Cirurgia Pediátrica - CIPE Flashcards

1
Q

Principal causa de pielonefrite aguda em crianças

A

Refluxo vesicoureteral

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2
Q

Testículo não desceu e já esperou 6 meses. Conduta

A

Examinar sob anestesia. Se continua não palpável = laparoscopia diagnóstica

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3
Q

Paciente masculino, cesárea, IG 38s, com orifício anal ausente. Aguardadas 24h e então submetido ao seguinte invertograma. Conduta?

A

Conduta é confecção de colostomia, pois a distância do coto intestinal à pele é > 1cm

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4
Q

Sinal de Windsock no estudo contrastado do trato digestivo superior

A

Achado patognomônico de uma membrana duodenal intraluminal que prolapsa distalmente, em direção ao intestino distal, como resultado da ação contínua da peristalse ao longo do tempo. O sinal consiste numa estrutura em forma de saco, preenchida por contraste, localizada no duodeno

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5
Q

AAR: após 24h e sem sinais de mecônio no períneo ou urina. Conduta

A

Invertograma: radiografia lateral na posição prona.

Se há gás no reto abaixo do cóccix e boas condições clínicas, pode se proceder com a correção primária com ou sem colostomia de proteção.

Se o gás no reto estiver acima do cóccix ou se há mecônio na urina, demais malformações, anomalia sacral, pode-se proceder com a colostomia de proteção e correção em segundo momento

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6
Q

Qual o achado sugestivo de enterocolite necrosante presente na imagem abaixo?

A

Pneumatose intestinal (ar/bolhas na parede intestinal)

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7
Q

Atresia esofágica: 50a 70% dos casos vão cursar com alguma anomalia associada, geralmente trissomia do ____

A

18

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8
Q

Importância médica da criptorquidia

A

Probabilidade de neoplasia em torno de 40% nos testículos criptorquídicos

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9
Q

A classificação de atresia esofágica (Classificação de Gross) leva em consideração a presença ou ausência de __________

A

Fístula traqueoesofágica

Nos casos A e B não há bolha gástrica. A tipo C é a mais frequente, com presença de fístula distal. A tipo E é só a fístula traqueoesofágica, sem atresia

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10
Q

Em que condição ocorre inversão da lateralidade entre a veia e artéria mesentérica?

A

Volvo de intestino médio: na má rotação, artéria fica à direita da veia (o contrário do habitual)

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11
Q

Sinal de Dance

A

Fossa ilíaca direita vazia: intussuscepção intestinal

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12
Q

Definição de criptorquidia

A

Bolsa escrotal vazia. Nesse primeiro momento não me interessa se ele não desceu, não foi formado ou parou no meio da descida. Se ele não está na bolsa estamos diante de uma criptorquidia

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13
Q

Síndrome de Prune Belly: qual a tríade das anormalidades?

A
  • Deficiência ou ausência da musculatura da parede abdominal
  • Mal formações do trato urinário (displasia e hidronefrose são comuns)
  • Criptorquidia bilateral

Obs.: acometimento dos músculos da parede abdominal acontece de dentro para fora: transverso > reto > oblíquo interno > oblíquo externo

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14
Q

Criança com baixo ganho ponderal e vômitos em jato (não precedidos por náuseas) =

A

EHP

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15
Q

Diferenças entre DH (Doença de Hirschsprung) curto e longo

A
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16
Q

Cite uma importante complicação da cirurgia de Kasai (portoenterostomia)

A

Hipertensão portal e varizes

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17
Q

Qual a relação entre enterocolite e Doença de Hirschsprung

A

A enterocolite/megacólon tóxico pode ocorrer no contexto da Doença de Hirschsprung devido à grande dilatação colônica secundária à obstrução, levando ao supercrescimento e translocação bacteriana. Clínica de diarreia, distensão abdominal e febre, podendo evoluir com pneumatose, perfuração e peritonite bacteriana

Conduta
- Estabilização clínica
- Descompressão (SNG + sonda retal)
- ATB amplo espectro
- Abordagem cirúrgica (colectomia + colostomia)

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18
Q

História clínica clássica da hidrocele comunicante

A

Acorda com testículo de volume normal, devido à patência do conduto peritoneo-vaginal

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19
Q

Lactente com anomalia anorretal complexa com orifício perineal único. Pensar em

A

cloaca. 90% dos casos têm associação com anomalias genitourinárias

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20
Q

Lactente com síndrome colestática e USG mostrando fígado com “cordão triangular” justa cranial à bifurcação da veia porta

A

AVB - Atresia de vias biliares

Icterícia após 2 semanas de vida, progressiva, síndrome colestática, aumento de BD, exame inicial é o USG mas exame diagnóstico é biópsia hepática

Apesar do quadro, normalmente RN com bom estado geral e ganho de peso adequado para a idade.

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21
Q

Na imagem abaixo observa-se que o estômago e parte do duodeno estão preenchidos e distendidos por contraste, com pouca contrastação do restante do intestino, o que nos deve fazer pensar em

A

Alguma afecção do duodeno

A obstrução duodenal congênita por atresia ou estenose manifesta-se no período neonatal com sinais de oclusão intestinal alta

Uma apresentação mais tardia pode ocorrer nos casos de membrana duodenal perfurada, levando a uma obstrução parcial

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22
Q

Diferença entre 4 (cisto de cordão espermático) e 5 (hérnia inguinal)

A

Hérnias normalmente são redutíveis

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23
Q

EHP: qual distúrbio ácido-básico?

A

Alcalose metabólica hipocalêmica

Perde H+ no vômito e perde K pelo rim

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24
Q

Epidemiologia da EHP - Estenose hipertrófica de piloro

A

Acontece por volta de 6 semanas de vida (entre 2 e 8 semanas)

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25
Q

USG na intussuscepção intestinal

A

Sinal do alvo e sinal do falso rim/pseudo rim

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26
Q

Doença de Hirschsprung: apresentação clássica

A

Atraso em > 48h para eliminação de mecônio e constipação neonatal. Fezes explosivas ao toque

Ou então criança mais velha que só evacua com supositório

Também chamada de aganglionose intestinal congênita - falha de migração de neurônios do plexo mioentérico do cólon. Ausência dos plexos de Meissner e Auerbach. Via de regra no reto distal, difícil ter essa falha pancolônica

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27
Q

Conduta nas primeiras 24h de uma anomalia anorretal

A

Suporte clínico, sonda nasogástrica para descompressão e investigação de demais malformações

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28
Q

Cirurgia de correção da atresia duodenal (falha de recanalização)

A

Duodeno-duodeno anastomose em diamante/diamond shape (secção transversal no segmento proximal e uma longitudinal do segmento distal)

Mas lembre-se de que antes de operar é importante a estabilização clínica do RN: SNG, coleta de exames, ecocardiograma (malformações cardíacas associadas)

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29
Q

RN com vômitos biliosos: possibilidades diagnósticas (6)

A

Pensar em acometimentos após a ampola de Vater
1) Atresia duodenal (85%)
2) Atresia jejunal
3) Atresia colônica
4) Megacólon congênito
5) Invaginações
6) Má rotação

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30
Q

VUP - Válvulas de uretra posterior são causadas por _____________

A

Por uma suboclusão fetal precoce da uretra proximal (localizam na transição entre a uretra prostática e membranosa), na altura do veromontanum e afetam diretamente a função vesical, a integridade dos sistemas excretores (hidronefrose e refluxo vesicoureteral) e o parênquima renal (displasia, hipoplasia cortical).

Além do maior risco de lesões renais secundárias a ITU, facilitadas pela estase vesical e pieloureteral

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31
Q

O que está representado no USG abaixo?

A

Cordão triangular, sugestivo de AVB (não há escoamento de bile para o intestino). Esse cordão representa a fibrose dos ductos biliares remanescentes

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32
Q

Megacólon congênito ou Doença de Hirschsprung: região mais acometida

A

Retossigmoide (75%): reto é ainda mais acometido que o sigmoide

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33
Q

AVB - Exame padrão ouro para diagnóstico

A

Biópsia hepática percutânea com padrão de fibrose, rolhas biliares, inflamação intensa

Colangiografia intraoperatória - ajuda a identificar corretamente os pontos de obstrução

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34
Q

Na maioria dos casos: atresia duodenal = vômitos biliosos ou não biliosos?

A

Biliosos: obstrução após a papila

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35
Q

O que é um cisto de cordão espermático?

A

Um tipo de hidrocele não comunicante atribuída à obliteração anômala do conduto peritônio-vaginal após a descida dos testículos.

Clínica: incômodo, abaulamento irredutível e não-doloroso

Figura 4

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36
Q

Historinha da prova de atresia duodenal

A

Sinal da dupla bolha nos exames de imagem e história de polidrâmnio

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37
Q

Acrônimo VACTER-L

A

Vértebras
malformações Anorretais
defeitos Cardíacos
fístula Traqueo-Esofágica
anomalias Renais
anomalias dos Limbs - membros

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38
Q

Intussuscepção intestinal: quando abordar cirurgicamente?

A

Peritonitea.dfadlskfjaçld fcontinuar

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39
Q

RN com vômitos não biliosos: possibilidades diagnósticas (3)

A

Pensar em acometimentos antes da ampola de Vater
1) Atresia gástrica
2) Estenose hipertrófica do piloro
3) Atresia duodenal (15%)

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40
Q

Criptorquidia: começar a tratar com 6 meses para no aniversário de ____ da criança o testículo já estar na bolsa

A

1 ano

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41
Q

Invaginação intestinal: faixa etária clássica

A

< 2 anos

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42
Q

Criança de 2 meses, vacinação em dia, irritada, chorosa, vômitos e ausência de evacuação há 1 dia. Fezes abaixo

A

Quadro clássico de invaginação intestinal (geralmente em topografia íleo-ceco-cólica). Imagem de fezes em geleia de framboesa. Vacinação em dia faz um link importante com vacina contra o rotavírus

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43
Q

Criança com criptorquidia. Fez exame físico e não palpou nada. Conduta?

A

Laparoscopia. Exame de imagem não ajuda aqui

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44
Q

Conduta diante de uma AAR (anomalia anorretal) em um RN

A

Aguardar ao menos 24h para tomar uma decisão sobre a conduta cirúrgica. Por que? A pressão intraluminal empurra o mecônio adiante no trato gastrintestinal, podendo levar à eliminação através de alguma fístula que auxiliaria no dx mais preciso da malformação

Condutas serão norteadas pelo que surgir
- Fístula retovesical, retovaginal ou cloaca = colostomia
- Fístula cutânea = cirurgia perineal
- Sem fístula = invertograma (< 1cm = cirurgia perineal com reconstrução do trânsito e > 1cm = colostomia)

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45
Q

O divertículo de Meckel é composto por todas as camadas da parede intestinal, por isso é tido como um divertículo verdadeiro. Uma característica importante é que o divertículo de Meckel pode apresentar uma mucosa ectópica em seu interior. O tipo mais comum é a

A

mucosa gástrica, seguida pele mucosa pancreática

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46
Q

AVB - Cirurgia de Kasai

A

Portoenterostomia. É a conexão de uma alça de intestino delgado diretamente ao fígado, proporcionando a circulação da bile mediante uma derivação biliar direto para alça intestinal. Como a tipo III é a mais comum, a anastomose intestinal com o hilo hepático é tecnicamente mais difícil

Deve ser realizado o quanto antes possível, de preferência até 6-8 semanas, antes que ocorra a formação de um tecido cicatricial no fígado. Se fígado estiver cirrótico a conduta será transplante hepático

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47
Q

Atresia intestinal mais comum

A

Atresia jejunoileal, seguida da atresia duodenal

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48
Q

Quadro clínico/radiológico para pensar em atresia esofágica com fístula

A

Presença de ar no estômago e nas alças no rx
Distensão abdominal
Piora gradual das condições respiratórias

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49
Q

AAR: após 24h e com fístula perineal. Conduta

A

Anoplastia, sem colostomia de proteção. Há também a possibilidade de dilatação da fístula e correção em um segundo momento

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50
Q

O ________________ é a anomalia congênita mais comumente encontrada no intestino delgado, e em todo o TGI, ocorrendo em cerca de 2% da população.

A

divertículo de Meckel

Rule of 2
- 2% da população
- 2 mucosas ectópicas (gástrica e pancreática)
- 2 pés da válvula ileo-cecal
- 2 polegadas de comprimento

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51
Q

intussuscepção intestinal: quando indicar cx

A

Perfuração/peritonite e redução hidrostática com enema não bem sucedida

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52
Q

O divertículo de Meckel está localizado na borda antimesentérica do íleo distal, há cerca de 45 a 60 cm (2 pés) proximal da válvula ileocecal e resulta da obliteração/fechamento incompleto do

A

saco vitelínico. Persiste como uma protuberância nessa borda antimesentérica do íleo distal

O divertículo representa um remanescente persistente do ducto onfalomesentérico, que conecta o intestino médio ao saco vitelínico no feto, formando um divertículo verdadeiro na parede do intestino

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53
Q

Criptorquidia: a descida testicular ocorre em grande parte dos casos até que idade?

A

A descida ocorre até os 6 meses n a maioria dos casos, sendo muito raro a descida após esse tempo

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54
Q

Lactente com história clássica de Doença de Hirschsprung (atraso na eliminação de mecônio, constipação desde o período neonatal, toque retal com saída explosiva de fezes) chega ao PS com quadro sugestivo de enterocolite. Conduta?

A

Lavagem intestinal

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55
Q

Invaginação intestinal: exame confirmatório

A

USG abdominal com “imagem em alvo”, que caracteriza uma alça intestinal dentro da outra

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56
Q

Megacólon congênito ou Doença de Hirschsprung: fisiopatologia

A

Ausência de células nervosas nos plexos da submucosa e muscular da parede intestinal, ocasionando distúrbios de motilidade do intestino

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57
Q

Hérnia inguinal na infância tem elevado risco de __________

A

Encarceramento, mas normalmente é possível reduzir com facilidade

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58
Q

Regrinha obstrução intestinal: “Vômitos são mais precoces quanto mais xxx é a obstrução. Distensão abdominal é maior quanto mais baixa é a obstrução”

A

Alta

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59
Q

O que é a malformação adenomatoide cística (MAC) e qual o principal dx diferencial

A

A MAC é uma malformação pulmonar rara caracterizada por crescimento excessivo dos bronquíolos terminais, resultando na formação de cistos de variados tamanhos, além de uma deficiência de alvéolos, resultando em rx com imagens radioluscentes em aspecto de bolhas.

Principal dx diferencial é a hérnia diafragmática. Porém, na MAC a bolha gástrica estará tópica no raio-x

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60
Q

Qual o marco da estenose duodenal

A

Estreitamento da luz duodenal sem a completa obstrução

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61
Q

Criptorquidia em meninos com mais de 6 meses de idade a conduta é

A

VLP. É uma modalidade diagnóstica e que em 50% dos casos indicará monorquismo, sendo nos demais casos terapêutico.

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62
Q

Atresia esofágica: quando optar por anastomose primária com resolução da fístula (se tiver)

A

Se distância entre os cotos for < 2 corpos vertebrais

63
Q

Intussuscepção intestinal faixa etária

A

Entre 6 meses e 3 anos, sendo a causa mais comum de obstrução intestinal nessa faixa etária

64
Q

intussuscepção intestinal: fisiopatologia

A

Maioria dos casos é idiopática. Segmento que sofreu invaginação provoca obstrução intestinal, impede o fluxo sanguíneo, causando isquemia, gangrena e perfuração. Pensar em outras causas como linfoma, pólipos, divertículo de Meckel (pensar que tem algo levando/direcionando a alça) ou púrpura de Henoch-Schoenlein em casos de apresentação atípica, fora da faixa etária esperada

Principal é a intussuscepção ileo-cólica

65
Q

Estenose hipertrófica do piloro: se não for possível palpar a oliva pilórica (piloro hipertrofiado), qual exame diagnóstico com maior sensibilidade?

A

USG: espessamento da musculatura pilórica e alongamento do canal pilórico

66
Q

Constipação crônica desde o período neonatal. Pensar em ____________

A

Doença de Hirschsprung

Tratamento: colectomia segmentar seguida de abaixamento de cólon

67
Q

Suspeita de criptorquidia: conduta

A

Esperamos até 3-6 meses para ver se o testículo desce. A partir dos 6 meses se não desceu vamos investigar

68
Q

Principal causa de pielonefrite aguda em crianças

A

Refluxo vesicoureteral

69
Q

Imagem compatível com

A

Atresia esofágica

70
Q

intussuscepção intestinal: achados radiológicos

A
71
Q

Tríade clássica da intussuscepção intestinal

A

Dor abdominal - TEM QUE TER DOR
Massa palpável
Fezes avermelhadas em geleia de framboesa

72
Q

Historinha de vômitos assim que a criança nasce, sonda nasogástrica que não progride, hipersalivação/sialorreia, engasgos, desconforto respiratório. Sugere o que?

A

Atresia esofágica

Rx de tórax com sonda curvada e esôfago em fundo cego

73
Q

As atresias duodenais ocorrem em sua maioria ______ (antes/após) a papila de Vater, por isso os vômitos biliosos são marcantes nesse quadro

A

Após

74
Q

Criptorquidia em meninos com mais de 6 meses de idade a conduta é

A

Videolaparoscopia exploradora: localiza o testículo não palpável e já permite a correção cirúrgica

75
Q

Principal complicação do divertículo de Meckel

A

Sangramento digestivo, resultante da secreção ácida produzida pela mucosa gástrica ectópica

Outra complicação é abdome agudo obstrutivo, que pode resultar de uma invaginação intestinal em que o divertículo é a cabeça da invaginação, mas geralmente essa complicação é em adultos

76
Q

O encarceramento do divertículo de Meckel em uma hérnia inguinal se denomina hérnia de

A

Littré

77
Q

O divertículo de Meckel é ____________________, por isso é tido como um divertículo verdadeiro, diferente do divertículo de ZENKER e dos divertículos colônicos

A

composto por todas as camadas da parede intestinal

78
Q

Divertículo de Meckel: no contexto de hemorragia, qual o exame que mais acrescenta ao dx?

A

Cintilografia, que pode ser feita com Tc ou com hemácias marcadas

Capitação pelas mucosas ectópicas do divertículo (gástrica e pancreática)

79
Q

Sangramento digestivo em criança =

A

Meckel e intussuscepção

80
Q

A presença de pneumatose intestinal (gás na parede intestinal - iminência de ruptura) deve nos remeter ao dx de

A

enterocolite necrotizante

Etiologia isquêmica por malformação vascular em prematuros –> necrose de mucosa –> translocação

Conduta
- Estabilização clínica
- Cx se sinais de perfuração

81
Q

Fimose: é o estreitamento do orifício prepucial que impede ou dificulta a exposição total da glande. Ao nascimento, somente em 4% dos meninos é possível a exposição da glande até sua coroa!!! É esperado que se resolva espontaneamente até o 1º ano de vida. Só vamos definir o diagnóstico de fimose com certeza após 1 ano. O tratamento é através de postectomia, e o melhor momento para ser realizada

A

é após 1 ano e antes dos 18 meses

82
Q

Hidrocele: é o acúmulo de líquido entre as túnicas vaginal parietal e visceral, que na criança, geralmente, é devido a persistência do conduto peritônio-vaginal. É comum ao nascimento e na maioria dos casos ocorre regressão espontânea até os 2 anos de idade. As hidroceles podem ser comunicantes ou não comunicantes. Na comunicante, não ocorre a obliteração do conduto peritônio-vaginal, gerando acúmulo de líquido peritoneal no escroto. Já a não comunicante ocorre sem comunicação com a cavidade peritoneal, podendo ser idiopática ou secundária (por trauma, infecção, neoplasia ou iatrogenia). A forma mais fácil de diagnosticar a hidrocele é por meio ____________. A hidrocele tende a resolver espontaneamente até os 24-36 meses

A

de transiluminação durante o exame físico

83
Q

Criptorquidia: é a falha na migração do testículo até a bolsa testicular. Está presente em 3% dos nascidos a termo e em 33–45% dos prematuros. O diagnóstico é clínico, e ao exame físico geralmente a hemibolsa testicular é hipotrofiada. Na maioria, o testículo completa a sua descida nos primeiros 12 meses de vida. O tratamento é cirúrgico, através da orquidopexia, e é indicado _____________________

A

na ausência da descida até os 12 meses de idade, sendo ideal operar entre 12 e 18 meses.

Algumas fontes dizem que o tratamento cirúrgico já está indicado após os 6 meses e antes de completar 1 ano de idade (baixa chance de resolução espontânea, reduzir riscos de infertilidade, facilitar um dx precoce de CA de testículo)

84
Q

Possibilidades etiológicas de obstrução intestinal congênita

A

Atresia duodenal - sinal clássico da dupla bolha, sem gás após o duodeno, pois trata-se de uma obstrução completa

Estenose e banda duodenal - obstrução parcial do duodeno (conseguiremos ver gás após o duodeno, nos segmentos distais)

85
Q

Sinal e dx

A

Sinal da tripla bolha: obstrução de jejuno alto (atresia jejunal é a causa mais frequente)

86
Q

O microcólon (bem fino) mostrado na foto abaixo é característico de qual patologia?

A

Íleo meconial - obstrução ileal (distal) por mecônio espesso

Praticamente todos pacientes com íleo meconial apresentam fibrose cística

Risco de perfuração, volvo, peritonite

87
Q

Síndrome da rolha meconial - topografia

A

Obstrução funcional e temporária do CÓLON do RN. Fatores de risco: mães com DMG e que foram sulfatadas

Não confundir com íleo meconial, que a obstrução é no íleo

88
Q

Hérnia inguinal encarcerada na infância deve ser tentado a redução manual, a menos que

A

a criança pareça extremamente doente e apresente sinais de peritonite, obstrução intestinal ou toxicidade por isquemia intestinal, ou seja, a menos que esteja estrangulada

89
Q

Dois achados de imagem que sugerem apendicite aguda

A

Apendicolito

Borramento do músculo ileopsoas do lado direito

90
Q

Atresia de esôfago: malformações comumente associadas

A

malformações cardíacas

91
Q

Atresia esofágica - Tratamento

A
  • Pré-operatório: aspiração contínua do coto (Venturi) + estabilização clínica
  • Definitivo: anastomose primária com ligadura da fístula. Quando a distância entre os cotos for > 2 corpos vertebrais = esofagostomia + gastrostomia + ligadura da fístula, com substituição esofágica em um segundo tempo
92
Q

Acometimento que NÃO é congênito. Criança nasce BEM, a termo, vômitos de evolução progressiva, entre 2-8 semanas, pós-alimentares, não biliosos com característica de vômitos em JATO. Exame físico com oliva pilórica e ondas de Kussmaul (tentativa do estômago de vencer a obstrução)

A

Estenose hipertrófica do piloro

93
Q

Principal achado laboratorial da estenose hipertrófica do piloro

A

Alcalose metabólica HIPOclorêmica e HIPOcalêmica

94
Q

Estenose hipertrófica de piloro: achados no USG e no rx contrastado

A

USG abdome: piloro espessado e alongado (sinal do duplo trilho)

Rx contrastado: passagem estreitada, sinal do guarda chuva, da chama de vela

95
Q

EHP - Tratamento

A

Ressuscitação volêmica: hidratação, reposição de eletrólitos

Piloromiotomia a Fredet-Hamstedt-Webber (seccionar a muscular do piloro, idealmente sem atingir a mucosa para poder realimentar o RN o mais precoce possível)

96
Q

50% dos casos de atresia/estenose duodenal estão relacionados a síndromes genéticas. Qual a mais comum?

A

Síndrome de Down (30%)

97
Q

Cerca de 85% das atresias duodenais são PÓS-AMPULARES, o que determina a presença de vômitos __________

A

biliosos

98
Q

AVB: tipo mais comum

A

Tipo 3: obstrução do ducto colédoco, hepático, cístico, sem ductos pérvios para anastomose

99
Q

USG com vesícula com muco ou totalmente atrésica + cordão do triângulo fibroso é sugestiva de

A

AVB

100
Q

Malformação adenomatoide cística - Definição

A

Cistos pulmonares de diversos tamanhos, de origem BRONQUIOLAR

101
Q

Malformação adenomatoide cística - Tratamento

A

Antenatal: shunt toracoamniótico, antecipação do parto

Pós natal: geralmente é indicada lobectomia, para prevenir malignização e infecções de repetição

102
Q

Sequestro pulmonar - Definição

A

Área de tecido pulmonar não funcionante, não conectado a árvore brônquica, mas tem um pedículo arterial anômalo (muito risco de sangramento durante o tratamento, que pode ser uma lobectomia/segmentectomia ou só uma ressecção da área de sequestro)

103
Q

Enfisema pulmonar congênito - Definição

A

Área de hiperinsuflação de um ou mais lobos do pulmão, com aumento do número de alvéolos e mecanismo valvular no brônquio (ar entra mas não sai)

104
Q

Lesão cística central, intimamente ligada à traqueia ou brônquio fonte, com muco no interior

A

Cisto broncogênico - O cisto está no mediastino em 2/3 dos casos

Formado durante o brotamento pulmonar, no período embriológico, como um broto extra

Clínico: infecções de repetição. Rx/TC com lesão cística arredondada, sendo o tratamento a ressecção cirúrgica

105
Q

Paciente, 8 anos, submetido à endoscopia digestiva alta sendo encontrado nessa os seguintes achados: anéis concêntricos, estrias verticais e edema (desaparecimento da trama vascular). Baseado nos achados endoscópicos, qual a principal hipótese diagnóstica?

A

Esofagite eosinofílica

106
Q

Conduta em divertículo de Meckel sintomático

A

Ressecção cirúrgica, cuidado para excisar TODA a mucosa heterotópica. Pode ser necessária enterectomia

Manejo controverso se assintomático

107
Q

Criança com vômitos biliosos de forma súbita, associada a um sinal de sangramento

A

Volvo de intestino médio (vício de rotação embriológica, com compressão da artéria mesentérica superior)

Paciente subitamente TOXEMIADO + sinais abdominais (abdome agudo vascular)

108
Q

Volvo de intestino médio - Manejo

A

Estabilização clínica
ATB largo espectro
Cirurgia (ressecar segmentos isquêmicos | reposicionar e fixar alças intestinais para evitar que aconteça novamente)

109
Q

Defeito no fechamento da parede abdominal, na linha média, na altura do anel umbilical, por onde evisceram vísceras abdominais

A

Onfalocele

Por volta da 10ª semana embriológica ocorre rotação do intestino médio para fora da cavidade, para que ele cresça, se desenvolva e faça suas rotações pertinentes.

A onfalocele é uma falha nesse retorno das alças. Há um saco recobrindo pelo conteúdo intestinal protruso (fígado pode estar presente nesse conteúdo herniado) e o cordão umbilical está inserido no centro do defeito

Portanto, as alças tem aspecto normal, não estavam em contato com o líquido amniótico (LA pode ser tóxico, como ocorre na gastrosquise)

110
Q

Onfalocele - principais malformações associadas

A

Cardíacas e SNC

Muito associada com outras trissomias como 13,15 e 18

111
Q

Onfalocele apresenta diversas síndromes associadas, como síndrome da linha média, síndrome de Bechwith-Wiedemann e pentalogia de Cantrell

O que marca a síndrome de Bechwith-Wiedemann ?

A

Macroglossia
Gigantismo
Secreção inapropriada de insulina (hipoglicemia)

112
Q

Onfalocele - Manejo perinatal

A

1) Rastreio de outras malformações associadas
- Ecocardiograma
- USG de abdome pensando em malformações renais
- Glicemia (Sd. de Beckwith Weidemann)

2) Cobertura do saco: gazes umidificadas, cobertura impermeável para prevenir desidratação e hipotermia

Se romper o saco é um desafio, podendo ser necessário abreviar o tratamento cirúrgico

113
Q

Onfalocele - quais parâmetros são definidores para correção cirúrgica do defeito?

A

Malformações associadas
Tamanho do defeito

obs.: Fechamento primário é possível nos defeitos médios e pequenos (mas se for < 1,5cm vamos aguardar), mas não é indicado para defeitos gigantes pelo risco de sd compartimental)

114
Q

Onfalocele - quando indicar a escarificação como tratamento imediato

A

Defeito muito grande / malformações muito importantes

Uso de substâncias escarificantes (iodopolvidine e sulfadiazina de prata) –> redução seriada –> reconstrução tardia (1-4 anos)

115
Q

Herniação de vísceras abdominais à direita da cicatriz umbilical, diretamente para cavidade amniótica, por defeito da parede abdominal

A

Gastrosquise

116
Q

Gastrosquise - Fatores de risco

A
  • Idade materna (mulheres jovens)
  • Uso de drogas na gestação: tabaco/cocaína
  • Baixo status socioeconômico
  • Prematuridade
117
Q

Gastrosquise - principal malformação associada

A

Atresia intestinal (pensa que pelo fato das alças estarem em contato direto com o líquido amniótico, ele pode ser tóxico e induzir essa malformação intestinal)

118
Q

Gastrosquise - Manejo inicial

A
  • Acesso venoso
  • SNG (descomprimir estômago na tentativa de murchar as alças e reduzir evisceração)
  • UTI
  • Envolver alças com gaze úmida E plástico impermeável
  • Avaliação das alças intestinais (perfuração? atresia?)
119
Q

Gastrosquise - Manejo quando há risco de sd compartimental com redução das alças para cavidade

A

Optar por fechamento por estágios (alças envolvidas por silo, redução gradual das alças para cavidade)

Quando conteúdo estiver reduzido, programar o fechamento definitivo (com ou sem tela)

120
Q

Gastrosquise - principais complicações no pós-operatório

A
  • Dismotilidade intestinal
  • Intestino curto
121
Q

Síndrome de Prune Belly - Possíveis intervenções intraútero

A
  • Punção da bexiga
  • Shunt vesico-amniótico
  • Cistoscopia fetal
122
Q

__________: aderência entre a mucosa interna do prepúcio e a mucosa da glande. 90% vão apresentar resolução espontânea até os 3-4 anos

A

Fimose

123
Q

Fimose - quando tratar

A
  • Crianças > 2 anos que mantém fimose
  • Complicações (obstrução parcial ao fluxo de urina | balanopostites | ITU | refluxo vesicoureteral | uropatias obstrutivas | parafimose)

Inicia com tratamento tópico (dexametasona ou beclometasona, 2x dia 2 meses)

124
Q

Qual tipo de hipospádia apresenta tratamento cirúrgico mais desafiador?

A

Hipospádia proximal (20%): meato baixo, perto do escroto/períneo

125
Q

Estenose de JUP é a causa mais comum de _________________ na infância

A

hidronefrose

126
Q

Fluxograma de investigação de hidronefrose. Por que é importante solicitar a uretrocistografia miccional?

A

Para avaliar outras malformações como refluxo vesico-ureteral

DMSA: avalia função tubular relativa entre as unidades renais e cicatrizes

127
Q

Estenose de JUP - Indicação de ATBprofilaxia

A
  • Crianças sem postectomia
  • Hidroureteronefrose
  • Hidronefrose grave (SFU III e IV) –> III tem dilatação de cálices maiores e menores, mas com parênquima preservado. Grau IV não tem preservação de parênquima
128
Q

Estenose de JUP - Indicações de pieloplastia

A
  • Sintomáticos (ITU, dor recorrente)
  • Comprometimento renal (DMSA < 40%)
  • SFU IV com pelve muito dilatada
  • Aumento do diâmetro AP da pelve renal ou diminuição da espessura do parênquima renal no USG em exames subsequentes
129
Q

Ectopia testicular

A

Testículo fora da posição de descida

130
Q

Na avaliação da criptorquidia, cerca de 80-90% dos testículos são palpáveis (não tá na bolsa mas consigo palpar em outro local). Quando eles se estão entre o anel inguinal interno e o externo, são ditos __________

A

canaliculares. Quanto mais próximo da bolsa escrotal, mais fácil de reposicionar

131
Q

Na avaliação da criptorquidia, cerca de 10-20% dos testículos não são palpáveis. Se eles não são palpáveis, ou estão intra-abdominais ou não existem. Se forem intra-abdominais, estarão localizados entre ___________ e o anel inguinal interno

A

polo inferior do rim, geralmente mais próximos do anel inguinal interno

132
Q

Na avaliação da criptorquidia, cerca de 10-20% dos testículos não são palpáveis. Se eles não são palpáveis, qual o melhor exame para nortear a nossa conduta?

A

Laparoscopia, apesar de ser possível solicitar exames de imagem como USG, TC, RNM, embora com baixa sensibilidade

133
Q

A criptorquidia é mais comum unilateral. Porém, se for bilateral, devemos investigar _______________

A

alterações genéticas e hormonais, solicitando caritópico e dosagem de FSH e testosterona

134
Q

Criptorquidia: 70-77% completam a descida nos primeiros 3 meses. O que isso influencia em termos de conduta?

A

Vamos aguardar pelo menos 3 meses essa descida

Obs.: Descida é rara após 1 ano de idade

135
Q

Criptorquidia com testículo palpável: aguardar descida até

A

1 ano de idade

136
Q

Criptorquidia com testículo não palpável: aguardar descida até

A

3 meses de idade. Se mantém criptorquidia, laparoscopia entre 3-12 meses (variável na literatura)

137
Q

VLP na criptorquidia: conduta em caso de testículo ausente

A

Interromper o procedimento

138
Q

VLP na criptorquidia: conduta em caso de testículo hipotrófico

A

Orquiectomia

138
Q

VLP na criptorquidia: conduta em caso de testículo viável

A

Orquidopexia, ou seja, levar esse testículo até a bolsa

Se tiver a < 2cm do anel inguinal interno, orquidopexia em 1 tempo. Se > 2cm do anel inguinal interno, fazer orquidopexia em 2 tempos (técnica de Fowler-Stephens), para evitar tensão

139
Q

Criptorquidia - Complicações

A
  • Deneração maligna (seminoma): a orquidopexia não reduz a chance dessa degeneração maligna, mas fazemos a cirurgia porque é mais fácil vigiar um testículo que está tópico
  • Comprometimento da espermatogênese
  • Hérnia inguinal associada
  • Torção de funículo espermático
140
Q

2 principais tipos de hérnias na população pediátrica

A

Hérnias inguinais e umbilicais

141
Q

Por que a hérnia inguinal é mais comum à direita

A

Descida do testículo D é mais demorada, gerando maior prejuízo na obliteração do conduto peritonio-vaginal

142
Q

A etiologia da hérnia inguinal pediátrica é a persistência do ____________

A

conduto peritônio-vaginal

Esse conduto é uma evaginação do peritônio que vai permitir a descida do testículo do polo inferior do rim até a bolsa escrotal. Após a descida, a porção inferior torna-se a túnica vaginalis, recobrindo o testículo, e a porção superior deveria obliterar. Se essa porção não oblitera, temos a hérnia inguinal

143
Q

A etiologia da hérnia inguinal pediátrica é a persistência do conduto peritônio-vaginal. Mas qual a fisiopatologia dessas hérnias nas meninas?

A

O ligamento redondo das meninas tem fixação externa, próxima aos grandes lábios, e nessa região também ocorre uma evaginação do peritônio. Se não houver regressão dessa evaginação do peritônio, também teremos hérnia inguinal por aí

Obs.: Ligamento redondo do útero é uma fibra muscular que se liga ao útero e passa ao longo do ligamento largo, atravessando o canal inguinal e chegando ao lábio maior

144
Q

Hérnia inguinal pediátrica em meninas. Sempre averiguar se o _________ está herniado

A

ovário

145
Q

Hérnia inguinal pediátrica: classificação de Nyhus

A

Hérnia tipo I, sem dilatação importante do anel inguinal interno

146
Q

Hérnia inguinal pediátrica: sinal do fio ou sinal da luva de seda ao exame físico

A

Ao palpar o cordão espermático sem conteúdo, é possível sentir uma fricção entre as duas membranas peritoneais

Se o conteúdo estiver no cordão, haverá espessamento logicamente

147
Q

Hérnia inguinal = correção cirúrgica, pois não há regressão espontânea como na hérnia umbilical. Mas então quando operar?

A
  • Não complicada: o quanto antes eletivamente, assim que tiver condições clínicas. Queremos evitar complicações como encarceramento, estrangulamento
  • Encarcerada (ainda sem sinais flogísticos de sofrimento vascular): redução manual e internação para cx eletiva em 24-48h (espera regredir o edema)
  • Estrangulada: cirurgia de urgência
148
Q

Hérnia inguinal = correção cirúrgica, pois não há regressão espontânea como na hérnia umbilical. Quais indicações de cx de urgência?

A
  • Hérnia estrangulada
  • Toxemia
  • Obstrução intestinal
  • Peritonite
149
Q

Hérnia umbilical: etiologia

A

Hérnia congênita. Fechamento incompleto da aponeurose da parede intestinal no orifício de passagem do cordão umbilical. Em geral complicam menos que as inguinais e tem regressão espontânea (maioria até 1 ano de idade)

150
Q

Hérnia umbilical - quando operar

A
  • Anel herniário > 2cm
  • Aumento da hérnia
  • Hérnia inguinal associada (já vai passar por anestesia para corrigir a inguinal)
  • DVP
  • Acima de 4 anos (Sabiston diz acima de 5 anos) - tema controverso
  • Complicações associadas: encarcerada, estrangulada. Normalmente a hérnia umbilical é assintomática, se tiver sintomas vamos suspeitar de complicações
151
Q

Local mais acometido por metástases do nefroblastoma (Tumor de Wilms)

A

Pulmão, por isso importante solicitar TC de tórax antes de definir tratamento. Se tiver metástase, a QT neoadjuvante antes da nefrectomia radical é feita por mais tempo

152
Q

Sinal observado na imagem abaixo

A

Sinal da garra: massa abdominal formando uma garra com o rim, bem delimitada, não calcificada, e não cruza a linha média

Típica de nefroblastoma ou tumor de Wilms. A ocorrência de trombose tumoral é característica desse tumor