirurgia

Tríade de sandbloom: Associa com Icterícia, hemorragia digestiva e cólicas biliares. - Menos da metade dos pacientes
Podem suspeitar pelo sangue na ampola durante a endoscopia

Tratamento: 
Arteriografia + embolizaçao ( motivo: o trauma é no fígado po)
Hemostasia endoscopica ( apenas se for na papila)
27
Q

Hemosuccos Pancreaticus

A

Sangramento para o duodeno pelo Wirsung ( ducto pancreático)
Pseudoaneurisma após pancreatite
Tumores

Arteriografia + embolizaçao
Se for tumor faz a cirurgia do tumor

28
Q

Fatores de risco para morbimortalidade para sangramentos agudos do GI

A
> 60 ANOS
Comorbidades ( rim, coraçao ...) 
< 100 mmHg na admissao
Primerio sangramento em ambiente hospitalar
Hemorragia persistente
Necessidade de operaçao
29
Q

Úlcera sangrante x H.Pilory

A

A relaçao é de apenas 60-70% nas sangrantes, diferentemente das perfuradas.
Por isso existe uma discussao sobre tratar ou nao para o h.pilory.
Mas percebeu que nos que trataram ocorreram diversas melhoras, como o trem

30
Q

ibp

A

Nao para sangramento. Tem como funçao evitar resangramento.

31
Q

Endoscopia precoce ( 6-12 h)

A
Somente em paciente com grupo de risco.
60 anos
Uso de anticoagulante
Sangramento volumoso
Comorbidade