Cirurgia Vascular Flashcards

1
Q

Aneurisma - definição

A

Dilatação do vaso em 50% ou mais do seu diâmetro normal, acometendo todas as camadas da parede arterial

Quando for < que 50%, estamos diante de uma ectasia

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2
Q

Aneurisma - fatores de risco

A

Tabagismo, HAS, dislipdemia, idoso, homem, branco, DPOC

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3
Q

Quando operar um aneurisma de aorta abdominal? (elevado risco de rotura)

A

O critério mais importante é o diâmetro do aneurisma:

  • > 5,5cm em homens (nas mulheres acima de 5cm, pois mulheres rompem mais cedo)
  • Crescimento rápido > 1cm/ano independente do tamanho inicial
  • Aneurisma de formato sacular com fator de risco (tamanho > 5cm, irregularidades na parede da aorta, aneurisma micótico). Sacular tem mais risco de romper pois acomete só uma parede do vaso (lateral E mais comum)
  • Associação com outros aneurismas (ilíaca, femoral, poplíteo)
  • Associação com DAOP sintomática com indicação de revascularização
  • Presença de AAA sintomático (dor, embolização distal, isquemia de órgãos)

Obs.: Aneurisma micótico é um aneurisma secundário a infecção intravascular, geralmente uma endocardite bacteriana subaguda!

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4
Q

Por que o contraste não preenche todo o aneurisma nos exames de imagem?

A

Porque ele é preenchido por trombos

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5
Q

Aneurisma sem indicação cirúrgica: como é feito o seguimento?

A

Cessar tabagismo, iniciar AAS e USG/TC de forma periódica.

USG. Frequência depende do tamanho do aneurisma: se entre 3,5 e 4,4cm, USG anual. Se entre 4,5 e 5,5cm, USG semestral

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6
Q

Oclusão arterial crônica: sinais de isquemia crítica

A
  • Dor em repouso e refratária
  • Edema
  • Cianose fixa
  • Alterações tróficas como rarefação de pelos e atrofia de pele
  • Úlceras e infecções que não cicatrizam
  • Gangrena seca

Indicativos de gravidade que indicam necessidade de revascularização do membro. Alta chance de evolução para amputação. Geralmente ITB < 0,5

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7
Q

Flegmasia alba dolens e cerúlea dolens: complicações de _____

A

TVP

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8
Q

Flegmasia cerúlea dolens: clínica

A

Evolui com síndrome compartimental com compressão arterial, levando a perna cianótica e dor intensa

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9
Q

Flegmasia alba dolens: clínica

A

Complicação de TVP com quadro de edema, dor e palidez cutânea

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10
Q

Diferenças clínicas entre úlceras venosas e úlceras arteriais

A
  • Úlcera venosa: exsudativa, piora com o membro pendente (dificulta o retorno venoso). O membro acometido tem sinais de insuficiência venosa crônica: hiperpigmentação, bordos elevados
  • Úlcera arterial: dolorosa, mais comum em extremidades (pododáctilos), seca, pode melhorar com membro pendente, associada a claudicação intermitente
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11
Q

Síndrome aórtica aguda: espectro de apresentações (3)

A
  • Dissecção aguda de aorta
  • Hematoma intramural (hematoma na parede do vaso sem ruptura da íntima)
  • Úlcera penetrante (rompimento da íntima, com entrada do sangue para dentro da parede e formando uma imagem sacular, normalmente com uma placa de aterosclerose associada)
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12
Q

Dx diferencial de dissecção de aorta: úlcera penetrante. Imagem na angioTC e diferença clínica

A

Presença de imagem de adição, sem flat intimal e sem alargamento de mediastino no rx
A dor é muito semelhante, mas não melhora com o controle do duplo produto como ocorre na dissecção

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13
Q

Dissecção aguda de aorta: achado mais característico na angioTC

A

Flap intimal: íntima se descolou da parede e foi para dentro da luz do vaso

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14
Q

DAOP pode ser classificada de acordo com sua gravidade, com base em duas principais classificações. Quais?

A

Fontaine e Rutherford. São escalas evolutivas, sempre classificando o paciente pelo achado mais grave

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15
Q

Paciente com DAOP e somente pulso femoral palpável. Onde está a obstrução?

A

Abaixo da femoral, provavelmente acometendo artéria femoral superficial em seu segmento femoro-poplíteo

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16
Q

Quadro de oclusão arterial aguda (OAA) sem clínica prévia de doença arterial periférica e sem alteração de pulso contralateral. Principal hipótese dx

A

Emboligênica: paciente com cardiopatia congênita, ou FA, ou flutter, ou IAM com disfunção de parede, sem história de claudicação intermitente, acomete somente um membro

Na OAA por trombose já temos uma DAOP de base (ou seja, paciente já claudicava), acometendo os membros bilateralmente

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17
Q

Conduta num membro viável, no caso de embolia

A

Embolectomia com cateter de Fogarty

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18
Q

Classificação clínica do CEAP que vai de C0 a C6

A

C0 - não tem sinais clínicos de doença, mas pode se queixar de sintomas (dor e cansaço em MMII)
C1 - telangiectasias ou veias reticulares
C2 - veias varicosas, tronculares
C3 - edema (3 é um E invertido)
C4 - alterações cutâneas e subcutâneo, alteração de cor, eczema, prurido
C5 - úlcera venosa cicatrizada ou história de úlcera prévia
C6 - úlcera ativa

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19
Q

Paciente diabético, com infecção de pele grave, evoluindo para sepse de foco cutâneo, com MID apresentando edema e crepitações. Principal hipótese dx e conduta

A

Fasceíte necrotizante

Conduta imediata é drenar e desbridar lesão, iniciar antibioticoterapia e protocolo de sepse

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20
Q

Na OAA por ________ já temos uma DAOP de base, acometendo os membros bilateralmente

A

Trombose. Então o evento agudo é uma trombose em função da instabilização de uma placa

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21
Q

Classificação de Rutherford desse paciente e conduta

A

Rutherford 5 - lesão trófica pequena. Conduta: revascularização + amputação

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22
Q

6P’S da OAA

A

Pain
Pulseless
Parestesia
Paresia
Palidez (que evolui para cianose não fixa e depois cianose fixa)
Poiquilotermia (extremidade mais fria)

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23
Q

Paciente em pós-op de revascularização de miocárdio com quadro de precordial e com esse ECG. Hipótese diagnóstica?

A

Pericardite em função da manipulação durante a cirurgia: supra de ST difuso com concavidade para cima (supra feliz), infra de ST em avR, infra de PR em DII

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24
Q

A tromboembolectomia a Fogarty é um procedimento indicado para quadro de _____

A

OAA embólica (e não trombótica): em geral até 6h desde o início do quadro, sempre o mais precoce possível

Na OAC o trombo vai crescendo localmente, tornando-se cada vez mais espesso e aderido à íntima do vaso, sem conseguir ser removido pelo cateter de Fogarty ou em alguns casos até mesmo lesando a parede do vaso

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25
Q

Manejo clínico de varizes (4)

A

Meia elástica de média compressão
Atividade física
Perda de peso
Sintomáticos

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26
Q

Indicações de abordagem cirúrgica de varizes

A
  • Sinais/sintomas persistentes de doença venosa
  • Refluxo venoso documentado explicando a origem dos sintomas
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27
Q

Doença cerebrovascular extracraniana: o que consideramos como pacientes sintomáticos (3)

A

Pacientes que há menos de 6 meses (esse corte temporal é importante) apresentaram alguns dos seguintes sintomas:

AIT (sintomas < 24h)
AVC (déficit motor contralateral e déficit visual ipsilateral)
Amaurose fugaz

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28
Q

Doença cerebrovascular extracraniana: quando indicar endarterectomia

A

Estenose > 70% (sintomáticos ou não)
Estenose entre 50 e 69% sintomáticos (sintomas até 6 meses) com tratamento clínico otimizado prévio

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29
Q

Doença cerebrovascular extracraniana: quando indicar angioplastia ao invés da endarterectomia

A

Sintomáticos, com estenose > 50% e com risco elevado para cirurgia aberta

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30
Q

Normalmente qual artéria está acometida na claudicação intermitente (dor panturrilha)

A

Femoral superficial

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31
Q

Conduta diante de uma OAA trombótica com isquemia crítica

A

Tentar revascularizar antes e abordar a lesão depois. Se a origem é trombótica, paciente já tinha DAOP prévia e seu leito vascular é ruim. Portanto, revasculariza antes para tentar garantir um bom leito vascular ao coto da amputação e evitar deiscência (se ela for realmente necessária)

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32
Q

Conduta diante de uma OAA embólica

A

Se Ruhterford 3 amputação. Se viável = tromboembolectomia

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33
Q

Prioridade na úlcera arterial é a ____________

A

Revascularização

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34
Q

No paciente mais grave, controlamos a infecção seja por desbridamento ou amputação, para depois, quando estabilizado, realizarmos a __________

A

Revascularização

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35
Q

Stanford A

A

Acometimento da aorta ascendente ou do arco aórtico

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36
Q

Classifique a dissecção de aorta dos pacientes

A

Paciente 1: Stanford B

Paciente 2: Stanford A

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37
Q

Complicação de um procedimento de reperfusão com embolectomia de Fogarty com quadro clínico de edema tenso (não é comum edema em OAA), dor à flexão/extensão da perna, hipoperfusão, déficit de pulso, parestesia, paralisia

A

Síndrome compartimental. O tecido muscular quando isquemiado e reperfundido, há um processo inflamatório intenso que culmina com edema importante levando à síndrome compartimental. Há mais risco nos casos de OAA com mais de 6h de evolução, podendo ser feita até mesmo uma fasciotomia profilática

Conduta é fasciotomia para diminuir a pressão no compartimento. Incisões amplas 10-12cm

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38
Q

Principais sintomas numa doença carotídea

A
  • AIT: déficit neurológico focal com resolução em 24h
  • AVC
  • Amaurose fugaz: perda transitória unilateral da visão ipsilateral à obstrução carotídea. Artéria oftálmica é o primeiro ramo da artéria cartótida interna
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39
Q

Doença carotídea: quando está indicado o tto cirúrgico

A

Sintomáticos com tto clínico otimizado com obstrução carotídea > 50% de estenose

Assintomáticos com > 70% de estenose

Estenose > 95% com AIT/AVC de repetição

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40
Q

Qual técnica cirúrgica de escolha para tto de doença carotídea?

A

Cirurgia aberta através da endarterectomia de carótida. A técnica endovascular apresenta maiores riscos de embolização e AVC

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41
Q

Quando vamos optar por tto endovascular ao invés da endarterectomia aberta no tto de doença carotídea?

A

Pescoço ruim (anatomia distorcida, RT prévia, cx prévia, TQT)
Alto risco cirúrgico que contraindique cirurgia aberta
Obstrução após abordagem cirúrgica prévia (se fez endarterectomia e ocluiu depois, agora vamos tentar endovascular)

Importante gravar que o endovascular será conduta de EXCEÇÃO

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42
Q

Sinais de insuficiência vascular crônica

A

Dermatite de estase
Veias varicosas
Hiperpigmentação cutânea
Úlceras
Lipodermatoesclerose (fibrose da epiderme e subcutâneo)

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43
Q

Principal segmento da aorta acometido por aneurismas

A

Infrarrenal

44
Q

OAA emboligênica: medidas terapêuticas antes do tratamento definitivo (arteriografia com embolectomia a Fogarty)

A

Antiagregação
Anticoagulação plena para evitar uma trombose secundária
Proclive e enfaixamento com curativo térmico (manter o que ainda há de irrigação do membro)

45
Q

OAA: em que situação clínica optaríamos pela amputação de imediato antes de tentar revascularização?

A

Rutherford III, sem mobilidade ou sensibilidade

46
Q

Classificação de Rutherford (OAA)

Obs.: existe também uma outra classificação de Rutherford para OA crônica

A

Rutherford I (viável): dor em repouso, ausência de déficit neurológico. Tratamento: pode ou não realizar exames complementares para decidir o melhor tratamento

Rutherford II (ameaçado): isquemia reversível, membro salvável com tratamento imediato
- IIA: dor descontínua, pequena perda sensorial restrita aos artelhos. Tratamento: pode ou não realizar exames complementares para decidir o melhor tratamento
- IIB: dor contínua, perda sensorial além dos artelhos, algum grau de déficit motor. Tratamento: cirurgia imediata com arteriografia diagnóstica, exame não pode atrasar o tratamento cirúrgico

Rutherford III (inviável): anestesia, paralisia, eventualmente contratura muscular ou pele marmórea. Tratamento é amputação primária. Há risco de síndrome de reperfusão ao revascularizar um membro inviável

46
Q

DAOP com ITB <= 0,4 é indicativo de isquemia crítica, o que sugere

A

revascularização

Obs.: ITB abaixo de 0,9 o paciente já pode apresentar uma queixa de claudicação

46
Q

OAC (oclusão arterial crônica) com isquemia crítica =

A

cirurgia de revascularização, se possível. Podendo ser aberta (derivação, bypass, endarterectomia) ou endovascular

Caso contrário, medidas clínicas otimizadas, como aquecimento passivo, proclive (mais fluxo pela gravidade), analgesia com opioides, anticoagulantes como controle de dor (controverso)

47
Q

Por que DAOP cursa com claudicação intermitente?

A

Porque a femoral superficial que normalmente é acometida, justificando a dor na panturrilha ipsilateral

48
Q

DAOP: medidas clínicas

A
  • Cessar tabagismo
  • Caminhadas supervisionadas (desenvolver colateral e evitar progressão da doença)
  • Controle de comorbidades
  • Estatinas de moderada a alta potência
  • Antiagregantes plaquetários (AAS ou clopidogrel) em monoterapia
    Sintomáticos (cilostazol): O mecanismo de ação do cilostazol se dá pela inibição da ação da fosfodiesterase III e supressão da degradação da adenosina monofosfato (AMP) cíclico, com o consequente aumento de sua concentração nas plaquetas e vasos sanguíneos, produzindo inibição da agregação plaquetária e vasodilatação. Não impede a evolução da doença mas pode aumentar distância da marcha

Obs.: Trial novo oferece a possibilidade de Rivaroxabana dose baixa + AAS como tto clínico de DAOP

49
Q

Por que não confiar no ITB de pacientes diabéticos?

A

Pois há calcificações nas paredes dos vasos desses pacientes, não refletindo precisamente a pressão de perfusão intra arterial

Calcificações de artérias tibiais, em estágios mais avançados de aterosclerose, podem elevar falsamente esse número ( ITB é a razão entre a pressão sistólica do tornozelo e a maior pressão sistólica de um dos braços)

50
Q

OAA com Rutherford I (viável) ou II (ameaçado) podem ser tratados com

A

trombólise ou trombectomia aberta. O membro inviável deve ser amputado

51
Q

Conduta em baixa probabilidade pré-teste de TVP

A

D-dímero

52
Q

TVP - Medidas gerais

A

Repouso + Trendelemburg
Mobilização precoce assim q sintomas permitirem
Compressão ou enfaixamento
Sintomáticos

Porém o mais importante é a ANTICOAGULAÇÃO

53
Q

Indicações de tratamento cirúrgico de doença venosa profunda

A

Pacientes com sinais/sintomas persistentes de doença venosa (veias dilatadas, alteração de pele, úlcera)

Refluxo venoso documentado explicando a origem dos sintomas

54
Q

Dois melhores exames de imagem para avaliação de doença carotídea

A

AngioTC
USG doppler arterial

AngioRNM superestima o grau de estenose e a arteriografia, apesar de ser o padrão ouro, há risco de AVC mesmo durante exame diagnóstico

55
Q

Tratamento clínico de doença carotídea

A

Antiagregante plaquetário
Estatina de alta potência
Controle rigoroso da PA

56
Q

Doença carotídea: se lado sintomático está ocluído, qual a conduta?

A

Intervir no lado contralateral para tentar melhorar a perfusão global (desde que estenose > 70%)

Não mexemos em oclusão de carótida. Portanto lado sintomático ocluído não vamos tratar

57
Q

Doença carotídea: conduta em uma estenose > 99% de carótida interna

A

Tratamento conservador, pois a manipulação da placa obstruída pode levar a êmbolos ou liberação de trombos, causando AVC. A circulação colateral manterá o suprimento sanguíneo

58
Q

Conduta em paciente com dissecção aguda de aorta Stanford A

A

Cirurgia - normalmente por via aberta (troca da aorta ascendente em caráter de emergência)

59
Q

Achado da arteriografia de OAA embólica

A

Sinal da taça invertida, sobretudo na bifurcação femoral

60
Q

Achado da arteriografia de OAA trombótica

A

Imagem em ponta de lápis

61
Q

Por que evitamos passar acesso venoso central do lado esquerdo?

A

Pelo risco de lesão do ducto torácico, que se localiza à esquerda e desemboca na confluência da VJIE e veia subclávia E

Risco de QUILOTÓRAX

62
Q

Dissecção de aorta: Stanford __ é quando a dissecção começa em algum ponto após a saída da artéria subclávia E

A

B

63
Q

Dissecção de aorta: Stanford B é tratamento clínico/conservador na maioria das vezes, exceto se complicações (4)

A
  • Dor refratária e persistente
  • Sinais de ruptura (hemotórax, aumento de hematoma)
  • Lesão de órgão alvo (ex.: isquemia renal ou de algum membro)
  • Choque

Nesses casos a abordagem endovascular é a opção de escolha

Tratamento clínico:
- Evitar progressão
- Controle da FC (~60) e PAS (entre 100 e 120)
- Controle álgico

64
Q

Na angiotomografia abaixo, a seta em vermelho aponta o tronco celíaco. E as duas setas amarelas?

A

Primeira seta amarela = artéria mesentérica superior (sai logo abaixo do tronco celíaco)

Segunda seta amarela = bifurcação da aorta

65
Q

A estase sanguínea em um aneurisma favorece a formação de

A

trombo mural (região que não contrasta no exame de imagem)

66
Q

Aneurisma de aorta abdominal é uma dilatação focal da aorta medindo mais de ___ cm de diâmetro

A

3cm

67
Q

Aneurisma de aorta abdominal: 3 complicações

A

Rotura
Infecção
Fístula aorto-entérica

68
Q

Aneurisma de aorta abdominal: 3 sinais de rotura

A

Hematoma retroperitoneal
Densificação da gordura periaórtica (o normal é ela ser bem preta)
Extravasamento de contraste EV

69
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Observamos densificação dos planos gordurosos periaórticos (seta branca e desenhado em azul). Interpretem esse sinal como se fosse um “quase hematoma

É um sinal de rotura de aneurisma de aorta

70
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Hematoma retroperitoneal hiperatenuante (circundado em azul) à direita, envolvendo o músculo psoas (roxo) e deslocando aorta (seta verde) para a direita. Após a rotura da parede do aneurisma da aorta, o sangue do compartimento intravascular escapa para os tecidos periaórticos retroperitoneais. O sangue nos estudos de tomografia sem contraste apresenta uma atenuação maior que a do músculo. Portanto, o hematoma retroperitoneal se manifesta como uma coleção líquida hiperatenuante ao redor do
aneurisma roto.

71
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Extravasamento do meio de contraste apontado pela seta branca e circundado em azul. Na imagem B, observamos hematoma retroperitoneal (laranja). Quando há ruptura da parede aneurismática, podemos eventualmente observar o extravasamento do meio de contraste (conteúdo hiperdenso / branco) para o retroperitônio

72
Q

Aneurisma de aorta abdominal: 4 sinais de iminência de rotura

A

Crescente hiperatenuante
Descontinuidade focal das calcificações intimais
Cálcio tangencial
Aorta drapeada

73
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Sinal do crescente hiperatenuante - iminência de rotura do aneurisma

Imagem em crescente hiperdensa na parede do aneurisma que representa sangramento recente

74
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Sinal da descontinuidade das calcificações intimais - iminência de rotura do aneurisma

Área de lobulação na parede do aneurisma com descontinuidade focal das calcificações parietais (seta azul). Associa-se hematoma retroperitoneal (laranja) envolvendo músculo Psoas (roxo)

75
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

Sinal do cálcio tangencial - iminência de rotura do aneurisma

Observamos calcificações parietais tangenciais, como se estivesse “escapando” do contorno aorta (pontilhado vermelho). Associa-se hematoma retroperitoneal adjacente (laranja).

76
Q

O que está demonstrado na imagem abaixo?

A

O sinal da aorta drapeada (sinal de iminência de rotura) representa uma área de fragilidade ou mesmo de ruptura focal da parede do aneurisma (pontilhado vermelho), que encontra-se contida pela coluna vertebral e músculos paravertebrais (roxo). A morfologia lobulada da aorta “amoldando” ao corpo vertebral é indicativo deste sinal. Na imagem da direita temos um controle após 2 semanas, onde observamos hematoma retroperitoneal (circundado em laranja) inferindo rotura do aneurisma

77
Q

Dissecção de aorta abdominal: sinal do bico

A

Sinal do bico sempre na luz FALSA

78
Q

A isquemia mesentérica aguda pode decorrer de várias causas, mas todas elas resultam em redução do aporte sanguíneo e de metabólitos para o intestino. Cite as 4 principais causas

A

Quadros sistêmicos de hipofluxo: choque / hipotensão

Oclusão arterial aguda (principalmente da a. mesentérica superior).

Obstrução intestinal em alça fechada

Trombose venosa aguda (principalmente da v. mesentérica superior)

79
Q

Paciente com clínica sugestiva de isquemia mesentérica e com essa TC. Qual principal hipótese etiológica?

A

Hipofluxo. Não há uma alteração focal

Tomografia computadorizada do abdome com contraste evidenciando espessamento parietal difuso das alças intestinais, realce mucoso (setas roxas), associadas a líquido na cavidade abdominal (setas azuis). Nota-se uma VCI colabada (seta vermelha), que pode ser encontrada no choque hipovolêmico.

80
Q

Paciente com clínica sugestiva de isquemia mesentérica e com essa TC. Qual principal hipótese etiológica?

A

Observa-se trombo na artéria mesentérica superior (seta azul). Note como há uma interrupção na progressão do contraste da aorta abdominal para a artéria mesentérica superior, com consequente hiporrealce da parede das alças intestinais circundadas em azul, já que a AMS é responsável pela vascularização de praticamente todo o delgado e parte do cólon

81
Q

Paciente com clínica sugestiva de isquemia mesentérica e com essa TC. Qual principal hipótese etiológica?

A

Corte coronal de uma tomografia do abdome com contraste evidenciando uma obstrução em alça fechada. Perceba como realçam pouco as alças intestinais no abdome inferior (isquêmicas). Na imagem da direita observamos a torção dos vasos mesentéricos (seta amarela), determinando a isquemia das alças intestinais.

82
Q

Sinais radiológicos apontados abaixo são condizentes com

A

isquemia mesentérica

Nesta tomografia do abdome com contraste podemos observar alças com calibre aumentado e conteúdo líquido formando nível hidroaéreo
no seu interior (distensão intestinal - circundadas em verde), associado à hiporrealce parietal e focos de gás no interior da parede intestinal
(pneumatose intestinal - setas roxas) caracterizadas como os pontos “pretos” apontados em roxo.

Associam-se focos de gás no interior do sistema porta hepático (aeroportia - seta azul). O conjunto desses achados é sugestivo de isquemia mesentérica. Como achado adicional
notamos um aneurisma da aorta abdominal com trombo mural (circundado em laranja)

Obs.: Geralmente a aeroportia tende a ser mais periférica do que a aerobilia

83
Q

O pseudoaneurisma diferencia-se do aneurisma por

A

não ser revestido por todas as camadas parietais, apenas pela túnica adventícia

Devido ao fato de ter apenas uma camada de revestimento, os pseudoaneurismas possuem maior risco de romper quando comparados aos aneurismas verdadeiros

84
Q

Sinal observado na imagem

A

Ultrassonografia Doppler da artéria femoral apresentando pseudoaneurisma. Ao estudo Doppler vemos uma imagem ovalada anterior à artéria femoral direita que apresenta fluxo turbilhonado, formando sinal do “yin-yang”, característico de pseudoaneurisma

85
Q

Aneurisma de aorta abdominal AAA - tratamento conservador

A

Se não há indicação cirúrgica, tratamento é feito com
- Cessar tabagismo
- Iniciar AAS e estatina (AAA é considerado um equivalente de risco coronariano)
- USG ou TC periódico a cada 6-12m para aneurismas de 4-5,4cm e maior intervalo nos aneurismas menores

86
Q

Local mais frequente de acometimento periférico nas OAA emboligênicas

A

Bifurcação femoral

87
Q

Vasculite em homem jovem e fumante, acometendo artérias E veias das extremidades, notadamente mãos e pés, de pequeno e médio calibre

A

Tromboangeíte obliterante

88
Q

Vasculite granulomatosa crônica e progressiva, acometendo geralmente aorta e ramos, ou seja, artérias de calibre maior. Geralmente acomete mulheres mais jovens. ALém da hipertensão, apresentam-se dor ou redução da temperatura em extremidades, alterações visuais, sopros cardíacos

A

Arterite de Takayasu

Obs.: A maior causa de hipertensão arterial na Ásia é devida à estenose da artéria renal por essa vasculite

89
Q

Qual a síndrome? Claudicação do glúteo + disfunção erétil + ausência de todos os pulsos dos membros inferiores

A

Síndrome de Lériche - progressão da aterosclerose/DAOP para território aortoilíaco, com ausência de pulsos femorais e distais

90
Q

DAOP - Tripé do tratamento inicial

A

Tratamento das comorbidades
Caminhada supervisionada
AAS + estatina

91
Q

OAA prolongada: possibilidade de tto

A

Trombólise local: injeta trombolítico dentro do vaso. Tanto para emboligênica quanto trombótica

92
Q

Síndrome isquemia-reperfusão

A

Acidose
HiperK e hipoNa
Mioglobinúria, podendo levar a NTA e IRA
Tto é suporte clínico, hidratação, diálise precoce

93
Q

Quadro de OAA: USG doppler é importante para afastar dx diferenciais como por exemplo

A

Aneurisma de poplítea

Tratamento específico: primeiro resolve o trombo com trombólise intravascular e depois em segundo momento realiza a derivação femoro-poplítea, pois o aneurisma de poplítea pode desencadear novamente um quadro de trombose aguda

94
Q

A ______________ deve ser estabelecida assim que for feito dx de OAA

A

heparinização sistêmica

95
Q

DAOP e classificação WI-Fi: o que mensura?

A

Estima risco de amputação e necessidade de vascularização, tenta direcionar a conduta em PS. Leva em consideração

  • Ferida
  • Isquemia
  • Grau de infecção

Nos direciona a priorizar ou a revascularização ou a amputação, de acordo com aquilo que é mais danoso pra paciente naquele momento (a isquemia ou a infecção)

96
Q

Diabetes é fator _____________ de aneurisma

A

protetor (pegadinha aqui)

97
Q

Tríade da rotura de aneurisma

A

Dor abdominal ou lombar
Hipotensão
Massa abdominal pulsátil

Obs.: 80% dos casos vai ser uma rotura gerando sangramento retroperitoneal

98
Q

AAA: quando optar por tto cirúrgico aberto

A

Jovens
Anatomia desfavorável

99
Q

AAA: quando optar por tto cirúrgico endovascular

A

Múltiplas comorbidades
Abdome operado

100
Q

Artéria de Adamkievcz

A

Paraplegia por acometimento de artérias lombares durante correção cirúrgica de aneurisma

101
Q

Pé diabético com artropatia de Charcot refere-se à perda do

A

arco plantar

102
Q

Manejo de paciente com úlcera neuropática COM infecção

A

1) Antibioticoterapia
- Clavulin
- Cipro (ou ceftriaxona) + clindamicina

2) Hospitalização

3) Desbridamento cirúrgico

103
Q

Endoleaks são nada mais nada menos que vazamentos decorrentes do tratamento endovascular dos aneurismas de aorta. Classificação dos Endoleaks

A

Tipo I: Vazamento no local de inserção do enxerto (proximal ou distal).
IA: Vazamento na região proximal.
IB: Vazamento na região distal.

Tipo II: Vazamento através de circulação colateral (ex:. Artérias lombares).

Tipo III: Vazamento devido a defeito mecânico na endoprótese (podo ser nos locais de conexões entre duas endopróteses ou devido a furos na endoprótese).

Tipo IV: Vazamento através do tecido que recobre o enxerto, devido a porosidade do revestimento.

Tipo V: Imagem evidenciando aumento do saco aneurismático sem ser causada por nenhum dos tipos anteriores.

104
Q

Quais endoleaks precisam de reintervenção?

A

Os endoleaks que necessitam de reintervenção são aqueles que promovem o aumento contínuo do saco aneurismático. Sendo assim os endolaks que possuem menores taxas de pararem espontânemente são os endoleaks tipo I e III. Já os endoleaks II e IV apresentam maiores taxas de resolução espontânea.