Trauma abdominal e pélvico Flashcards

1
Q

Trauma hepático: manobra de Pringle

A

Clampeamento de veia porta, artéria hepática própria e colédoco, com a intenção de parar momentaneamente o sangramento. Alto risco de necrose

Ou seja, é um clampeamento do ligamento hepatoduodenal

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2
Q

Cirurgia de damage control: definição

A

Cirurgia rápida que visa tirar o paciente do óbito iminente. Entra em cirurgia para estancar o sangramento, sem se preocupar com corrigir estruturas lesadas ou garantir anatomia adequada. Evita anastomoses e cirurgias longas

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3
Q

Trauma penetrante em transição toraco-abdominal, paciente ESTÁVEL. Conduta?

A

TC de tórax e abdome (a fim de descartar lesões parenquimatosas e intratorácicas). Contudo, lembrem-se que - após o exame de imagem - devemos realizar LAPAROSCOPIA, também, para a visualização diafragmática (já que não é bem vista na TC). Principalmente, se for à esquerda (pois do lado direito o fígado “protege”, fazendo um tampão na lesão diafragmática, e na maioria das vezes podemos adotar condutas conservadoras sem nem realizar a laparoscopia se o ferimento tiver sido do lado D).

Obs.: Bom senso também. Se temos uma lesão diafragmática gigantesca à D a ponto do fígado herniar para o tórax, não tem como manter conduta conservadora

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4
Q

Indicações de abordagem cirúrgica do hematoma retroperitoneal de acordo com o mecanismo de trauma (penetrante x contuso)

A

Zona I SEMPRE abordar cirurgicamente
Não se explora lesão contusa retroperitoneal em zona III, o melhor é irmos para a angioembolização ou para o empacotamento pré-peritoneal!

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5
Q

Cirurgia de Controle de Danos: parâmetros clássicos para indicar essa abordagem

A

Vêm da famosa tríade letal: hipotermia < 35ºC, coagulopatia e acidose pH < 7,2

O objetivo é reduzir a morbimortalidade em pacientes instáveis e com risco de desenvolver a tríade letal em decorrência da resposta endócrino-metabólica e imunológica ao trauma agravada pela injúria cirúrgica. Nesse cenário, a cirurgia deve ser rápida, resolver o que seria mais grave, para que o paciente seja estabilizado na UTI e depois reabordado para tratamento definitivo das lesões

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6
Q

Damage Control: 4 pilares

A

Controle de hemorragia
Controle de contaminação
Peritoneostomia (curativo de Barker)
Reabordagem em 24-48h

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7
Q

Fratura de pelve, paciente instável com FAST+: conduta

A

Laparotomia exploradora para correção de lesões sangrantes + tamponamento extraperitoneal + fixação externa

Mas antes, lembrar de estabilizar a pelve na avaliação primária, para depois a ortopedia fixar cirurgicamente

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8
Q

Fratura de pelve, paciente instável com FAST negativo: conduta

A

Tamponamento pré-peritoneal
Fixação externa da pelve

Obs.: Se refratário –> arteriografia (provável sangramento de artéria glútea superior)

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9
Q

Trauma colorretal: pré requisitos para rafia primária (lembrar dos 5 “Ss” de sutura)

A

eStável hemodinamicamente
transfusão de menos de Seis CH
Sem lesão vascular
menos de Seis horas do trauma
acometimento < S0% (50%) da circunferência do reto

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10
Q

Nos casos de anastomose primária do reto, como a anastomose é de maior risco de deiscência do que a de cólon, é preciso realizar a _________ __ ___________

A

Colostomia de proteção: ela não previne deiscência, mas caso aconteça, diminui a carga bacteriana e facilita cicatrização, e evita contaminação de fezes na cavidade

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11
Q

Componentes da uretra anterior e uretra posterior

A

Uretra posterior, compreendida pela uretra prostática e membranosa

Uretra anterior, formada pela uretra bulbar e peniana

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12
Q

Mecanismo de trauma mais comum no trauma de uretra bulbar (compõe uretra anterior)

A

Queda a cavaleiro

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13
Q

Mecanismo de trauma mais comum no trauma de uretra posterior

A

Fratura de pelve

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14
Q

Trauma de uretra: clínica, diagnóstico e tratamento

A

Clínica: uretrorragia, hematúria e retenção urinária
Dx: uretrocistografia retrógrada
Tratamento: cistostomia

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15
Q

Lesão hepática grau I-V: passível de tratamento conservador. Quais (2) pré-requisitos?

A

1) Estabilidade hemodinâmica
2) Nenhuma outra condição que indique laparotomia

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16
Q

Lesão hepática grau VI (avulsão), passível de tratamento conservador?

A

NÃO

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17
Q

Protocolo de TC no trauma abdominal

A

Protocolo trifásico: sem contraste, fase arterial, fase portal e fase excretora
- S/C: boa para identificar sangramento
- Fase arterial: aorta bem hiperatenuante e rim ainda cortico-medular (córtex branco e medula preta). Procurar sangramento ativo/blush (embolização é a conduta)
- Portal ou nefrográfica: realce renal homogênea. Avaliar se houve lesão vascular renal, sugestiva se o rim não estiver homogeneamente contrastado
- Excretora: contraste preenchendo cálices e ureter. Procurar sinais de lesão do sistema coletor, ou seja, sinais de extravasamento de urina

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18
Q

Desvascularização renal na TC: como identificar

A

Fase arterial, com ausência de realce, sugerindo lesão do pedículo renal
Na imagem: desvascularização do rim E. No contexto de trauma, pode sugerir trombose de artéria renal

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19
Q

Lesão de sistema coletor na TC abdominal: como identificar

A

Extravasamento de contraste na fase excretora

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20
Q

TC abdome no trauma: qual fase também é chamada de nefrográfica?

A

Fase portal: esperado é um realce homogêneo do parênquima renal, sem distinção córtico-medular

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21
Q

Trauma pelviperineal complexo - definição

A

Fratura de pelve e laceração perineal extensa

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22
Q

8’Ds do trauma perineal complexo

A

1) Desbridamento e limpeza da ferida
2) Drenagem e curativo a vácuo da lesão (manter o ferimento aberta)
3) Derivação intestinal com colostomia em alça no ângulo hepático (vem caindo por terra, pois é quase que uma confissão de que o serviço é incapaz de manter a ferida limpa)
4) Derivação de urina (cistostomia ou sonda vesical de demora).
5) Distal limpo - limpeza do coto distal da colostomia (aqui a lógica é lavar o que há de fezes no coto distal da colostomia para evitar que exista alguma obstrução por fecaloma).
6) Destruir as bactérias - ATB de amplo espectro (em geral, Ceftriaxona + Clindamicina).
7) Duração do curativo - realizar trocas frequentes do curativo a vácuo a cada 3-5 dias.
8) dT

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23
Q

Trauma renal grau IV

A

Rompimento dos vasos do hilo

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24
Q

Conduta no trauma renal grau IV

A

Se paciente estável, embolização arterial

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25
Q

Mandatório no trauma de transição toracoabdominal (TTA)

A

Excluir lesão de diafragma

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26
Q

Exame no paciente estável vítima de trauma toracoabdominal

A

Laparoscopia - excluir lesão de diafragma

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27
Q

Pelve: fratura em livro aberto ou open book

A

Afastamento > 5cm da sínfise púbica

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28
Q

Fratura de pelve + instabilidade: conduta

A

Antes de tudo, estabilização da pelve como conduta no atendimento primário. Tamponamento pré-peritoneal seguido de fixação externa da pelve
Se continuar instável/sangrando –> arteriografia (não é prioridade pois 90% dos sangramentos são de origem venosa)

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29
Q

Estabilização da pelve com lençol: topografia

A

Trocânteres maiores

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30
Q

Trauma abdominal contuso com TC demonstrando ausência de lesões de vísceras ocas, porém com com sensibilidade à palpação ou líquido livre presente. Em que devemos pensar/qual a conduta

A

Devemos pensar em traumas de estruturas em que a tomografia tem baixa sensibilidade de imediato, tais como vísceras ocas (intestino), pâncreas, ducto pancreático e bexiga
Conduta é laparotomia exploradora

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31
Q

Exploração digital da ferida, USG abdominal e LPD não são adequados para avaliar quais lesões?

A

Lesões retroperitoneais

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32
Q

Em casos de lesões penetrantes na região anterior do abdome, em que a exploração de feridas ajuda?

A

Auxilia na diferenciação se houve ou não penetração da cavidade abdominal

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33
Q

Traumas com perfuração da região posterior (lombar, flancos, dorsal) não está indicada

A

Exploração de ferida

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34
Q

Principais órgãos lesados em trauma abdominal fechado

A

Baço e fígado

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35
Q

Abdome cirúrgico (3) em trauma abdominal fechado

A
  • Peritonite
  • Choque com FAST +
  • Retro ou pneumoperitônio
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36
Q

Lesões de bexiga: tratamento

A

O tratamento nos casos de lesões de bexiga extraperitoneal é a passagem de sonda vesical de demora por 10-14 dias (permite a drenagem contínua de urina, fazendo com que a bexiga fique sempre vazia, impedindo a formação de hematoma e acelerando o processo cicatricial).

Já as lesões intraperitoneais precisam ser abordadas cirurgicamente para sutura (pois a urina vazando para dentro do peritônio é extremamente irritante para as alças)

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37
Q

Trauma de pelve com instabilidade e FAST+: conduta

A

FAST+ indica laparotomia exploradora, pois prioridade é o controle da hemorragia intra-abdominal

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38
Q

Trauma de pelve com instabilidade e FAST negativo: conduta

A

Assumir que a instabilidade se deve ao trauma de bacia e a conduta é controle da hemorragia pélvica (fixação pélvica, empacotamento pré-peritoneal, arteriorgrafia com embolização)

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39
Q

Tratamento definitivo dos pacientes com alterações hemodinâmicas relacionadas a fratura pélvica

A

Tamponamento pré-peritoneal é um método alternativo para controlar hemorragia pélvica quando a embolização demorar ou não estiver disponível

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40
Q

FAB com dúvidas se houve ou não penetração da cavidade abdominal. Conduta?

A

Exploração digital da ferida. Se negativa, suturar. Se positiva, laparotomia ou laparoscopia. Se dúvida, laparoscopia ou observação

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41
Q

Indicações de laparotomia (5) no trauma abdominal penetrante

A

1) FAF com trajeto intra-abdominal
2) Evisceração
3) Instabilidade hemodinâmica
4) Peritonite
5) Sangramento do TGI ou genitourinário

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42
Q

Lesão de baço: clássico órgão de qual região anatômica?

A

TTA - Transição toraco-abdominal

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43
Q

Manobra de Pringle: clampeamento de quais estruturas

A

Colédoco, veia porta e artéria hepática

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44
Q

Para controle de sangramento retro-hepático, realiza-se qual manobra?

A

Shunt átrio-caval

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45
Q

Contusão hepática com sangramento que não cessa com manobra de Pringle: o que pensar?

A

Provável lesão de veia cava inferior retro ou justa-hepática.

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46
Q

Empacotamento com compressas: bom método para estancar sangramento de lesões xxx do fígado

A

Lesões anteriores

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47
Q

Paciente com trauma hepático, indicado tratamento conservador. Pode evoluir com melena?

A

Sim. O sangramento digestivo alto nesses casos seria justificado pela hemobilia, com extravasamento de sangue para as vias biliares

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48
Q

Fratura de pelve: topografia da avaliação de instabilidade pélvica

A

EIAS

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49
Q

Trauma renal: grau I a V

A

Grau I: hematoma subcapsular, não expansivo, não invade sistema coletor, ausência de laceração

Grau II: hematoma perirrenal não expansivo, laceração cortical < 1cm, sem extravasamento

Grau III: laceração cortical > 1cm, sem extravasamento urinário (não cai contraste dentro do sistema coletor)

Grau IV: laceração para o sistema coletor (cai contraste no sistema coletor). Extravasamento de contraste = grau IV

Grau V: rompimento renal ou vascular, lesão ou avulsão do pedículo renal. Grau V é indicação cirúrgica clássica. Todos os outros são passíveis de tratamento conservador

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50
Q

Trauma pélvico com blush arterial (contraste na pelve na fase arterial). Conduta?

A

Embolização arterial

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51
Q

Trauma contuso, FAST+ e paciente estável hemodinamicamente: conduta

A

Investigar o abdome com tomografia

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52
Q

Trauma contuso, FAST+ e paciente instável hemodinamicamente: conduta

A

Laparotomia

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53
Q

Indicações de laparotomia pelo ATLS (7)

A
  • Trauma abdominal contuso + FAST/LPD positivo + instabilidade
  • Trauma abdominal penetrante + instabilidade
  • FAF com trajetória transperitoneal
  • Evisceração
  • Sangramento TGI após FAB
  • Peritonite (**Se paciente estiver com sinais de peritonite, mas com estabilidade hemodinâmica, normalmente é solicitada uma TC de abdome para saber o que nos espera, embora isso não mude a conduta por laparotomia)
  • Pneumoperitônio / retroperitônio / ruptura de hemidiafragma
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54
Q

Achado típico de uma lesão intraperitoneal de bexiga

A

Presença do meio de contraste desenhando e circundando as alças intestinais, como desenhado em VERMELHO

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55
Q

Por que o tratamento conservador não é indicado nos casos de trauma de bexiga intraperitoneal?

A

Alto risco de irritação peritoneal por irritação urinária

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56
Q

Trauma de bexiga e TC abaixo: qual sinal presente?

A

Na rotura extraperitoenal de bexiga podemos ter o sinal do dente molar, como mostrado na imagem. É o extravasamento de contraste no espaço pré-vesical ou espaço de Retzius e pros espaços laterais tbm.

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57
Q

O que é Gangrena de Fournier?

A

Fasciíte necrosante sinérgica de períneo e parede abdominal

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58
Q

Gangrena de Fournier: fisiopatologia

A

Endarterite obliterante, seguida de isquemia e trombose dos vasos subcutâneos, que resultam em necrose de pele e tecido celular subcutâneo e adjacentes

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59
Q

3 pilares do tratamento da gangrena de Fournier

A

Desbridamento cirúrgico
Antibióticos
Amputação, se necessária

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60
Q

Trauma abdominal fechado com lesão de víscera sólida: 2 pilares que vão guiar tratamento

A

Estabilidade hemodinâmica e grau da lesão da víscera sólida

61
Q

Paciente politraumatizado, com instabilidade hemodinâmica e lesão de víscera sólida está _____________________ o tratamento conservador

A

CONTRAINDICADO

62
Q

Qual grau de lesão esplênica deve ser tratada de maneira cirúrgica?

A

Lesão grau V (especialmente com instabilidade hemodinâmica): destruição total ou desvascularização total do baço

De modo geral, grau IV e V vão precisar de alguma abordagem cirúrgica, que varia a depender dos recursos do hospital, podendo ficar restrita a uma laparotomia

63
Q

Indicações de cirurgia eletiva para diverticulite

A

Imunocomprometidos com diverticulite complicada

64
Q

Lesões mais comuns no trauma penetrante por arma de fogo - FAF

A

Delgado (mais por probabilidade mesmo, pela sua disposição em todos os quadrantes do abdome)

Por isso que na maioria dos serviços tiro na barriga = laparotomia, pois há grandes chances de ter lesado alguma alça

65
Q

Lesões mais comuns no trauma penetrante com arma branca e no contuso

A

Arma branca - fígado (se furou é fígado)
Contuso - baço (se bateu é baço)

66
Q

A hiperamilasemia deve levantar suspeita de lesão _________ em trauma fechado

A

Duodenal pela proximidade do duodeno com o pâncreas

67
Q

Paciente vítima de trauma abdominal contuso, com presença de líquido livre na cavidade sem evidência de lesão de víscera sólida (baço, fígado) na TC. Devemos levantar a suspeita de ________

A

Suspeitar de lesão de víscera oca (incluindo lesão intraperitoneal de bexiga) e mesentério

68
Q

O “flegmão” do Hinchey IA seria o borramento de gordura pericólica? V ou F?

A

Verdadeiro

69
Q

Trauma abdominal fechado com líquido livre na cavidade peritoneal sem lesão de víscera parenquimatosa (sólida). Conduta?

A

Laparoscopia. Em geral o mais comum é lesão de delgado, mas pode ser uma lesão de bexiga intraperitoneal

70
Q

Abordar preferencialmente lesões de diafragma pelo __________

A

Abdome

71
Q

Primeira conduta no FAB de dorso com estabilidade hemodinâmica

A

TC com contraste

72
Q

4 janelas do FAST

A

Hepatorreanal (espaço de Morrisson)
Esplenorrenal
Pericárdica
Retrovesical ou pélvica

73
Q

Trauma com guidão de bicicleta pensar em lesão de ________, ________ e ___________

A

Baço, duodeno e pâncreas

74
Q

Como são vistas áreas de laceração na TC

A

Áreas hipocontrastantes (áreas do parênquima que realçam pouco)

Imagem com laceração de baço e pâncreas

75
Q

Órgãos mais lesados pelo cinto de segurança no trauma contuso (quando há sinal do cinto de segurança)

A

Delgado e mesentério

76
Q

Janela de parênquima pulmonar é uma fase fundamental na avaliação de TC de abdome no trauma para ver ____________

A

Pneumoperitônio –> lesões de alças ou cólon (vísceras ocas)

77
Q

Dx diferencial de nódulo hepático: realce periférico globuliforme na fase arterial e preenchimento central na fase portal, ou seja, preenchimento centrípeto

A

Hemangioma hepático (esponja de vasos). Na USG, nódulo hiperecogênico

78
Q

Dx diferencial de nódulo hepático: cicatriz central na fase arterial com realce precoce, enquanto a cicatriz apresenta realce tardio

A

HNF - Hiperplasia nodular focal

79
Q

Dx diferencial de nódulo hepático: paciente cirrótico ou com vírus B com nódulo com intenso realce na fase arterial que lava na fase tardia (WASH OUT)

A

Carcinoma hepatocelular

80
Q

Trauma abdominal fechado com líquido livre sem lesão de víscera sólida (parenquimatosa) =

A

Laparoscopia

81
Q

Paciente com trauma hepático sendo manejado de forma conservadora e que evoluiu com melena. Pensar em

A

Extravasamento de sangue para as vias biliares

82
Q

Como é visto um sangramento ativo na angioTC

A

Blush - extravasamento de contraste na fase arterial

83
Q

Trauma esplênico: laceração de vasos hilares com desvascularização de pelo menos 25% do baço. Qual o grau do trauma?

A

Grau IV

84
Q

Pacientes estáveis com lesão de TTA devem realizar

A

TC de tórax, abdome e pelve. Mas lembre-se que TC não avalia bem diafragma

85
Q

Tatuagem traumática do cinto de segurança: considerar a possibilidade de fratura vertebral de ________, que envolve uma linha horizontal na coluna vertebral, afetando afetando os elementos posteriores e se estendendo ao corpo vertebral

A

Chance

86
Q

Trauma abdominal contuso: peritonite é indicação de laparotomia. Entretanto, em pacientes com ESTABILIDADE HEMODINÂMICA é possível ______________

A

encaminhar para TC para uma avaliação mais precisa do retroperitônio e de outras estruturas. Auxilia no planejamento mais criterioso da cirurgia

87
Q

Delimitação anatômica da região toraco-abdominal

A

Anterior: 4º EIC
Lateral: 6º EIC
Posterior: 8º EIC

88
Q

Trauma de TTA (transição toracoabdominal): paciente instável com E-FAST e FAST positivos. Conduta

A

Drenagem de tórax + abordagem cirúrgica (Tórax ou abdome primeiro? Depende do que a questão fornecer. Hemotórax maciço e pequena lâmina de líquido livre no abdome = abordar primeiro o tórax via toracotomia)

89
Q

Trauma de TTA (transição toracoabdominal): paciente instável com E-FAST positivo e FAST negativo. Conduta

A

Toracotomia inicialmente. Se houver lesão de diafragma o paciente também ganha uma laparotomia (se ainda tiver instável) ou uma laparoscopia depois de corrigir as lesões do tórax

90
Q

Trauma de TTA (transição toracoabdominal): paciente estável. Conduta

A

Se dá estável, dá tempo de fazer tomografia tórax, abdome e pelve

91
Q

Trauma de TTA (transição toracoabdominal): paciente estável. Ferimento do lado esquerdo e TC de tórax sem lesões. Conduta

A

Laparoscopia para avaliar lesão diafragmática

92
Q

Sinal de _______: Dor em região escapular decorrente da irritação frênica por um
sangramento esplênico.

A

Kehr

93
Q

Tríade diagnóstica de lesão uretral

A

Fratura de pelve
Sangue no meato uretral
Incapacidade de urinar

94
Q

Essa uretrocistografia mostra lesão em uretra _____________

A

bulbar

95
Q

Vocês lembram quais são as indicações de laparotomia exploradora no trauma penetrante? Pois são essas:

A

Instabilidade hemodinâmica;
Evisceração;
Irritação peritoneal;
Sangramento retal.

96
Q

O eFAST a seguir é sugestivo de

A

hemotórax

97
Q

Trauma esplênico: imagem abaixo sugere

A

sangramento ativo: aumento progressivo dos focos de sangramento

98
Q

Homem vítima de trauma sem fratura de bacia. Na sondagem foi detectada hematúria. Realizado o exame abaixo. Dx e conduta

A

Lesão de bexiga intraperitoneal. Sutura de bexiga

99
Q

Aspecto de uma laceração na TC abdome

A

Imagem hipoatenuante linear em um órgão sólido

100
Q

Anatomia: quais as três porções do esôfago

A

Cervical (da faringe até as clavículas): a. tireoideanas

Torácico (das clavículas até diafragma): a. brônquicas + ramos da aorta

Abdominal (do diafragma até a cardia): a. gástrica E + a. frênica inferior

101
Q

As imagens abaixo com _____________ sugerem lesão traumática de esôfago

A

pneumomediastino

102
Q

Conduta no trauma de esôfago CERVICAL com > 12-24h OU paciente instável

A

Cirurgia de controle de danos

Esofagostomia
Fechamento do coto distal
Jejunostomia como via alimentar

103
Q

Melhor acesso para abordagem de esôfago torácico

A

Toracotomia direita

104
Q

Manejo de paciente com lesão esofágica por sonda cáustica Zargar I (lesão leve)

A

Para todos: Rx tórax e abdome + EDA

ATB
Hidratação
IBP
Observação clínica por 48h
Jejum (caso necessite abordar cirurgicamente após a observação)

105
Q

Principal complicação tardia de lesão por sonda cáustica

A

Estenoses

106
Q

Lesão penetrante é o principal mecanismo de lesão traumática de estômago. Quais regiões mais acometidas?

A

Parede anterior e grande curvatura

107
Q

Líquido livre na TC sem lesões de órgãos sólidos. Conduta?

A

Laparoscopia: o líquido pode ter origem na lesão de alguma víscera oca

108
Q

Lesão por sonda cáustica Zargar IIIB. Conduta?

A

Cirúrgica. E na hora de reconstruir tem que usar o cólon, não pode usar o estômago

109
Q

Condutas em lesões traumáticas de estômago grau IV (estraçalhou < 2/3) e V (estraçalhou > 2/3)

A

Grau IV: gastrectomia parcial com reconstrução a B1 ou Y-Roux

Grau V: gastrectomia total com reconstrução em Y-Roux

110
Q

Quando suspeitar de lesão de baço no trauma abdominal fechado

A

Fx de arcos costais à E
Dor subescapular à E (Sinal de Kehr)

111
Q

Trauma esplênico: classificação AACT

A

Imagem

112
Q

Quais são os dois aspectos mais importantes a serem considerados na hora de manejar um trauma esplênico?

A

Estabilidade hemodinâmica
Abdome cirúrgico

113
Q

Trauma esplênico: como é feito o tratamento conservador?

A

Condição:
- Sem instabilidade
- Sem abdome cirúrgico
- Recursos (concentrado de hemácia, cirurgião, TC, Angiografia)

Como: repouso absoluto por 5 dias + exame físico e Hb/HT seriados de 4/4h por 48h em UTI

CUIDADO! A primeira Hb é esperado que seja baixa. Se cair progressivamente = TC (pode ser que indique uma nova angioembolização por exemplo)

114
Q

Quando realizar a profilaxia pós-esplenectomia?

A

Até 14 dias após esplenectomia

OU

Exclusão vascular do baço (lesão grau V ou angioembolização)

Como: 3 vacinas contra germes encapsulados (Pneumo23 | Meningo C | Haemophilus influenzae tipo B)

115
Q

Por que TC de abdome C/C tem baixa sensibilidade para trauma pancreático?

A

Pois não enxerga/contrasta os ductos

116
Q

Trauma pancreático: a partir de qual grau há lesão de ducto?

A

A partir do grau III

117
Q

Complicação pós-operatória mais comum de abordagem cx do trauma pancreático

A

Fístula pancreática (por isso é mandatório deixar um dreno em toda cx de pâncreas)

118
Q

Trauma pancreático: conduta para trauma sem lesão de ducto

A

Drenagem

119
Q

Trauma pancreático: conduta para trauma com lesão de ducto localizada à direita da VMS

A

Lesão simples: hemostasia + drenagem (sempre que abordar o pâncreas tem que drenar)

Lesão grave/duodeno: Whipple

120
Q

Trauma pancreático: conduta para trauma com lesão de ducto localizada à esquerda da VMS

A

Pancreatectomia distal + drenagem + esplenectomia

121
Q

Qual o nome da estrutura que comunica a cavidade intraperitoneal maior com a cavidade intraperitoneal menor?

A

Forame de Winslow

122
Q

Trauma hepático: classificação AACT

A

Imagem

123
Q

Trauma hepático: conduta em paciente estável, sem abdome cirúrgico, sem blush arterial na TC

A

Tratamento conservador

124
Q

Trauma hepático: tratamento conservador

A

Condição:
- Sem instabilidade
- Sem abdome cirúrgico
- Recursos (concentrado de hemácia, cirurgião, TC, Angiografia)

Como: repouso absoluto por 5 dias + exame físico e Hb/HT seriados de 4/4h por 48h em UTI

CUIDADO! A primeira Hb é esperado que seja baixa. Se cair progressivamente = TC (pode ser que indique uma nova angioembolização por exemplo)

125
Q

Trauma hepático: dois objetivos do tratamento cirúrgico quando indicado

A

Controle da hemorragia

Controle do vazamento biliar

126
Q

Tratamento cirúrgico do trauma hepático: quais os 3 princípios técnicos?

A

1) Fazer o mínimo: sutura, clipes cirúrgicos, eletrocoagulação, ligadura vascular

2) Sangramento intenso = manobras iniciais para DIMINUIR o sangramento (empacotamento hepático + manobra de Pringle)

3) Cirurgia de controle de danos é “sempre uma boa”, não esperar atingir a tríade letal para indicá-la
- “Fazer o mínimo” + peritoneostomia
- Estabilização clínica em UTI podendo ou não associar uma angioembolização para ter melhor controle do sangramento
- Reabordagem após estabilização (alvo: < 36-48h)

127
Q

Trauma de pelve com paciente INSTÁVEL. Primeiro passo é

A

FAST, para saber se há líquido livre no abdome. Se tiver, vai pra laparotomia. Se não tiver nada, FAST negativo, aí parte pra tamponamento pré-peritoneal + fixação externa da pelve

128
Q

Em trauma contuso, quando pensar em possibilidade de lesão de DUODENO?

A

Impacto contra o volante ou contra o guidão da bicicleta

129
Q

Imagem sugestiva de

A

retropneumoperitônio - ar delineando os rins

130
Q

Conduta em um trauma duodenal com laceração < 50%

A

Rafia primária + SNG

131
Q

Conduta em um trauma duodenal com laceração > 50%

A

Exclusão pilórica - duodeno não recebe mais comida, vira só uma alça biliar

132
Q

Conduta em um trauma duodenal com desvascularização

A

Duodenopancreatectomia

133
Q

Trauma de jejuno e íleo: quando optar por reparo primário

A

I) Contusão ou hematoma sem desvascularização
Laceração superficial sem perfuração

134
Q

Trauma de jejuno e íleo: quando optar por ressecção do segmento acometido (enterectomia) + anastomose primária

A

II - Laceração < 50% da circunferência
III - Laceração >= 50% da circunferência sem transecção
IV - Transecção com perda de segmento
V - Desvascularização segmentar

Obs.: Só fazer anastomose primária SE paciente estiver estável hemodinamicamente

135
Q

Trauma renal: sinal mais comum e precoce

A

Hematúria

Mas lembre-se de que a intensidade da hematúria não tem correlação com a gravidade do trauma

136
Q

Trauma renal: extravasamento de contraste = grau __

A

IV

137
Q

Trauma renal: quando operar (4)

A
  • Grau V (avulsão da artéria renal/pedículo)
  • Ferimento penetrante
  • Trauma contuso com instabilidade hemodinâmica
  • Hematoma perirrenal em expansão ou pulsátil
138
Q

Essa imagem corresponde a uma cistografia retrógrada. O achado de uma coleção de contraste bem localizada fala a favor de um trauma vesical intraperitoneal/extraperitoneal

A

Extraperitoneal

Esse achado é por vezes descrito como “orelha de cachorro”, “chama de vela”

139
Q

Trauma vesical intraperitoneal: conduta

A

Laparotomia/laparoscopia + rafia primária

140
Q

Trauma vesical extraperitoneal: conduta

A

SVD por 10-14 dias

141
Q

Principal mecanismo de lesão no trauma de uretra posterior (sobretudo membranosa)

A

Fratura de pelve

142
Q

QC de trauma uretral

A

Uretrorragia
Hematoma escrotal ou perineal
Retenção urinária aguda

Obs.: Próstata elevada (era um sinal de trauma uretral antes da 10ª edição do ATLS)

Obs.: NÃO SONDAR ESSE PACIENTE

143
Q

Fratura de pelve é fator de risco para trauma de uretra ____________ (anterior/posterior)

A

posterior

144
Q

Se teve Disparo é

A

Delgado (50%)

145
Q

Trauma abdominal por PAF é quase sempre = laparotomia. Quando podemos pensar em fazer tratamento conservador?

A
  • Estabilidade hemodinâmica
  • Exame físico confiável
  • TC demonstrando que não houve penetração da cavidade
146
Q

Lesão em alça de balde

A

Lesão extensa no mesentério do intestino delgado por mecanismo de desaceleração ou avulsão, associada ao cinto de segurança

147
Q

Limites da zona de transição toracoabdominal

A

Limite inferior: linha imaginária que passa pela segunda vértebra lombar

148
Q

Trauma esplênico: se rompeu a cápsula é grau

A

III

149
Q
A