Cirurgia de cabeça e pescoço Flashcards

1
Q

Os níveis cervicais podem ser divididos em compartimento medial e lateral. Quais níveis compõem cada um deles?

A

Medial - níveis 1 e 6
Lateral - níveis 2 a 5

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2
Q

Massas cervicais do compartimento medial

A

Cisto do ducto tireoglosso (mais cai nas provas)
Cistos dermoides
Tireóide ectópica
Rânula
Nódulos tireoideanos

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3
Q

Sinal de Sistrunk

A

Ao colocar a língua para fora, o cisto do ducto tireoglosso se eleva

Também se movimenta à deglutição

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4
Q

Massas cervicais do compartimento lateral

A

Cisto da 2a fenda branquial
Linfomas/linfonodomegalias
Torcicolo congênito (em geral no nível IV de crianças/RN)

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5
Q

Cisto da 2a fenda braquial: quadro clínico típico? Achado de PAAF?

A

Lesão cística lateral que surge após uma IVAS
PAAF (cristais de colesterol)

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6
Q

Linfonodomegalia: 1a conduta?

A

PAAF

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7
Q

Massa cervical de crescimento rápido em jovens TEM que pensar em xxx

A

Linfoma. Sintomas B: febre, astenia, perda de peso, suor noturno

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8
Q

Carcinoma anaplásico de tireoide é mais comum em mulheres xxx e tem evolução catastrófica

A

Mulheres idosas. Evolui rapidamente para IRPa e óbito. Limites imprecisos, infiltrativos, paciente queixa-se de dor e rouquidão. É tão agressivo que ao diagnóstico já é paliativo. Na imagem, não mantém o formato de tireoide (bócio mantém formato de tireoide)

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9
Q

Sistema Bethesda: avalia xxx de nódulos tireoideanos

A

Citologia

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10
Q

Tireoidite de Hashimoto (inflamação autoimune da tireoide): na fase de xxx pode se manifestar como bócio

A

Hipertireoidismo. Cresce mas mantém o formato de tireoide, diferentemente de um carcinoma infiltrativo como é o anaplásico

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11
Q

Câncer mais comum da tireoide

A

Carcinoma papilífero da tireoide, bem diferenciado, crescimento lento, raramente é fatal

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12
Q

Como se dá a divisão anatômica do mediastino

A

Anterior, médio, posterior e superior

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13
Q

Regra dos 4Ts para tumores de mediastino anterior

A

Timoma (30% de todos os tumores do mediastino), tireoide, teratoma (células germinativas) e terrível linfoma

Timoma = 30% de todos os tumores de mediastino

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14
Q

Tumores mais comuns do mediastino médio e posterior

A

Linfoma é o mais frequente. Além dele, temos os cistos (pericárdicos, brônquicos ou de duplicação esofágica).

No mediastino posterior temos o Schwannoma

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15
Q

Síndrome de veia cava superior: 2 principais dx

A

CA de pulmão (pequenas células)
Linfoma

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16
Q

Síndrome de veia cava superior: quadro clínico

A

Edema de face, pletora, estase jugular, circulação colateral no tórax

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17
Q

Disfagia alta com o seguinte delutograma. Hipótese?

A

Divertículo de Zenker (faringoesofágico)

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18
Q

Divertículo do esfôfago distal

A

Epifrênico

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19
Q

Tipo histológico mais comum de tumores de cavidade oral e localização mais frequente

A

CEC - Carcinoma de células escamosas
Borda lateral da língua

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20
Q

A primeira medida na investigação de uma lesão suspeita de linfonodomegalia cervical é

A

PAAF

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21
Q

Timoma: síndrome paratímica mais comum

A

Miastenia gravis. Dos pacientes com miastenia gravis, cerca de 30% são portadores de timoma

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22
Q

Fraqueza muscular decremental + massa em mediastino anterior =

A

Timoma

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23
Q

Tumor pulmonar com linfonodo N3. Significado

A

N3 = linfonodo contralateral à lesão
N2 = linfonodo mediastinal, não elegível ao tratamento cirúrgico

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24
Q

Tumor pulmonar: quando proceder à mediastinoscopia/EBUS?

A

Em casos de tumores < 5cm com linfonodomegalia ou tumores entre 5 e 7cm para confirmar que o linfonodo suspeito é ou não positivo para neoplasia, pois isso muda a conduta

EBUS: USG endoscópico acoplado à broncoscopia

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25
Q

Definição de linfonodomegalia mediastinal

A

MENOR eixo > 1,0 cm

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26
Q

Principal tumor do mediastino superior

A

Bócio mergulhante da tireoide (ou bócio intratorácico). Lesão de crescimento lento e causadora de poucos sintomas

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27
Q

História de neoplasia + pletora facial + ingurgitamento de vasos cervicais + edema facial =

A

SVCS - Síndrome da veia cava superior

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28
Q

Pacientes que vão para casa com traqueostomia geralmente vão com cânula _________

A

Metálica, para facilitar higiene e manejo

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29
Q

Traqueostomia: evitar incisões baixas pelo risco de lesão da artéria _____

A

Inominada

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30
Q

Como é feita a decanulação de traqueostomia

A

Desinsufla o cuff e mantém a cânula ocluída por 48h. Se paciente não dessaturar e não apresentar insuficiência respiratória, consiga falar e deglutir, retiramos a cânula. Ocluir o orifício prévio da traqueostomia com curativo simples

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31
Q

Complicação mais temida da traqueostomia

A

Fístula traqueo-inominada (artéria inominada é ramo direto da aorta)

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32
Q

Dos tumores de parótida, 75% são benignos. Qual o tipo histológico mais comum dentre os benignos?

A

Adenoma pleomórfico (50% dos tumores)

33
Q

ABCDE do melanoma

A

Veja

34
Q

Lactente de 2 anos, oligossintomático, com a seguinte imagem, na qual observa-se o sinal da silhueta. O que ele representa?

A

Sinal da silhueta: a massa é nitidamente separada do contorno cardíaco, pois ela não borra a silhueta cardíaca. Logo, estão localizadas em planos diferentes

35
Q

Fratura de face Le Fort 3

A

Completa desconexão crânio-facial (acomete base de crânio)

36
Q

Fratura nasal: importante avaliar se há hematoma nasal, pois se tiver a indicação é de

A

drenagem

37
Q

Fratura nasal: tratamento em geral não precisa ser na fase hiperaguda, em geral aguardar ____ dias

A

5-7 dias

38
Q

Fratura de mandíbula: se acometeu o côndilo, tratamento será

A

cirúrgico

Côndilo é a região articular da mandíbula. Ele fica no ramo da mandíbula

39
Q

Trauma de face em paciente com TRISMO (não abre a boca) suspeitar de fratura de

A

zigomático

40
Q

Fratura de órbita mais comum: Blow out, cursa com _____________ (enoftalmia/exoftalmia)

A

Enoftalmia (fratura da parede medial e assoalho)

41
Q

Fratura de órbita: Blow in, cursa com _____________ (enoftalmia/exoftalmia)

A

Exoftalmia

INpurra pra fora o olho

42
Q

Fratura de órbita: síndrome da fissura orbitária superior (FOS) cursa com paralisia de quais nervos

A

III e IV NC, além de anestesia do ramo oftálmico V1 do trigêmeo

43
Q

Fratura de órbita: FOS + __________

A

Amaurose

44
Q

Quais fraturas de face podem causar fístula liquórica?

A

Le Fort 2 e 3

45
Q

Conduta em lesão de orelha sem acometimento de cartilagem

A

Sutura primária e ATB

46
Q

Conduta em lesão de orelha COM acometimento de cartilagem: conduta

A

ATB sistêmico + sutura com cobertura adequada da cartilagem com tecidos bem vascularizados (não damos ponto na cartilagem)

47
Q

Lesão de parótida SEM lesão do ducto de Stensen: conduta

A

Sutura primária com dreno para evitar cistos salivares

Obs.: Lembre-se que a lesão de parótida é a mais comum pois as outras glândulas estão protegidas pela mandíbula

48
Q

Lesão de parótida COM lesão do ducto de Stensen: conduta

A

Recanalização microcirúrgica

49
Q

Cite complicações nervosas e vasculares da tireoidectomia

A

Imagem

50
Q

Sinal de Pemberton

A

Aumento da pletora facial e da TJ após elevação do membro superior acima do nível da cabeça

Achado específico de síndrome da veia cava superior, comumente comprimida por alguma neoplasia, sendo o linfoma e carcinoma de pequenas células os mais frequentes

51
Q

Síndrome de Horner (3)

A

Ptose, miose e anidrose por compressão do gânglio estrelado

52
Q

Local ideal de TQT

A

Na altura do segundo anel traqueal. Evitar nos anéis mais inferiores pelo risco de lesão da artéria inominada

53
Q

Pacientes que vão para casa com TQT geralmente vão com cânula

A

metálica

54
Q

Edema e cianose localizados (face e pescoço) + turgência jugular = síndrome _________________ cuja principal causa é o câncer de pulmão (especialmente o carcinoma de pequenas células).

A

de veia cava superior

Só para lembrar, nos pacientes mais jovens, isto muda um pouco e a principal causa passa a ser o linfoma

55
Q

Paciente jovem, com massa cervical que apresentou sinais infecciosos após infecção de via aérea, com USG evidenciando lesão cística, temos que pensar em

A

cisto do ducto tireoglosso

Essa má-formação é decorrente da persistência do ducto tireoglosso, que é o trajeto por onde desceu a tireoide (lembre-se que no desenvolvimento embrionário ocorre migração da glândula tireoide do assoalho faríngeo/base da língua para a região cervical). Essa persistência pode ser assintomática a vida inteira, mas pode se manifestar como uma massa cística na linha média, móvel à deglutição e protrusão da língua (sinal de Sistrunk), mais comum nos pré-escolares e adultos jovens

Pela sua comunicação com a base da língua, pode vir a apresentar sinais flogísticos e secreção purulenta após episódios de IVAS, por infecção bacteriana por contiguidade

Obs.: O cisto do ducto tireoglosso pode se apresentar em qualquer topografia desse trajeto, mas principalmente na altura do hioide

56
Q

Qual a estrutura lesada no tumor de Pancoast?

A

Gânglio simpático estrelado, levando a uma exacerbação do parassimpático que produz a síndrome de Horner (ptose, miose, anidrose, enoftalmia, todas ipsilaterais à lesão, ou seja, ipsilateral ao tumor do sulco pulmonar superior)

57
Q

Cisto do ducto tireoglosso: quando há associação com alguma neoplasia (raro de acontecer essa complicação), qual o tipo histológico normalmente encontrado?

A

Papilífero de tireoide

58
Q

Diagnósticos diferenciais de cisto do ducto tireoglosso

A

Cisto dermoide
Tireoide ectópica (90% são linguais)

59
Q

Cisto do ducto tireoglosso - Cirurgia de Sistrunk (1920)

A

Ressecção completa do cisto com o trajeto até a base da língua, envolvendo a porção média do osso hioide

Essa cirurgia evita recidivas

60
Q

Anomalias de remanescentes branquiais correspondem a 30% das massas cervicais congênitas. Isso ocorre porque a formação embriológica da face e do pescoço decorre de

A

6 arcos branquiais

Obs.: A maioria dessas massas serão cistos (75%), depois fístulas (25%) ou sinus (1%)

61
Q

Defeitos do 1º arco branquial (raros, < 1%) geralmente se manifestam em qual topografia?

A

Região auricular (anterior/posterior) ou submandibular

62
Q

Defeitos do 2º arco branquial são os mais comuns (95%). Como eles se manifestam?

A

Anteriores ao m. esternocleidomastóideo, 10% são bilaterais e os cistos são os mais comuns

63
Q

Imagem abaixo corresponde a defeitos de quais arcos branquiais?

A

Defeitos de 3º e 4º arcos branquiais. Geralmente são à esquerda e mais baixos (perto da fúrcula esternal)

64
Q

Massa cística lateral com PAAF acusando cristais de colesterol com birrefringência à luz. Patognomônico de

A

Cisto branquial

65
Q

Massas císticas laterais do pescoço: principais dx diferenciais dos cistos branquiais

A

Metástase de CEC HPV+ e carcinoma papilífero de tireoide

66
Q

Dx

A

Higroma cístico: malformação linfática (linfangioma), mais comum na região posterior do pescoço, geralmente percebida ao nascimento (mas também pode ser axilar, mediastinal, inguinal, retroperitoneal) e mais comum em pacientes com cromossomopatias. No USG vemos múltiplas imagens císticas e septadas

Tratamento
- Observação
- Escleroterapia
- Excisão cirúrgica

Obs.: Alta taxa de recidiva

67
Q

Costela cervical - Clínica

A

Costela extranumerária junto à 7ª vértebra cervical, com risco de compressão nervosa (plexo braquial) ou vascular (artéria subclávia). Dor aguda, em peso, com irradiação, alteração de sensibilidade, piora dos sintomas com elevação do membro superior

68
Q

Dx

A

Torcicolo congênito: atitude anormal e permanente da cabeça em relação ao plano do ombro, decorrente da contratura do músculo esternocleidomastóideo (ECM). Causa desconhecida, podendo estar relacionado a uma posição fetal anômala com malformação e fibrose do ECM

69
Q

O que é a regra 80-20 na hora de avaliar massas cervicais não tireoideanas em adultos?

A

Pensar no que é mais comum (o 80). O mais comum não são neoplasias primárias, o mais comum são metástases (assim como toda a coluna abaixo desse item)

70
Q

Em pacientes com até 40 anos, qual a principal etiologia de massas cervicais?

A

Inflamatórias/infecciosas. Após os 40 anos, neoplasias assume o primeiro lugar

71
Q

Paciente com massa cervical e paralisia facial pensar em

A

Invasão de nervo facial, muito associado à glândula parótida

72
Q

Massa cervical pulsátil pensar em

A

paraganglioma, íntimo contato com carótida

73
Q

Quando indicar uma biópsia aberta (excisional ou incisional) de uma massa cervical

A
  • É sempre a última opção (normalmente tentamos PAAF antes, caso não tenha sido encontrado o sítio primário, porque se achar o primário vai biopsiar o primário)
  • Piora do prognóstico em alguns casos
  • Pode ser um cisto tireoglosso/branquial que só a excisão não funciona, vai recidivar

Ou seja, se não achou o primário a próxima etapa é PAAF. Pode não ser conclusiva mas não traz prejuízo ao tratamento definitivo

74
Q

Principal causa de abscesso cervical em adultos

A

Odontogênica (dentes em mal estado de conservação)
Segunda maior causa são amigdalites/faringites

75
Q

Conduta em abscesso cervical profundo

A

Cervicotomia para drenagem, de modo a evitar que a coleção adentre o espaço perigoso e cause mediastinite (elevada mortalidade)

76
Q

Paciente com sintomas de hipertireoidismo exuberantes por um bócio nodular tóxico (Doença de Plummer) a conduta é _________

A

cirurgia

Radioablação por iodo poderia ser uma opção no caso de sintomas pouco exuberantes

77
Q

Toda “ferida” na boca que dure mais que __ dias deve ser considerada suspeita e biopsiada

A

14 dias

78
Q

Neoplasia de cavidade oral > 2cm (T2) devemos fazer esvaziamento linfonodal cervical supraomoioideo mesmo de N0. Quais níveis estão localizados nesse esvaziamento supraomoioideo?

A

Níveis I, II e III