T5 e T6 - Sistema nervoso simpático (terminado) Flashcards
Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores:
Existem fármacos capazes de bloquear a síntese de NA em todos os seus passos
Formação da adrenalina
Tirosina - (hidroxílase da tirosina) - DOPA - (descarboxílase da DOPA) - dopamina - (beta-hidroxílase da dopamina) - Noradrenalina - (feniletanolamina-N-metiltransferase) - Adrenalina
Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-tirosina
Bloqueia a hidroxílase da tirosina; usada
no tratamento de feocromocitoma
Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-dopa
Inibidor da descarboxílase dos Laminoácidos aromáticos; também pode ser transformada num
falso transmissor, a α-metilnoradrenalina, que se acumula nas
vesículas sinápticas deslocando a noradrenalina, além de ser
um agonista α2 central (inibe tónus simpático); é usada no
tratamento da hipertensão nas grávidas
Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-noradrenalina
Nada a referir
Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: dissulfiram
Bloqueia β-hidroxilase da dopamina além de
inibir a desidrogénase do aldeído, o que provoca acumulação
do acetaldeído, derivado do metabolismo do etanol e que causa
efeitos desagradáveis; assim, o dissulfiram é usado
principalmente no tratamento da dependência do alcoolismo,
mas tem potencial interesse para tratamento da dependência da
cocaína
Fármacos simpaticomiméticos
Podem ser de ação direta, indireta ou mista
Uma das características dos fármacos simpaticomiméticos de ação direta é que as suas
respostas não são reduzidas pelo tratamento prévio de inibidores da libertação (como
reserpina e guanetidina), que causam depleção da NA dos neurónios simpáticos. Em
contraste, as respostas dos simpaticomiméticos de ação indireta são abolidas por
tratamento prévio com reserpina ou guanetidina. Já os simpaticomiméticos de ação mista,
esse mesmo tratamento referido atenua os efeitos, mas não os abole
Fármacos simpaticomiméticos: ação direta
Atuam diretamente sobre um ou mais recetores adrenérgicos, podendo
ser seletivos ou não seletivos (agonistas adrenérgicos)
Fármacos simpaticomiméticos: ação mista
Ativam diretamente recetores e também libertam NA indiretamente; é o
caso por exemplo da efedrina, que será vista juntamente com os de ação indireta
Fármacos simpaticomiméticos: ação indireta
Atuam de modo a aumentar a disponibilidade de noradrenalina ou
adrenalina
Mecanismo de ação dos fármacos simpaticomiméticos de ação indireta
Potenciação da libertação
ou
Bloqueio do transporte/recaptação da NA nos neurónios pré-sinápticos
ou
Bloqueio das enzimas envolvidas no metabolismo (MAO ou COMT)
Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: potenciadores da libertação
São fármacos captados para o interior do terminal nervoso pelo NET e DAT e
revertem a ação desses transportadores, que passam a libertar noradrenalina (transporte
reverso)
Exemplos - anfetamina, tiramina, fenilpropanolamina, MDMA e cloranfetamina
Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: bloqueio do transporte/recaptação da NA nos neurónios pré-sinápticos
São fármacos que bloqueiam o NAT (e o DAT pela maioria, exceto pela efedrina
e pseudo-efedrina) mas não induzem o transporte reverso do transportador
Exemplos: efedrina, pseudo-efedrina, metilfenidato, modafinil, cocaína, imipramina, desipramina e benzilguanidina
Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: bloqueio das enzimas envolvidas no metabolismo (MAO ou COMT)
Pargilina
Iproniazida
Moclobemida
Selegilina
Rasagilina
Entacapone
Tolcapone
Opicapone
Anfetamina
Eficácia oral; principais indicações são para: tratamento de Perturbação e hiperatividade e deficit de atenção (PHDA; afeta 5% das crianças, que, por falta de neurotransmissor, perdem facilmente atenção), narcolepsia (adormecer de repente) e perder peso (na verdade, isso é um efeito adverso, mas que em algumas regiões da América é usado como terapia, em caso de obesidade); os efeitos adversos incluem insónia, inquietação, irritabilidade, euforia, dentre outros psicóticos; ocorre sudorese excessiva; efeitos cardiovasculares englobam cefaleias, arritmias, hipertensão ou hipotensão; sintomas GI incluem boca seca, náuseas, vómitos e diarreia
Tiramina
É uma monoamina (aminoácido) presente naturalmente em diversos
alimentos, como salame, queijos envelhecidos e processados e pães caseiros ricos em
fermento, sendo naturalmente decomposta pela MAO presente no TGI. O consumo
de alimentos ricos em tiramina pode ser um grande risco para um perigoso aumento
da pressão arterial em utilizadores de outros fármacos inibidores na enzima MAO
(principalmente os irreversíveis da MAO-A), visto que o excesso de tiramina nesse
contexto está associada a uma “crise hipertensiva por tiramina” (hipertensão súbita);
a morte por esse evento geralmente ocorre por AVC ou enfarto agudo do miocárdio
Efedrina
Apenas age no NAT; também agonista α e β; o seu uso principal é para retenção urinária, principalmente em homens com hiperplasia benigna da próstata
Pseudo-efedrina
Apenas age no NAT; uso como descongestionante nasal; é um
estimulante central, com risco de insónia, cefaleias e ansiedade
Metilfenidato
Indicações semelhantes à anfetamina, principalmente para PHDA
Cocaína
Droga de abuso altamente viciante; tem muitos efeitos no SNC, além de
taquicardia e aumento da pressão arterial; também atua no SERT
Imipramina
Tratamento de depressão; também atua no SERT
Desipramina
Tratamento de depressão; maior afinidade para o NAT
Pargilina
Inibidor não seletivo MAO; tratamento da depressão
Iproniazida
Inibidor não seletivo MAO; tratamento da depressão
Moclobemida
Inibidor da MAO-A; tratamento da depressão
Selegilina
Inibidor da MAO-B; tratamento da doença de Parkinson
Rasagilina
Inibidor da MAO-B; tratamento da doença de Parkinson
Entacapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
Tolcapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
Opicapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
Catecolaminas endógenas
Existem três catecolaminas endógenas: adrenalina (epinefrina/EPI), noradrenalina
(NA/norepinefrina/NE) e dopamina (DA)
Adrenalina
É um potente estimulador tanto dos recetores α quanto β adrenérgicos
Efeitos da adrenalina
Coração: aumento da função cardíaca e da frequência cardíaca (via β1);
Pressão arterial: aumento por aumento do cronotropismo, do inotropismo e da
vasoconstrição em vasos de resistência (pele e rins);
Circulação periférica: diminui resistência vascular periférica / RVP; aumenta fluxo
sanguíneo para os músculos devido à vasodilatação mediada pelos recetores β2 (que
é apenas parcialmente antagonizada pela ação vasoconstritora dos recetores α);
Metabolismo: aumento do consumo de O2;
§ SNC: aumento da frequência respiratória e de sensações subjetivas
Usos terapêuticos da adrenalina
O principal uso atualmente é para alívio das reações de hipersensibilidade,
principalmente as do tipo anafilaxia, para a qual não existem contraindicações para uso
terapêutico de adrenalina (nem para paciente com doença cardíaca)
É também utilizada
como agente hemostático tópico em superfícies que sangram (como boca e úlceras)
Toxicidade e contraindicações da adrenalina
A adrenalina pode causar reações desagradáveis como inquietação, cefaleias,
tremor e palpitações, que costumam desaparecer com repouso. Reações mais graves
incluem hemorragia cerebral e arritmias cardíacas
Em geral, o uso de adrenalina está contraindicado para pacientes que estão a
receber antagonistas beta não seletivos, visto que suas ações sobre os recetores α1
vasculares, sem oposição, podem resultar em hipertensão e hemorragia cerebral graves
Noradrenalina
É o principal mediador químico libertado pelos nervos simpáticos pósganglionares e difere da adrenalina apenas pela ausência da substituição metil no grupo
amino. NA é um potente agonista α mas exerce pouca ação sob os recetores β2
adrenérgicos