Doenças e mecanismos Flashcards

2º ano

1
Q

Clínica de Fibromialgia

A

» Dor nos 4 quadrantes do corpo ≥ 3 meses
» Disfunção cognitiva (fibro fog)
» Assoc. c/ síndromes funcionais (fadiga crónica, intestino irritável, cefaleias, S. dor pélvia crónica) e d. psiquiátricas (depressão, PAG)

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2
Q

Quais os sintomas neuropsiquiátricos do LES? (7)

A

Cefaleias
Défice cognitivo
Neuropatia sensoriomotora
Epilepsia
Psicose
Alt do humor
AVC

Envolvimento do SNC e renal têm mau prognóstico

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3
Q

Qual a doença psiquiátrica com maior taxa de mortalidade?

A

Anorexia nervosa

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4
Q

Quais são as manifestações neurológicas associadas a défice de B12?

A

Neuropatia periférica: queixas sensitivas/parestesias
MIMielose funicular (degeneração combinada da coluna):
- Perda propriocepção e sensibilidade vibratória
- Hiperreflexia e ROTs aquilianos ausentes
- Anomalias da marcha
Doença neuropsiquiátrica
Disfunção autonómica

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5
Q

A disfunção erétil afeta tipicamente que faixa etária? Qual o tratamento?

A

DE = impossibilidade
de ter uma ereção ou mantê-la tempo suficiente

indivíduos mais velhosi

PDE5

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6
Q

A ejaculação precoce afeta tipicamente que faixa etária? Qual o tratamento?

A

EP = ejaculação antes da penetração
ou pouco depois desta

indivíduos + jovens

SSRI

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7
Q

Qual a primeira linha na terapêutica farmacológica de um episódio depressivo?

A

SSRI

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8
Q

Como descontinuar terapêutica com SSRI?

A

Desmame progressivo por risco de síndrome de descontinuação (fadiga, mialgias, cefaleia, náuseas, insónias…)

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9
Q

Entre a perturbação bipolar e o episódio depressivo, qual tem maior carga genética?

A

Perturbação bipolar

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10
Q

1 episódio de mania é suficiente para diagnóstico de perturbação bipolar?

A

Sim! Bipolar tipo I

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11
Q

1 episódio de hipomania é suficiente para diagnóstico de perturbação bipolar?

A

Não! É necessário pelo menos 1 episódio depressivo, sem história de mania, para diagnóstico de tipo II

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12
Q

Qual a terapêutica da mania aguda?

A

Antipsicóticos atípicos (efeito mais rápido) ou estabilizador de humor (se terapêutica prévia, ajustar de acordo com níveis séricos)
associar se episódio grave, juntamente com benzodiazepinas

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13
Q

Qual a terapêutica de manutenção, após episódio de mania?

A

Lítio é a 1ª linha
considerar valproato se disfunção renal

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14
Q

O que implica terapêutica de manutenção com lítio? (3)

A

Avaliação regular do nível sérico
Monitorizar função renal
Monitorizar função tiroideia

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15
Q

Valproato deve ser utilizado em jovens?

A

Não! É teratogénico, não deve ser utilizado em mulheres em idade fértil nem homem

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16
Q

Qual o risco de trocar de SSRI?

A

Síndrome serotoninérgico
tal como trocar para SNRI, mirtazapina ou iMAO ou associar 2 fármacos serotoninérgicos (tramadol, ondansetron, MDMA, triptanos)

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17
Q

Síndrome serotoninérgico - clínica

A

Hiperreatividade muscular, com aumento dos reflexos, tremor e hipertonia
Aumento da pressão arterial,
Aumento da temperatura corporal,
Alteração do estado mental

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18
Q

Síndrome serotoninérgico - ttx

A

descontinuar fármaco,
BZD,
ciproheptadina
medidas de arrefecimento

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19
Q

Qual a classe de antidepressivos com mais efeitos anticolinérgicos?

A

Antidepressivos tricíclicos
menos seguros em sobredosagem, evitar em doentes idosos

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20
Q

A venlafaxina é segura em caso de sobredosagem?

A

Não! Os mais seguros são os SSRIs

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21
Q

Quais os antidepressivos sedativos?

A

Trazodona
Mirtazapina
Amitriptilina

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22
Q

Quais os antidepressivos que levam a aumento ponderal?

A

A maioria, em particular os tricíclicos e a mirtazapina

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23
Q

Paroxetina é mais …
Fluoxetina é mais …

A

Paroxetina é mais sedativo
Fluoxetina é mais ativadora

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24
Q

Qual o antidepressivo mais indicado na cessação tabágica?

A

Bupropion

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25
Qual a alteração eletrocardiográfica característica dos antidepressivos tricíclicos em caso de sobredosagem?
Prolongamento QT
26
Quais os antidepressivos sem efeito na função sexual?
Trazodona e Mirtazapina
27
Indivíduo com antecedentes de depressão grave refratária, com crise hipertensiva após festa de casamento. Qual a causa mais provável?
Tratamento com iMAO e ingestão de alimentos com tiramina (queijo, carnes curadas, álcool)
28
Doente medicado com lítio que se apresenta com vómitos, diarreia, tremores e alteração do estado mental.
Toxicidade do lítio Pode ser fatal! (insuficiência renal, desidratação, diuréticos, AINEs ou IECAs)
29
Quais os principais efeitos adversos dos antipsicóticos típicos de elevada potência (ex: haloperidol)? (3)
Sintomas extrapiramidais (distonia aguda, acatísia, parkinsonismo, discinésia tardia) Prolongamento QT Hiperprolactinémia
30
Quais os principais efeitos adversos dos antipsicóticos atípicos?
Efeitos metabólicos (ganho de peso, resistência à insulina)
31
Distonia aguda por antipsicóticos, qual a terapêutica? (3)
Horas a dias com espamos musculares que afetam mais cabeça, pescoço, língua ou olhos Anticolinérgicos (benztropina), Antihistamínicos (difenidramida) ou Benzodiazepinas Alterar fármaco ou realizar profilaxia secundária (biperideno)
32
Acatísia por antipsicóticos, qual a terapêutica?
1 a 8 semanas após início, com inquietação Diminuir dose ou alterar fármaco Propanolol ou benzodiazepinas
33
Discinésia tardia por antipsicóticos, qual a terapêutica?
meses a anos depois com movimentos involuntários da boca e membros Descontinuar fármaco (pode ser irreversível)
34
Qual dos antipsicóticos pode causar agranulocitose?
Clozapina
35
Doente internado por episódio de mania, desde há 2 semanas, inicia quadro de febre, rigidez muscular, taquicardia e confusão. Qual o próximo passo?
Possível síndrome maligno dos neurolépticos (reação a antipsicótico, normalmente 2 semanas após a 1ª dose, com rigidez muscular, instabilidade autonómica e alteração do estado mental) Descontinuar antipsicótico Medidas de suporte, Considerar fármacos como o dantroleno
36
Fatores de mau prognóstico na esquizofrenia (14)
Sexo masculino Solteiro Idade precoce História familiar Uso de substâncias Ajustamento pré-mórbido baixo Início insidioso Longa duração de psicose não tratada Sintomas negativos Défice cognitivo Ausência de sintomas afetivos Insight pobre Emoção expressa da família Má adesão à terapêutica
37
Na esquizofrenia, a dopamina: - ... na via cortical pré frontal, com sintomas ..., - ... na via mesolímbica, com sintomas ...
Na esquizofrenia, a dopamina: - DIMINUI na via cortical pré frontal, com sintomas NEGATIVOS, - AUMENTA na via mesolímbica, com sintomas POSITIVOS
38
Sintomas de primeira ordem, na esquizofrenia
Pensamento audível Alucinações AV na 3ª pessoa Alucinações AV na forma de comentário Alucinações somáticas (táteis) Roubo ou inserção do pensamento Passividade Difusão do pensamento Elevada sensibilidade e especificidade para esquizofrenia
39
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de esquizofrenia?
Critérios A presentes durante pelo menos 1 mês, ao longo de pelo menos 6 meses com sinais contínuos de perturbação.
40
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de episódio depressivo?
Pelo menos 2 semanas
41
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de episódio maníaco?
Pelo menos 1 semana, qualquer duração se necessário internamento
42
Qual a primeira linha terapêutica para sintomas positivos da esquizofrenia?
Antipsicóticos atípicos Clozapina apenas se resistente
43
Como diferenciar perturbação esquizoafetiva de perturbação do humor com sintomas psicóticos?
Na segunda, os sintomas psicóticos são congruentes com o humor e aparecem exclusivamente durante os episódios de depressão ou mania
44
Quais o antipsicóticos atípicos com maior efeito nos níveis de prolactina? (2)
Risperidona e amissulpride Sexo masculino com ginecomastina, galactorreia, hipogonadismo hipogonadotrófico Sexo feminino com galactorreia, oligomenorreia, hipogonadismo hipogonadotrófico
45
Quais os antipsicóticos atípicos com mais efeitos metabólicos? (2)
Clozapina Olanzapina aumento ponderal, dislipidémia, hiperglicémia
46
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de perturbação delirante?
Pelo menos 1 mês
47
Qual a diferença entre esquizofrenia e perturbação delirante?
A perturbação delirante é caracterizada por um ou mais delírios estáveis, não bizarros e sistematizados, estando as restantes funções mentais preservadas, com manutenção do funcionalmento geral
48
Qual o tipo de delírio mais comum na perturbação delirante?
Persecutório
49
Qual a primeira linha terapêutica na anorexia nervosa?
Psicoterapia
50
Qual a principal diferença entre bulimia nervosa e binge eating?
Na primeira, ocorrem comportamentos compensatórios para contrariar o aumento de peso, como vómito induzido, laxantes, períodos de jejum ou exercício excessivo.
51
Perante um doente com défice cognitivo, o que excluir antes de considerar a hipótese de demência? (3)
Alteração do estado de consciência --> considerar Delirium Causa orgânica (ex: alcoolismo, défice B12, hipotiroidismo) Causa funcional (ex: pseudodemência depressiva)
52
Como está o estado de consciência, na demência?
Normal se alterado, considerar estado confusional agudo
53
Quais as alucinações mais frequentes no delirium?
visuais
54
Qual a diferença entre demência e défice cognitivo ligeiro?
A primeira tem impacto no dia-a-dia
55
Qual a primeira linha terapêutica na Doença de Alzheimer ligeira a moderada?
Inibidor da acetilcolinesterase (donezepilo, rivastigmina)
56
Qual a terapêutica na Doença de Alzheimer moderada a grave (MMS≤18)?
Associar memantina, aos inibidores da acetilcolinesterase
57
Qual a primeira linha terapêutica na Demência vascular?
Controlo de fatores de risco cardiovascular
58
Que fármacos evitar na Demência de Corpos de Lewy?
Antipsicóticos
59
Quais os principais domínios afetados na Doença de Alzheimer? (3)
Memória Linguagem Orientação
60
Quais as características do LCR na Doença de Alzheimer?
Diminuição da beta amilóide (deposição no tecido cerebral) Aumento da proteína tau fosforilada
61
Como diferenciar Demência de Corpos de Lewy de demência associada à Doença de Parkinson?
Momento de instalação da demência em relação ao parkinsonismo Se demência antes ou <= 1 ano após início de parkinsonismo, considerar Corpos de Lewy
62
Doente com défice cognitivo e défices focais sequelares, pensar em
Demência vascularpode coexistir com outros tipos de demência! ex: uma TC com cicatriz de AVC não exclui outras causas
63
Qual a variante mais frequente da demência frontotemporal?
Comportamental (alteração precoce da personalidade e apatia)
64
Encefalopatia de Wernicke, qual a tríade clássica?
Confusão Ataxia da marcha Oftalmoplegia num doente com consumo alcoólico pesado
65
A síndrome de Korsakoff decorre de défice persistente de tiamina (ou vitamina B1). Qual a principal causa?
Alcoolismo crónico outras: anorexia nervosa, má nutrição, estados hipermetabólicos
66
Qual o tratamento da Síndrome de Korsakoff?
Suplementação com tiamina oral Abstinência alcoólica Irreversível, prevenir danos adicionais
67
Qual a diferença entre perturbação factícia e malingering/simulação?
Ambas intencionais, sendo que o primeiro é com o objetivo de assumir o papel de doente (sobre o próprio ou sobre outro) e o segundo para obter compensação externa (não é considerado doença mental)
68
Em que consiste a perturbação de ajustamento?
Resposta emocional e/ou comportamental, desproporcional à escala do stressor (com base em valores culturas e sociais)considerar depressão e perturbação de ansiedade generalizada
69
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de perturbação de ansiedade generalizada?
Pelo menos 6 meses
70
Qual o tratamento da POC?
- Terapia cognitivo-comportamental (exposição+prevenção da resposta), é menos eficaz na ausência de compulsões - Terapia cognitiva com o objetivo de diminuir tentativa de supressão dos pensamentos - Farmacoterapia com SSRI, SNRI ou ADT
71
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de perturbação do pânico?
2 ou mais ataques recorrentes e não expetáveis, seguidos de, pelo menos, 1 mês de preocupação com ataques futuros e/ou alteração do comportamento significativa
72
Na perturbação do pânico, os episódios agudos surgem em relação a um acontecimento. Verdadeiro ou falso?
Falso! São inesperados, sem trigger aparente.
73
Qual o tratamento agudo de um ataque de pânico?
Benzodiazepina de curta ação (alprazolam)
74
Qual o tratamento a longo prazo da perturbação de pânico?
Terapia cognitivo comportamental + SSRIs (Iniciar gradualmente antidepressivos, já que podem levar a sensação de ansiedade e inquietação ---> considerar associar BZD até eficaz)
75
Qual a diferença entre reação aguda ao stress e stress pós traumático?
A duração, a primeira é 3 a 30 dias e a segunda >1 mêsAmbas consistem em ansiedade em resposta a um evento traumático específico com afeção do funcionamento
76
Qual a faixa etária mais afetada pela fobia social?
Adolescência e jovens adultos
77
Qual a faixa etária mais afetada por fobias específicas?
Crianças
78
Como diferenciar fobia social de timidez?
Na primeira, o doente experiencia altos níveis de ansiedade em situações sociais em que é possível sofrer o escrutínio dos outros, com afeção do funcionamento
79
Qual a terapêutica na fobia social associada à performance?
propanolol, para controlo de sintomas autonómicos ou clonazepam, em SOS, 30 a 60 min antes do evento
80
Qual a terapêutica de fobias específicas?
Terapia cognitivo-comportamental com exposição progressiva ao estímulo
81
A agorafobia implica ataques de pânico?
Não
82
Qual a duração dos sintomas necessária para diagnóstico de agorafobia?
Medo, ansiedade ou ataques de pânico, durante um período de pelo menos 6 meses, em 2 ou mais das seguintes situações: transportes, espaços abertos ou fechados, multidão ou fora de casa
83
Qual a terapêutica da agorafobia?
SSRIs + Terapia cognitivo comportamental (exposição)
84
Doente com doença bipolar sob terapêutica com lítio, que desenvolve sintomatologia depressiva. O que excluir?
Hipotiroidismo O lítio afeta a função tiroideia
85
Num episódio depressivo, quais os grupos de sintomas sugestivos de maior gravidade? (2)
Psicóticos Biológicos (anorexia e perturbação do sono, + insónia terminal)
86
Para o diagnóstico de esquizofrenia é necessário pelo menos 1 de 3 sintomas principais, quais?
Delírios Alucinações Discurso (pensamento) desorganizado
87
Na perturbação de ansiedade, a que se devem as queixas de memória?
Dificuldade de concentração
88
Cloropromazina - qual a classe farmacológica?
Antipsicótico de primeira geração, de baixa potência
89
Após episódio depressivo inicial, quanto tempo deve ser realizada a terapêutica?
Pelo menos 4 a 9 meses após remissão, para prevenção de recaídas
90
Na perturbação depressiva, quando está indicado tratamento de manutenção?
1 a 3 anos para prevenir recorrência, se:- ≥ 3 episódios- grave (tentativa de suicídio ou psicose)- crónico (duração ≥ 2 anos)
91
Na perturbação de ansiedade generalizada, qual a duração da terapêutica farmacológica?
Pelo menos 6 meses BZD de longa ação, buspirona ou betabloqueante podem ser utilizados a curto prazo (3 sem)
92
Qual o subtipo de delirium com pior prognóstico?
O hipoativo
93
Fobias específicas com início na infância têm melhor prognóstico?
Não, pior!
94
A narcolepsia é um distúrbio de que fase do sono?
REM
95
Os pesadelos são um distúrbio de que fase do sono?
REM
96
O sonambulismo é um distúrbio de que fase do sono?
Não REM
97
Os terrores noturnos são um distúrbio de que fase do sono?
Não REM
98
Quais as patologias frequentemente associadas à fobia social? (2)
Abuso de álcool e depressão
99
Qual a diferença entre uso excessivo e uso nocivo?
No nocivo, o consumo da substância confere dano físico ou mental
100
Na perturbação do uso de substâncias, quando se considera dependência? (6)
3 ou mais, no último ano: - Desejo forte ou compulsão - Perda de controlo na toma - Tolerância - Abstinência - Negligência de outras atividades - Persistência apesar de dano
101
É necessária a síndrome de abstinência, com necessidade de nova toma para alívio, para se considerar dependência?
Não!
102
Quais as fases do ciclo da mudança?
Pré contemplação Contemplação Preparação para a mudança Ação Manutenção Recaída
103
Qual a terapêutica da intoxicação alcoólica?
Fluidoterapia Tiamina Correção de desequilíbrios HE
104
Qual o risco de administrar benzodiazepinas ou heloperidol, num doente com intoxicação alcoólica?
Depressão do centro respiratório São sinérgicos com o álcool Pode ser considerado em caso de agitação e/ou agressividade
105
Qual a ferramenta útil para classificação do grau de consumo de álcool?
AUDIT 1º AUDIT-C (frequência do consumo, quantidade e frequência do consumo elevado) --- se aumentado ≧5♂≧4♀ --> AUDIT
106
Uso excessivo de álcool, qual a abordagem?
Aconselhamento
107
Uso nocivo de álcool, qual a abordagem?
Intervenção breve (objetivo: promover o consumo seguro) + monitorização regular
108
Dependência de álcool, qual a abordagem?
Objetivo: abstinência Referenciar para centro especializado
109
Quais as alterações analíticas associadas ao alcoolismo? (5)
Aumento da GGT Aumento da AST 2x> ALT Défice de folatos Anemia megaloblástica Défice de vitD Défice de vitK
110
Dependência alcoólica, como realizar a desintoxicação?
Suporte psicossocial + farmacoterapia com BZD de longa ação durante 5 a 7 dias
111
Dependência alcoólica, como prevenir recaída após a desintoxicação?
Naltrexona 1ªL Dissulfiram (apenas em doentes muito motivados, CI se doença CV) Acamprosato
112
Qual o mecanismo da naltrexona?
Antagonista dos recetores opióides μ, responsáveis pelo mecanismo da recompensa (diminui o desejo)
113
Qual o mecanismo do dissulfiram?
Bloqueio da desidrogenase hepática com aumento do acetaldeído e consequente exacerbação dos sintomas de intoxicação (náuseas, vómitos, rubor, cefaleia), com condicionamento negativo
114
Idoso com sinais de doença hepática crónica, que inicia quadro de desorientação, tremor e alucinações, após 2 dias de internamento. O que pensar?
Síndrome de abstinência em indivíduo com consumo crónico de álcoolIndivíduos com consumo crónico de álcool desenvolvem síndrome de abstinência às 48-72h após internamento
115
Qual a substância cuja a abstinência pode ser fatal?
Álcool Delirium tremens - alt do estado mental e hiperatividade simpática (taquicardia e hipertensão)
116
Qual a terapêutica da abstinência alcoólica? (4)
Fluidoterapia Tiamina (antes da glucose) Dextrose (para cetoacidose alcoólica) BZD ev
117
Opióides, quais os efeitos que diminuem com a manutenção do consumo? E os que persistem?
Sedação e emese diminuem Miose e obstipação persistem
118
Desintoxicação de opióides, qual a terapêutica?
Se curta duração ou doses baixas - terapêutica sintomática (metoclopramida, loperamida, AINEs) Se longa duração ou doses altas - metadona ou buprenorfina, com diminuição graual da dose
119
Doente sem miose pode estar intoxicado com opióides?
SIM! Utilização simultânea de diferentes substâncias
120
Quais os principais sinais clínicos de intoxicação por opióides? (3)
Alteração do estado mental Depressão respiratória severa Miose
121
Qual o risco de consumir opióides após período de abstinência?
Diminui a tolerância, com maior risco de intoxicação se consumo das doses habituais prévias
122
A que se assemelha clinicamente a abstinência de opióides?
Síndrome gripal Desconforto severo, mas não é mortal!
123
Avaliação do risco de suicídio (2)
1. Perguntar diretamente intenções 2. Pesquisar fatores de risco para suicídio --> SAD PERSONS Sex male Age older Depression Previous attempt Ethanol abuse Rational thinking loss ex: esquizo Social support lacking Organized plan No spouse or partner Sick
124
Disfunção sexual é um importante marcador de
doenças cardiovasculares
125
Qual a diferença entre ideação suicida e intencionalidade?
Ideação suicida - pensamentos sobre suicídio (desejos e/ou planos) Intencionalidade - determinação para agir
126
Dissónias - {{c1::}} Parassónias - {{c2::}}
1 - dificuldades relacionadas com o sono, como insónia e hipersónia 2 - problemas comportamentais associados ao sono
127
MCDTs de exclusão de causas reversíveis de demência
» Função tiroideia » B12, ác. fólico, VDRL » Depressão » TC/RM
128
Qual o tratamento do síndrome de abstinência de opióides no recém-nascido?
1ª L: suporte - alimentação à demanda, enfaixar, reduzir estimulação - Farmacológico: morfina PO; 2ª L fenobarbital ou clonidina
129
A fibromialgia cursa com aumento dos parâmetros inflamatórios?
Não! Ajuda a diferenciar de outras doenças reumatológicas
130
Clínica de défice de vitamina E
- Neuropatia Periférica - Fraqueza muscular - Ataxia, diminuição da sensibilidade vibratória e proprioceção (desmielinização das colunas posteriores e trato espinocerebelar) - Anemia hemolítica, acantose - Oftalmoplegia, retinopatia pigmentadaPara reveres este tópico: Deficiência e excesso de vitaminas e oligominerais
131
Homem de 55 anos, alcoólico, com história de parestesias dos MI. EN com perda da proprioceção e da sensibilidade vibratória, diminuição da força dos MI com hiperreflexia, marcha atáxica. Qual o diagnóstico mais provável?
Défice de B12 (com neuropatia periférica e degeneração medular combinada)
132
Doente com história de d. Graves é submetida a cirurgia abdominal. Algumas horas depois, desenvolve febre, taquicardia, náuseas, vómitos, diarreia e agitação, com delirium. Que diagnóstico considerar?
Tempestade tiroideia
133
A trissomia 21 associa-se a aumento do risco de desenvolvimento de (neoplasia) {{c1::}}. Também pode levar a desenvolvimento de {{c1::}} precoce.
1 - leucemia mielóide aguda/leucemia linfocítica aguda 2 - S. de Alzheimer
134
A encefalopatia de Wernicke e a síndrome Wernicke-Korsakoff são reversíveis?
A encefalopatia de Wernicke é, geralmente, aguda e reversível (com administração imediata de tiamina ev.). A síndrome Wernicke-Korsakoff é crónica e irreversível.
135
Doente com história de alcoolismo apresenta-se com alguns dias de evolução de confusão, diplopia e marcha de base alargada, com pequenos passos. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Encefalopatia de Wernicke
136
Doente com história de alcoolismo apresenta-se com vários meses de evolução de amnésia, apatia, perda de autonomia e alucinações. Qual o diagnóstico mais provável?
Síndrome Wernicke-Korsakoff
137
Qual a causa mais comum de pancreatite crónica?
Álcool
138
Quais as principais condições predisponentes associadas ao Síndrome de Mallory Weiss?
- Alcoolismo - Bulimia nervosa - Hernia Hiato - DRGE
139
Hipocalcemia com PTH elevada e hipomagnesemia. Quais os principais diagnósticos a considerar?
Défice de absorção ou alcoolismo
140
Síndrome de Charles Bonnet
Perturbação caracterizada pela existência de alucinações visuais elementares ou complexas que surgem, na ausência de outros sintomas psiquiátricos, num indivíduo que apresenta défices visuais.
141
Síndrome de falsa identificação delirante
Síndromes delirantes monotemáticas caracterizadas pela crença patológica de que se verificou uma alteração da identidade, localização ou características de pessoas, espaços, objetos ou contextos temporais.
142
Síndrome de falsas memórias
Fenómeno em que a pessoa constrói, sem intenção e de forma não consciente, memórias de acontecimentos que nunca ocorreram, mas que são tipicamente traumáticos, como situações de abuso físico ou sexual na infância. Este fenómeno começou a ser estudado na sequência do uso disseminado de sessões de psicanálise para recuperação de memórias de atos de violência que vieram a ser usados como testemunhos de crimes em tribunal.
143
Síndrome de Frégoli
Delírio monotemático caracterizado pela crença de que uma pessoa conhecida (um perseguidor) assume a aparência de outras pessoas. Foi inicialmente descrita por Courbon e Fail (1933) com o nome de ilusion de Fregoli, em homenagem ao ator italiano, Leopoldo Frégoli, conhecido pela sua habilidade em mudar rapidamente de guarda-roupa durante os seus espetáculos em palco.
144
Síndrome de Capgras
Síndrome de falsa identificação delirante em que o doente acredita que uma pessoa próxima foi substituida por um duplo idêntico.
145
Sindrome de De Clérambault
Perturbação delirante erotomaníaca que, apesar de descrita por vários autores, foi pela primeira vez descrita enquanto síndrome pelo psiquiatra francês Gaetan de Clérambault, que a designou inicialmente por «psicose passional», tendo descrito duas formas: - uma forma primária ou pura que ocorre isoladamente, e - uma forma secundária ou recorrente que ocorre em associação com outras temáticas delirantes no contexto de uma outra perturbação psicótica (por exemplo, na esquizofrenia).
146
Síndrome de Ganser
Síndrome inicialmente descrita em prisioneiros por Sigbert Ganser (1898). A sua característica principal é a produção de pararespostas a perguntas simples ou conhecidas (por exemplo, 2+2=3 ou a resposta «cinco» à pergunta «quantas pernas tem um cavalo?») em indivíduos com história de lesão cerebral traumática ou episódios psicossociais traumáticos, que não podem escapar de uma situação subjetivamente intolerável, como prisões ou internamentos compulsivos. Trata-se de uma síndrome controversa que já foi classificada como perturbação factícia, perturbação dissociativa, perturbação psicótica breve e reativa e simulação.
147
Síndrome de Münchausen
Perturbação Factícia
148
Síndrome de Intermetamorfose
Delírio monotemático, inicialmente descrito por Courbon e Tusques (1932), associado à crença de que pessoas conhecidas se transformam física e psicologicamente noutras pessoas. As outras síndromes de falsa identificação delirante são a síndrome de Capgras, a síndrome de Fregoli e a síndrome do duplo subjetivo.
149
Síndrome do Duplo subjetivo
Fenómeno de reduplicação caracterizado pela crença delirante em que existe um duplo idêntico a si, embora com existência e vontade independentes.
150
Síndrome de Asperger
Perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada por défices no funcionamento e interação social, com padrão restrito de interesses e comportamentos, à semelhança do autismo. Contudo, no desenvolvimento precoce da criança não se verificam atrasos significativos na aquisição da linguagem, desenvolvimento cognitivo, ou na manifestação de curiosidade pelo ambiente externo (WHO, 1992). Descrita inicialmente pelo pediatra Hans Asperger (1944), apenas um ano depois de Leo Kanner ter publicado o seu relato do que designou por autismo infantil. Foi incluído pela primeira vez nos sistemas de classificação em 1994, com a publicação do DSM IV, em que integrava a categoria das «Per-turbações Globais do Desenvolvimento» (Volkmar & McPartland, 2014). No DSM 5, a entidade foi extinta encontrando-se incluída nas perturbações do espectro do autismo, embora na CID-10 (WHO, 1992) continue enquanto entidade nosológica autónoma.
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Síndrome de Gerstmann
Síndrome descrita pelo neurologista austríaco Josef Gerstmann (1887-1969), caracterizada por agnosia digital, acalculia/discalculia, agrafia/disgrafia e desorientação esquerda-direita. Resulta de lesões no giro angular do hemisfério cerebral dominante (Rusconi, 2018).