Afecções benignas de vias biliares Flashcards
A fisiologia da formação do cálculo é explicada pelo desbalanço do triângulo de Admirand-Small, composto por
Lecitina, colesterol e sais biliares
Por que a cirurgia bariátrica pode complicar com colelitíase?
Na cirurgia bariátrica além de mudar a constituição do triângulo de Admirand-Small pelos mecanismos absortivos, o fato de o bypass desviar o trânsito faz com que ocorra mais estase no conteúdo na vesícula, facilitando a formação de cálculos!
Dx pela imagem abaixo (uma RNM: lembrem-se que TC não é um bom exame para estudo das vias biliares)
Colédoco com dilatação e um cálculo em seu interior: coledocolitíase
Porém, se temos sinais de infecção associada, trata-se de uma COLANGITE
Colangite aguda: após estabilização clínica e início de antibioticoterapia, é necessário avaliar o grau da colangite para definir o melhor momento para desobstrução da via biliar. Como é feita essa definição?
Graus I, II e III
Colangite aguda: condutas a partir da gravidade do quadro
Pêntade de Reynolds
Conjunto de sinais e sintomas que caracteriza uma colangite grave
O que é considerada colangite grave pelos critérios de Tokyo 2018?
Tríade de Charcot
Colangite grave: conduta
Antibioticoterapia associada a drenagem percutânea ou endoscópica em caráter de urgência
Critérios de Tokyo para colangite
Sinais de inflamação sistêmica: febre, calafrios, leucocitose, leucopenia ou PCR elevado
Colestase: icterícia clínica (ou aumento da BT > 2) ou alteração das enzimas canaliculares/hepáticas
Evidência radiológica de obstrução de vias biliares: dilatação das vias biliares ou evidência da obstrução por outro exame de imagem
Nos pacientes com pancreatite biliar ou colangite por cálculos biliares, o ideal é realizar a ______________ ainda durante a mesma internação
Colecistectomia
Colangite: a CPRE deve ser realizada, mas o momento de realizar depende das condições clínicas do paciente. Quando realizar imediatamente e quando aguardar
Nos pacientes com falência orgânica (instabilidade hemodinâmica, falência respiratória, insuficiência renal, RNC) a drenagem deve ser imediata
Já nos casos em que não há falência orgânica, podemos realizar a CPRE após 24-48h se não houver melhora
Colangite: qual opção para os locais que não possuem CPRE disponível?
Colecistectomia com exploração intraoperatória das vias biliares
O que é possível ver nessas imagens de colangioRNM?
Dilatação da vesícula biliar e das vias biliares intra-hepáticas
O que é possível ver nessas imagens de colangioRNM?
Ponto de stop do ducto colédoco
Colangiografia intraoperatória: por onde é injetado o contraste?
Via cateterização de ducto cístico
A imagem abaixo está normal, sem obstrução, visto que o duodeno foi corado com contraste.
Triângulo de Callot é delimitado por
Delimitado pela borda hepática, ducto cístico e ducto hepático comum
O que a seta aponta?
Vesícula em porcelana, calcificada. Alta associação com adenocarcinoma de vesícula
Quando indicar colecistectomia para colelitíase assintomática
- Vesícula calcificada (em porcelana)
- Cálculo > 2,5cm (Sabiston) a 3cm (UpToDate)
- Anemia hemolítica (pois é uma condição que predispõe à formação de cálculos de maneira recorrente)
Controversos
- Pólipo* (somente se são pólipos de alto risco para câncer)
- Gestantes: preferencialmente no 2º tri, mas pode ser em todos
- POP de cirurgia bariátrica (hoje em dia entende-se que não é preciso fazer a colecistectomia pós bariátrica)
- Antes de transplante
Obs.: Paciente imunocomprometido + pedra na vesícula = cirurgia (alto risco de complicações caso evolua com colecistite, coledocolitíase)
Colangite: dx pelos critérios de Tokyo
A + B + C = diagnóstico fechado
A + B e A + C = diagnóstico suspeito
Essa imagem de colangioRNM é sugestiva de ____________
Coledocolitíase: colédoco dilatado com falha de enchimento
Verde: duodeno
Rosa: colédoco
Azul: ducto pancreático principal
Como é chamado o sinal abaixo?
Sinal da taça, sugestivo de coledocolitiase
Como é chamado o sinal abaixo?
Sinal do duplo cano: tumor periampular determinando dilatação tanto do colédoco quanto do ducto pancreático principal
Complicações da CPRE
Pancreatite aguda (manipulação traumática da região peripancreática e da papila maior do duodeno pode causar edema e obstruir fluxo de saída da secreção pancreática)
Perfuração duodenal
Sangramento da papilotomia
Colangite (infecção)