3. Objetivos do Código de Processo Civil e normas fundamentais Flashcards

1
Q

Quais são os objetivos principais do novo CPC?

A

i. Estabelecer uma sintonia fina entre o CPC e a Constituição;
ii. Criar condições para que o juiz decida conforme a realidade;
iii. Simplificação;
iv. Dar todo o rendimento possível de cada processo;
v. Organicidade do sistema.

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2
Q

Cite 5 formas de aplicação do objetivo:
ii. Criar condições para que o juiz decida conforme a realidade

A

● Intensificação da democracia participativa no processo civil
● Princípio da cooperação
● Amicus curiae
● Estímulo para utilizar as formas alternativas de resolução de conflitos (solução autocomposta):
● Audiências públicas

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3
Q

Cite 4 formas de aplicação do objetivo:
iii. Simplificação

A

● Unificação de prazos para 15 dias úteis, exceto embargos de declaração que possuem o prazo de 5 dias úteis.
● Não precisa mais de peças apartadas, de modo que fica tudo na contestação
● Há somente o procedimento comum
● Extinção do processo cautelar

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4
Q

Cite 2 formas de aplicação do objetivo:
iv. Dar todo o rendimento possível de cada processo.

A

● Coisa julgada de questão prejudicial decidida na fundamentação (artigo 503, CPC)
● Estabilização da tutela antecipada antecedente

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5
Q

Cite 1 forma de aplicação do objetivo:

i. Estabelecer uma sintonia fina entre o CPC e a Constituição da República

A

● Constitucionalização releitura.

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6
Q

Quais são as normas fundamentais do CPC? O rol é taxativo?

A

O rol não é taxativo.

i. Princípio do devido processo legal
ii. Princípio do Contraditório
iii. Princípio da ampla defesa
iv. Princípio da Duração Razoável do Processo
v. Princípio da Inafastabilidade da
jurisdição
vi. Princípio da Dignidade da pessoa humana
vii. Princípio da isonomia
viii. Princípio da cooperação
ix. Princípio da publicidade
x. Princípio da motivação
xi. Princípio da boa-fé objetiva
xii. Princípio da segurança jurídica
xiii. Princípio da primazia da decisão de mérito

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7
Q

Qual a natureza do princípio do devido processo legal?

A

É uma cláusula geral (hipótese normativa aberta e consequente normativo aberto).

Essa cláusula se atualiza ao longo do tempo.

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8
Q

Quais são as 3 características do devido processo justo?

A

tempestivo;
submetido a ampla defesa; submetido à publicidade.

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9
Q

Qual o conceito antigo do Princípio do Contraditório?

A

ciência e possibilidade de resposta à parte.

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10
Q

Qual o conceito atual do Princípio do Contraditório?

A

contraditório substancial → ciência, possibilidade de resposta pela parte e capacidade de influenciar a decisão do juiz.

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11
Q

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

O dispositivo refere-se à qual vedação?

A

Vedação à decisão surpresa.

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12
Q

Tema: Vedação à decisão surpresa.

Artigo 332, § 1º - O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.

Se houver discussão a respeito de aspecto X, deve ouvir as partes antes.

Segundo o STJ, é necessário intimar as partes quanto à modificação de fundamento legal?

Segundo o STJ, quanto ao fundamento jurídico (enquadramento normativo), é necessário intimar as partes para se manifestar?

A

Fático.

Não.

Sim.

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13
Q

STJ: em respeito ao princípio da não surpresa, é lícito/vedado ao julgador decidir com base em fundamentos jurídicos não submetidos ao contraditório no decorrer do processo.

A

Vedado.

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14
Q

Enunciado 282 do FPPC: Para julgar em enquadramento normativo diverso daquele invocado pelas partes, o juiz necessita/não necessita observar o dever de consulta do art. 10.

A

Necessita.

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15
Q

Exceções ao contraditório (juiz pode prolatar decisão sem ouvir as partes - art. 9º, p. 1º) - 3 exceções:

O rol é taxativo?

A

Não, o rol é exemplificativo.

I - tutela de urgência;

II - tutela da evidência somente quando:
a) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
b) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

III - na ação monitória, sendo evidente o direito do autor.

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16
Q

Segundo o STJ, o ministro que não participou da sustentação oral do advogado pode/não pode julgar o feito.

A

Não pode.

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17
Q

Segundo o STJ, é permitido/vedado reconhecer de ofício a inadmissão do recurso por falta dos pressupostos de admissibilidade.

A

Permitido.

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18
Q

Tema: Princípio da ampla defesa

Atenção para a SV nº 3: Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a…

Ou seja, não há contraditório e ampla defesa nos casos de…

A

apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

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19
Q

O princípio da Duração Razoável do Processo passou a ser aplicado somente após o CPC/15?

Art. 4º, CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

A

Não. Antes do CPC/15, havia o Pacto de São José da Costa Rica (1992) que exigia a razoável duração do processo. E, antes de 1992, entendia-se que era uma cláusula implícita.

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20
Q

Como se averiguar a razoável
duração do processo? (3 critérios)

A

○ Comportamento do juiz;
○ Peculiaridade da causa;
○ Estrutura fornecida pelo Tribunal.

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21
Q

O que acontece se o juiz violar a
razoável duração do processo?

A

○ Responsabilidade civil do Estado;
○ Reclamação Administrativa (art. 235, CPC)
○ Ação Popular (artigo 7º, parágrafo único, LACP)

Art. 235. Qualquer parte, o MP ou a Defensoria poderá representar ao corregedor do tribunal ou ao CNJ contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos.

art. 7º, Parágrafo único, LACP: O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para efeito de promoção por antigüidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo justo.

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22
Q

O que significa o Princípio da Inafastabilidade da jurisdição?

A

Não se pode excluir nada da análise do Poder Judiciário.

“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

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23
Q

A solução judicial depende de uma tentativa de solução extrajudicial?

Há exceções?

A

Não depende.

Exceto no caso da Justiça Desportiva.

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24
Q

O que quer dizer o princípio da Unicidade da jurisdição?

A

não se pode vincular o pleito judiciário ao esgotamento da esfera administrativa e
não existe coisa julgada administrativa.

25
Q

Quais são os 4 pontos marcantes da concepção moderna do Princípio da Inafastabilidade da jurisdição?

A

■ Amplo acesso ao processo;
■ Ampla participação;
■ Decisão com justiça;
■ Eficácia da decisão.

26
Q

A exigência de prévio requerimento administrativo de benefício previdenciário configura exceção à inafastabilidade da jurisdição?

A

Não. Trata-se de interesse de agir.

27
Q

O requerimento administrativo de benefício previdenciário precisa ser negado?

A

Não necessariamente.

STF: para entrar com ação judicial o benefício tem que ser:
1) negado;
2) demora superar 45 dias na resposta do requerimento;
3) houver lide presumida (pretensão fundada em tese notoriamente rejeitada pelo INSS).

28
Q

A Súmula 1 do STJ (Não cabe habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa) configura exceção à inafastabilidade da jurisdição?

A

Não. Somente confirma que na procura do Poder Judiciário a parte deve ter interesse de agir.

29
Q

A arbitragem configura exceção à inafastabilidade da jurisdição?

A

Não, pois a arbitragem é jurisdição.

30
Q

Quais autores abordam os elementos da Dignidade da pessoa humana?

A

Barroso e Daniel Sarmento.

31
Q

Quais são os elementos da Dignidade da pessoa humana segundo Barroso?

A

○ Valor intrínseco
○ Autonomia
○ Valor comunitário

32
Q

O que quer dizer o elemento “Valor intrínseco”?

A

cada ser humano é um fim em si mesmo, não podendo ser usado como um meio.

33
Q

O quer quer dizer o elemento “Autonomia”?

A

confere autonomia aos indivíduos
para buscar seu ideal de vida boa.

34
Q

O quer quer dizer o elemento “Valor comunitário”?

A

há um valor comunitário que deve
prevalecer.

35
Q

Quais são os elementos da Dignidade da pessoa humana segundo Daniel Sarmento?

A

○ Valor intrínseco
○ Autonomia
○ Mínimo existencial
○ Reconhecimento

36
Q

O que diz o Princípio da isonomia em sua acepção formal?

A

pessoas iguais perante à
lei, havendo paridade de armas.

37
Q

O que diz o Princípio da isonomia em sua acepção material?

Dê dois exemplos de aplicação.

A

deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.

cotas e remessa necessária.

38
Q

O que significa a Igualdade como
reconhecimento?

A

Deve reconhecer o direito de algumas minorias.

39
Q

A quem se destina o Princípio da cooperação?

A

às partes e ao juiz.

40
Q

Quais são os Deveres do juiz decorrentes da cooperação?

A

○ Prevenção
○ Esclarecimento
○ Consulta
○ Auxílio ou adequação

41
Q

O que significa o dever de prevenção?

A

O juiz irá prevenir para que o processo chegue a resolução de mérito.

42
Q

Dê dois exemplos do dever de Auxílio ou adequação:

A

inversão do ônus da prova;
dilação do prazo processual.

43
Q

O Juiz pode produzir prova de ofício?

A

Sim.

44
Q

O Juiz pode dar início à fase de execução?
Há exceções?

A

Sim.

Exceto no caso de obrigação de pagar quantia certa.

45
Q

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências…

A

inúteis ou meramente
protelatórias.

46
Q

Quanto ao Princípio da publicidade, a publicidade interna (entre as partes) é limitada ou ilimitada?

A

Ilimitada, as partes têm acesso a tudo.

47
Q

A publicidade externa pode ser limitada?

Em quais hipóteses?

A

Sim, nas hipóteses do artigo
189, CPC:

I - em que o exija o interesse público ou social;

II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

48
Q

Quais são os objetivos do Princípio da motivação?

A

○ Controle interno
○ Controle externo

49
Q

Para que serve o controle interno?

A

permitir que as partes tenham acesso ao conteúdo da decisão para poderem impugnar.

50
Q

Para que serve o controle externo?

A

conferir legitimidade ao Poder Judiciário

51
Q

A quem se destina o Princípio da boa-fé objetiva?

A

às partes e ao juiz

52
Q

Qual o conceito do Princípio da boa-fé objetiva?

A

padrão de conduta que deve ser observado, não sendo uma análise subjetiva, mas objetiva.

53
Q

Cite 5 derivações do Princípio da boa-fé objetiva:

A

○ Abuso de direitos processuais: as partes não podem pleitear medidas protelatórias.
○ Torna ilícito comportamentos dolosos
○ Proibir comportamentos contraditórios (venire contra factum proprium)
○ Dar surgimento aos deveres de boa-fé processual
○ Função hermenêutica

54
Q

Função hermenêutica: Art. 322, § 2º, do CPC: A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da…

A

boa-fé.

55
Q

O Princípio da segurança jurídica possui 2 sentidos, quais são?

A

● Sentido Objetivo;
● Sentido Subjetivo.

56
Q

O que significa o sentido objetivo do Princípio da segurança jurídica?

A

estabilidade das relações jurídicas.

57
Q

O que significa o sentindo subjetivo do Princípio da segurança jurídica?

A

proteção da confiança das partes. A Administração Pública não pode mudar o comportamento repentinamente.

58
Q

O que significa o Princípio da primazia da decisão de mérito?

A

Deve-se fazer sempre o esforço de ter uma decisão de mérito.

59
Q

Dê 5 exemplos de aplicação do Princípio da primazia da decisão de mérito:

A

1) retratação nos casos de apelação contra sentença sem resolução do mérito;

2) prazo de 5 dias parar sanar vício do recurso antes de julgar inadmissível;

3) intimação prévia em recursos sem preparo ou com preparo insuficiente;

4) possibilidade de decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade;

5) possibilidade de decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a extinção sem mérito.