T5 e T6 - Sistema nervoso simpático (terminado) Flashcards

1
Q

Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores:

A

Existem fármacos capazes de bloquear a síntese de NA em todos os seus passos

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2
Q

Formação da adrenalina

A

Tirosina - (hidroxílase da tirosina) - DOPA - (descarboxílase da DOPA) - dopamina - (beta-hidroxílase da dopamina) - Noradrenalina - (feniletanolamina-N-metiltransferase) - Adrenalina

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3
Q

Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-tirosina

A

Bloqueia a hidroxílase da tirosina; usada

no tratamento de feocromocitoma

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4
Q

Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-dopa

A

Inibidor da descarboxílase dos Laminoácidos aromáticos; também pode ser transformada num
falso transmissor, a α-metilnoradrenalina, que se acumula nas
vesículas sinápticas deslocando a noradrenalina, além de ser
um agonista α2 central (inibe tónus simpático); é usada no
tratamento da hipertensão nas grávidas

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Q

Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: alfa-metil-noradrenalina

A

Nada a referir

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6
Q

Fármacos inibidores da síntese de neurotransmissores: dissulfiram

A

Bloqueia β-hidroxilase da dopamina além de
inibir a desidrogénase do aldeído, o que provoca acumulação
do acetaldeído, derivado do metabolismo do etanol e que causa
efeitos desagradáveis; assim, o dissulfiram é usado
principalmente no tratamento da dependência do alcoolismo,
mas tem potencial interesse para tratamento da dependência da
cocaína

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7
Q

Fármacos simpaticomiméticos

A

Podem ser de ação direta, indireta ou mista

Uma das características dos fármacos simpaticomiméticos de ação direta é que as suas
respostas não são reduzidas pelo tratamento prévio de inibidores da libertação (como
reserpina e guanetidina), que causam depleção da NA dos neurónios simpáticos. Em
contraste, as respostas dos simpaticomiméticos de ação indireta são abolidas por
tratamento prévio com reserpina ou guanetidina. Já os simpaticomiméticos de ação mista,
esse mesmo tratamento referido atenua os efeitos, mas não os abole

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8
Q

Fármacos simpaticomiméticos: ação direta

A

Atuam diretamente sobre um ou mais recetores adrenérgicos, podendo
ser seletivos ou não seletivos (agonistas adrenérgicos)

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9
Q

Fármacos simpaticomiméticos: ação mista

A

Ativam diretamente recetores e também libertam NA indiretamente; é o
caso por exemplo da efedrina, que será vista juntamente com os de ação indireta

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10
Q

Fármacos simpaticomiméticos: ação indireta

A

Atuam de modo a aumentar a disponibilidade de noradrenalina ou
adrenalina

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11
Q

Mecanismo de ação dos fármacos simpaticomiméticos de ação indireta

A

Potenciação da libertação
ou
Bloqueio do transporte/recaptação da NA nos neurónios pré-sinápticos
ou
Bloqueio das enzimas envolvidas no metabolismo (MAO ou COMT)

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12
Q

Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: potenciadores da libertação

A

São fármacos captados para o interior do terminal nervoso pelo NET e DAT e
revertem a ação desses transportadores, que passam a libertar noradrenalina (transporte
reverso)

Exemplos - anfetamina, tiramina, fenilpropanolamina, MDMA e cloranfetamina

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13
Q

Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: bloqueio do transporte/recaptação da NA nos neurónios pré-sinápticos

A

São fármacos que bloqueiam o NAT (e o DAT pela maioria, exceto pela efedrina
e pseudo-efedrina) mas não induzem o transporte reverso do transportador

Exemplos: efedrina, pseudo-efedrina, metilfenidato, modafinil, cocaína, imipramina, desipramina e benzilguanidina

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14
Q

Fármacos simpaticomiméticos de ação indireta: bloqueio das enzimas envolvidas no metabolismo (MAO ou COMT)

A

Pargilina

Iproniazida

Moclobemida

Selegilina

Rasagilina

Entacapone

Tolcapone

Opicapone

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15
Q

Anfetamina

A
Eficácia oral; principais indicações são para: tratamento de Perturbação
e hiperatividade e deficit de atenção (PHDA; afeta 5% das crianças, que, por falta de
neurotransmissor, perdem facilmente atenção), narcolepsia (adormecer de repente) e
perder peso (na verdade, isso é um efeito adverso, mas que em algumas regiões da
América é usado como terapia, em caso de obesidade); os efeitos adversos incluem
insónia, inquietação, irritabilidade, euforia, dentre outros psicóticos; ocorre sudorese
excessiva; efeitos cardiovasculares englobam cefaleias, arritmias, hipertensão ou
hipotensão; sintomas GI incluem boca seca, náuseas, vómitos e diarreia
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16
Q

Tiramina

A

É uma monoamina (aminoácido) presente naturalmente em diversos
alimentos, como salame, queijos envelhecidos e processados e pães caseiros ricos em
fermento, sendo naturalmente decomposta pela MAO presente no TGI. O consumo
de alimentos ricos em tiramina pode ser um grande risco para um perigoso aumento
da pressão arterial em utilizadores de outros fármacos inibidores na enzima MAO
(principalmente os irreversíveis da MAO-A), visto que o excesso de tiramina nesse
contexto está associada a uma “crise hipertensiva por tiramina” (hipertensão súbita);
a morte por esse evento geralmente ocorre por AVC ou enfarto agudo do miocárdio

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17
Q

Efedrina

A

Apenas age no NAT; também agonista α e β; o seu uso principal é para retenção urinária, principalmente em homens com hiperplasia benigna da próstata

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18
Q

Pseudo-efedrina

A

Apenas age no NAT; uso como descongestionante nasal; é um

estimulante central, com risco de insónia, cefaleias e ansiedade

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19
Q

Metilfenidato

A

Indicações semelhantes à anfetamina, principalmente para PHDA

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20
Q

Cocaína

A

Droga de abuso altamente viciante; tem muitos efeitos no SNC, além de
taquicardia e aumento da pressão arterial; também atua no SERT

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21
Q

Imipramina

A

Tratamento de depressão; também atua no SERT

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22
Q

Desipramina

A

Tratamento de depressão; maior afinidade para o NAT

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23
Q

Pargilina

A

Inibidor não seletivo MAO; tratamento da depressão

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24
Q

Iproniazida

A

Inibidor não seletivo MAO; tratamento da depressão

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25
Moclobemida
Inibidor da MAO-A; tratamento da depressão
26
Selegilina
Inibidor da MAO-B; tratamento da doença de Parkinson
27
Rasagilina
Inibidor da MAO-B; tratamento da doença de Parkinson
28
Entacapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
29
Tolcapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
30
Opicapone
Inibidor da COMT; tratamento da doença de Parkinson
31
Catecolaminas endógenas
Existem três catecolaminas endógenas: adrenalina (epinefrina/EPI), noradrenalina (NA/norepinefrina/NE) e dopamina (DA)
32
Adrenalina
É um potente estimulador tanto dos recetores α quanto β adrenérgicos
33
Efeitos da adrenalina
Coração: aumento da função cardíaca e da frequência cardíaca (via β1); Pressão arterial: aumento por aumento do cronotropismo, do inotropismo e da vasoconstrição em vasos de resistência (pele e rins); Circulação periférica: diminui resistência vascular periférica / RVP; aumenta fluxo sanguíneo para os músculos devido à vasodilatação mediada pelos recetores β2 (que é apenas parcialmente antagonizada pela ação vasoconstritora dos recetores α); Metabolismo: aumento do consumo de O2; § SNC: aumento da frequência respiratória e de sensações subjetivas
34
Usos terapêuticos da adrenalina
O principal uso atualmente é para alívio das reações de hipersensibilidade, principalmente as do tipo anafilaxia, para a qual não existem contraindicações para uso terapêutico de adrenalina (nem para paciente com doença cardíaca) É também utilizada como agente hemostático tópico em superfícies que sangram (como boca e úlceras)
35
Toxicidade e contraindicações da adrenalina
A adrenalina pode causar reações desagradáveis como inquietação, cefaleias, tremor e palpitações, que costumam desaparecer com repouso. Reações mais graves incluem hemorragia cerebral e arritmias cardíacas Em geral, o uso de adrenalina está contraindicado para pacientes que estão a receber antagonistas beta não seletivos, visto que suas ações sobre os recetores α1 vasculares, sem oposição, podem resultar em hipertensão e hemorragia cerebral graves
36
Noradrenalina
É o principal mediador químico libertado pelos nervos simpáticos pósganglionares e difere da adrenalina apenas pela ausência da substituição metil no grupo amino. NA é um potente agonista α mas exerce pouca ação sob os recetores β2 adrenérgicos
37
Efeitos da noradrenalina
Os principais efeitos da NA são cardiovasculares, com aumento da pressão arterial por aumento da resistência vascular periférica (RVP); diminuição débito cardíaco (ou permanece inalterado). Assim, ao contrário da adrenalina, a administração de pequenas doses de NA não provoca vasodilatação nem diminuição da pressão arterial, visto que os vasos sanguíneos do músculo esquelético sofrem mais contração do que dilatação
38
Uso terapêutico da noradrenalina
O principal uso terapêutico da NA é como agente vasoconstritor para aumentar ou manter a pressão arterial sob certas condições de cuidados intensivos. No tratamento da pressão baixa, a sua dose é titulada para resposta desejada
39
Efeitos adversos da noradrenalina
Os efeitos adversos da NA assemelham-se aos da adrenalina, embora ocorra tipicamente uma elevação mais acentuada da pressão arterial com a primeira; a sua administração excessiva pode causar hipertensão grave
40
Dopamina
A dopamina é um neurotransmissor central particularmente importante na regulação do movimento. Na periferia, é sintetizada nas células epiteliais do tubo proximal, e acredita-se que exerça efeitos diuréticos locais. A dopamina é substrato da MAO e da COMT, de modo que é ineficaz quando administrada por via oral
41
Efeitos da dopamina
Os principais efeitos são à nível cardiovascular, promovendo vasodilatação e aumento da taxa de filtração glomerular (diminuindo reabsorção de sódio). Por isso, ela exerce efeitos farmacológicos importante no tratamento de estados com baixo débito cardíaco associado com comprometimento da função renal, como insuficiência cardíaca congestiva grave. Apesar da existência de recetores dopamínicos específicos no SNC, a injeção de DA habitualmente não tem nenhum efeito à nível central, visto que não atravessa facilmente a BHE
42
Usos terapêuticos da dopamina
``` Os principais usos terapêuticos incluem tratamento de insuficiência cardíaca congestiva grave (pacientes com oligúria e baixa RVP). O fármaco também pode melhorar os parâmetros fisiológicos no tratamento dos choques cardiogénico e séptico ```
43
Efeitos adversos da dopamina
Os efeitos adversos devido à sobredosagem geralmente são atribuídos à atividade simpaticomimética excessiva. Antes de administrar DA em paciente com choque, devese corrigir hipovolemia. Durante infusão de DA podem ocorrer náuseas, vómitos, taquicardia, cefaleia, arritmias e hipertensão
44
Infusão intravenosa de noradrenalina, adrenalina e isoproterenol
O fármaco simpaticomimético (dentre os 3 acima) mais associado aos seguintes parâmetros é: * Aumento da resistência vascular periférica (RVP) à NA * Maior diminuição da RVP à Isoprenalina (agonista β não seletivo)
45
Agonistas alfa-adrenérgicos - agonistas alfa1
Os principais efeitos clínicos resultam da ativação dos recetores α no músculo liso vascular. Em consequência, a RVP aumenta, enquanto a pressão arterial é mantida ou sofre elevação. Embora a utilidade desses fármacos seja limitada, podem ser úteis no tratamento da hipotensão, incluindo hipotensão ortostática ou choque
46
Agonistas alfa-adrenérgicos - agonistas alfa1 - exemplos e caraterísticas
Fenilefrina: vasoconstritor de ação direta; também utilizada como descongestionante nasal e midriático em formulações nasais e oftálmicas. Metoxamina: vasoconstritor de ação direta. Midodrina: pró-fármaco que é convertido em desglimidodrina, um agonista α1 de ação direta; uso para tratamento de hipotensão postural
47
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas alfa2
São utilizados principalmente no tratamento de hipertensão sistémica. Sua eficácia como agentes anti-hipertensivos parece contraditória, visto que inúmeros vasos sanguíneos contêm recetores α2-adrenérgicos pós-sinápticos, que promovem vasoconstrição. Sua capacidade de baixar a pressão arterial resulta da ativação α2 nos centros de controlo cardiovascular no SNC, que suprime a atividade do SNS (é como um travão do SNS) Os agonistas α2 também reduzem a pressão intraocular e diminuem a produção de humor aquoso, mas esse efeito tópico não é atingido pelo clonidina (esse fármaco é tão potente que mesmo administrado por via oftálmica tem capacidade de baixara pressão sistemicamente). Fármacos derivados da clonidina foram desenvolvidos para ação tópica
48
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas alfa2 - exemplos
Clonidina: é uma imidazolina; uso em hipertensão persistente, mas também em PHDA; biodisponibilidade por via oral é muito alta (quase 100%); os principais efeitos adversos incluem boca seca e sedação; pode ocorrer disfunção sexual e bradicardia; a administração transdérmica pode diminuir parte dos efeitos adversos. Brimonidina: administração via oftálmica para reduzir pressão intraocular ou glaucoma de ângulo aberto; pode atravessar o SNC e produzir hipotensão e sedação, mas menos intenso que a clonidina. Guanfacina: tratamento de hipertensão arterial e do transtorno PHDA. Medetomidina: sedativo usado em colonoscopia e na pré-anestesia
49
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas alfa não seletivos
Com exceção da metanfetamina (droga de rua; uso abusivo), os fármacos desta classe possuem as seguintes características em comum (além de serem agonistas α não seletivos): * Terminam em “zolina”; * Uso tópico como descongestionante nasal ou por via ocular; * Possuem estrutura química dos derivados da imidazolina; * Risco de cefaleia e vasodilatação excessiva em caso de suspensão do fármaco
50
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas alfa não seletivos - exemplos
Nafazolina Oximetazolina Tramazolina Xilometazolina
51
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas parciais alfa
São substâncias derivadas da ergotamina (“ergot”), produzida por fungos que crescem em cereais. Os efeitos farmacológicos são complexos, por agonismo parcial ou antagonismo dos recetores serotoninérgicos, dopaminérgicos e adrenérgicos. As substâncias incluem: ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina e metilergonovina As primeiras descrições do envenenamento por “ergot” surgiram na Idade Média, com relatos de epidemias estranhas, com sintomas de gangrena nos braços e pernas, sensações de queimação nos membros, além de abortamentos (por estímulo no miométrio) e alucinações (LSD é um derivado da ergotamina). A doença foi denominada “fogo sagrado” ou “fogo de Santo António”, visto que a ida ao túmulo do Santo aliviava os sintomas (de facto aliviava, pois, a migração das pessoas a esse túmulo isolava do consumo dos cereais contaminados com o fungo) Atualmente, o uso de fármacos derivados da ergotamina limita-se a pacientes que sofrem crises frequentes de enxaqueca, estando contraindicados para mulheres grávidas ou passíveis de engravidar, além de pacientes com doença vascular periférica, hipertensão e comprometimento da função hepática ou renal; também não devem ser utilizados juntamente com outros fármacos capazes de causar vasoconstrição
52
Agonistas alfa-adrenérgicos: agonistas parciais alfa - exemplos
Ergotamina Di-hidroergotamina Ergonovina Metilergonovina
53
Agonistas beta-adrenérgicos
Atualmente, desempenham um papel importante apenas no tratamento da asma ou DPOC (agonistas β2 por broncodilatação). Usos de menos importância (agonistas β1) para tratamento de parto prematuro, do bloqueio cardíaco completo no choque e da descompensação cardíaca em curto prazo após cirurgia (ou pacientes pós enfarte cardíaco). Efeitos adversos incluem taquicardia, tremores, cefaleia e rubor A seletividade dos agonistas β2 para tratamento de doenças obstrutivas não é completa, visto que 40% dos recetores beta no coração são do tipo 2; a eficácia desses fármacos beta resultam da sua ação anti-inflamatória (inibição da libertação de histamina), aumento da função mucociliar e diminuição da permeabilidade microvascular, além da broncodilatação direta
54
Agonistas beta-adrenérgicos: beta-1
Dobutamina: tratamento a curto prazo e descompensação cardíaca; as evidências clínicas da eficácia a longo prazo são incertas Prenalterol
55
Agonistas beta-adrenérgicos: Agonistas β2 (S = curta ação; L = longa ação; UL = ultra-longa ação)
Fenoterol (S) Salbutamol (S) Trimetoquinol (S) Isoetarina (S) Formoterol (L) Salmeterol (L) Clembuterol (L) Indacaterol (UL) Vilanterol (UL)
56
Agonistas beta-adrenérgicos: agonistas beta3
Mirabegron: Uso para incontinência urinária
57
Agonistas beta-adrenérgicos: agonista beta não seletivo
Isoprenalina/Isoproterenol: uso em emergência, para estímulo da frequência cardíaca (bradicardia ou bloqueio cardíaco) ou em pacientes com arritmia ventricular
58
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa-1 (efeitos)
O principal efeito é redução da pressão arterial devido à diminuição da RVP, sendo por isso indicados para tratamento de hipertensão arterial (HTA). A intensidade desse efeito depende da atividade do SNS no momento em que o antagonista é administrado e, assim, é menor em supino do que na posição vertical, sendo particularmente acentuado em casos de hipovolémia O bloqueio dos recetores α1 pode aliviar alguns dos sintomas da hiperplasia benigna da próstata (BPH). Os sintomas da BPH incluem resistência a emissão da urina devido à pressão mecânica da uretra mediada pelo aumento da massa/tónus muscular lisa. O antagonismo dos recetores α1 relaxa o músculo liso, diminuindo a resistência para urinar. A próstata e o trato urinário inferior exibem uma alta proporção de recetores α1A
59
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa-1 (efeitos adversos)
Hipotensão postural acentuada e síncope
60
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa-1 (fármacos)
Os fármacos desta classe terminam em “zosina” (exceto 1) e estão a seguir: Prazosina: bem absorvida via oral; duração de 7-10 horas; Doxazosina: maior duração de ação dentre este grupo (36h); indução de apoptose nas células musculares lisas da próstata, assim como a terazosina; biodisponibilidade semelhante a prazosina (50-70%); Terazosina: menos potente que a prazosina, mas possui maior biodisponibilidade (90%); duração por mais de 18h; Tansulosina: não está aprovada para tratamento de HTA, apenas de BPH; risco de anejaculação (18% dos pacientes com altas doses); Alfuzosina: não está aprovada para tratamento de HTA, apenas de BPH
61
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa-2 (fármacos)
Rauvolscina Ioimbina: atua no SNC produzindo aumento da pressão arterial e FC; também antagoniza os efeitos da 5-HT; o fármaco aumenta a atividade sexual masculina e pode ser benéfico em alguns pacientes com disfunção erétil psicogénica, mas os inibidores da PDE5 possuem eficácia demonstrada por estudos mais conclusivos; podem ser usados também em casos de hipotensão postural
62
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa-2 (efeitos)
O bloqueio dos recetores α2 pode aumentar o efluxo simpático e potencializar a libertação de NA pelos terminais nervosos
63
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa não seletivos (efeitos)
Atuam por diminuição da RVP e consequente diminuição da pressão arterial. Os efeitos adversos incluem hipotensão postural, síncope, arritmias cardíacas, congestão nasal e inibição reversível da ejaculação O principal uso terapêutico é no tratamento de feocromocitomas, que são tumores da medula suprarrenal e neurónios simpáticos que secretam enormes quantidades de catecolaminas na circulação; o resultado usual é hipertensão que pode ser episódica e grave. A maioria dos feocromocitomas é tratado cirurgicamente, contudo os antagonistas alfa não seletivos costumam ser utilizados 1-3 semanas antes da cirurgia, como preparação e para evitar efeitos adversos das catecolaminas. Em casos de feocromocitomas não operáveis, esses fármacos também podem ser administrados cronicamente
64
Antagonistas alfa-adrenérgicos: antagonistas alfa não seletivos (fármacos)
Fenoxibenzamina: antagonismo irreversível; mutagénica; Fentolamina: antagonismo reversível/competitivo
65
Antagonistas beta-adrenérgicos
Os antagonistas beta-adrenérgicos são conhecidos por betabloqueadores e receberam enorme atenção clínica devido à eficácia no tratamento de hipertensão, cardiopatia isquémica, insuficiência cardíaca (apenas IC sistólica; não existem fármacos para IC diastólica) e arritmias (pensar em efeitos cardiovasculares muito benéficos com administração desses fármacos) Em geral, os efeitos são similares independentes de ser β1 seletivo ou não seletivo, (seletividade para β1 ou β2 é modesta); não existem antagonistas seletivos β2
66
Efeitos dos betabloqueadores
Sistema cardiovascular: exercem pouco efeito sobre o coração normal de um indivíduo em repouso, mas os efeitos são marcados em exercício ou stress (predomínio da atividade simpática no coração); a administração a curto prazo diminui o débito cardíaco e aumenta a RVP; a administração a longo prazo retorna RVP para valores iniciais ou a diminui em casos de HTA; há diminuição do trabalho cardíaco Sistema pulmonar: o bloqueio dos recetores β2 por antagonistas beta não seletivos tem pouco efeito na função pulmonar de indivíduos normais; entretanto, em pacientes com DPOC, esse bloqueio pode resultar em broncoconstrição potencialmente fatal; até mesmo antagonistas seletivos β1 devem ser utilizados com cuidado em pessoas com doenças obstrutivas (como asmáticos; em muitos casos não utilizados). Adiante, ter atenção ao facto de celiprolol ser antagonista β1 mas com atividade agonista β2. Efeitos metabólicos: os bloqueadores não seletivos podem retardar a recuperação da hipoglicemia no diabetes tipo I (raramente da DMII); além disso, mascaram os sintomas da hipoglicemia, como tremor, taquicardia e nervosismo. Por isso, ao betabloqueadores devem ser utilizados com cuidado em diabéticos
67
Mecanismos subjacentes à vasodilatação mediada por betabloqueadores
Agregação e adesão plaquetária e leucocitária Oxidação das LDL Proliferação das células do músculo liso
68
Efeitos adversos dos beta-bloqueadores
Agravam a insuficiência cardíaca congestiva em pacientes suscetíveis; nesses casos, os antagonistas β com atividade simpaticomimética intrínseca são mais seguros. Bradicardia é a resposta normal do bloqueio β, mas em pacientes com defeito na condução AV pode ocorrer bradiarritmias. Frio nas extremidades; os sintomas da doença vascular podem se agravar, podendo ocorrer o fenômeno de Raynaud e risco de agravar claudicação intermitente. A interrupção súbita de um antagonista β após tratamento de longa duração pode agravar angina e aumentar risco de morte súbita (supersensibilidade dos recetores). O principal efeito adverso dos antagonistas β é o bloqueio dos recetores β2 no músculo liso dos brônquios (bloqueio menos intenso, mas também existe por β1 seletivos), o que aumenta a resistência as vias respiratórias em pacientes com doenças broncoespástica (doenças que causam estreitamento dos brônquios). Contudo, a vantagem potencial em usar β1 bloqueadores após enfarte agudo do miocárdio pode superar o risco de agravar a função pulmonar. SNC: sintomas incluem fadiga, distúrbios do sono (insónia; pesadelos) e depressão. Podem mascarar os sintomas da hipoglicemia; atenção especial em diabéticos propensos a reações hipoglicémias; os benefícios do antagonismo β na DMI com enfarte agudo do miocárdio podem superar os riscos em pacientes selecionados. Uso crónico aumenta as concentrações de VLDL e reduz as de HDL (piora perfil lipídico); as concentrações de LDL não são alteradas; Intoxicação por betabloqueadores incluem sintomas de bradicardia, hipotensão, prolongamento da condução AV, hipoglicemia, convulsões e broncospasmo. A glicagina, por ter efeitos cronotrópicos e inotrópicos positivos, tem sio útil como antídoto na intoxicação por betabloqueadores
69
Usos terapêuticos dos betabloqueadores
Doenças cardiovasculares: hipertensão arterial (HTA), angina e síndromes coronárias agudas, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e arritmias. Foi constatado que esses fármacos melhoram a função do miocárdio e a qualidade de vida e prolongam a vida dos pacientes. Glaucoma: a administração tópica de β bloqueadores tem pouco ou nenhum efeito sobre o tamanho ou acomodação da pupila, não causam visão embaçada ou cegueira noturna, que são observados frequentemente em agentes mióticos. Esses agentes atuam no glaucoma por diminuição da produção de humor aquoso. Apesar de uso tópico oftálmico, a absorção sistémica pode resultar em efeitos adversos cardiovasculares e pulmonares em pacientes suscetíveis. Adjuvantes na terapia do hipertiroidismo: os sintomas no hipertiroidismo se assemelham as manifestações da atividade aumentada do SNS e por isso os betabloqueadores podem ser úteis como adjuvantes na terapia mais definitiva. Ansiedade: são efetivos no controlo dos sintomas agudos de pânico em indivíduos que precisam atuar em publico ou em outras situações que provocam ansiedade. Administração profilática pode acalmar oradores e melhora desempenho de músicos
70
Mnemónica para decorar os 4 fármacos betabloqueadores que a Sociedade europeia de cardiologia indica para tratamento de IC (o critério foi haver ensaios clínicos que de facto comprovaram diminuição da mortalidade):
1. Carro – Carvedilol 2. Bicicleta – Bisoprolol 3. Metro – Metoprolol 4. Navio - Nebivolol
71
Os betabloqueadores podem ser...
β1 seletivo ou não seletivo (seletividade para β1 ou β2 é modesta); não existem antagonistas seletivos β2
72
Betabloqueadores: antagonistas beta1
Atenolol Bisoprolol Esmolol Metoprolol Nebivolol Celiprolol
73
Betabloqueadores: antagonistas beta não seletivos
Propranolol Sotalol Timolol Labetalol Carvediol Bucindolol Pindolol
74
Esmolol
Betabloqueador com tempo de ação mais curto, sendo administrado apenas por via intravenosa (infusão) para pacientes cujos efeitos adversos do bloqueio β podem exigir rápida retirada o fármaco. Uso em pacientes com crises hipertensivas
75
Metoprolol
Uso para finalidades cardiovasculares
76
Nebivolol
Atividade vasodilatadora mediada por NO endotelial; tem ainda propriedades antioxidantes e efeitos neutros a favoráveis no metabolismo de lípidos e hidratos de carbono (agonismo β3). É o que possui ação mais seletiva para β1
77
Celiprolol
É
78
Celiprolol
É também agonista β2 (atividade simpaticomimética intrínseca); também estimula produção de NO (vasodilatação)
79
Propranolol
Absorção quase completa por via oral e penetra facilmente o SNC; principal betabloqueador usado no controlo da ansiedade, mas também tem extenso uso no tratamento das doenças cardiovasculares
80
Sotalol
Único betabloqueador antiarrítmico de classe III (todos os outros betabloqueadores são antiarrítmicos de classe II)
81
Timolol
Destaque para uso no tratamento do glaucoma, mas também tem uso nas doenças cardiovasculares; é ainda útil na profilaxia da enxaqueca
82
Labetalol
É também antagonista α1, potencializando os efeitos anti-hipertensivos
83
Carvedilol
É também antagonista α1 e atua de modo semelhante ao labetalol; também é antioxidante e anti-inflamatório, o que contribui para cardioproteção
84
Bucindolol
É também antagonista α1 e atua de modo semelhante ao labetalol
85
Pindolol
Possui atividade simpaticomimética intrínseca (pequena atividade de agonista parcial), assim, produzem menores reduções da FC e da PA em repouso, o que é útil para pacientes com tendência à bradicardia
86
Goodman agrupa os betabloqueadores em 3 gerações:
1ª geração: bloqueadores β não seletivos; 2ª geração: bloqueadores seletivos β1; 3ª geração: bloqueadores com ações adicionais, as quais incluem bloqueio adicional dos recetores alfa (labetalol, carvedilol e bucindolol), atividade simpaticomimética intrínseca agonista β2 (celiprolol) e agonismo β3, com indução de vasodilatação via NO (nebivolol)
87
Metabolização: inibidores da MAO
Iproniazida Clorgilina Rasagilina Selegilina
88
Metabolização: inibidores da COMT
Entacapone Tolcapone Opicapone
89
Bloqueadores da recaptação
Efedrina Pseudo-efedrina Metilfenidato Modafinil Cocaína Imipramina Desipramina Benzilguanidina
90
Potenciadores da libertação
Anfetamina Tiramina Fenilpropanolamina MDMA Cloroanfetamina
91
Inibidores da libertação
Reserpina 6-hidroxidopamina Guanetidina Bretílio Betanidina
92
Inibidores da síntese
Alfa-metil-p-tirosina Alfa-metil-DOPA Dissulfiram Alfa-metil-noradrenalina